Reboots no cinema: 5 franquias que voltaram com tudo e acertaram

Reboots no cinema: 5 franquias que voltaram com tudo e acertaram

A notícia de que o ator Noah Centineo viverá uma versão mais jovem de Rambo no cinema reacendeu um debate clássico em Hollywood: a aposta em reboots de franquias consagradas. A ideia de reviver histórias e personagens icônicos divide opiniões, mas quando a fórmula acerta, o resultado pode ser surpreendente tanto para a crítica quanto para o público. O desafio é modernizar a narrativa sem perder a essência que tornou o original um sucesso.

Enquanto algumas tentativas se perdem no caminho, outras conseguem não apenas homenagear o legado, mas também expandi-lo de maneiras criativas. Seja com uma abordagem mais sombria, um novo protagonista ou tecnologias que permitem contar a história de forma inédita, esses projetos provam que uma boa ideia pode, sim, renascer com ainda mais força. A seguir, listamos cinco franquias que voltaram com tudo e mostraram como se faz um reboot de sucesso.

Batman

Poucos personagens foram reinventados tantas vezes quanto o Cavaleiro das Trevas. Após as versões mais caricatas do final dos anos 90, a trilogia de Christopher Nolan, iniciada com “Batman Begins” em 2005, trouxe uma abordagem realista e sombria que redefiniu o gênero de super-heróis. A visão do diretor transformou Gotham em uma cidade crível e Bruce Wayne em um herói com profundidade psicológica.

O sucesso foi tão grande que parecia impossível repetir a dose. No entanto, em 2022, “Batman”, de Matt Reeves, provou o contrário. O filme mergulhou no lado detetivesco do personagem, apresentando um herói mais jovem e atormentado, interpretado por Robert Pattinson. A nova versão foi aclamada por sua atmosfera noir e por explorar um ângulo diferente do herói, consolidando o Batman como um ícone capaz de se adaptar a qualquer época.

Planeta dos Macacos

A saga original, lançada a partir de 1968, é um clássico da ficção científica. Porém, uma tentativa de reboot em 2001, dirigida por Tim Burton, não agradou e deixou a franquia no limbo por uma década. A redenção veio em 2011 com “Planeta dos Macacos: A Origem”, que mudou completamente o foco da história. Em vez de seguir os humanos, o filme nos apresentou ao chimpanzé César.

Contada do ponto de vista dos símios, a nova trilogia usou tecnologia de captura de movimento para criar personagens digitais com uma carga emocional impressionante. A jornada de César, de um animal de laboratório a um líder revolucionário, construiu uma narrativa poderosa sobre família, preconceito e sobrevivência. O resultado foi uma saga emocionante que superou as expectativas e se tornou um marco do cinema moderno.

Mad Max

Trinta anos se passaram desde o último filme da trilogia original estrelada por Mel Gibson. Muitos acreditavam que o universo pós-apocalíptico de George Miller já havia dado o que tinha que dar. Contudo, o próprio criador da saga retornou em 2015 para dirigir “Mad Max: Estrada da Fúria”, um filme que não apenas reviveu a franquia, mas a elevou a um novo patamar de excelência.

Com uma ação ininterrupta, efeitos práticos impressionantes e um design de produção impecável, o longa se tornou um fenômeno. Além de apresentar um novo Max, vivido por Tom Hardy, o filme introduziu a Imperatriz Furiosa, interpretada por Charlize Theron, uma das personagens mais marcantes do cinema de ação recente. O filme foi um sucesso de bilheteria e ainda levou para casa seis estatuetas do Oscar.

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007 – James Bond

No início dos anos 2000, o espião mais famoso do cinema corria o risco de se tornar uma paródia de si mesmo, com tramas exageradas e gadgets fantasiosos. Para competir com heróis de ação mais realistas, como Jason Bourne, a franquia precisava de uma mudança drástica. A solução veio com a escalação de Daniel Craig e o reboot completo da história em “007 – Cassino Royale”, de 2006.

O filme apresentou um James Bond mais bruto, vulnerável e humano, mostrando o início de sua carreira como agente secreto. A abordagem funcionou perfeitamente, modernizando o personagem para o século 21. A era Craig durou cinco filmes, construindo um arco narrativo contínuo e coeso, algo inédito para a saga, e se despediu com um dos capítulos mais emocionantes da história de Bond.

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Duna

A obra literária de Frank Herbert era considerada por muitos como “infilmável”. A complexidade de seu universo, cheio de política, religião e ecologia, já havia resultado em uma adaptação controversa em 1984, dirigida por David Lynch, que não conseguiu capturar a essência da história. Por décadas, o projeto parecia amaldiçoado, até cair nas mãos do diretor Denis Villeneuve.

Com uma visão grandiosa e respeito profundo pelo material original, Villeneuve dividiu o primeiro livro em duas partes, permitindo que a trama e os personagens fossem desenvolvidos com calma. Lançados em 2021 e 2024, “Duna: Parte Um” e “Duna: Parte Dois” foram sucessos estrondosos de crítica e público, elogiados por seus visuais deslumbrantes, trilha sonora imponente e a forma como traduziram a complexidade do romance para as telas.

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