Quais setores da economia brasileira mais cresceram no último trimestre

A economia mostra sinais de recuperação concentrada em setores específicos

A economia brasileira deu um sinal de força no segundo trimestre de 2025, impulsionada principalmente pelos setores de Serviços e Agronegócio. Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram um crescimento que abre novas perspectivas de emprego e investimento em todo o país.

Enquanto a indústria apresentou um avanço mais modesto, foram as atividades ligadas à rotina das pessoas e à exportação de commodities que garantiram o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB). Entender quais áreas estão em alta é fundamental para quem busca uma nova colocação no mercado ou pretende abrir um negócio.

Serviços lideram a expansão

O setor de serviços foi o grande protagonista do crescimento econômico no período. Ele engloba uma vasta gama de atividades, desde o comércio varejista e restaurantes até tecnologia da informação e serviços financeiros. Esse desempenho reflete um aumento na confiança do consumidor e uma maior circulação de renda.

Dentro deste universo, algumas áreas se destacaram. O segmento de transportes, armazenagem e correio, por exemplo, avançou de forma consistente. O resultado foi influenciado tanto pelo escoamento da produção agrícola quanto pelo crescimento do comércio eletrônico, que demanda uma logística cada vez mais eficiente.

Outro ponto de destaque foi a categoria “outros serviços”, que inclui atividades voltadas às famílias, como hotelaria, alimentação e eventos. A retomada plena do turismo doméstico e a maior frequência das pessoas em bares e restaurantes foram decisivas para o bom resultado. Isso se traduz diretamente em mais vagas para garçons, recepcionistas, cozinheiros e agentes de viagem.

O setor de informação e comunicação também contribuiu positivamente. A contínua digitalização de empresas e a alta demanda por serviços de software, computação em nuvem e segurança cibernética mantêm a área aquecida. Profissionais de tecnologia seguem com alta empregabilidade, impulsionando a média salarial do segmento.

A força do campo impulsiona a balança comercial

O Agronegócio, mais uma vez, provou ser um pilar da economia brasileira. O setor registrou um crescimento robusto, sustentado por uma safra recorde de grãos, especialmente soja e milho. As condições climáticas favoráveis e o investimento em tecnologia no campo permitiram um aumento significativo da produtividade.

Esse desempenho tem um impacto direto na balança comercial do país, gerando saldo positivo com as exportações. A forte demanda de mercados internacionais, principalmente da Ásia, mantém os preços das commodities em patamares elevados, o que beneficia os produtores rurais e toda a cadeia produtiva envolvida.

O crescimento do agro não se limita à porteira da fazenda. Ele movimenta uma extensa rede de indústrias e serviços, como a fabricação de máquinas e implementos agrícolas, produção de fertilizantes e defensivos, além de transporte e armazenamento. A geração de empregos ocorre em diversas frentes, do campo à cidade.

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Indústria de Transformação avança com cautela

A Indústria de Transformação, que converte matéria-prima em produtos acabados, também apresentou crescimento, embora mais tímido que os outros setores. O resultado foi puxado principalmente pela fabricação de produtos alimentícios e biocombustíveis, atividades diretamente ligadas ao bom desempenho do agronegócio.

Por outro lado, segmentos mais dependentes do crédito e do consumo das famílias, como o de bens duráveis, enfrentaram um cenário mais desafiador. As taxas de juros ainda em patamares restritivos dificultam o financiamento de itens de maior valor, como eletrodomésticos e veículos.

Apesar disso, nichos específicos mostram vitalidade. A produção ligada à economia verde, como a fabricação de equipamentos para energia solar e eólica, vem ganhando espaço. Essa é uma área com grande potencial para atrair investimentos e gerar postos de trabalho qualificados nos próximos anos, alinhada a uma tendência global de sustentabilidade.

Oportunidades no cenário atual

O panorama econômico desenhado pelos dados do IBGE aponta caminhos claros para quem está atento ao mercado. As oportunidades de emprego tendem a se concentrar nas áreas de serviços que mais crescem, como logística, tecnologia, turismo e alimentação. A qualificação profissional nessas áreas pode ser um diferencial competitivo.

Para empreendedores, o cenário também é promissor. Negócios que atendem às demandas do agronegócio, como consultoria técnica, desenvolvimento de softwares de gestão para fazendas ou empresas de logística especializada, encontram um terreno fértil. Da mesma forma, o setor de serviços continua aberto a inovações, especialmente aquelas que melhoram a experiência do consumidor ou otimizam operações por meio da tecnologia.

A economia mostra sinais de recuperação concentrada em setores específicos. A análise desses movimentos permite identificar onde estão as melhores oportunidades e se preparar para aproveitá-las, seja buscando uma vaga de emprego ou investindo em um novo projeto.

Quais foram os principais motores do crescimento do PIB no trimestre?

O crescimento da economia foi liderado pelo setor de Serviços, que responde pela maior parte do PIB brasileiro.

Dentro dele, as atividades de transporte, hotelaria, alimentação e tecnologia da informação foram os grandes destaques.

O Agronegócio também teve um papel fundamental, impulsionado por uma safra recorde de grãos e pela forte demanda internacional por commodities.

O crescimento da economia já pode ser sentido pela população?

O impacto do crescimento começa a ser percebido, mas de forma desigual. Há uma geração clara de empregos nos setores que mais avançaram.

Isso significa mais vagas em áreas como logística, turismo e tecnologia. No entanto, o efeito na renda e no poder de compra geral ainda é gradual.

Quais oportunidades de negócio surgem com este cenário?

Surgem oportunidades em negócios que prestam serviços para os setores em alta. Por exemplo, empresas de logística para o e-commerce e o agronegócio.

Há também espaço para startups de tecnologia (agritechs), turismo e negócios no ramo de alimentação que foquem em novas experiências para o consumidor.

Existem setores que não acompanharam o crescimento?

Sim. A indústria de bens duráveis, como a de eletrodomésticos e veículos, apresentou um crescimento mais lento.

O motivo principal são as taxas de juros elevadas, que encarecem o crédito e desestimulam o consumo de itens de maior valor pelas famílias.

Esse resultado positivo significa que a economia se recuperou totalmente?

O resultado é um sinal positivo e importante, mas não significa uma recuperação total e generalizada da economia.

O crescimento está concentrado em algumas áreas. Desafios como a inflação e a necessidade de melhora em outros segmentos da indústria ainda persistem.

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