Cuidado com o golpe: 5 fraudes comuns envolvendo o nome do INSS

Saiba quais são os golpes envolvendo o nome do INSS e fique atento

Aposentados e segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão na mira de criminosos que usam o nome do órgão para aplicar golpes. As fraudes se modernizaram e chegam por telefone, WhatsApp, e-mail e SMS, explorando a confiança e a falta de informação das vítimas para roubar dados pessoais e dinheiro. As abordagens são variadas, mas quase sempre envolvem promessas de vantagens financeiras ou ameaças de bloqueio de benefícios.

As táticas dos golpistas são pensadas para criar um senso de urgência, impedindo que a pessoa tenha tempo para verificar a informação. Eles podem se passar por funcionários do INSS, de bancos ou de associações de aposentados para oferecer falsas revisões de benefícios, empréstimos vantajosos ou ajuda para realizar a prova de vida. Entender como essas armadilhas funcionam é o primeiro passo para se proteger e garantir que seus direitos e suas economias fiquem seguros.

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1. Falsa prova de vida por telefone ou link

Um dos golpes mais comuns envolve a prova de vida. Criminosos entram em contato com aposentados e pensionistas, principalmente por telefone ou WhatsApp, e afirmam que o procedimento precisa ser feito com urgência para evitar a suspensão do pagamento. Eles solicitam o envio de fotos de documentos e uma selfie do beneficiário como forma de “comprovação”.

O objetivo é roubar dados pessoais para abrir contas, solicitar cartões de crédito ou contratar empréstimos em nome da vítima. É importante saber que, desde 2023, a prova de vida é feita automaticamente pelo INSS, por meio do cruzamento de dados de outros órgãos públicos. O órgão só entra em contato se não encontrar registros de movimentação do beneficiário ao longo do ano.

O INSS nunca solicita fotos de documentos ou senhas por telefone ou aplicativos de mensagem. A principal recomendação é desligar a chamada e não clicar em links suspeitos. Em caso de dúvida, o cidadão deve procurar os canais oficiais do órgão.

2. Oferta de empréstimo consignado vantajoso

Nesta fraude, os golpistas oferecem um empréstimo consignado com taxas de juros muito abaixo do mercado e liberação rápida do dinheiro. A conversa parece profissional e convincente, mas o verdadeiro propósito é obter dados sensíveis, como número do benefício, CPF e informações bancárias.

Em alguns casos, os criminosos chegam a pedir um “depósito antecipado” para cobrir supostas taxas administrativas ou de cartório, prometendo que o valor será devolvido junto com o empréstimo. Nenhuma instituição financeira séria exige pagamento prévio para liberar crédito. Ao receber uma oferta do tipo, desconfie e encerre o contato.

A contratação de crédito consignado deve ser feita diretamente com bancos conhecidos ou correspondentes bancários autorizados. Jamais forneça seus dados por telefone ou em sites de origem duvidosa.

3. Promessa de revisão do benefício com pagamento de “atrasados”

Este golpe costuma mirar trabalhadores rurais e outros segurados com a promessa de recalcular o valor da aposentadoria e liberar uma grande quantia em dinheiro de supostos “atrasados”. Os fraudadores se passam por advogados, servidores ou representantes de associações para enganar as vítimas.

Eles informam que a pessoa tem direito a receber valores retroativos de uma ação judicial e, para liberar o pagamento, é preciso arcar com “custas processuais” ou honorários. O pagamento geralmente é solicitado via pix ou boleto. Entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) alertam frequentemente sobre essas práticas, reforçando que não fazem abordagens do tipo.

Qualquer revisão de benefício só pode ser solicitada pelo próprio segurado através dos canais oficiais, como o aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135. O instituto não cobra taxas para realizar esses serviços.

As táticas dos golpistas são pensadas para criar um senso de urgência
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4. Antecipação do 13º salário

Próximo a datas em que o governo anuncia o calendário do 13º salário dos aposentados, os golpistas intensificam suas ações. Eles entram em contato oferecendo uma falsa antecipação do benefício, com a justificativa de que o segurado pode receber o dinheiro antes da data oficial.

Para isso, pedem informações pessoais e bancárias ou o pagamento de uma pequena taxa para “acelerar” o processo. A tática é a mesma de outros golpes: criar uma oportunidade imperdível para que a vítima aja por impulso e entregue o que os criminosos querem. O calendário oficial de pagamentos do INSS é público e deve ser consultado apenas em fontes confiáveis.

5. Atualização cadastral obrigatória

Por meio de SMS ou e-mail, os criminosos enviam uma mensagem afirmando que o beneficiário precisa atualizar seus dados com urgência para não ter a aposentadoria ou pensão bloqueada. A mensagem contém um link que direciona para uma página falsa, idêntica à do portal Meu INSS.

Ao inserir o CPF e a senha no site falso, a vítima entrega suas credenciais de acesso aos golpistas. Com esses dados em mãos, eles podem acessar o sistema verdadeiro, alterar informações bancárias para desviar o pagamento do benefício e contratar empréstimos consignados em nome do segurado.

O INSS reforça que não envia links por e-mail ou SMS para atualização de dados. Todo o procedimento deve ser feito exclusivamente pelo site ou aplicativo oficial Meu INSS, acessado de forma proativa pelo próprio usuário, ou em uma agência da Previdência Social, com agendamento prévio.

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