A reinauguração histórica estação ferroviária de Santa Luzia, um marco do século XIX, não apenas resgata uma parte importante da memória mineira, mas também acende a vontade de explorar os tesouros escondidos a poucos quilômetros da capital.
O charme das ruas de pedra, a arquitetura imponente e as histórias que cada construção conta são um convite para um bate-volta revigorante.
Se a novidade em Santa Luzia despertou seu espírito aventureiro, saiba que ela é apenas o ponto de partida. Existem outros destinos fascinantes, todos a menos de duas horas de BH, para um passeio que mistura cultura, gastronomia e paisagens de tirar o fôlego.
Santa Luzia: o novo ponto de partida
A apenas 26 quilômetros de Belo Horizonte, Santa Luzia se apresenta como o destino ideal para quem tem pouco tempo, mas muita vontade de se desconectar.
A reinauguração da estação ferroviária, agora um espaço dedicado à arte e à cultura, adiciona um motivo extra para visitar a cidade. O local promete uma agenda movimentada, com exposições, shows e eventos que celebram a identidade local.
Mas, Santa Luzia vai muito além da estação. O centro histórico é um convite para uma caminhada tranquila. Visite o Santuário de Santa Luzia, no ponto mais alto da cidade, que oferece uma vista panorâmica impressionante.
A igreja matriz, com sua arquitetura simples e elegante, é outro ponto de parada obrigatório. Próximo dali, o Mosteiro de Macaúbas, um convento do século XVIII, guarda séculos de história e fé em suas paredes.
Passear por suas ruas é como folhear um livro de história ao vivo. A cidade preserva a atmosfera de um tempo em que o ritmo era ditado pelo apito do trem e pelas badaladas dos sinos da igreja. É o refúgio perfeito para quem busca paz e um contato genuíno com as raízes de Minas Gerais.
Sabará: o brilho do ouro e o sabor da jabuticaba
Seguindo viagem, a cerca de 22 quilômetros da capital, Sabará surge como uma joia do Ciclo do Ouro. A cidade respira o período barroco e exibe com orgulho uma riqueza de detalhes que impressiona.
Um dos seus maiores tesouros é a Igreja de Nossa Senhora do Ó, um exemplar singular da arte barroca, com interior folheado a ouro.
O Teatro Municipal, inaugurado em 1819 e um dos mais antigos do Brasil, é outro ponto alto do roteiro.
Sua acústica perfeita e o charme de sua arquitetura transportam o visitante para outra época.
Para entender a fundo a importância econômica da região, uma visita ao Museu do Ouro é fundamental.
O acervo conta a história da extração e da metalurgia do ouro nos séculos XVIII e XIX.
Além do patrimônio histórico, Sabará é famosa por sua produção de jabuticaba. A fruta está por toda parte: em licores, geleias, doces e até em pratos salgados.
Dependendo da época do ano, é possível participar do tradicional Festival da Jabuticaba, uma celebração de sabores que movimenta toda a cidade.
Caeté: entre a fé e a Inconfidência
Localizada a 60 quilômetros de BH, Caeté oferece uma combinação única de história, religiosidade e natureza.
A cidade teve papel importante na Inconfidência Mineira, sendo o local de residência de figuras proeminentes do movimento.
O Museu Regional de Caeté, instalado em um casarão do século XVIII, preserva essa memória com um rico acervo.
O principal atrativo, no entanto, está no topo de uma montanha. O Santuário de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, fica a 1.746 metros de altitude e proporciona uma das vistas mais espetaculares do estado.
O complexo religioso, que inclui uma pequena ermida do século XVIII atribuída a Aleijadinho, é um local de peregrinação e contemplação.
O caminho até o santuário já é um passeio por si só, com paisagens que revelam a beleza da Serra do Curral.
Para os amantes de ecoturismo, a região oferece trilhas e mirantes que conectam o visitante à natureza exuberante de Minas. Caeté é a prova de que história e aventura podem andar de mãos dadas.
Brumadinho: arte que renasce na natureza
A aproximadamente 60 quilômetros da capital, Brumadinho se reinventa como um polo de arte e cultura de relevância internacional.
Embora marcada por uma história recente de dor diante do rompimento da barragem da Vale, a cidade abriga o Instituto Inhotim, o maior museu a céu aberto da América Latina.
Inhotim é uma experiência imersiva. Galerias de arte contemporânea se espalham por um jardim botânico com espécies de todos os continentes.
O visitante caminha por paisagens deslumbrantes, enquanto descobre obras de artistas renomados.
É um programa que exige um dia inteiro para ser minimamente apreciado, unindo de forma única a criação humana e a exuberância da natureza.
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Além do instituto, o centro da cidade de Brumadinho preserva um ar interiorano, com a Matriz de São Joaquim e pequenas igrejas que contam a história de sua fundação.

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