Autor: Ana Leitão

  • Teve prejuízo com a queda do app do Nubank? Conheça seus direitos

    Teve prejuízo com a queda do app do Nubank? Conheça seus direitos

    O aplicativo do Nubank apresentou instabilidade e você não conseguiu pagar uma conta a tempo? A falha gerou multas e juros, e agora o prejuízo está na sua carteira. Essa é uma situação frustrante e que tem se tornado comum para clientes de bancos digitais, especialmente em dias de maior movimento, como no início do mês.

    Se isso aconteceu com você, saiba que a responsabilidade por arcar com os custos adicionais não é sua. A lei é clara: a instituição financeira deve garantir o funcionamento de seus serviços. Quando uma falha técnica impede o cliente de cumprir uma obrigação, o banco é quem deve arcar com as consequências, incluindo o ressarcimento de juros e multas.

    Leia: Uso de Pix estimulou aceitação de cartão de débito, mostra estudo

    A responsabilidade é do banco?

    Sim, a responsabilidade é integralmente da instituição financeira. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece, em seu artigo 14, que o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.

    Uma instabilidade no aplicativo que impede pagamentos é considerada uma falha na prestação do serviço. O cliente tinha a intenção e os meios para pagar a conta, mas foi impedido por um problema técnico fora de seu controle. Portanto, qualquer encargo decorrente do atraso, como multas e juros, deve ser estornado pelo banco.

    A lógica é simples, o consumidor não pode ser penalizado por uma deficiência do serviço contratado. O banco tem o dever de manter seus canais digitais estáveis e funcionais. Quando isso não ocorre, a obrigação de reparar o dano financeiro é automática.

    Como comprovar a falha no aplicativo?

    O primeiro passo para garantir seus direitos é reunir provas de que você tentou realizar o pagamento e não conseguiu por causa da instabilidade. A documentação é fundamental para fortalecer sua reclamação junto ao banco e, se necessário, em outros órgãos de defesa do consumidor.

    A principal prova é a captura de tela (print) do erro exibido no aplicativo. Salve imagens que mostrem mensagens de sistema indisponível, falha na transação ou qualquer outro aviso que impeça a conclusão da operação. Anote o dia e o horário das tentativas.

    Outra fonte valiosa de evidências são as redes sociais. Em dias de instabilidade, plataformas como o X (antigo Twitter) ficam repletas de relatos de outros usuários. Faça capturas de tela dessas reclamações, pois elas mostram que o problema foi coletivo e não um caso isolado com seu aparelho ou conexão.

    Sites especializados em monitorar o status de serviços on-line, como o Downdetector, também servem como prova. Eles registram picos de reclamações de usuários em tempo real. Um relatório desses sites pode comprovar que o serviço do Nubank estava de fato com problemas no momento em que você tentava pagar a conta.

    A instituição financeira deve garantir o funcionamento de seus serviços
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    Passo a passo para pedir o ressarcimento

    Com as provas em mãos, o caminho para solicitar a devolução do dinheiro é mais simples. Siga uma ordem lógica de canais de atendimento, começando pelo próprio banco e escalando a reclamação caso não obtenha uma solução satisfatória.

    1. Contato com o Nubank
    O primeiro passo é sempre tentar resolver diretamente com a empresa. Entre em contato pelos canais oficiais de atendimento, como chat no aplicativo, e-mail ou telefone. Explique a situação de forma clara, informe a data e o horário da tentativa de pagamento e apresente as provas que você reuniu. Solicite formalmente o estorno dos juros e da multa pagos indevidamente.

    2. Ouvidoria
    Se o atendimento inicial não resolver seu problema ou a resposta for negativa, o próximo passo é a Ouvidoria do banco. Este é um canal de segunda instância, criado para mediar conflitos que não foram solucionados nos canais primários. Tenha o número de protocolo do primeiro atendimento em mãos.

    3. Consumidor.gov.br
    Caso o banco ainda se recuse a fazer o ressarcimento, registre uma reclamação na plataforma Consumidor.gov.br. Trata-se de um serviço público e gratuito que permite a comunicação direta entre consumidores e empresas para a solução de conflitos. A reclamação é monitorada por órgãos de defesa do consumidor, o que aumenta a chance de uma resolução rápida.

    4. Procon
    Você também pode procurar o Procon do seu estado. O órgão de defesa do consumidor pode intermediar o caso e até mesmo aplicar sanções à empresa caso identifique uma prática abusiva recorrente. É um caminho eficaz para fazer valer seus direitos.

    5. Banco Central
    Em última instância, se nenhuma das alternativas anteriores funcionar, registre uma queixa no Banco Central (BC). O BC fiscaliza as instituições financeiras e, embora não resolva diretamente o seu caso individual, a reclamação serve como um importante registro contra o banco, podendo levar a fiscalizações e multas.

    O banco pode me cobrar juros se o aplicativo estava fora do ar?

    Não. A cobrança de juros e multas é indevida quando o atraso no pagamento ocorre por uma falha no serviço do banco.

    O Código de Defesa do Consumidor determina que a responsabilidade pela falha é da instituição financeira.

    Quais provas preciso guardar para reclamar do prejuízo?

    Guarde capturas de tela do aplicativo mostrando a mensagem de erro. É importante registrar a data e a hora da tentativa.

    Reclamações de outros usuários nas redes sociais e relatórios de sites como o Downdetector também servem como prova.

    O que fazer se o Nubank não devolver o dinheiro?

    Se o atendimento inicial não resolver, procure a Ouvidoria do banco. Caso a recusa persista, formalize uma queixa no site Consumidor.gov.br.

    Outras opções são abrir um processo no Procon do seu estado ou registrar uma reclamação contra a instituição no Banco Central.

    Esse direito vale apenas para o Nubank?

    Não. Essa regra vale para qualquer banco, fintech ou instituição financeira que ofereça serviços digitais.

    A responsabilidade por falhas na prestação de serviço que geram prejuízo ao cliente é de toda e qualquer empresa, conforme o CDC.

    Preciso de advogado para resolver o problema?

    Na maioria dos casos, não. Os canais administrativos como a Ouvidoria, o Consumidor.gov.br e o Procon são projetados para que o próprio consumidor resolva a questão.

    O acionamento da Justiça com um advogado costuma ser o último recurso, indicado para casos mais complexos ou quando os valores envolvidos são altos.

  • Qual o melhor filtro de água para sua casa: de barro ou de parede?

    Qual o melhor filtro de água para sua casa: de barro ou de parede?

    A preocupação da interrupção no fornecimento de água acende um alerta em qualquer casa. A preocupação vai além de estocar galões e baldes, trazendo à tona uma dúvida antiga e essencial, como garantir a qualidade da água que bebemos todos os dias? Nesse cenário, a escolha entre o tradicional filtro de barro e o moderno purificador de parede se torna uma decisão crucial para a saúde e o bolso da família.

    Longe de ser uma questão apenas de estética ou de espaço na cozinha, a opção por um ou outro modelo impacta diretamente a pureza da água, os custos de manutenção e a praticidade do dia a dia. Ambos têm a mesma missão, mas usam tecnologias e métodos completamente diferentes para entregar um copo de água livre de impurezas.

    O tradicional filtro de barro

    Conhecido por gerações e presente em muitas cozinhas brasileiras, o filtro de barro é mais do que uma peça de decoração rústica. Seu sistema de funcionamento é baseado na gravidade. A água é colocada no compartimento superior e passa lentamente através de uma vela de cerâmica porosa, que retém partículas sólidas, cloro e outras impurezas antes de gotejar no reservatório inferior.

    A principal vantagem desse processo é a sua eficiência. A filtragem lenta e natural é capaz de remover até 99% das bactérias, parasitas e pesticidas. Além disso, a argila tem a propriedade de resfriar a água em até 5 graus celsius abaixo da temperatura ambiente, oferecendo uma bebida sempre fresca sem gastar energia elétrica. O custo inicial é baixo e a manutenção se resume à troca da vela, que também é acessível.

    Contudo, o filtro de barro exige cuidados. Sua capacidade de armazenamento é limitada, o que pode ser um problema para famílias grandes. A velocidade de filtragem é baixa, exigindo planejamento para não ficar sem água. A limpeza precisa ser rigorosa e periódica, pois a umidade constante pode favorecer o aparecimento de limo ou mofo se o filtro não for higienizado corretamente. Por ser de cerâmica, também é um objeto frágil.

    Leia: Saiba como higienizar seu filtro de barro da maneira correta

    O filtro de barro é uma das tecnologias mais antigas e eficientes já inventada
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    O moderno filtro de parede

    Os purificadores de parede ou de bancada representam a praticidade. Conectados diretamente à rede hidráulica, eles fornecem água purificada de forma instantânea e contínua. A maioria dos modelos utiliza um sistema de filtragem de múltiplas etapas, com elementos que retêm partículas, reduzem o cloro e, em versões mais avançadas, eliminam bactérias com o uso de membranas ou lâmpadas ultravioleta.

    Sua grande vantagem é a conveniência. Basta apertar um botão para ter água à vontade, muitas vezes com a opção de escolher entre temperaturas natural ou gelada. Eles otimizam o espaço na cozinha, especialmente os modelos de parede, e seu design costuma ser moderno e discreto. A troca do refil é simples, embora deva ser feita conforme a recomendação do fabricante para garantir a eficácia.

    O lado negativo está principalmente no custo. O investimento inicial é consideravelmente maior que o do filtro de barro. Modelos com refrigeração consomem energia elétrica, o que impacta a conta de luz. O preço dos refis também é mais elevado e a vida útil pode ser menor dependendo da qualidade da água da sua região. A instalação pode exigir a ajuda de um profissional e o aparelho depende da pressão da água da rede para funcionar bem.

    Dependendo do modelo do filtro de parede, ele pode impactar na sua conta de luz
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    Como escolher o filtro ideal?

    A decisão final depende do cruzamento entre suas necessidades, seu orçamento e seu estilo de vida. Se você prioriza a máxima eficiência na purificação a um custo baixo e não se importa com a manutenção manual e a lentidão do processo, o filtro de barro é uma opção excelente e sustentável.

    Por outro lado, se a sua rotina pede praticidade, rapidez e o conforto da água gelada a qualquer momento, e você está disposto a fazer um investimento maior, o purificador de parede é a escolha mais indicada. Ele atende bem famílias maiores e pessoas que valorizam a conveniência acima de tudo.

    Independentemente da sua escolha, um ponto é inegociável: a certificação do INMETRO. O selo garante que o aparelho foi testado e aprovado em critérios de segurança e eficiência, assegurando que ele realmente entrega a qualidade de água que sua família merece.

    Filtro de barro é realmente o melhor do mundo?

    O filtro de barro é frequentemente citado como um dos sistemas de purificação doméstica mais eficientes do mundo.

    Sua eficácia vem da combinação da cerâmica microporosa com a filtração por gravidade, um processo lento que maximiza a retenção de impurezas.

    Com que frequência preciso trocar a vela do filtro de barro?

    A recomendação geral é trocar a vela de cerâmica a cada seis meses de uso.

    Esse prazo pode variar se você notar uma diminuição no fluxo de água ou alteração na cor da vela, indicando saturação.

    Purificador de parede gasta muita energia?

    Depende do modelo. Purificadores que oferecem apenas água em temperatura natural não consomem energia elétrica.

    Os modelos com sistema de refrigeração têm um consumo de energia, que geralmente é baixo e pode ser comparado ao de uma lâmpada.

    Qual a principal diferença entre um filtro e um purificador?

    Um filtro, como o de barro, usa uma barreira física para reter partículas. O termo purificador é geralmente usado para aparelhos com mais de uma etapa de filtragem.

    Purificadores também podem ter tecnologias adicionais, como lâmpadas UV, e são certificados pelo INMETRO para reter partículas menores e até bactérias.

    O que devo olhar antes de comprar um purificador?

    Verifique sempre se o produto possui o Selo do INMETRO, que atesta sua capacidade de filtragem.

    Analise também o custo e a facilidade de encontrar o refil, a vida útil do elemento filtrante e a capacidade de redução de cloro e retenção de partículas.

  • Cuidado com o golpe: 5 fraudes comuns envolvendo o nome do INSS

    Cuidado com o golpe: 5 fraudes comuns envolvendo o nome do INSS

    Aposentados e segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão na mira de criminosos que usam o nome do órgão para aplicar golpes. As fraudes se modernizaram e chegam por telefone, WhatsApp, e-mail e SMS, explorando a confiança e a falta de informação das vítimas para roubar dados pessoais e dinheiro. As abordagens são variadas, mas quase sempre envolvem promessas de vantagens financeiras ou ameaças de bloqueio de benefícios.

    As táticas dos golpistas são pensadas para criar um senso de urgência, impedindo que a pessoa tenha tempo para verificar a informação. Eles podem se passar por funcionários do INSS, de bancos ou de associações de aposentados para oferecer falsas revisões de benefícios, empréstimos vantajosos ou ajuda para realizar a prova de vida. Entender como essas armadilhas funcionam é o primeiro passo para se proteger e garantir que seus direitos e suas economias fiquem seguros.

    Leia:

    Em guerra na CPI, governo e oposição se unem contra descontos no INSS

    Depoente afirma que BMG frauda empréstimos consignados desde 2005

    1. Falsa prova de vida por telefone ou link

    Um dos golpes mais comuns envolve a prova de vida. Criminosos entram em contato com aposentados e pensionistas, principalmente por telefone ou WhatsApp, e afirmam que o procedimento precisa ser feito com urgência para evitar a suspensão do pagamento. Eles solicitam o envio de fotos de documentos e uma selfie do beneficiário como forma de “comprovação”.

    O objetivo é roubar dados pessoais para abrir contas, solicitar cartões de crédito ou contratar empréstimos em nome da vítima. É importante saber que, desde 2023, a prova de vida é feita automaticamente pelo INSS, por meio do cruzamento de dados de outros órgãos públicos. O órgão só entra em contato se não encontrar registros de movimentação do beneficiário ao longo do ano.

    O INSS nunca solicita fotos de documentos ou senhas por telefone ou aplicativos de mensagem. A principal recomendação é desligar a chamada e não clicar em links suspeitos. Em caso de dúvida, o cidadão deve procurar os canais oficiais do órgão.

    2. Oferta de empréstimo consignado vantajoso

    Nesta fraude, os golpistas oferecem um empréstimo consignado com taxas de juros muito abaixo do mercado e liberação rápida do dinheiro. A conversa parece profissional e convincente, mas o verdadeiro propósito é obter dados sensíveis, como número do benefício, CPF e informações bancárias.

    Em alguns casos, os criminosos chegam a pedir um “depósito antecipado” para cobrir supostas taxas administrativas ou de cartório, prometendo que o valor será devolvido junto com o empréstimo. Nenhuma instituição financeira séria exige pagamento prévio para liberar crédito. Ao receber uma oferta do tipo, desconfie e encerre o contato.

    A contratação de crédito consignado deve ser feita diretamente com bancos conhecidos ou correspondentes bancários autorizados. Jamais forneça seus dados por telefone ou em sites de origem duvidosa.

    3. Promessa de revisão do benefício com pagamento de “atrasados”

    Este golpe costuma mirar trabalhadores rurais e outros segurados com a promessa de recalcular o valor da aposentadoria e liberar uma grande quantia em dinheiro de supostos “atrasados”. Os fraudadores se passam por advogados, servidores ou representantes de associações para enganar as vítimas.

    Eles informam que a pessoa tem direito a receber valores retroativos de uma ação judicial e, para liberar o pagamento, é preciso arcar com “custas processuais” ou honorários. O pagamento geralmente é solicitado via pix ou boleto. Entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) alertam frequentemente sobre essas práticas, reforçando que não fazem abordagens do tipo.

    Qualquer revisão de benefício só pode ser solicitada pelo próprio segurado através dos canais oficiais, como o aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135. O instituto não cobra taxas para realizar esses serviços.

    As táticas dos golpistas são pensadas para criar um senso de urgência
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    4. Antecipação do 13º salário

    Próximo a datas em que o governo anuncia o calendário do 13º salário dos aposentados, os golpistas intensificam suas ações. Eles entram em contato oferecendo uma falsa antecipação do benefício, com a justificativa de que o segurado pode receber o dinheiro antes da data oficial.

    Para isso, pedem informações pessoais e bancárias ou o pagamento de uma pequena taxa para “acelerar” o processo. A tática é a mesma de outros golpes: criar uma oportunidade imperdível para que a vítima aja por impulso e entregue o que os criminosos querem. O calendário oficial de pagamentos do INSS é público e deve ser consultado apenas em fontes confiáveis.

    5. Atualização cadastral obrigatória

    Por meio de SMS ou e-mail, os criminosos enviam uma mensagem afirmando que o beneficiário precisa atualizar seus dados com urgência para não ter a aposentadoria ou pensão bloqueada. A mensagem contém um link que direciona para uma página falsa, idêntica à do portal Meu INSS.

    Ao inserir o CPF e a senha no site falso, a vítima entrega suas credenciais de acesso aos golpistas. Com esses dados em mãos, eles podem acessar o sistema verdadeiro, alterar informações bancárias para desviar o pagamento do benefício e contratar empréstimos consignados em nome do segurado.

    O INSS reforça que não envia links por e-mail ou SMS para atualização de dados. Todo o procedimento deve ser feito exclusivamente pelo site ou aplicativo oficial Meu INSS, acessado de forma proativa pelo próprio usuário, ou em uma agência da Previdência Social, com agendamento prévio.

  • 5 dicas práticas para economizar água em casa e sentir no bolso

    5 dicas práticas para economizar água em casa e sentir no bolso

    A interrupção no fornecimento de água, acende um alerta que vai além do transtorno momentâneo. Essa situação nos lembra de um recurso finito e da importância de usá-lo com consciência. Entretanto, pequenas mudanças de hábito no dia a dia podem gerar um impacto gigante, não só para o meio ambiente, mas também para o seu bolso no fim do mês.

    Adotar práticas mais eficientes não exige grandes investimentos ou reformas complicadas. Trata-se de uma reeducação do olhar sobre como e quando abrimos a torneira. Desde o banho até a limpeza da casa, existem dezenas de oportunidades para evitar o desperdício.

    Leia: 60 bairros da Grande BH podem ficar sem água nesta quinta (4/9)

    1. Transforme o banheiro no seu aliado

    O banheiro é, de longe, o maior consumidor de água em uma casa. O chuveiro e o vaso sanitário são os principais vilões, mas podem se tornar heróis da economia com ajustes simples. Um banho de 15 minutos, por exemplo, pode gastar mais de 130 litros de água. Reduzir esse tempo para 5 minutos já representa uma economia de quase 90 litros. O truque é desligar o chuveiro enquanto se ensaboa ou lava o cabelo.

    Já o vaso sanitário com válvula antiga pode usar até 12 litros por descarga. Se a troca por um modelo com caixa acoplada de duplo acionamento (3 e 6 litros) não for uma opção, existe uma solução caseira. Coloque uma garrafa pet cheia de água dentro da caixa. Isso diminui o volume de água usado a cada descarga, sem afetar a eficiência.

    Fique atento também a vazamentos, um fio de água constante no vaso pode desperdiçar milhares de litros por mês. Um teste simples é colocar um pouco de corante na caixa e ver se a água da bacia fica colorida sem dar descarga.

    2. Use a inteligência na cozinha

    Depois do banheiro, a cozinha é o segundo ponto de maior consumo. A principal dica aqui é abolir o hábito de lavar a louça com a torneira aberta o tempo todo. Primeiro, limpe os restos de comida dos pratos e panelas. Em seguida, encha a pia com água e sabão para ensaboar tudo. Por último, enxágue rapidamente. Esse método pode economizar mais de 100 litros de água a cada lavagem.

    Outra prática comum que gasta muita água é descongelar alimentos sob a torneira. Planeje-se e retire os itens do congelador com antecedência, deixando-os na geladeira. Para lavar frutas, legumes e verduras, use uma bacia com água em vez de deixá-los sob água corrente. A água utilizada nesse processo, aliás, pode ser reaproveitada para regar as plantas.

    3. Lave roupas com carga máxima

    A máquina de lavar é um equipamento essencial, mas seu uso inadequado gera um grande desperdício. O ideal é sempre utilizá-la com a capacidade máxima. Ligar a máquina várias vezes na semana para lavar poucas peças consome a mesma quantidade de água e energia que uma lavagem completa. Junte roupas sujas e faça uma única lavagem.

    Além disso, avalie a real necessidade de lavar uma peça. Calças jeans, casacos e outras roupas mais pesadas nem sempre precisam ir para o cesto após um único uso. Deixá-las arejar pode ser o suficiente. Essa prática economiza água e preserva a vida útil dos tecidos, fazendo com que suas roupas durem mais tempo.

    Fechar a torneira, lavar todas roupas em uma só lavagem e diminuir o tempo de banho são algumas das formas de diminuir a conta de água
    joan_njenga de pixabay

    4. Cuidado com a mangueira

    A mangueira é uma ferramenta que convida ao desperdício. Usá-la para “varrer” a calçada ou lavar o quintal é um dos maiores erros. Em apenas 15 minutos, essa atividade pode consumir quase 300 litros de água. Prefira sempre a vassoura para a limpeza de áreas externas. Se for preciso lavar, opte por um balde com água e pano.

    O mesmo vale para lavar o carro. Trocar a mangueira por um balde pode gerar uma economia de mais de 500 litros de água. Para as plantas, o melhor horário para regar é no início da manhã ou no final da tarde, quando a evaporação é menor. Direcione a água para a base da planta, evitando molhar as folhas. Se possível, armazene a água da chuva para essa finalidade, criando uma solução sustentável e gratuita.

    5. Torne-se um caçador de vazamentos

    Vazamentos são inimigos silenciosos e podem ser a causa de uma conta de água alta sem que você perceba. Uma torneira pingando pode parecer inofensiva, mas desperdiça cerca de 40 litros de água por dia. Um pequeno furo em um cano, muitas vezes invisível, pode representar um prejuízo ainda maior ao longo do mês.

    Fazer uma verificação periódica é fundamental. Um método eficaz é fechar todos os registros e torneiras da casa. Depois, observe o medidor de água (hidrômetro). Se os ponteiros continuarem se movendo, é um sinal claro de que existe um vazamento em algum ponto da rede hidráulica. Manter as torneiras bem fechadas e consertar qualquer gotejamento assim que ele aparece são atitudes que fazem toda a diferença.

  • Outros 4 estilistas italianos que mudaram a história da moda

    Outros 4 estilistas italianos que mudaram a história da moda

    A moda mundial sentiu o impacto do falecimento do estilista Giorgio Armani, um nome que se tornou sinônimo de elegância e sofisticação. Sua trajetória reforça o poder inigualável da Itália como um centro criativo que moldou o guarda-roupa global por décadas. O país, no entanto, foi o berço de muitos outros visionários que, assim como ele, romperam barreiras e estabeleceram novos padrões de luxo.

    Enquanto Armani construía um império baseado em alfaiataria impecável e cores neutras, outros estilistas italianos exploravam caminhos diferentes, mas igualmente revolucionários. Eles usaram a moda como uma plataforma para expressar ideias sobre arte, poder feminino, glamour e cultura pop. Conhecer suas histórias é entender a diversidade e a riqueza do design italiano.

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    Giorgio Armani, rei do luxo à italiana

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    Mundo perdeu um ‘gigante’ com a morte de Armani, afirma Donatella Versace

    Gianni Versace

    Gianni Versace foi pioneiro na união entre moda e cultura pop
    Mondadori Portfolio / Getty Images

    Se Armani representava a sobriedade, Gianni Versace era a personificação da opulência e da audácia. Nascido na Calábria, no sul da Itália, ele fundou sua marca em 1978 e rapidamente a transformou em um símbolo de excesso, sensualidade e poder. Sua moda era vibrante, ousada e feita para ser notada.

    Versace buscou inspiração na mitologia grega e na arte clássica, adotando a Medusa como logotipo. A figura, que petrificava quem a olhasse, simbolizava a mulher forte e perigosa que ele queria vestir. Suas coleções eram repletas de estampas barrocas, cores saturadas, couro e correntes douradas, criando uma estética inconfundível.

    Vestido da Versace, mascardo pela característica da cor dourada
    DIMITAR DILKOFF

    Ele foi pioneiro na união entre moda e cultura pop, entendendo o poder das celebridades para alavancar uma marca. Ao vestir estrelas como Madonna, Elton John e a princesa Diana, ele consolidou sua imagem global. Versace também é creditado por ajudar a criar o fenômeno das supermodelos nos anos 90, pagando cachês altíssimos para ter Naomi Campbell, Cindy Crawford e Linda Evangelista em seus desfiles.

    O legado de Versace vai além das roupas. Ele criou um estilo de vida completo, com linhas de decoração, perfumes e hotéis.

    Miuccia Prada

    Miuccia é conhecida por seu conceito de “ugly chic”
    Reprodução/Jamie McCarthy/Getty Images

    Miuccia Prada oferece um contraponto intelectual à exuberância de muitos de seus conterrâneos. Quando assumiu a empresa de artigos de couro de sua família em 1978, a Prada era uma marca tradicional e respeitada, mas sem grande expressão na moda. Com uma abordagem subversiva, ela a transformou em uma das forças mais influentes do setor.

    Sua grande virada aconteceu nos anos 80, com o lançamento de uma mochila de náilon preto. Em uma era dominada pelo luxo ostensivo, usar um material industrial e utilitário para um item de moda foi um ato radical. A peça se tornou um sucesso imediato e definiu a filosofia de Miucci, desafiar as noções convencionais de beleza e valor.

    Coleção de inverno da Prada, no Milão Fashion Week
    PIERO CRUCIATTI

    A estilista é conhecida por seu conceito de “ugly chic” (chique feio), que questiona o que é considerado bonito. Suas coleções frequentemente apresentam combinações de cores inusitadas, tecidos tecnológicos e silhuetas desconstruídas. Para ela, a moda é uma ferramenta para expressar ideias complexas sobre sociedade, política e feminilidade.

    Coleção primavera - verão da Prada no Milão Fashion Week
    PIERO CRUCIATTI

    Ao contrário de estilistas que buscam apenas embelezar, Miuccia Prada busca provocar e fazer pensar. Ela provou que a moda pode ser inteligente e conceitual, influenciando gerações de designers a pensar além do óbvio e a encontrar beleza no inesperado.

    Valentino Garavani

    Valentino Clemente Ludovico Garavani, entrou no mundo da moda na década de 60
    Reprodução/InStyle.com

    Valentino Garavani é o mestre da alta-costura e do glamour atemporal. Desde a fundação de sua maison em Roma, em 1960, ele se dedicou a criar uma moda que exala feminilidade, sofisticação e perfeição técnica. Seu nome está associado a uma elegância clássica que transcende tendências passageiras.

    A cor que define seu trabalho é o “Vermelho Valentino”, um tom vibrante e específico de vermelho que se tornou sua assinatura. A cor foi inspirada em uma viagem a Barcelona, onde ele ficou fascinado com os vestidos das mulheres na ópera. Desde então, o vermelho se tornou um elemento constante em suas criações, simbolizando paixão e força.

    Valentino se tornou o designer preferido de realezas, primeiras-damas e estrelas de Hollywood. Ele vestiu Jacqueline Kennedy para seu casamento com Aristóteles Onassis e criou peças icônicas para atrizes como Elizabeth Taylor e Audrey Hepburn. Seus vestidos de gala, com bordados detalhados, laços e caimentos perfeitos, são sinônimos do tapete vermelho.

    A cor que define o trabalho do estilista é o “Vermelho Valentino”
    FRANCOIS MORI

    Mesmo após sua aposentadoria em 2007, o legado de Valentino continua. A marca, hoje sob outra direção criativa, mantém seu status como um pilar do luxo, celebrando a beleza e a arte da alta-costura que seu fundador estabeleceu com maestria.

    Elsa Schiaparelli

    Schiaparelli via a moda como uma forma de arte
    Getty Images

    Nenhuma lista de grandes estilistas italianos estaria completa sem Elsa Schiaparelli. Contemporânea e principal rival de Coco Chanel, ela foi uma das figuras mais inovadoras da moda na primeira metade do século XX. Sua abordagem era ousada, artística e profundamente conectada ao movimento surrealista.

    Schiaparelli via a moda como uma forma de arte e colaborou com grandes artistas de sua época, principalmente Salvador Dalí. Dessa parceria nasceram algumas das peças mais famosas da história, como o “Vestido Lagosta” e o “Chapéu-Sapato”. Eram criações que chocavam e divertiam, quebrando a formalidade da moda parisiense.

    “Vestido Lagosta” e o “Chapéu-Sapato, criações de Elsa Schiaparelli
    Reprodução schiaparelli.com / Philadelphia Museum of Art e Emo/Palais Galliera/Fundação Gala-Salvador Dalí/Reprodução

    Ela foi responsável por várias inovações. Popularizou o uso do zíper, transformando-o de um fecho funcional para um elemento decorativo visível. Também criou a cor “rosa shocking”, um tom de magenta intenso que se tornou sua marca registrada. Suas coleções eram temáticas e teatrais, muito antes de isso se tornar comum.

    Embora sua maison tenha fechado em 1954, a influência de Schiaparelli nunca desapareceu. Seu trabalho abriu caminho para uma moda mais experimental e conceitual. A marca foi relançada em 2012 e hoje volta a ser destaque nos tapetes vermelhos, provando que a visão de sua fundadora continua relevante e inspiradora.

  • A história do queijo Canastra: de tesouro escondido a patrimônio

    A história do queijo Canastra: de tesouro escondido a patrimônio

    Mais que um simples alimento, o queijo Canastra é um símbolo da cultura e da tradição de Minas Gerais. Produzido há mais de duzentos anos na região da Serra da Canastra, este tesouro gastronômico percorreu um longo caminho, saindo da informalidade para se tornar um produto de renome internacional, protegido por selos de qualidade e celebrado por chefs de cozinha em todo o mundo.

    O ponto de virada nesta trajetória ocorreu em 2008. Foi quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas, nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Salitre, como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Essa decisão valorizou o produto e principalmente o saber-fazer, as técnicas e as histórias passadas de geração em geração.

    Leia: Queijo Canastra é considerado o melhor do mundo

    O que define o queijo Canastra?

    A identidade do queijo Canastra está diretamente ligada ao seu terroir, um termo francês que descreve como as características de um local influenciam um produto. O clima, a altitude, os pastos nativos e a água da Serra da Canastra criam um ambiente que se reflete no sabor e na textura do queijo.

    O processo de produção é puramente artesanal. Utiliza-se leite de vaca cru, ou seja, não pasteurizado, o que preserva as bactérias e os fermentos naturais da região. A coagulação é feita com o “pingo”, um fermento lácteo natural coletado do soro do dia anterior, uma prática que garante a continuidade e a autenticidade do sabor.

    Após a salga e a prensagem manual, o queijo passa pelo processo de maturação. Durante semanas, ele é curado em prateleiras de madeira, onde desenvolve sua casca amarelada e seu interior macio e levemente ácido. O tempo de cura define a intensidade do sabor, que se torna mais complexo e picante com o passar dos dias.

    A área de produção oficial da iguaria é restrita a sete municípios mineiros: São Roque de Minas, Medeiros, Vargem Bonita, Tapiraí, Delfinópolis, Bambuí e Piumhi. Somente os queijos fabricados nessas localidades, seguindo as regras tradicionais, podem receber o selo de Indicação Geográfica (IG).

    Queijo Canastra
    Aprocan/Divulgação

    Da clandestinidade ao reconhecimento

    Por décadas, os produtores de queijo de leite cru enfrentaram barreiras legais. A legislação sanitária, muitas vezes, não diferenciava a produção artesanal da industrial, colocando em risco a sobrevivência de uma tradição secular. Muitos queijos eram vendidos de maneira informal, sem poder cruzar as fronteiras do estado.

    Com a segurança jurídica, os produtores puderam investir em melhorias, obter certificações e buscar novos mercados. A organização em associações e cooperativas fortaleceu o setor, garantindo a manutenção da qualidade e a defesa dos interesses dos pequenos produtores, que são a base dessa economia.

    Leia mais: Muito além da Canastra: Conheça outras regiões onde o queijo é soberano

    Como o Canastra ganhou o mundo?

    Com o status de patrimônio cultural e a regulamentação avançando, o queijo Canastra começou a chamar a atenção para além das montanhas de Minas. A participação em concursos nacionais e internacionais revelou ao mundo a qualidade superior do produto brasileiro. O queijo passou a acumular medalhas, inclusive em competições na França, o berço de alguns dos queijos mais famosos do planeta.

    Queijo Canastra
    Reprodução

    Essa visibilidade atraiu o interesse de chefs renomados, que incluíram o Canastra em seus cardápios, e de consumidores em busca de produtos com história e sabor autêntico. A fama impulsionou também o turismo na região, com a criação de rotas do queijo que permitem aos visitantes conhecer as fazendas, acompanhar a produção e, claro, degustar a iguaria diretamente da fonte.

    Leia também: 5 cidades mineiras imperdíveis para provar o melhor queijo artesanal

    Hoje, o queijo Canastra representa a resiliência de uma comunidade, a riqueza da biodiversidade brasileira e a prova de que a tradição, quando bem preservada, tem valor universal. É um pedaço da história de Minas Gerais que conquistou seu lugar à mesa, no Brasil e no mundo.

  • Como usar cristais e pedras brutas para energizar a decoração da casa

    Como usar cristais e pedras brutas para energizar a decoração da casa

    O uso de cristais e pedras brutas na decoração deixou de ser um detalhe de nicho para se tornar uma tendência consolidada. A busca por um lar que seja um refúgio de bem-estar impulsionou o interesse por elementos que oferecem mais do que apenas apelo estético. Esses minerais, com suas cores, formas e texturas únicas, agregam sofisticação e um toque de natureza aos espaços.

    Incorporar essas peças no dia a dia é uma forma de criar ambientes com mais personalidade e, para muitos, com energias mais equilibradas. Seja uma grande drusa de ametista na sala de estar ou pequenos quartzos sobre a mesa de trabalho, as pedras se conectam com o desejo de transformar a casa em um santuário pessoal, aliando beleza e propósito de maneira harmônica.

    Como escolher os cristais ideais para cada ambiente

    A seleção das pedras pode ser guiada pela intenção que se deseja para cada cômodo. Cada cristal possui características que podem ressoar com as atividades e o clima de um determinado espaço. A escolha certa potencializa a funcionalidade e a sensação de cada ambiente.

    Sala

    Para a sala de estar, um local de convívio e socialização, o quartzo rosa é uma excelente opção, pois estimula a harmonia e a afetividade. A ametista também funciona bem, promovendo a tranquilidade e purificando a energia do ambiente, tornando as conversas mais serenas e agradáveis.

    Quarto

    No quarto, o foco é o descanso e a renovação. A selenita, conhecida por sua capacidade de limpeza energética, ajuda a criar uma atmosfera de paz. O quartzo azul é outro aliado para uma boa noite de sono, pois acalma a mente e alivia tensões acumuladas ao longo do dia.

    Escritório e demais áreas

    Para o home office ou a área de estudos, a prioridade é a concentração e a criatividade. O citrino é famoso por atrair prosperidade e estimular a clareza mental, enquanto a pirita ajuda a manter o foco e a organização. Juntas, elas podem formar uma dupla poderosa para a produtividade.

    Cozinha

    Na cozinha, um espaço de nutrição e vitalidade, a cornalina pode estimular a energia e a criatividade no preparo dos alimentos. Já na sala de jantar, uma ágata pode ancorar as energias, tornando as refeições momentos mais prazerosos e de maior conexão familiar.

    Banheiro

    Até mesmo o banheiro pode se beneficiar das propriedades dos cristais. A turmalina negra, posicionada perto da entrada, atua como um escudo protetor, bloqueando energias negativas. O quartzo branco, por sua vez, amplifica a sensação de limpeza e purificação do espaço.

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    Dicas para incorporar as pedras na decoração

    Integrar os cristais de forma orgânica na decoração não exige muitas mudanças. O segredo está em encontrar o equilíbrio entre as peças e o restante do mobiliário. Eles podem atuar como pontos de destaque ou como detalhes discretos que complementam o estilo do ambiente.

    Peças maiores, como geodos ou grandes drusas, funcionam como verdadeiras esculturas naturais. Elas podem ser o ponto focal de uma mesa de centro, de um aparador na entrada ou de uma prateleira vazia. Sua presença atrai o olhar e confere exclusividade.

    Para quem prefere sutileza, agrupar cristais menores e polidos é uma alternativa charmosa. Disponha-os em uma bandeja decorativa, dentro de um vaso de vidro transparente ou ao lado de vasos de plantas. Essa composição cria pequenos “altares” de bem-estar que energizam cantos específicos da casa.

    As pedras também podem ter uma função prática. Pedaços de ágata podem servir como porta-copos sofisticados, enquanto geodos podem ser transformados em suportes para livros. Existem também puxadores de gaveta, pesos de papel e bases de abajur feitas de cristais, unindo o útil ao belo.

    A combinação de cristais com outros materiais naturais, como madeira, fibras e metais, resulta em uma decoração equilibrada e acolhedora. Um cristal posicionado sobre um móvel de madeira rústica, por exemplo, cria um contraste de texturas que enriquece visualmente o espaço.

    A iluminação é um fator crucial para valorizar a beleza das pedras. Posicione cristais translúcidos, como o quartzo ou a selenita, perto de uma janela ou de uma luminária. A luz que atravessa a pedra revela suas cores, veios e inclusões, criando um efeito visual deslumbrante.

    Cuidados essenciais com seus cristais

    Manter a beleza e as propriedades energéticas dos cristais exige cuidados simples, mas importantes. A limpeza física é o primeiro passo. Utilize um pano macio e seco ou um pincel de cerdas suaves para remover o pó acumulado, evitando produtos químicos que podem danificar a superfície da pedra.

    Além da limpeza física, a limpeza energética é recomendada para renovar as vibrações dos cristais. Um dos métodos mais seguros é deixá-los sobre uma placa de selenita por algumas horas. A selenita tem a propriedade de limpar e energizar outras pedras sem a necessidade de água ou sol.

    A água corrente é outra opção popular, mas requer atenção. Nem todos os cristais podem ser molhados, pois alguns, como a selenita e a pirita, podem se dissolver ou oxidar. Pedras mais resistentes, como os quartzos e a ametista, podem ser lavadas rapidamente em água fria.

    Expor os cristais à luz do sol ou da lua também é uma forma de energização. A luz lunar é suave e segura para todas as pedras. Já a luz solar direta deve ser usada com cautela, pois pode desbotar a cor de alguns minerais, como a ametista e o quartzo rosa. Algumas horas sob o sol da manhã são suficientes.

    Quais as pedras mais indicadas para iniciantes?

    Para quem está começando, o quartzo transparente, a ametista, o quartzo rosa e a turmalina negra são ótimas opções.

    Elas são fáceis de encontrar e possuem propriedades energéticas bem definidas e versáteis para harmonizar a casa.

    Posso misturar diferentes tipos de cristais no mesmo ambiente?

    Sim, é totalmente possível e até benéfico combinar cristais. A mistura pode criar uma sinergia de energias.

    O ideal é agrupar pedras com intenções complementares, como uma de proteção com outra de tranquilidade.

    Como saber se um cristal é verdadeiro?

    Cristais autênticos geralmente têm imperfeições, como pequenas fissuras internas, variações de cor e inclusões.

    Eles também costumam ser mais pesados e frios ao toque do que imitações de vidro ou plástico. Comprar em lojas confiáveis é a melhor garantia.

    É preciso limpar as pedras com frequência?

    A frequência de limpeza depende do uso e da sua intuição. Uma boa regra é fazer uma limpeza energética uma vez por mês.

    Se sentir que o ambiente está pesado ou que a pedra parece opaca, é um sinal de que precisa de uma limpeza.

    Onde posicionar os cristais para melhor efeito?

    Coloque os cristais nos locais onde você mais deseja sentir sua influência. Podem ser mesas de cabeceira, mesas de trabalho ou na entrada de casa.

    A turmalina negra, por exemplo, é eficaz perto de aparelhos eletrônicos para absorver a radiação eletromagnética.

  • Quanto custa um técnico ‘bomba relógio’ para os cofres de um clube?

    Quanto custa um técnico ‘bomba relógio’ para os cofres de um clube?

    A expressão “bomba relógio” voltou a circular no futebol brasileiro com o retorno do técnico Jorge Sampaoli. O termo descreve treinadores de ponta com personalidades fortes, cujas passagens por clubes são marcadas por intensidade, polêmicas e, frequentemente, um fim abrupto. Para as diretorias, a contratação de um perfil assim vai além do debate sobre táticas e resultados em campo.

    O verdadeiro desafio está nos cofres. Contratar um técnico de renome com histórico de instabilidade representa uma aposta financeira de alto risco. O custo total dessa operação envolve salários elevados, multas rescisórias milionárias e uma pressão constante por investimentos em novos jogadores, transformando o planejamento do clube em um campo minado.

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    Os pilares do custo de um técnico instável

    O primeiro e mais visível impacto financeiro está no salário. Profissionais com currículos internacionais negociam seus vencimentos em dólar ou euro, o que expõe os clubes brasileiros à variação cambial. Esses valores costumam colocar o treinador e sua comissão técnica entre os mais bem pagos de todo o elenco, representando um compromisso fixo e pesado no orçamento mensal.

    Esse investimento inicial, no entanto, é apenas a ponta do iceberg. O maior risco financeiro reside nas cláusulas contratuais, especialmente na multa rescisória. Para se proteger da impaciência por resultados que caracteriza o futebol nacional, esses técnicos exigem contratos com multas elevadas em caso de demissão. Se o trabalho não engrena, o clube se vê em uma encruzilhada, manter um projeto caro que não dá retorno ou arcar com uma indenização milionária para encerrar o vínculo.

    Esse ciclo de contratação e demissão pode gerar um efeito cascata. Um clube que paga uma multa rescisória alta fica com menos recursos para investir no sucessor, o que pode levar a escolhas menos qualificadas e a um novo fracasso. O prejuízo, portanto, não é apenas imediato, mas compromete a capacidade de investimento do clube a médio e longo prazo.

    Outro pilar desse custo é a exigência por reforços. Treinadores com filosofias de jogo muito específicas, como Sampaoli, frequentemente condicionam seu trabalho à chegada de jogadores que se encaixem em seu modelo. A diretoria se vê pressionada a ir ao mercado e gastar valores que não estavam previstos no planejamento original. Essa “lista de compras” inflaciona a folha salarial e o valor do elenco de forma repentina.

    O problema se agrava quando o técnico é demitido poucos meses depois. Os jogadores contratados a seu pedido podem não se encaixar no sistema do novo comandante, transformando-se em ativos desvalorizados e de difícil negociação. O clube fica com atletas caros, que rendem pouco em campo e têm baixo valor de revenda, gerando um prejuízo duplo.

    O preço da falta de continuidade

    Além dos custos diretos, a aposta em um técnico “bomba relógio” traz um prejuízo intangível, mas igualmente danoso: a quebra no planejamento esportivo. Cada troca de comando significa uma mudança de filosofia, de metodologia de treinos e de critérios para avaliação de jogadores. Essa falta de continuidade impede a consolidação de um estilo de jogo e o desenvolvimento de atletas da base.

    Projetos de longo prazo são abandonados, e o foco se volta inteiramente para a obtenção de resultados imediatos para justificar o alto investimento. A pressão sobre o elenco aumenta, o ambiente de trabalho pode se tornar volátil e a identidade do clube se perde em meio a mudanças constantes. No fim, o custo de um técnico “bomba relógio” é medido não apenas em milhões, mas também na instabilidade que ele deixa para trás.

    Sampaoli é a personificação do treinador que vive no limite
    DOUGLAS MAGNO

    O que significa um técnico ser uma “bomba relógio”?

    É um termo usado para descrever treinadores de alto nível, mas com temperamento forte e histórico de passagens curtas e conturbadas pelos clubes.

    Eles são conhecidos por gerar atritos internos, ter uma gestão centralizadora e, frequentemente, deixar os times de forma abrupta antes do fim do contrato.

    Por que os clubes contratam técnicos “bomba relógio”?

    A contratação é uma aposta em resultados rápidos. Diretorias pressionadas por torcedores e pela imprensa buscam um nome de peso para gerar impacto imediato.

    A esperança é que a qualidade técnica e a intensidade do treinador se traduzam em títulos, justificando o alto investimento e o risco de instabilidade.

    A multa rescisória é o maior problema financeiro?

    Embora seja um valor muito alto, a multa é apenas parte do problema. A exigência por reforços pode ter um impacto financeiro ainda maior a longo prazo.

    Os jogadores contratados a pedido do técnico podem se desvalorizar após sua saída, deixando o clube com um elenco caro e pouco funcional para o sucessor.

  • 5 filmes e séries de tirar o fôlego sobre grandes julgamentos políticos

    5 filmes e séries de tirar o fôlego sobre grandes julgamentos políticos

    Julgamentos de grande repercussão política, como o que envolve o general Augusto Heleno no Supremo Tribunal Federal, capturam a atenção do público. A complexidade das acusações, as estratégias das defesas e as decisões dos juízes transformam os tribunais em palcos onde o futuro de figuras públicas e, por vezes, de uma nação, é decidido.

    Essa tensão, que mistura poder, justiça e drama humano, sempre foi um prato cheio para o cinema e a televisão. Inúmeras produções se debruçaram sobre casos reais ou fictícios para explorar os bastidores do sistema judicial, as batalhas de argumentação e o impacto que esses vereditos causam na sociedade. Essas obras nos ajudam a entender a mecânica por trás das manchetes.

    Separamos cinco filmes e séries que mergulham no universo dos julgamentos políticos de maneira intensa e envolvente. São produções aclamadas que mostram como a ficção pode ser uma poderosa ferramenta para refletir sobre a realidade, expondo as complexas relações entre lei, moral e poder.

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    “O Julgamento de Nuremberg” (1961)

    Um clássico indispensável, o filme retrata o julgamento de juízes e promotores que serviram ao regime nazista na Alemanha. A trama se concentra em 1948, três anos após os julgamentos mais famosos de líderes do Terceiro Reich, focando naqueles que usaram a lei como instrumento de um estado totalitário.

    A produção levanta questões profundas sobre a responsabilidade individual dentro de um sistema opressor. O dilema central é se os réus eram apenas cumpridores de ordens ou se foram peças conscientes na engrenagem do Holocausto. O filme é uma aula sobre como a justiça pode ser manipulada para fins políticos e as terríveis consequências disso.

    Com um elenco estrelado, a obra se destaca pelos diálogos afiados e pela forma como explora a complexidade moral de julgar homens que representavam a própria lei. É um lembrete sombrio de que a justiça nunca opera no vácuo, mas é influenciada pelo contexto político e social de sua época.

    “The Post: A Guerra Secreta” (2017)

    The Post: A Guerra Secreta
    Reprodução

    Embora não seja um drama de tribunal em sua totalidade, o clímax deste filme é uma das mais importantes batalhas judiciais sobre liberdade de imprensa na história dos Estados Unidos. A trama acompanha a decisão do jornal “The Washington Post” de publicar os “Pentagon Papers”, documentos secretos que revelavam mentiras do governo sobre a Guerra do Vietnã.

    O governo do presidente Richard Nixon tentou impedir a publicação a todo custo, levando o caso até a Suprema Corte. O filme mostra a imensa pressão política e econômica sofrida pela dona do jornal, Katharine Graham, e seu editor, Ben Bradlee. A questão central era se a segurança nacional se sobrepunha ao direito do público à informação.

    A produção é um retrato da coragem jornalística e da importância de um poder judiciário independente para frear abusos do executivo.

    “Os 7 de Chicago” (2020)

    Os 7 de Chicago
    Facebook Netflix/Divulgação

    Baseado em fatos, o filme narra o julgamento de um grupo de ativistas que protestaram contra a Guerra do Vietnã durante a Convenção Nacional Democrata de 1968, em Chicago. O que deveria ser um protesto pacífico terminou em confronto com a polícia, e seus organizadores foram acusados de conspiração e incitação à violência.

    O que se desenrola é um dos julgamentos mais politizados e caóticos da história americana. A produção expõe um sistema judicial usado claramente como ferramenta de perseguição política pelo governo. O juiz se mostra parcial, e os réus usam o próprio tribunal como uma plataforma para continuar seu ativismo.

    “Os 7 de Chicago” é um filme ágil e poderoso sobre o direito ao dissenso e a luta por justiça em um ambiente hostil. Ele mostra como um julgamento pode se tornar um espetáculo que reflete as profundas divisões ideológicas de uma sociedade e a batalha de narrativas que o acompanha.

    “American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson” (2016)

    American Crime Story
    Reprodução

    Esta minissérie recria em detalhes o julgamento do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson, acusado de assassinar sua ex-esposa e um amigo dela em 1994. Embora seja um caso criminal, ele rapidamente se transformou em um fenômeno político, social e racial que paralisou os Estados Unidos.

    A série mostra como a defesa, liderada por uma equipe de advogados apelidada de “Dream Team”, explorou as tensões raciais de Los Angeles e os erros da polícia para construir sua estratégia. O julgamento se tornou um debate sobre racismo no sistema de justiça, ofuscando as evidências do crime em si.

    A produção é uma análise brilhante de como a opinião pública, a mídia e as questões sociais podem influenciar um processo judicial. Ela detalha as táticas dos advogados, os erros da promotoria e o circo midiático que se formou, oferecendo uma visão fascinante sobre como a justiça pode ser moldada por forças externas ao tribunal.

    “Argentina, 1985” (2022)

    "Argentina, 1985"
    Prime Video/Divulgação

    Inspirado na história real dos promotores Julio Strassera e Luis Moreno Ocampo, o filme retrata a corajosa missão de levar a julgamento os líderes da ditadura militar mais sangrenta da Argentina. Em 1985, em uma democracia ainda frágil, eles enfrentaram ameaças e pressões para reunir provas contra os comandantes responsáveis por tortura e desaparecimentos.

    A produção captura a atmosfera de medo e incerteza da época. Sem o apoio de muitos colegas, a equipe de promotores, formada em grande parte por jovens inexperientes, mergulha nos relatos aterrorizantes das vítimas para construir um caso sólido. O julgamento se torna um marco na luta por direitos humanos no mundo.

  • Famosos líderes mundiais que também já foram réus na Justiça

    Famosos líderes mundiais que também já foram réus na Justiça

    O julgamento de figuras políticas de alto escalão não é uma exclusividade brasileira. Pelo mundo, diversos líderes e ex-líderes já sentaram no banco dos réus para responder por acusações que vão de corrupção a abuso de poder. Esses processos judiciais, muitas vezes, redesenham o cenário político de seus países e colocam em xeque a ideia de que o poder confere imunidade.

    De presidentes a primeiros-ministros, a lista de autoridades que enfrentaram a Justiça é extensa e diversificada. Casos nos Estados Unidos, França, Itália e Israel, por exemplo, mostram como as instituições democráticas podem, em diferentes graus, responsabilizar seus governantes. Conheça alguns dos líderes mundiais mais famosos que também se tornaram réus.

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    Donald Trump

    Presidente Donald Trump
    SAUL LOEB

    O ex-presidente dos Estados Unidos foi o primeiro na história do país a ser condenado em um processo criminal. Em maio de 2024, um júri de Nova York o considerou culpado por falsificar registros comerciais para ocultar um pagamento feito a uma atriz de filmes adultos antes da eleição de 2016.

    Trump enfrenta ainda outras acusações em diferentes esferas da Justiça americana. Uma delas está relacionada à sua suposta tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020. Outro processo investiga o manuseio de documentos sigilosos do governo após ele deixar a Casa Branca.

    Nicolas Sarkozy

    Nicolas Sarkozy
    ALAIN JOCARD

    O ex-presidente da França, que governou o país entre 2007 e 2012, acumula condenações na Justiça. Em 2021, ele foi sentenciado por corrupção e tráfico de influência, acusado de tentar obter informações sigilosas de um magistrado em troca de uma promessa de cargo.

    Mais recentemente, em 2024, Sarkozy recebeu uma nova condenação por financiamento ilegal de sua campanha à reeleição em 2012. Os promotores apontaram que os gastos excederam em muito o limite legal permitido, com o uso de um esquema de faturas falsas para mascarar os custos reais.

    Silvio Berlusconi

    Silvio Berlusconi
    ALBERTO PIZZOLI

    O falecido ex-primeiro-ministro da Itália foi uma das figuras políticas mais controversas e processadas da Europa. Ao longo de sua carreira, Berlusconi enfrentou dezenas de julgamentos por acusações que incluíam corrupção, fraude fiscal e suborno de testemunhas.

    Sua condenação mais notória ocorreu em 2013, por fraude fiscal envolvendo sua empresa de mídia, a Mediaset. A decisão o tornou inelegível por um período e o obrigou a cumprir a pena prestando serviços comunitários. Ele faleceu em 2023, ainda respondendo a outros processos.

    Benjamin Netanyahu

    Benjamin Netanyahu
    RONEN ZVULUN

    O atual primeiro-ministro de Israel enfrenta um longo julgamento por acusações de corrupção, fraude e quebra de confiança. O processo começou em 2020 e se arrasta nos tribunais do país, tornando-se um elemento central na polarização da política israelense.

    As acusações são divididas em três casos distintos. Elas envolvem alegações de que Netanyahu recebeu presentes de luxo de empresários em troca de favores e que teria buscado obter cobertura favorável da mídia em troca de benefícios regulatórios para um grupo de telecomunicações.

    Cristina Kirchner

    Cristina Kirchner
    ALESSIA MACCIONI

    A ex-presidente da Argentina, que também ocupou o cargo de vice-presidente, foi condenada em 2022 por fraude e administração fraudulenta. O caso investigava um esquema de desvio de verbas públicas por meio de contratos de obras superfaturadas na província de Santa Cruz.

    A sentença determinou uma pena de prisão e a inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos. Por ter foro privilegiado como vice-presidente na época da condenação, ela não foi presa. Kirchner sempre negou as acusações, alegando ser vítima de perseguição política e judicial.