Autor: Gabriel Lélis

  • Funções escondidas do seu Xiaomi que vão facilitar muito a sua vida

    Funções escondidas do seu Xiaomi que vão facilitar muito a sua vida

    Se você tem um celular da Xiaomi, é provável que use apenas uma fração do que ele pode oferecer. A interface da marca, conhecida como MIUI e que em breve dará lugar ao novo HyperOS, esconde ferramentas que podem transformar sua rotina, da privacidade à produtividade, sem que você precise instalar nenhum aplicativo adicional.

    Recursos como criar um perfil totalmente secreto, clonar aplicativos para usar duas contas simultaneamente ou limpar o alto-falante com um som específico estão a poucos toques de distância. Desvendar essas funcionalidades melhora a experiência de uso e mostra por que a marca conquistou tantos usuários pelo mundo com seu foco em personalização.

    Segundo espaço: dois celulares em um

    Imagine ter um ambiente de trabalho e um ambiente pessoal completamente separados no mesmo aparelho. Essa é a proposta do segundo espaço. A função cria um perfil novo e independente, com seus próprios aplicativos, arquivos, fotos e configurações, como se fosse um segundo smartphone dentro do seu.

    Essa ferramenta é ideal para quem precisa separar a vida profissional da pessoal ou simplesmente quer um espaço privado para aplicativos de banco e outros dados sensíveis. Também é útil para emprestar o celular a alguém sem se preocupar com o acesso às suas informações pessoais. Tudo fica protegido por uma senha ou biometria diferente.

    Para ativar, o caminho é simples:

    • Acesse as Configurações do aparelho.
    • Na caixa de busca, procure pela opção Segundo espaço e siga o passo a passo para configurá-lo.

    Apps duplos para gerenciar duas contas

    Quem precisa usar duas contas de WhatsApp, Instagram ou Telegram no mesmo celular geralmente recorre a aplicativos de terceiros. A Xiaomi resolve isso de forma nativa com a função Apps Duplos, que permite clonar um aplicativo para que você possa configurá-lo com um número ou login diferente.

    O processo cria um segundo ícone do aplicativo escolhido na sua tela inicial, identificado com um pequeno símbolo amarelo. Assim, você pode manter duas contas ativas simultaneamente, recebendo notificações de ambas sem precisar alternar entre usuários ou usar soluções que consomem mais bateria.

    Para clonar um aplicativo:

    • Vá em Configurações e depois em Apps.
    • Toque em Dual Apps.
    • Uma lista de aplicativos compatíveis será exibida. Basta ativar a chave ao lado do app que deseja duplicar.

    Janelas flutuantes para multitarefa

    Responder uma mensagem rápida sem sair do vídeo que você está assistindo ou consultar uma informação enquanto escreve um e-mail é uma das vantagens das janelas flutuantes. Esse recurso permite abrir um aplicativo em uma janela menor que fica sobreposta a outra, facilitando a execução de duas tarefas ao mesmo tempo.

    Você pode mover a janela flutuante pela tela, redimensioná-la ou minimizá-la em um pequeno ícone no canto para acessá-la depois. É uma forma mais dinâmica de multitarefa do que a tradicional tela dividida e funciona com a maioria dos aplicativos instalados no sistema.

    Para usar a função:

    • Abra a tela de aplicativos recentes.
    • Pressione e segure o dedo sobre o aplicativo que deseja abrir em janela flutuante.
    • Toque no ícone de janela flutuante que aparecerá no menu.

    Gravação de tela nativa e completa

    Muitos usuários ainda baixam aplicativos para gravar a tela do celular, sem saber que a MIUI possui uma ferramenta nativa poderosa para isso. O gravador de tela da Xiaomi permite capturar vídeos em diferentes resoluções, ajustar a taxa de quadros e escolher a fonte de áudio, seja o som interno do sistema, o microfone externo ou ambos.

    A ferramenta é acessível diretamente pela central de controle, o que torna seu uso rápido e prático para gravar tutoriais, gameplays ou qualquer outra atividade na tela. Não há marcas d’água ou limite de tempo, oferecendo uma experiência limpa e profissional.

    Para encontrar o gravador:

    • Deslize o dedo de cima para baixo na tela para abrir a Central de Controle.
    • Procure pelo ícone Gravador de tela e toque nele para iniciar.
    • Se o ícone não estiver visível, toque em editar para adicioná-lo aos atalhos.

    Toque traseiro para atalhos rápidos

    Uma das funcionalidades mais interessantes e discretas é o toque traseiro. Com ele, você pode configurar atalhos para serem ativados com dois ou três toques na parte de trás do celular. É uma forma ágil de acionar a lanterna, fazer uma captura de tela, abrir a câmera ou chamar o assistente de voz sem precisar desbloquear o aparelho.

    A sensibilidade do toque pode ser ajustada para evitar acionamentos acidentais. A função usa os sensores do smartphone para detectar as batidas, transformando toda a superfície traseira do aparelho em um botão de atalho invisível e personalizável.

    Para configurar o toque traseiro:

    • Acesse Configurações e depois Configurações adicionais.
    • Toque em Atalhos por gesto.
    • Selecione Toque traseiro e escolha as ações para o toque duplo e o toque triplo.
  • Lavagem de dinheiro: como o crime organizado usa empresas legais?

    Lavagem de dinheiro: como o crime organizado usa empresas legais?

    A recente operação da Polícia Federal que mirou a gestora de investimentos Reag, em São Paulo, jogou luz sobre uma das engrenagens mais sofisticadas do crime organizado. A investigação apura o suposto uso de fundos do mercado financeiro para lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), mostrando como o dinheiro do tráfico e de outros crimes pode ser infiltrado na economia legal.

    Este mecanismo, conhecido como lavagem de dinheiro, é fundamental para que as organizações criminosas possam usar os lucros de suas atividades ilícitas. Sem “limpar” esses recursos, grandes volumes de dinheiro em espécie se tornam um problema, difíceis de gastar e fáceis de rastrear. Por isso, as quadrilhas desenvolvem métodos cada vez mais complexos para disfarçar a origem dos valores e inseri-los no sistema financeiro como se fossem legítimos.

    O que é a lavagem de dinheiro?

    A lavagem de dinheiro é um processo que busca ocultar a origem de recursos obtidos por meios ilegais. O objetivo é fazer com que esses valores pareçam ter sido gerados por atividades lícitas, permitindo que os criminosos os utilizem sem levantar suspeitas. O processo costuma ser dividido em três etapas principais.

    A primeira é a colocação, quando o dinheiro ilícito é inserido no sistema financeiro. Isso pode ocorrer por meio de depósitos em pequenas quantias em várias contas bancárias para evitar o controle das autoridades. Outra forma é misturar o dinheiro sujo com o caixa de um negócio legítimo que movimente muito dinheiro em espécie.

    A segunda etapa é a ocultação, também chamada de estratificação. Nela, são realizadas diversas transações financeiras complexas para dificultar o rastreamento da origem dos recursos. O dinheiro pode ser transferido entre contas de diferentes bancos, inclusive no exterior, ou usado para comprar ativos como imóveis, ações e joias.

    Por fim, vem a integração. Nesta fase, o dinheiro, já com a aparência de legal, retorna à economia. Ele pode ser usado na compra de bens de luxo, em investimentos em empresas ou até mesmo para financiar outras atividades criminosas. Ao final do ciclo, a origem ilícita dos valores fica quase impossível de ser identificada.

    Como empresas legais são usadas no esquema?

    Organizações criminosas se aproveitam de negócios legítimos para camuflar seus lucros. A escolha do tipo de empresa não é aleatória e geralmente recai sobre setores que facilitam a dissimulação dos recursos. Negócios com alto fluxo de dinheiro em espécie são os preferidos para a primeira etapa do processo.

    Alguns exemplos comuns incluem:

    • Postos de gasolina e estacionamentos: são atividades que naturalmente movimentam grandes volumes de notas de dinheiro, tornando mais fácil misturar o caixa legal com o ilegal sem chamar atenção.
    • Restaurantes, bares e casas noturnas: assim como os postos, esses estabelecimentos possuem um fluxo intenso de pagamentos em espécie, o que permite declarar uma receita maior do que a real.
    • Salões de beleza e lava-rápidos: por serem negócios baseados em serviços com preços variados e grande circulação de clientes, a fiscalização sobre o faturamento exato é mais complexa.
    • Setor imobiliário: a compra e venda de imóveis é uma das formas mais tradicionais de lavagem de dinheiro. É possível declarar um valor de compra abaixo do real e pagar a diferença “por fora” com dinheiro ilícito. Na revenda, o lucro obtido se torna legal.
    • Empresas de fachada: em alguns casos, os criminosos criam empresas que só existem no papel. Elas emitem notas fiscais falsas por serviços ou produtos que nunca foram entregues, simulando uma atividade econômica para justificar a entrada de dinheiro.
    • Mercado financeiro: como aponta a investigação envolvendo a gestora Reag, o uso de fundos de investimento e outras aplicações financeiras representa uma sofisticação do esquema. A complexidade desses produtos torna o rastreamento dos valores uma tarefa ainda mais difícil para as autoridades.

    Ao se infiltrar na economia legal, o crime organizado não apenas legitima seus lucros, mas também amplia seu poder e influência, corrompendo setores e criando uma concorrência desleal com empreendedores honestos.

    Por que o crime precisa “limpar” o dinheiro?

    O lucro obtido com atividades como tráfico de drogas, extorsão e corrupção gera um problema logístico: o excesso de dinheiro vivo. Manter grandes quantias de notas guardadas é arriscado, pois pode ser roubado ou apreendido em uma operação policial. Além disso, usar esse dinheiro para grandes compras, como carros de luxo ou imóveis, acenderia um alerta imediato nos órgãos de fiscalização.

    A lavagem de dinheiro resolve esse impasse. Ao transformar os recursos ilícitos em ativos aparentemente legais, as organizações criminosas podem investir em seus próprios negócios, expandir suas operações e garantir um estilo de vida luxuoso para seus membros sem atrair atenção indesejada. Esse processo é vital para a sobrevivência e o crescimento do crime organizado no longo prazo.

    O que significa “lavar dinheiro”?

    Lavar dinheiro é o processo de esconder a origem ilegal de recursos financeiros.

    O objetivo é fazer com que valores obtidos em crimes, como tráfico ou corrupção, pareçam ter vindo de uma fonte legítima.

    Quais são as etapas da lavagem de dinheiro?

    O processo geralmente tem três fases. A primeira é a colocação, quando o dinheiro sujo entra no sistema financeiro.

    A segunda é a ocultação, na qual várias transações são feitas para dificultar o rastreamento da origem.

    A terceira é a integração, quando o dinheiro, já com aparência legal, volta para a economia para ser usado livremente.

    Que tipo de negócio o crime organizado mais usa?

    Os criminosos preferem negócios que lidam com muito dinheiro em espécie, como postos de gasolina, restaurantes e lava-rápidos.

    Isso facilita misturar o dinheiro ilegal com o faturamento legítimo. O setor imobiliário e o mercado financeiro também são usados.

    Por que a lavagem de dinheiro é um problema para a sociedade?

    A lavagem de dinheiro fortalece o crime organizado, permitindo que ele financie mais atividades ilegais e expanda seu poder.

    Além disso, o processo distorce a economia, gera concorrência desleal com empresas honestas e pode corromper sistemas políticos.

  • Documentários para entender o que foi o 8 de janeiro no Brasil

    Documentários para entender o que foi o 8 de janeiro no Brasil

    A prisão de uma mulher condenada pelos ataques de 8 de janeiro, ao desembarcar em Minas Gerais deportada dos Estados Unidos, trouxe os eventos daquele dia de volta ao centro do debate. A ação da Polícia Federal no aeroporto de Confins é mais um capítulo de uma história que continua a gerar consequências políticas e judiciais no Brasil.

    Mais de um ano após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, o assunto permanece complexo e repleto de narrativas. Para quem busca entender as múltiplas facetas daquele domingo, diversas produções audiovisuais oferecem um mergulho nos acontecimentos, com perspectivas que vão da investigação jornalística à análise dos bastidores do poder.

    “8/1: A Democracia Resiste”

    Produzido pela GloboNews e disponível no GloboPlay, este documentário adota uma perspectiva focada na reação institucional aos ataques. A obra apresenta entrevistas exclusivas com figuras centrais que estavam no poder naquele dia, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

    O roteiro se concentra em reconstituir os eventos a partir da ótica de quem precisou tomar decisões cruciais para conter a crise. O filme mostra os bastidores do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, revelando como as autoridades se articularam para responder à invasão e garantir a manutenção da ordem democrática.

    A narrativa é construída com imagens de arquivo e depoimentos que buscam explicar o passo a passo da reação do governo. É uma produção que se aprofunda no impacto político imediato dos atos e nas medidas que foram tomadas nas horas e dias seguintes para restabelecer a normalidade institucional.

    “Ataque aos Poderes”

    A CNN Brasil também lançou sua própria investigação sobre os eventos, em um documentário que reconstrói a cronologia dos ataques e analisa seus desdobramentos. A produção se baseia em reportagens e apurações feitas pela equipe de jornalismo do canal, combinando imagens de arquivo com análises detalhadas.

    O documentário busca contextualizar o 8 de janeiro dentro do cenário de polarização política do Brasil, traçando uma linha do tempo que começa antes mesmo das eleições de 2022. O filme explora a organização dos acampamentos em frente aos quartéis e a mobilização que culminou na invasão em Brasília.

    “Ataque aos Poderes” oferece um panorama abrangente, conectando os diferentes núcleos de acontecimentos: a movimentação dos manifestantes, a resposta das forças de segurança e as repercussões políticas. A obra se propõe a ser um documento completo para quem deseja entender o contexto mais amplo dos ataques.

  • 5 casos de extradição famosos que mobilizaram o Brasil

    5 casos de extradição famosos que mobilizaram o Brasil

    A discussão sobre a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), detida na Itália, coloca em evidência um mecanismo de cooperação internacional que já foi palco de longas batalhas jurídicas e diplomáticas no Brasil: a extradição. O processo, que envolve a entrega de uma pessoa a outro país para que seja julgada ou cumpra uma pena, nem sempre é simples e já mobilizou a opinião pública em diversas ocasiões.

    Ao longo da história, o Brasil se viu no centro de casos complexos, envolvendo desde ex-ativistas políticos a banqueiros e figuras do esporte. Cada situação expõe as nuances dos tratados internacionais, as particularidades da legislação brasileira, que veda a extradição de cidadãos natos, e o peso das decisões políticas e judiciais que moldam o destino dos envolvidos.

    O caso Cesare Battisti

    Um dos processos de extradição mais longos e controversos da história recente do Brasil foi o do italiano Cesare Battisti. Ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, ele foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. Battisti sempre alegou inocência e se considerava um perseguido político.

    Após fugir da Itália, ele viveu na França e no México antes de chegar ao Brasil em 2004. Foi preso em 2007, e o governo italiano formalizou o pedido de extradição. O caso se arrastou por anos nos tribunais brasileiros. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição, mas determinou que a palavra final seria do presidente da República.

    No último dia de seu mandato, em 31 de dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou a extradição e concedeu a Battisti o status de refugiado. A decisão gerou uma crise diplomática com a Itália. Em 2018, com a mudança de governo no Brasil, o STF emitiu uma nova ordem de prisão. Battisti foi capturado na Bolívia em janeiro de 2019 e enviado diretamente para a Itália para cumprir sua pena.

    A fuga e captura de Salvatore Cacciola

    O banqueiro Salvatore Cacciola, dono do falido Banco Marka, protagonizou outro caso notório. Ele foi condenado por crimes financeiros, incluindo gestão fraudulenta e peculato, relacionados à maxidesvalorização do real em 1999. Antes de ser julgado, Cacciola, que tinha dupla cidadania, fugiu para a Itália em 2000.

    A condição de cidadão italiano dificultou o processo de extradição. Por anos, ele viveu livremente na Itália, enquanto a justiça brasileira buscava formas de trazê-lo de volta. A reviravolta aconteceu em 2007, quando Cacciola foi preso em Mônaco, para onde viajou a passeio. O principado não tem as mesmas restrições da Itália para extradição.

    A partir de sua prisão, iniciou-se uma nova batalha judicial. Após meses de negociações e procedimentos legais, o governo de Mônaco autorizou sua entrega. Em julho de 2008, Salvatore Cacciola foi extraditado para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro para começar a cumprir sua pena de 13 anos de prisão.

    A condenação de Robinho

    O caso do jogador de futebol Robinho é diferente, mas envolve os mesmos princípios de cooperação penal internacional. Ele foi condenado em última instância na Itália a nove anos de prisão por participação em um estupro coletivo ocorrido em Milão, em 2013. A sentença definitiva saiu em 2022, quando o atleta já estava no Brasil.

    Como a Constituição Federal proíbe a extradição de brasileiros natos, a Itália não poderia solicitar sua entrega. A alternativa encontrada pela justiça italiana foi pedir que a pena fosse cumprida no Brasil. Esse procedimento é conhecido como homologação de sentença estrangeira e está previsto em tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

    O pedido foi analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em março de 2024, decidiu, por ampla maioria, que a sentença italiana era válida e deveria ser executada no território nacional. Pouco depois da decisão, Robinho foi preso pela Polícia Federal em sua casa em Santos, no litoral de São Paulo, e encaminhado para um presídio para iniciar o cumprimento da pena.

    Henrique Pizzolato e o “Mensalão”

    Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato foi um dos condenados no escândalo do “Mensalão”. Em 2013, antes que sua pena fosse executada, ele fugiu para a Itália usando o passaporte de um irmão falecido. Assim como Cacciola, Pizzolato tinha cidadania italiana, o que se tornou o principal obstáculo para seu retorno ao Brasil.

    As autoridades brasileiras solicitaram sua extradição, dando início a um complexo processo judicial na Itália. Inicialmente, a justiça italiana negou o pedido, argumentando que as condições das prisões brasileiras não atendiam aos padrões de direitos humanos europeus. O governo brasileiro precisou fornecer garantias de que Pizzolato teria seus direitos assegurados.

    O caso chegou à mais alta Corte italiana, que reverteu a decisão anterior e autorizou a extradição. Em outubro de 2015, após quase dois anos de disputas legais e diplomáticas, Henrique Pizzolato foi entregue às autoridades brasileiras na Itália e embarcou em um voo para o Brasil para cumprir sua pena de 12 anos e 7 meses de prisão.

    Ronald Biggs, o ladrão do trem pagador

    Um dos casos mais cinematográficos foi o de Ronald Biggs, um dos autores do famoso assalto ao trem pagador em 1963, na Inglaterra. Após escapar da prisão britânica em 1965, ele passou por diversos países e chegou ao Brasil em 1970, onde viveu por mais de 30 anos no Rio de Janeiro.

    O governo britânico tentou sua extradição, mas a lei brasileira da época impedia a entrega de pais de filhos brasileiros. Biggs teve um filho com uma brasileira, o que lhe garantiu a permanência no país. Ele se tornou uma figura folclórica, recebendo turistas em sua casa e explorando sua fama de foragido.

    A situação mudou em 2001. Com a saúde debilitada e o desejo de retornar à sua terra natal, Biggs decidiu se entregar voluntariamente. Aos 71 anos, voltou para o Reino Unido, onde foi imediatamente preso para terminar de cumprir sua sentença de 30 anos. Ele foi libertado em 2009 por compaixão e faleceu em 2013.

  • Bares em BH para ir com amigos e ter uma noite tranquila e segura

    Bares em BH para ir com amigos e ter uma noite tranquila e segura

    Belo Horizonte carrega com orgulho o título de capital mundial dos botecos. A cidade respira a cultura de sentar à mesa com amigos, pedir uma cerveja gelada e petiscos saborosos. No entanto, notícias sobre violência em estabelecimentos acendem um alerta e fazem com que a busca por um ambiente tranquilo e seguro seja uma prioridade para muita gente.

    Felizmente, a capital mineira oferece inúmeras opções para quem deseja apenas relaxar e colocar o papo em dia sem preocupações. São lugares onde a música alta e a agitação dão espaço para o som das conversas e risadas. Selecionamos alguns bares e botecos que se destacam por proporcionar uma noite agradável, com foco no conforto e na segurança dos clientes.

    Juramento 202 – Cervejaria Viela

    No Bairro Pompeia, a Cervejaria Viela, também conhecida como Juramento 202, transformou uma charmosa casa em um dos pontos mais agradáveis da cidade. O bar funciona em um formato de autosserviço para as bebidas, com dezenas de torneiras de chopp artesanal, o que evita a confusão de garçons circulando e agiliza o atendimento.

    O ambiente é predominantemente ao ar livre, em um quintal espaçoso e bem decorado. As mesas distribuídas sob as árvores criam um clima de festa de amigos em casa. Essa característica, aliada a um público que busca experimentar novos sabores de cerveja, torna a experiência muito pacífica e segura.

    A proposta do lugar é justamente ser um ponto de encontro descontraído. O bar não tem música ao vivo, e o som ambiente é baixo, o que incentiva a interação. O cardápio de comidas é rotativo, com food trucks e chefs convidados que oferecem desde hambúrgueres a pratos mais elaborados. É ideal para ir em grupo e aproveitar o fim de tarde ou o começo da noite.

    Bar do Orlando

    No coração do boêmio Bairro de Santa Tereza, o Bar do Orlando é uma verdadeira instituição de Belo Horizonte. Fundado em 1919, o local preserva a atmosfera de um boteco clássico, onde a prioridade é a boa conversa entre amigos, acompanhada de cerveja sempre gelada. É um pedaço da história da cidade que se mantém vivo e acolhedor.

    O ambiente é simples, com mesas na calçada que convidam a relaxar sem pressa. É o tipo de lugar que atrai um público diverso, de moradores antigos a jovens que buscam uma experiência autêntica. A segurança é reforçada pelo próprio clima de comunidade do bairro. Frequentadores se conhecem e o movimento é constante, mas sempre tranquilo.

    É o destino ideal para quem quer sentir o pulso da BH tradicional, longe da agitação e dos riscos de áreas mais movimentadas. No cardápio, os petiscos clássicos de boteco fazem sucesso. A porção de moela e o torresmo estão entre os mais pedidos e harmonizam perfeitamente com o chopp da casa ou com uma das várias opções de cerveja de garrafa.

    Redentor

    Com unidades em pontos estratégicos como Lourdes e Savassi, o Redentor é conhecido por seu chopp cremoso e ambiente que remete aos antigos bares do Rio de Janeiro. As mesas na calçada são disputadas, especialmente nos dias de calor, e criam um cenário perfeito para observar o movimento da cidade enquanto se aproveita a companhia dos amigos.

    Apesar de estar em regiões movimentadas, o bar consegue manter uma atmosfera controlada e segura. O perfil dos frequentadores é de pessoas que buscam qualidade no serviço e um bom lugar para conversar. Não há música alta ou aglomeração excessiva, o que torna a experiência muito mais prazerosa e previsível.

    O cardápio é recheado de clássicos da culinária de boteco, como a picanha na chapa e o bolinho de bacalhau. O atendimento ágil dos garçons garante que o copo esteja sempre cheio. O Redentor é uma escolha segura para quem não quer errar e busca um padrão de qualidade já consolidado na noite belo-horizontina.

  • 7 novelas inesquecíveis de Walcyr Carrasco que marcaram época na TV

    7 novelas inesquecíveis de Walcyr Carrasco que marcaram época na TV

    Walcyr Carrasco é um nome que dispensa apresentações na teledramaturgia brasileira. Com uma habilidade única de criar histórias que dialogam com o grande público, o autor coleciona sucessos que marcaram gerações e registraram números impressionantes de audiência. Suas tramas, muitas vezes ambientadas em épocas passadas, combinam romance, comédia e drama na medida certa, conquistando o coração dos telespectadores.

    O recente interesse pela novela “Êta Mundo Bom!”, atualmente em reprise, comprova a força de suas criações. A busca por detalhes da história mostra como suas obras permanecem vivas na memória afetiva do país. De comédias românticas a dramas intensos, Carrasco construiu um legado de novelas que pararam o Brasil. Relembre sete tramas inesquecíveis que consolidaram o autor como um mestre das novelas.

    O Cravo e a Rosa

    Exibida originalmente em 2000, “O Cravo e a Rosa” é um clássico atemporal. A trama, inspirada na peça “A Megera Domada” de William Shakespeare, narra o romance conturbado entre a feminista Catarina e o fazendeiro Petruchio. O jogo de gato e rato do casal principal, recheado de diálogos afiados e situações cômicas, foi o grande motor da história.

    A novela se destacou pelo tom leve e pelo elenco em perfeita sintonia. A ambientação nos anos 1920 e os núcleos paralelos, como o da interesseira Dinorá e seu marido Cornélio, garantiram momentos hilários. O sucesso foi tanto que a novela já foi reprisada diversas vezes, sempre com boa aceitação do público, provando que a briga entre o “cravo” e a “rosa” nunca sai de moda.

    Chocolate com Pimenta

    Em 2003, Walcyr Carrasco emplacou outro fenômeno de audiência no horário das seis. “Chocolate com Pimenta” contava a história de Ana Francisca, uma jovem humilde que é humilhada pela elite da pequena cidade de Ventura. Anos depois, ela retorna rica e poderosa, pronta para se vingar de todos que a fizeram sofrer.

    A trama principal de vingança era equilibrada por muito romance e comédia pastelão, com direito a guerras de bolo e torta na cara. A fábrica de chocolates que movimentava a economia local serviu de pano de fundo para encontros e desencontros amorosos. A jornada de superação da protagonista, somada a um elenco carismático, transformou a novela em um dos maiores sucessos da década.

    Alma Gêmea

    Com “Alma Gêmea”, de 2005, Carrasco levou o público às lágrimas ao abordar temas como reencarnação e amor eterno. A novela contava a história do botânico Rafael, que perde sua esposa Luna em um assalto. Ao mesmo tempo, nasce Serena, uma jovem indígena que cresce com uma forte conexão com o mundo das rosas, a paixão de Rafael.

    Duas décadas depois, os caminhos de Rafael e Serena se cruzam, e ele vê na jovem a reencarnação de seu grande amor. A trama espírita, com toques de realismo mágico, registrou uma das maiores audiências da história para o horário. A química do casal principal e as vilanias memoráveis de Cristina prenderam a atenção do Brasil do início ao fim.

    Caras & Bocas

    Em 2009, “Caras & Bocas” trouxe uma trama leve e divertida para o horário das sete, protagonizada por um chimpanzé pintor chamado Xico. O macaco era o elo de ligação entre o casal Dafne e Gabriel, que vivia em pé de guerra. A busca por um quadro valioso e os segredos de família movimentaram a história.

    A novela se destacou pelo humor ágil e pelas situações inusitadas, que iam desde o talento artístico do chimpanzé até as armações da vilã Judith. O sucesso foi imediato, agradando tanto o público infantil quanto o adulto. “Caras & Bocas” provou a versatilidade de Walcyr Carrasco, capaz de criar uma comédia romântica moderna e cativante.

    Êta Mundo Bom!

    Considerada por muitos uma das melhores obras do autor, “Êta Mundo Bom!” foi ao ar em 2016 e se tornou um verdadeiro fenômeno. A trama era uma ode ao otimismo, inspirada no conto “Cândido ou o Otimismo”, do filósofo Voltaire. A história acompanhava Candinho, um caipira que foi separado da mãe ao nascer e parte para a cidade grande em busca dela.

    Com seu inseparável burro Policarpo, Candinho enfrentava as dificuldades com a filosofia de que “tudo o que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar”. O tom fabulesco, os personagens cativantes e as reviravoltas na trama garantiram recordes de audiência e uma enorme repercussão. A novela resgatou a simplicidade e a pureza das histórias clássicas de superação.

    A Dona do Pedaço

    Em 2019, Walcyr Carrasco parou o Brasil no horário nobre com “A Dona do Pedaço”. A novela narrava a saga de Maria da Paz, uma boleira de mão cheia que constrói um império no ramo da confeitaria. A trama central girava em torno de sua relação conturbada com a filha, a influenciadora digital Josiane, que sentia vergonha da origem humilde da mãe.

    A jornada da heroína, que perde tudo para a própria filha e precisa se reerguer do zero, gerou forte identificação com o público. A novela foi um prato cheio de reviravoltas, com direito a rivalidades familiares, crimes e romances inesperados. O bordão “Não sou de briga, mas não fujo dela” de Maria da Paz caiu na boca do povo e marcou a teledramaturgia.

    Verdades Secretas

    Fugindo do tom leve de suas obras mais famosas, Walcyr Carrasco surpreendeu a todos com “Verdades Secretas” em 2015. Exibida na faixa das onze, a novela mergulhou no lado sombrio do mundo da moda, abordando temas como o “book rosa”, obsessão e o uso de substâncias ilícitas. A trama acompanhava a jovem Arlete, que se muda para São Paulo sonhando em ser modelo e acaba se envolvendo em um universo perigoso.

    Com uma estética cinematográfica e uma narrativa densa, a novela foi aclamada pela crítica e pelo público. A ousadia da abordagem e a complexidade dos personagens renderam à produção o prêmio Emmy Internacional de Melhor Novela. “Verdades Secretas” mostrou uma nova faceta de Carrasco como autor, provando sua capacidade de transitar entre diferentes gêneros com maestria.

  • Profissões em alta: 5 carreiras ligadas à IA que prometem altos salários

    Profissões em alta: 5 carreiras ligadas à IA que prometem altos salários

    A inteligência artificial deixou de ser uma promessa de ficção científica para se tornar uma realidade que transforma o mercado de trabalho. Lançamentos como a ferramenta do Google para edição de imagens, antes apelidada de “Nano-Banana”, mostram a velocidade com que novas tecnologias surgem. Cada avanço cria uma onda de oportunidades para profissionais que dominam as novas linguagens e lógicas digitais.

    Essa revolução não se limita a programadores e engenheiros de software. A IA abre portas para carreiras que exigem criatividade, pensamento crítico e até mesmo conhecimento em ética e filosofia. O resultado é um cenário profissional aquecido, com vagas que oferecem salários altos e alta demanda por talentos capazes de construir, gerenciar e refinar os sistemas inteligentes que já fazem parte do nosso dia a dia.

    Conheça cinco profissões ligadas à inteligência artificial que estão em alta e prometem remunerações atrativas.

    1. Engenheiro de prompt

    Imagine conversar com uma inteligência artificial para que ela execute tarefas complexas com precisão. O engenheiro de prompt é o profissional que domina essa conversa. Ele cria as instruções, ou “prompts”, que guiam modelos de linguagem para gerar textos, imagens ou códigos da maneira mais eficiente e correta possível. Seu trabalho é traduzir a necessidade humana em uma linguagem que a máquina entenda perfeitamente.

    Essa função exige mais do que conhecimento técnico. É preciso ter criatividade para testar diferentes abordagens, clareza na comunicação e uma compreensão profunda da lógica por trás dos modelos de IA. Um bom engenheiro de prompt sabe como contornar as limitações da tecnologia e extrair seu máximo potencial, quase como um diretor que guia um ator talentoso. Por ser uma área nova e estratégica, os salários são competitivos e a demanda só aumenta.

    2. Especialista em ética de IA

    À medida que a inteligência artificial se torna mais presente em decisões importantes, desde a aprovação de crédito até diagnósticos médicos, a questão ética ganha protagonismo. O especialista em ética de IA garante que os sistemas sejam desenvolvidos e utilizados de forma justa, transparente e sem preconceitos. Ele analisa algoritmos para identificar e mitigar vieses que possam gerar discriminação.

    Este profissional atua na intersecção entre tecnologia, direito e ciências humanas. Sua missão é criar diretrizes e frameworks que assegurem o uso responsável da IA, protegendo tanto os usuários quanto a reputação das empresas. A carreira atrai pessoas com formação em filosofia, direito, sociologia e ciência de dados, e a necessidade de governança em IA torna essa função indispensável para grandes corporações.

    3. Desenvolvedor de machine learning

    O desenvolvedor de machine learning, ou aprendizado de máquina, é o arquiteto por trás da inteligência dos sistemas. Ele projeta, constrói e implementa os algoritmos que permitem que as máquinas aprendam com dados e melhorem seu desempenho ao longo do tempo. É o trabalho dele que possibilita desde as recomendações de filmes em um serviço de streaming até o funcionamento de carros autônomos.

    Para atuar na área, é fundamental ter sólidos conhecimentos em programação, especialmente em linguagens como Python, além de estatística e estruturas de dados. Esse profissional passa grande parte do tempo treinando, testando e otimizando modelos para resolver problemas de negócio específicos. A demanda por desenvolvedores de machine learning é alta em praticamente todos os setores, incluindo finanças, saúde e varejo.

    4. Cientista de dados com foco em IA

    Os dados são o combustível da inteligência artificial, e o cientista de dados é quem os refina. Esse profissional é responsável por coletar, processar e analisar grandes volumes de informações para extrair insights valiosos que alimentarão os modelos de IA. Ele identifica padrões, cria visualizações e prepara os conjuntos de dados que serão usados para treinar os algoritmos de machine learning.

    A função exige habilidades analíticas apuradas, conhecimento em estatística e familiaridade com ferramentas de big data. Embora a carreira de cientista de dados já exista há algum tempo, a especialização em IA a tornou ainda mais estratégica. Empresas de todos os portes buscam esses profissionais para transformar dados brutos em decisões inteligentes e vantagens competitivas, o que se reflete em salários elevados.

    5. Gerente de produto de IA

    Enquanto os desenvolvedores constroem a tecnologia, o gerente de produto de IA define o que será construído e por quê. Ele é o elo entre as equipes técnicas, os objetivos de negócio e as necessidades dos clientes. Sua função é identificar oportunidades no mercado para aplicar a inteligência artificial, definir a visão estratégica de um produto e guiar seu desenvolvimento do início ao fim.

    Esse profissional precisa de uma combinação única de habilidades: conhecimento técnico para dialogar com os engenheiros, visão de negócios para garantir que o produto seja viável e rentável, e empatia para entender o que o usuário final realmente precisa.

  • 5 erros financeiros que milionários da Mega-Sena não podem cometer

    5 erros financeiros que milionários da Mega-Sena não podem cometer

    Ganhar na Mega-Sena é o sonho de milhões de brasileiros. A imagem de receber um prêmio que muda a vida para sempre alimenta a esperança a cada sorteio. No entanto, o que acontece depois que os números são sorteados e a conta bancária recebe uma avalanche de dinheiro? A realidade mostra que a jornada para manter a fortuna é tão desafiadora quanto a sorte de ganhá-la. Muitos novos milionários, por falta de preparo, acabam perdendo tudo em poucos anos.

    A transição de uma vida comum para a de um milionário é abrupta e exige uma mudança de mentalidade imediata. Decisões tomadas sob forte emoção e sem planejamento podem sabotar o futuro financeiro do ganhador. O maior desafio não é o que o dinheiro pode comprar, mas como gerenciá-lo para que ele dure e se multiplique, garantindo segurança para as próximas gerações. Evitar armadilhas comuns é o primeiro passo para transformar a sorte em um legado duradouro.

    1. Agir por impulso e não ter um plano

    A primeira reação ao ver a conta com dezenas, ou até centenas, de milhões de reais é sair comprando tudo o que sempre se desejou. Carros de luxo, mansões, viagens e presentes caros para a família e amigos. Esse comportamento, movido pela euforia, é a receita para o desastre. Gastar sem um orçamento claro e sem entender o impacto de cada compra no montante total é o erro mais comum e perigoso.

    Antes de qualquer grande decisão, o ideal é fazer uma pausa. Deixar o dinheiro aplicado em um investimento seguro e de baixo risco, como o Tesouro Selic ou um CDB de liquidez diária, e usar os meses seguintes para se acalmar e absorver a nova realidade. Esse tempo é crucial para montar um plano financeiro sólido, definir objetivos de vida e entender o verdadeiro potencial da fortuna.

    Pedir demissão do emprego no dia seguinte também pode ser uma armadilha. Sem uma rotina e um propósito, muitas pessoas se perdem. Manter o trabalho por um tempo, mesmo que em ritmo reduzido, pode ajudar na transição e evitar decisões precipitadas sobre o futuro profissional e pessoal.

    2. Anunciar a nova fortuna para todo mundo

    A vontade de compartilhar a boa notícia com todos é natural, mas a discrição é a maior aliada de um novo milionário. Tornar a fortuna pública atrai uma atenção nem sempre positiva. Surgem amigos esquecidos, parentes distantes com propostas de negócios mirabolantes e um volume incontável de pedidos de ajuda financeira. Lidar com essa pressão social é desgastante e pode criar conflitos familiares profundos.

    Além da questão social, a falta de sigilo representa um risco à segurança. Ganhadores que expõem sua riqueza se tornam alvos em potencial para golpes, assaltos e até sequestros. A melhor estratégia é manter a informação restrita ao núcleo familiar mais íntimo e confiável. Para o resto do mundo, a melhoria de vida pode ser justificada por um novo negócio ou uma promoção, sem revelar a origem do dinheiro.

    3. Investir sem conhecimento ou com a ajuda errada

    Com muito dinheiro em mãos, o ganhador se torna um alvo para gerentes de banco, assessores financeiros e “especialistas” de todos os tipos. Muitos oferecem produtos de investimento com taxas altas e que beneficiam mais a instituição do que o cliente. Confiar cegamente nessas recomendações sem entender o básico sobre finanças é um erro grave. Da mesma forma, aceitar conselhos de amigos e familiares bem-intencionados, mas sem qualificação, pode levar a perdas enormes.

    O caminho correto é buscar educação financeira. Ler livros, fazer cursos e entender conceitos como diversificação, risco, liquidez e rentabilidade. É fundamental contratar uma equipe de profissionais independentes, como um planejador financeiro, um advogado tributarista e um contador. Esses especialistas ajudarão a criar uma carteira de investimentos alinhada aos seus objetivos e a proteger o patrimônio de forma legal e eficiente.

    A diversificação é a regra de ouro. Colocar todo o dinheiro em um único tipo de investimento, seja em imóveis, ações ou em um negócio arriscado é perigoso. O ideal é distribuir os recursos em diferentes classes de ativos para diluir os riscos e garantir um crescimento constante e seguro do patrimônio ao longo do tempo.

    4. Ignorar impostos e a estrutura legal do patrimônio

    Muitos pensam que, após o prêmio da Mega-Sena ser pago com o imposto de renda já retido na fonte, as obrigações com o Fisco terminaram. Isso não é verdade. A fortuna gerará rendimentos mensais, por meio de investimentos, e esses valores são tributáveis. Ignorar a declaração anual do Imposto de Renda ou fazê-la de forma incorreta pode resultar em multas pesadas e problemas com a Receita Federal.

    Outro ponto crucial é o planejamento sucessório. Sem um testamento ou uma estrutura legal bem definida, a partilha da herança pode se tornar uma longa e custosa batalha judicial para a família. A criação de uma holding familiar, por exemplo, pode ser uma ferramenta eficiente para organizar o patrimônio, proteger os bens e facilitar a sucessão, garantindo que o legado seja preservado.

    5. Aumentar o padrão de vida de forma insustentável

    Comprar uma mansão é apenas o começo. O custo para mantê-la, incluindo impostos como o IPTU, funcionários, segurança e manutenção, pode consumir uma fatia significativa da renda mensal. O mesmo vale para iates, jatinhos particulares e carros importados. Esses ativos de luxo geram despesas contínuas que, se não forem bem calculadas, podem drenar a fortuna rapidamente.

    O segredo para a longevidade financeira é viver dos rendimentos, e não do prêmio principal. Um plano financeiro bem feito estabelece um limite de gastos mensais com base no que a fortuna gera de juros. Dessa forma, o patrimônio principal permanece intacto ou até mesmo cresce, enquanto o milionário desfruta de um estilo de vida confortável e, acima de tudo, sustentável a longo prazo.

  • 5 cuidados essenciais ao pedir comida por delivery para evitar riscos

    5 cuidados essenciais ao pedir comida por delivery para evitar riscos

    A recente morte de uma mulher por intoxicação alimentar em Belo Horizonte, após consumir comida pedida por um aplicativo, acendeu um alerta nacional. O caso, que também deixou o marido e o filho dela internados, evidencia os riscos que podem estar escondidos por trás da praticidade do delivery.

    Escolher um restaurante em uma plataforma digital vai além de simplesmente olhar o cardápio ou o preço. Envolve uma decisão de confiança sobre a higiene e a qualidade dos ingredientes utilizados. Sem a possibilidade de ver a cozinha ou as condições de armazenamento, o consumidor precisa se apoiar em outros indícios para garantir uma experiência segura e evitar problemas de saúde que podem ter consequências graves.

    1. Pesquise a reputação do restaurante

    A primeira etapa para um pedido seguro é investigar o histórico do estabelecimento. Não se limite às avaliações exibidas no aplicativo de delivery, que podem ser filtradas ou influenciadas por promoções. Faça uma busca mais ampla em outras plataformas, como o Google Maps e as redes sociais do restaurante. Verifique os comentários mais recentes e procure por menções sobre a qualidade da comida, limpeza e possíveis problemas de saúde relatados por outros clientes.

    Fique atento a padrões de reclamações. Um comentário negativo isolado pode ser um evento pontual, mas várias queixas sobre o mesmo assunto, como comida estragada ou higiene duvidosa, são um forte sinal de alerta. Restaurantes com boa reputação costumam responder às críticas de forma transparente e demonstram preocupação com a satisfação do cliente, o que pode ser um bom indicador de confiabilidade.

    Uma boa prática é dar preferência a locais que você já conhece ou que foram recomendados por pessoas de sua confiança. Se for experimentar um lugar novo, dedique alguns minutos a essa pesquisa prévia. Essa checagem rápida pode fazer toda a diferença entre uma refeição prazerosa e uma intoxicação alimentar.

    2. Verifique a embalagem ao receber

    Quando o entregador chegar, sua inspeção deve começar antes mesmo de abrir o pacote. A embalagem é a primeira barreira de proteção do alimento contra contaminações externas durante o transporte. Verifique se ela está devidamente lacrada, sem rasgos, furos ou qualquer sinal de que foi violada. Muitos restaurantes utilizam selos de segurança ou adesivos específicos para garantir essa proteção.

    Se a embalagem estiver danificada, úmida ou com vazamentos, recuse o pedido imediatamente e entre em contato com a plataforma de delivery para relatar o problema. Uma embalagem comprometida pode significar que o alimento foi exposto a micro-organismos ou que não foi manuseado corretamente. A integridade do pacote é um reflexo direto do cuidado do restaurante com a segurança do seu produto.

    Além disso, observe as condições gerais da entrega. A bolsa térmica do entregador deve estar limpa e em bom estado de conservação. Esses detalhes, embora pareçam pequenos, são parte fundamental do processo que garante que a comida chegue até você em perfeitas condições para o consumo.

    3. Desconfie de preços muito baixos

    Promoções são sempre atraentes, mas ofertas com valores muito abaixo da média do mercado merecem desconfiança. Restaurantes sérios trabalham com margens que refletem o custo de ingredientes frescos e de qualidade, além dos gastos com higiene e mão de obra qualificada. Preços excessivamente baixos podem ser um indicativo de que o estabelecimento está cortando custos em áreas essenciais.

    Essa economia pode vir do uso de produtos de segunda linha, ingredientes próximos do vencimento ou até mesmo armazenados de forma inadequada. Alimentos perecíveis, como carnes, peixes, frutos do mar e laticínios, são especialmente sensíveis e exigem um controle rigoroso de qualidade. Um desconto que parece bom demais para ser verdade pode esconder um risco sanitário.

    Comparar o preço do prato desejado com o de outros restaurantes do mesmo segmento é uma forma simples de avaliar se a oferta é razoável. A segurança alimentar tem um custo e, na maioria das vezes, vale mais a pena pagar um pouco mais caro por uma refeição de um lugar confiável do que arriscar a saúde com uma promoção duvidosa.

    4. Avalie a temperatura e a aparência da comida

    Assim que receber e abrir o pedido, use seus sentidos para uma avaliação final. A temperatura é um dos fatores mais importantes para a segurança alimentar. Pratos quentes devem chegar quentes, e os frios, como saladas e sobremesas, devem chegar resfriados. A faixa de temperatura entre 5°C e 60°C é considerada a “zona de perigo”, onde as bactérias se proliferam mais rapidamente.

    Se um prato que deveria ser quente chega morno ou frio, significa que ele permaneceu nessa zona de risco por tempo demais, seja no restaurante ou durante o transporte. O mesmo vale para alimentos frios que chegam em temperatura ambiente. Em caso de dúvida, o mais seguro é não consumir.

    Além da temperatura, observe a aparência, o cheiro e a textura dos alimentos. Qualquer sinal de alteração, como cor estranha, odor azedo ou consistência diferente da habitual, é um motivo para descartar a comida. Confie na sua intuição. O paladar é o último recurso, mas se o primeiro bocado tiver um gosto estranho, não insista. É melhor perder o dinheiro do pedido do que enfrentar uma intoxicação.

    5. Priorize restaurantes com endereço físico

    A popularização das “dark kitchens”, cozinhas que operam exclusivamente para delivery sem um salão para clientes, trouxe novas dinâmicas ao mercado. Embora muitas operem com altos padrões de qualidade, a falta de uma fachada e de um espaço aberto ao público pode dificultar a fiscalização e a percepção de higiene por parte do consumidor.

    Sempre que possível, opte por restaurantes que também possuam um endereço físico, onde você poderia ir pessoalmente. Esses estabelecimentos estão sujeitos a um escrutínio maior, tanto dos órgãos de vigilância sanitária quanto dos próprios clientes que frequentam o local. A existência de uma loja física geralmente indica uma estrutura mais consolidada e um compromisso maior com a imagem da marca.

    Verificar no aplicativo ou no Google se o restaurante tem uma unidade física é um passo simples que oferece uma camada extra de segurança. Saber que existe um local real, com uma estrutura estabelecida, aumenta a confiança de que as boas práticas de manipulação e higiene de alimentos estão sendo seguidas nos bastidores.

  • Profissão: matemático. Onde esse profissional trabalha além da escola?

    Profissão: matemático. Onde esse profissional trabalha além da escola?

    A imagem do matemático confinado a uma sala de aula, com canetão na mão e uma lousa repleta de equações, está cada vez mais distante da realidade. Enquanto a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) bate recordes de inscritos e movimenta estudantes por todo o país, um universo de oportunidades se abre para quem domina os números, muito além do ambiente escolar.

    Empresas de tecnologia, bancos de investimento e startups disputam esses profissionais a peso de ouro. A capacidade de raciocínio lógico, de resolver problemas complexos e de criar modelos preditivos tornou-se um dos ativos mais valiosos do mercado de trabalho atual.

    O mercado financeiro em busca de “quants”

    No coração pulsante da economia global, os matemáticos são conhecidos como analistas quantitativos, ou “quants”. Eles não estão lá para fazer contas simples, mas para desenvolver algoritmos sofisticados que orientam decisões de investimento de bilhões de reais. Esses profissionais criam modelos para prever o comportamento de ações, avaliar riscos e identificar oportunidades no mercado.

    O trabalho envolve um profundo conhecimento de cálculo, estatística e probabilidade. Bancos, fundos de hedge e corretoras buscam talentos capazes de traduzir a complexidade do mercado em fórmulas matemáticas, garantindo uma vantagem competitiva que pode significar lucros expressivos.

    Tecnologia e a lógica por trás dos algoritmos

    Cada vez que você usa um aplicativo de transporte, recebe uma recomendação de filme ou faz uma busca na internet, há um exército de algoritmos trabalhando. No centro do desenvolvimento desses sistemas está o raciocínio matemático. Profissionais da área atuam na otimização de rotas, na criação de sistemas de recomendação e na segurança digital.

    A criptografia, que protege nossas informações on-line, é um campo puramente matemático. Empresas de software, gigantes da tecnologia e startups inovadoras precisam de mentes que possam pensar de forma abstrata e estruturada para construir as ferramentas digitais que usamos todos os dias.

    Ciência de dados: o novo petróleo

    A expressão “dados são o novo petróleo” já se tornou um clichê, mas reflete uma verdade do mercado. Empresas de todos os setores coletam um volume gigantesco de informações sobre seus clientes e operações. No entanto, esses dados brutos não têm valor sem alguém que saiba como interpretá-los. É aqui que entra o matemático com especialização em ciência de dados.

    Esse profissional utiliza ferramentas estatísticas e de programação para analisar grandes bases de dados, identificar padrões, prever tendências de consumo e otimizar processos de negócio. Ele transforma números em insights estratégicos que guiam as decisões mais importantes de uma companhia, desde o lançamento de um produto até a definição de preços.

    Inteligência artificial e aprendizado de máquina

    A inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina (machine learning) são duas das áreas mais revolucionárias da atualidade. Elas estão por trás dos assistentes virtuais, dos carros autônomos e dos diagnósticos médicos automatizados. A base de tudo isso é a matemática, especialmente a álgebra linear, o cálculo e a otimização.

    O matemático que atua nesse campo desenvolve e treina os modelos de IA. Ele cria as redes neurais que permitem a uma máquina aprender com os dados e tomar decisões de forma autônoma. É uma carreira na vanguarda da inovação, com potencial para transformar completamente a sociedade nas próximas décadas.

    Outras fronteiras para os matemáticos

    As possibilidades não param por aí. No setor de seguros, os atuários usam a matemática para calcular riscos e definir o preço das apólices. Na logística, otimizam rotas de entrega e gerenciamento de estoques para reduzir custos. Em consultorias, aplicam seu raciocínio analítico para resolver os problemas mais complexos de grandes empresas, em áreas que vão da produção industrial ao marketing.

    A formação em matemática desenvolve uma habilidade universalmente desejada: a capacidade de resolver problemas de forma lógica e eficiente. Por isso, a profissão transcendeu a sala de aula para se tornar uma peça-chave na engrenagem da economia moderna, abrindo um leque de carreiras promissoras e bem remuneradas.

    Qual a principal diferença entre a matemática da escola e a do mercado?

    A matemática escolar foca na aprendizagem de ferramentas e conceitos teóricos.

    No mercado de trabalho, o profissional aplica essas ferramentas para resolver problemas práticos e gerar resultados concretos para uma empresa.

    Um matemático ganha bem?

    Sim, as carreiras para matemáticos fora do ambiente acadêmico estão entre as mais bem remuneradas do mercado.

    Áreas como mercado financeiro, ciência de dados e inteligência artificial oferecem salários iniciais elevados e grande potencial de crescimento.

    O que faz um cientista de dados?

    O cientista de dados coleta, processa e analisa grandes volumes de informações para extrair conhecimentos valiosos.

    Ele identifica tendências e padrões que ajudam as empresas a tomar decisões estratégicas mais inteligentes.

    Quais habilidades além da matemática são importantes?

    Conhecimentos em programação, especialmente em linguagens como Python e R, são fundamentais.

    Habilidades de comunicação para explicar resultados complexos de forma simples e capacidade de trabalhar em equipe também são cruciais.

    Preciso fazer faculdade de matemática para atuar nessas áreas?

    Não necessariamente. Graduações em estatística, engenharia, ciência da computação ou física também fornecem uma base sólida.

    O mais importante é ter um profundo conhecimento em cálculo, álgebra linear, estatística e lógica de programação.