Pelo segundo ano seguido, Eduardo Saverin foi confirmado como a pessoa mais rica do Brasil, segundo a lista mais recente da Forbes, atualizada em 30 de junho. O cofundador do Facebook, hoje Meta, viu sua fortuna crescer para R$ 227 bilhões, que saltou 45,5% em relação ao ano anterior. Esse crescimento reflete a valorização das ações da gigante de tecnologia, da qual ele ainda detém uma pequena, mas valiosa, fatia.
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Nascido em São Paulo, Saverin vive longe dos holofotes em Singapura, um centro financeiro asiático que se tornou seu lar há mais de uma década. Sua trajetória é marcada por uma das histórias de fundação mais turbulentas do Vale do Silício, a renúncia à cidadania americana e uma bem-sucedida carreira como investidor de risco. Longe do Brasil e dos Estados Unidos, ele construiu uma vida discreta e focada nos negócios.
A vida em Singapura
Eduardo Saverin mudou-se para Singapura em 2009, antes mesmo do Facebook abrir seu capital na bolsa de valores, em 2012. A decisão foi estratégica, tanto do ponto de vista pessoal quanto financeiro. A cidade-estado asiática é conhecida por seu ambiente de negócios favorável, segurança e, principalmente, por uma política tributária atraente, sem impostos sobre ganhos de capital.
Pouco antes do IPO da empresa, Saverin tomou uma decisão polêmica: renunciou à sua cidadania americana. A medida evitou que ele pagasse uma quantia bilionária em impostos sobre o aumento de seu patrimônio com a abertura de capital da companhia. A manobra gerou críticas nos Estados Unidos, mas foi um passo calculado para proteger sua fortuna e otimizar seus futuros investimentos.
Hoje, ele leva uma rotina reservada ao lado da esposa, a indonésia Elaine Andriejanssen, e do filho. O casal é visto com pouca frequência em eventos públicos, preferindo a privacidade de condomínios de luxo e clubes exclusivos. Saverin dirige carros de luxo, como Bentleys, mas evita a ostentação típica de outros bilionários da tecnologia.
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O investidor depois do Facebook
Apesar de sua fortuna estar atrelada à Meta, Saverin não se limitou a administrar seus ganhos. Em 2015, ele cofundou a B Capital Group, uma empresa de capital de risco, ao lado de Raj Ganguly, ex-consultor da Bain Capital. A firma se especializou em conectar startups promissoras a grandes corporações globais, preenchendo uma lacuna no mercado de investimentos.
A B Capital Group já levantou bilhões de dólares e investiu em mais de 100 empresas em setores como saúde, tecnologia financeira e logística. O fundo tem uma forte presença na Ásia e nos Estados Unidos, aproveitando a experiência de Saverin no mundo da tecnologia e sua rede de contatos. Seu trabalho como investidor consolidou sua imagem como um empresário com visão de futuro, além de sua participação na criação da maior rede social do mundo.
A história de sua saída conturbada do Facebook, retratada no filme “A Rede Social”, ficou no passado. Após um processo judicial contra Mark Zuckerberg, Saverin garantiu sua posição como cofundador e uma participação acionária que hoje vale bilhões. A disputa girou em torno da diluição de suas ações enquanto ele estava afastado do centro de operações da empresa, em Palo Alto.
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Apesar do acordo ter sido selado fora dos tribunais, os detalhes permanecem confidenciais. O que se sabe é que o brasileiro garantiu seu lugar na história da tecnologia e os recursos necessários para se reinventar como um dos investidores mais influentes de sua geração, operando discretamente a partir de seu escritório em Singapura.
A fortuna de Eduardo Saverin está diretamente ligada à sua participação acionária na Meta, a empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp.
Ele detém cerca de 2% das ações da companhia, o que o torna um dos maiores acionistas individuais. Em 2024, a forte valorização dos papéis da Meta impulsionou seu patrimônio.
Atualmente, Saverin atua como investidor de risco. Ele é cofundador da B Capital Group, uma empresa de capital de risco que investe em startups de tecnologia em estágio avançado.
A firma tem foco em setores como saúde, serviços financeiros e indústria. Ele vive em Singapura, de onde comanda suas operações e administra seu patrimônio.
Saverin renunciou à cidadania dos Estados Unidos em 2011, pouco antes da abertura de capital do Facebook. A principal razão foi a economia de impostos.
Ao se tornar cidadão de Singapura, ele evitou pagar o imposto sobre ganhos de capital sobre suas ações, que seria de bilhões de dólares sob a lei americana. Singapura não possui esse tipo de tributação.
Eduardo Saverin foi um dos cinco cofundadores do Facebook, ao lado de Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e Andrew McCollum, na Universidade Harvard em 2004.
Ele foi o primeiro investidor e diretor financeiro da empresa. Sua briga com Zuckerberg, que resultou na diluição de sua participação, foi retratada no filme “A Rede Social”.
Eduardo Saverin nasceu na cidade de São Paulo, no Brasil, em uma família judaica rica. Ele se mudou para Miami, nos Estados Unidos, em 1993.
Apesar de ter sido criado nos EUA e hoje viver em Singapura, ele mantém a cidadania brasileira, o que o torna elegível para a lista de bilionários do Brasil da revista Forbes.

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