Autor: João Amaral

  • Câmera de segurança: seu vídeo pode ser usado como prova de um crime?

    Câmera de segurança: seu vídeo pode ser usado como prova de um crime?

    A imagem de um homem ateando fogo em um terreno baldio circulou rapidamente, gerando uma pergunta central: o vídeo, gravado por uma câmera de segurança, pode levar o autor do crime à prisão? A resposta é sim, e registros como esse são cada vez mais decisivos para investigações policiais e processos judiciais em todo o país.

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    Com a popularização de sistemas de vigilância residenciais, comerciais e até mesmo veiculares, a quantidade de crimes flagrados por lentes anônimas aumentou. Essas gravações se transformaram em uma ferramenta poderosa para cidadãos e para a polícia, mas seu uso como prova legal segue regras claras. Entender como uma simples gravação se torna um elemento crucial em um processo judicial é fundamental.

    Como uma gravação vira prova judicial?

    Um vídeo não se torna prova automaticamente. Para que tenha valor legal, ele precisa ser integrado a uma investigação oficial. O primeiro passo é a vítima ou a testemunha do crime levar o arquivo de vídeo até uma delegacia de polícia e registrar um Boletim de Ocorrência, descrevendo os fatos e informando sobre a existência da gravação.

    Leia: Como outros países do mundo usam câmeras corporais no combate ao crime

    A partir daí, o vídeo é anexado ao inquérito policial. Uma das etapas mais importantes é a perícia técnica. A polícia civil ou um órgão pericial analisa o arquivo para garantir sua autenticidade. Os peritos verificam se não houve edições, cortes ou qualquer tipo de manipulação que possa alterar a realidade dos fatos. Apenas um vídeo íntegro é considerado uma prova robusta.

    A qualidade da imagem também faz toda a diferença. Gravações que mostram claramente o rosto do suspeito, a placa de um veículo ou outros detalhes de identificação são muito mais eficazes. A presença de data e hora no vídeo também ajuda a contextualizar a ação, fortalecendo seu valor como evidência. Ao final, o juiz é quem decide o peso que a gravação terá no julgamento.

    Quais os limites para o uso dessas imagens?

    O direito de registrar um crime não é absoluto e esbarra em outra garantia fundamental: o direito à privacidade. Câmeras de segurança que filmam áreas públicas, como a rua, a calçada ou a fachada de um imóvel, geralmente são permitidas. A captura de imagens em espaços de acesso comum não costuma gerar problemas legais.

    Leia: Instalação de câmeras na rede pública chega a 100% após ataques de abril

    A situação muda quando o equipamento de filmagem invade a privacidade de vizinhos. Apontar uma câmera diretamente para o interior da casa de outra pessoa, como janelas de quartos ou salas, é ilegal. Gravações obtidas dessa maneira podem ser invalidadas como prova e ainda render um processo por danos morais para quem fez a instalação.

    O mesmo cuidado vale para a gravação de conversas. Captar áudio sem o consentimento dos envolvidos é uma questão legal mais complexa. Por isso, a maioria dos sistemas de segurança se concentra apenas nas imagens, que já oferecem material suficiente para a identificação de atos ilícitos ocorridos em espaços públicos ou áreas comuns.

    O que fazer se você registrar um crime?

    Ao capturar uma ação criminosa com sua câmera, o primeiro impulso de muitas pessoas é compartilhar as imagens nas redes sociais para denunciar. No entanto, essa atitude não é a mais recomendada e pode até atrapalhar. A divulgação pode alertar o criminoso, dando a ele tempo para fugir ou destruir outras provas.

    A forma correta de agir é seguir alguns passos simples:

    Preserve o arquivo original: Faça uma cópia de segurança do vídeo exatamente como foi gravado. Não edite, corte ou aplique filtros. A integridade do arquivo é essencial para a perícia.

    Procure a polícia: Leve o vídeo até a delegacia mais próxima ou utilize os canais de denúncia online, se disponíveis em sua cidade. A denúncia formal é o que dá início à investigação.

    Entregue o material: Ao registrar o Boletim de Ocorrência, informe que você possui a gravação. Os policiais orientarão sobre a melhor forma de entregar o arquivo, que geralmente é em um pen drive ou outro dispositivo de armazenamento.

    Agindo dessa maneira, você colabora com a investigação de forma segura e eficaz, aumentando as chances de que a gravação seja utilizada como prova para identificar e punir os responsáveis pelo crime, como no caso do incêndio no terreno baldio.

    Um vídeo de celular ou câmera de segurança é prova de crime?

    Sim, uma gravação pode ser usada como prova em um processo judicial. Ela é considerada um documento e ajuda a comprovar a ocorrência de um fato.

    Contudo, para ser aceita, a gravação geralmente passa por uma perícia que confirma sua autenticidade, verificando se não houve manipulação ou edições.

    Preciso de um advogado para entregar um vídeo à polícia?

    Não. Qualquer cidadão que tenha registrado um crime pode levar as imagens diretamente a uma delegacia de polícia e apresentar a gravação.

    O procedimento padrão é registrar um Boletim de Ocorrência e fornecer o arquivo de vídeo como evidência para a investigação que será iniciada.

    Posso ser processado por filmar um crime na rua?

    Geralmente, não. Filmar em espaços públicos, como ruas e calçadas, é permitido. A câmera pode capturar o que acontece na frente da sua casa ou empresa.

    A lei protege a privacidade. Portanto, é ilegal direcionar câmeras para o interior da propriedade de vizinhos, como janelas de quartos ou quintais.

    O que torna a gravação uma prova mais forte?

    A clareza da imagem é o fator mais importante. Uma prova se torna mais forte quando permite a identificação clara do rosto do suspeito ou da placa de um veículo.

    Vídeos com data e hora visíveis e sem cortes ou edições também são considerados mais confiáveis pela Justiça, pois demonstram maior integridade.

    Gravei um crime. Devo postar na internet para denunciar?

    A recomendação é não postar o vídeo nas redes sociais antes de entregá-lo à polícia. A divulgação pode atrapalhar a investigação e alertar o criminoso.

    Além disso, expor a imagem de suspeitos pode gerar processos judiciais contra você. O caminho correto é sempre procurar primeiro as autoridades competentes.

  • O custo de um acidente de trânsito para a sociedade vai te surpreender

    O custo de um acidente de trânsito para a sociedade vai te surpreender

    Quando se fala em acidente de trânsito, a primeira imagem que vem à mente é a de um carro amassado e o custo do conserto. No entanto, o verdadeiro impacto financeiro de uma colisão vai muito além da oficina mecânica e da franquia do seguro. Cada batida gera uma cadeia de despesas que afeta toda a sociedade, pesando no bolso de cada cidadão, mesmo daqueles que não dirigem.

    Leia: Acidente entre carro e moto mobiliza Samu na Via Expressa de Contagem

    Essa conta invisível inclui desde o deslocamento de uma ambulância e o trabalho de policiais e peritos até longos tratamentos médicos, perda de produtividade e os custos gerados por congestionamentos. O acidente que parou a Via Expressa em Contagem recentemente é um exemplo prático: além dos danos diretos aos envolvidos, milhares de pessoas perderam horas no trânsito, empresas tiveram entregas atrasadas e o poder público mobilizou recursos que poderiam ser usados em outras áreas.

    Os gastos invisíveis com a saúde

    O primeiro grande custo social de um acidente recai sobre o sistema de saúde. O atendimento pré-hospitalar, realizado por equipes do SAMU ou dos bombeiros, já representa um gasto significativo. Esse valor cresce exponencialmente quando a vítima precisa ser levada a um hospital.

    Leia: Jovem que morreu no acidente em avenida de BH estudava jornalismo

    Internações, cirurgias complexas, exames de imagem e o uso de leitos de UTI geram despesas altíssimas, financiadas em grande parte por impostos. Em muitos casos, os custos não terminam com a alta médica. Sessões de fisioterapia, acompanhamento psicológico e o uso de medicamentos contínuos podem se estender por meses ou anos, sobrecarregando ainda mais o sistema público de saúde.

    Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelou que os custos com saúde representam uma das maiores fatias do prejuízo total causado por acidentes. Esse dinheiro, que poderia ser investido na construção de novas escolas ou na melhoria da infraestrutura, acaba sendo consumido para tratar consequências que, em muitos casos, poderiam ser evitadas.

    A conta da perda de produtividade

    Outro pilar do custo social é a perda de produtividade. Uma pessoa que se acidenta e precisa se afastar do trabalho deixa de produzir, mas o impacto econômico é mais profundo. Há uma perda de capital humano que afeta diretamente as empresas e, por consequência, a economia do país.

    Leia: Carro bate em poste, explode e mulher morre na Avenida N.S. do Carmo

    Quando o acidente resulta em invalidez permanente, a sociedade perde a contribuição produtiva daquela pessoa para o resto da vida. Nos casos fatais, o prejuízo é ainda maior. O cálculo considera tudo o que a vítima poderia gerar em termos de riqueza e trabalho ao longo dos anos. Essa perda de potencial econômico é um fardo silencioso para o desenvolvimento do país.

    Mesmo em acidentes sem vítimas graves, o efeito na produtividade é notável. O tempo que os motoristas passam presos em congestionamentos causados por uma colisão se traduz em horas de trabalho perdidas, atrasos em reuniões e no transporte de mercadorias, criando um efeito cascata que prejudica diversos setores da economia.

    Danos materiais e custos administrativos

    Os custos materiais também ultrapassam os veículos envolvidos. Muitas vezes, um acidente danifica o patrimônio público. Postes, defensas metálicas, placas de sinalização e o próprio asfalto precisam ser reparados ou substituídos, e essa conta é paga com dinheiro público.

    Leia: Acidente deixa vítima presa às ferragens na MGC-122

    Além disso, existe uma complexa estrutura administrativa mobilizada a cada ocorrência. A polícia precisa registrar o boletim, investigar as causas e, em casos mais graves, conduzir inquéritos. O sistema judiciário também é acionado para julgar responsabilidades e determinar indenizações, gerando despesas com processos que podem se arrastar por anos.

    As seguradoras, por sua vez, gastam com a administração dos sinistros, desde a avaliação dos danos até o pagamento das apólices. Embora pareça um custo privado, ele é repassado a todos os segurados na forma de prêmios mais altos, socializando o prejuízo entre todos os motoristas.

    Como a prevenção pode reduzir o prejuízo

    Investir em segurança no trânsito não é apenas uma questão de preservar vidas, mas também de inteligência econômica. Campanhas de conscientização, melhorias na sinalização, fiscalização mais rigorosa e investimentos em vias mais seguras têm um retorno financeiro claro para a sociedade.

    Cada acidente evitado significa menos gastos no sistema de saúde, maior produtividade e menos recursos públicos desperdiçados. A redução do número de colisões alivia a pressão sobre hospitais, diminui os congestionamentos e libera recursos para serem aplicados em áreas essenciais como educação e saneamento básico. A conta de um trânsito mais seguro é, sem dúvida, muito menor que o custo de conviver com as consequências diárias da imprudência.

    Quem paga a conta dos acidentes de trânsito?

    Toda a sociedade paga. Os custos são distribuídos de forma direta e indireta.

    Diretamente, através de impostos que financiam o SUS, a segurança pública e a manutenção de vias.

    Indiretamente, por meio de seguros mais caros e do aumento no preço de produtos, já que atrasos logísticos geram custos para as empresas.

    Qual é o custo médio de um acidente no Brasil?

    Os valores variam muito, mas estudos do IPEA oferecem uma estimativa do impacto econômico.

    Um acidente sem vítimas pode custar dezenas de milhares de reais, considerando apenas os danos materiais e os custos administrativos.

    Quando há uma vítima fatal, o custo social pode ultrapassar R$ 600 mil, ao incluir a perda de produtividade futura daquela pessoa.

    Como os custos dos acidentes afetam a economia do país?

    O impacto é significativo no Produto Interno Bruto (PIB).

    O montante gasto anualmente com as consequências de acidentes representa uma porcentagem relevante da riqueza nacional.

    Esse dinheiro poderia ser direcionado para investimentos em infraestrutura, tecnologia e educação, impulsionando o crescimento econômico do Brasil.

  • 7 cidades históricas de Minas que limitam caminhões para proteger ruas

    7 cidades históricas de Minas que limitam caminhões para proteger ruas

    A discussão sobre a cobrança de uma taxa para caminhões circularem em Caeté, cidade de Minas Gerais ,trouxe à tona um desafio antigo no estado: como conciliar o desenvolvimento e a logística moderna com a preservação de um patrimônio histórico inestimável. A verdade é que, muito antes de se falar em pedágio urbano, diversos municípios mineiros já implementaram medidas rigorosas para proteger suas ruas seculares e construções coloniais.

    Essas cidades, berços da história do Brasil, enfrentam o mesmo dilema. Suas ruas estreitas, calçadas com pedras há séculos, e casarões com fundações frágeis não foram projetados para suportar o peso e a vibração de veículos pesados. Para garantir que esse legado permaneça de pé para as próximas gerações, a solução foi criar regras claras que limitam o tráfego de caminhões em suas áreas mais sensíveis. Conheça sete delas e as regras que adotaram.

    Ouro Preto

    Reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, Ouro Preto talvez seja o exemplo mais emblemático de restrição ao tráfego pesado. A cidade proíbe a circulação de caminhões e ônibus de turismo em praticamente todo o seu centro histórico. O relevo acidentado, com ladeiras íngremes e ruas muito estreitas, torna a passagem desses veículos perigosa e destrutiva.

    Leia: Justiça suspende a circulação de veículos de ônibus no Centro Histórico de Ouro Preto

    As regras são rígidas. Veículos de carga com peso bruto total superior a cinco toneladas são proibidos de transitar na área delimitada. A carga e descarga para o comércio local é permitida apenas em horários específicos, geralmente de madrugada ou no início da manhã, e deve ser feita por veículos menores, como VUCs (Veículo Urbano de Carga).

    Tiradentes

    Com seu charme colonial e um dos conjuntos arquitetônicos mais bem preservados do país, Tiradentes também adota medidas para proteger seu centro histórico. A circulação de caminhões é controlada para evitar danos ao calçamento pé de moleque e às estruturas dos casarões do século 18. A trepidação causada por veículos pesados pode causar rachaduras e danos estruturais irreversíveis.

    Leia: Tiradentes convoca moradores e turistas para discutir regras de trânsito

    A prefeitura proíbe o tráfego de caminhões com mais de duas toneladas na área central. Existem bolsões de estacionamento nos arredores, onde os veículos maiores devem parar. A distribuição de mercadorias é feita com carros menores ou em horários de baixo movimento de turistas, garantindo a tranquilidade que é uma das marcas da cidade.

    Diamantina

    Outro Patrimônio Cultural da Humanidade, Diamantina tem um centro histórico compacto e com ruas de pedra que contam a história do ciclo dos diamantes. Para preservar essa atmosfera, a circulação de veículos pesados é severamente limitada. A topografia irregular e as vias apertadas são incompatíveis com o trânsito de caminhões.

    As regras locais restringem o acesso de veículos com mais de três eixos ou com peso superior a sete toneladas. As operações de carga e descarga são permitidas apenas em horários pré-determinados, fora dos períodos de pico. A fiscalização busca garantir que o calçamento histórico e as fachadas dos casarões não sofram com o impacto do tráfego.

    Mariana

    Tráfego de veículos pesados é vetado no centro histórico de Mariana (Foto: Edernon Marcos Pereira/Governo de Minas Gerais/direitos reservados)

    Primeira capital de Minas Gerais, Mariana possui um patrimônio arquitetônico e histórico riquíssimo, com praças e igrejas que são verdadeiras joias do barroco. A cidade implementou uma zona de restrição no centro histórico para veículos de grande porte. A medida visa proteger as edificações e a estrutura das ruas, que são particularmente vulneráveis.

    Veículos com comprimento superior a 6,5 metros ou peso bruto acima de sete toneladas são proibidos de circular na região central. Para abastecer o comércio, a prefeitura estabeleceu horários específicos, normalmente entre 6h e 9h da manhã, e exige o uso de veículos de menor porte para a distribuição final dos produtos.

    São João del-Rei

    Conhecida por seus sinos, suas igrejas e sua forte tradição musical, São João del-Rei também protege seu legado. A área central, que concentra o principal conjunto arquitetônico da cidade, possui regras claras para a circulação de caminhões. O objetivo é reduzir o desgaste do pavimento histórico e minimizar os riscos para as construções seculares.

    Leia: Trânsito pesado em cidades históricas é alvo de investigação do Ministério Público

    A legislação municipal impede o tráfego de caminhões com peso bruto total superior a dez toneladas nas vias do centro histórico. A carga e descarga seguem um cronograma específico, concentrado no período da manhã, para não interferir no fluxo de pedestres e veículos leves ao longo do dia.

    Congonhas

    A cidade que abriga a obra-prima de Aleijadinho, os Doze Profetas, no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, também reconhecido pela Unesco, tem uma preocupação especial com a vibração do solo. O tráfego de veículos pesados nas proximidades do santuário é controlado para evitar que trepidações possam, a longo prazo, danificar as esculturas e a estrutura das capelas.

    Existem rotas de desvio para o tráfego pesado, que é proibido de passar pela alameda que dá acesso ao santuário e por ruas do entorno. O controle é essencial não apenas para a preservação do patrimônio, mas também para garantir a segurança e a experiência dos milhares de peregrinos e turistas que visitam o local anualmente.

    Sabará

    Uma das cidades mais antigas de Minas, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, Sabará preserva um centro histórico com ruelas e casarões que remontam ao início do ciclo do ouro. Para manter a integridade desse patrimônio, a prefeitura estabeleceu uma zona de máxima restrição à circulação de caminhões.

    No coração da cidade, apenas veículos de carga de pequeno porte são autorizados a circular, e somente para abastecimento do comércio local em horários definidos. Caminhões maiores são direcionados para vias alternativas, contornando a área histórica e garantindo que o charme e a tranquilidade de ruas como a Dom Pedro II sejam mantidos.

  • A cidade de Minas que quer cobrar taxa de caminhões; saiba os detalhes

    A cidade de Minas que quer cobrar taxa de caminhões; saiba os detalhes

    A prefeitura de uma cidade em Minas Gerais estuda uma proposta que pode alterar de forma significativa o trânsito em suas vias urbanas. O projeto em análise em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, prevê a criação de uma taxa para a circulação de caminhões, especialmente aqueles que utilizam o município apenas como rota de passagem.

    O objetivo central é organizar o fluxo de veículos pesados, reduzir o desgaste do asfalto e usar a arrecadação para a manutenção da infraestrutura viária. A iniciativa coloca em debate o equilíbrio entre a logística de transporte e a qualidade de vida nos centros urbanos, um desafio comum a muitas cidades brasileiras.

    Como a taxa para caminhões funcionaria?

    A proposta se baseia em um modelo de cobrança para veículos de carga que não têm a cidade como ponto de origem ou destino. Em outras palavras, o foco são os caminhões que cortam o perímetro urbano para encurtar caminho entre rodovias, sem realizar entregas ou coletas locais.

    A implementação poderia ocorrer de diferentes maneiras. Uma das possibilidades é a instalação de pórticos com sensores eletrônicos nas principais entradas e saídas da cidade, capazes de identificar as placas dos veículos e registrar o tempo de permanência. Caminhões que apenas atravessam o município em um curto espaço de tempo seriam tarifados automaticamente.

    Outro modelo em avaliação seria a criação de pontos de controle físico, embora essa opção seja menos provável por gerar mais congestionamento. O valor da taxa ainda não foi definido, mas deve variar conforme o tamanho e o número de eixos do veículo, seguindo a lógica de que caminhões maiores causam mais danos ao pavimento.

    O projeto prevê isenções para garantir que a economia local não seja prejudicada. Veículos de empresas sediadas na cidade, caminhões que realizam entregas para o comércio e a indústria locais, além de serviços essenciais como coleta de lixo e ambulâncias, não pagariam a taxa.

    Qual o objetivo principal da medida?

    A principal justificativa da prefeitura é financeira e estrutural. A manutenção de ruas e avenidas tem um custo elevado, e grande parte do desgaste é atribuído ao tráfego constante de veículos pesados. A ideia é que os responsáveis por esse impacto contribuam diretamente para a sua solução.

    Com os recursos arrecadados, a administração municipal planeja criar um fundo específico para obras de recapeamento, tapa-buracos e melhorias na sinalização. A medida é vista como uma forma de justiça fiscal, fazendo com que transportadoras de outras regiões ajudem a custear a infraestrutura que utilizam.

    Além do aspecto financeiro, a organização do trânsito é um ponto chave. A redução do número de caminhões de passagem pode diminuir os congestionamentos em horários de pico, aumentar a segurança para motoristas e pedestres e reduzir a poluição sonora e do ar na área central.

    A prefeitura de Caeté argumenta que, sem uma regulação, a cidade se torna uma rota de fuga para motoristas que querem evitar pedágios em rodovias próximas, sobrecarregando vias que não foram projetadas para um fluxo tão intenso de carga.

    Impactos para a economia e o transporte

    A proposta, embora bem-intencionada, gera um debate sobre seus possíveis efeitos colaterais. Associações de transportadoras alertam que a criação de uma nova taxa pode encarecer o frete. Esse custo adicional seria, muito provavelmente, repassado aos consumidores finais, resultando em um aumento no preço de diversos produtos.

    Outra consequência possível é a mudança de rota dos caminhoneiros. Em vez de pagar a taxa, muitos podem optar por desvios mais longos, o que aumentaria o tempo de viagem e o consumo de combustível. Em alguns casos, isso poderia sobrecarregar o trânsito em cidades vizinhas que ainda não possuem tal regulação.

    Para a economia local, os efeitos podem ser mistos. Por um lado, a melhoria na infraestrutura e a redução do tráfego pesado podem valorizar a cidade e atrair novos investimentos. Por outro, a percepção de uma burocracia extra pode afastar empresas que dependem de uma logística ágil.

    O sucesso da iniciativa dependerá do equilíbrio entre o valor da taxa, a clareza das regras de isenção e a comunicação com o setor de transportes. O diálogo entre o poder público e as empresas será fundamental para encontrar uma solução que beneficie a cidade sem criar grandes entraves para a economia regional.

    Por que uma cidade de Minas quer cobrar taxa de caminhões?

    A prefeitura busca organizar o trânsito e reduzir os danos causados por veículos pesados que usam a cidade como atalho.

    A arrecadação da taxa seria destinada à manutenção de ruas e avenidas, custeando o conserto do asfalto desgastado.

    Todos os caminhões teriam que pagar?

    Não. A proposta prevê isenções para não prejudicar a economia local. Caminhões de empresas da cidade estariam isentos.

    Veículos que realizam entregas no comércio local ou prestam serviços essenciais também não pagariam a cobrança.

    Como seria feita a cobrança dessa taxa?

    O modelo mais provável é a instalação de pórticos com leitura automática de placas nas entradas e saídas da cidade.

    O sistema identificaria caminhões que apenas atravessam o município sem parar, realizando a cobrança de forma eletrônica.

    Qual o argumento da prefeitura para criar a taxa?

    O argumento central é de justiça fiscal. A ideia é que as transportadoras que desgastam as vias locais ajudem a pagar pela sua manutenção.

    A prefeitura de Caeté afirma que o tráfego de passagem não gera receita para a cidade, apenas custos com infraestrutura e trânsito.

    A medida pode deixar os produtos mais caros?

    Sim, esse é um dos principais riscos. As transportadoras podem repassar o custo da nova taxa para o valor do frete.

    Consequentemente, o preço final de mercadorias transportadas na região pode aumentar para o consumidor.

    Existem outras cidades com medidas parecidas?

    Sim. A regulação do tráfego de caminhões é um debate global. Muitas cidades europeias já adotam zonas de baixa emissão com taxas.

    No Brasil, cidades como São Paulo já restringem a circulação de caminhões em determinadas áreas e horários, mas a cobrança de taxa é menos comum.

  • Por onde andam os outros integrantes da banda Supertramp hoje

    Por onde andam os outros integrantes da banda Supertramp hoje

    A morte de Rick Davies, cofundador do Supertramp, trouxe uma onda de nostalgia e curiosidade sobre o destino de uma das bandas mais emblemáticas do rock progressivo. A morte do tecladista e vocalista aos 81 anos encerrou um capítulo definitivo na história do grupo, mas também levantou a pergunta que ecoa entre os fãs: por onde andam os outros membros da formação clássica?

    Enquanto Davies manteve o nome Supertramp ativo por décadas, os caminhos de seus antigos companheiros foram diversos. Roger Hodgson, a outra mente criativa por trás de sucessos como “The Logical Song”, seguiu uma carreira solo de sucesso. Já outros, como o baixista Dougie Thomson, abandonaram os palcos por completo. A seguir, descobrimos o que aconteceu com cada um deles.

    Roger Hodgson: a voz do Supertramp em carreira solo

    Roger Hodgson era, ao lado de Rick Davies, o coração criativo do Supertramp. Sua voz aguda e suas composições introspectivas definiram grande parte do som da banda. Em 1983, no auge do sucesso, ele deixou o grupo para se dedicar à família e iniciar uma carreira solo, uma decisão que marcou o início do fim para a formação mais celebrada.

    Seu primeiro álbum solo, “In the Eye of the Storm”, lançado em 1984, foi bem recebido e manteve a essência musical que o consagrou. Desde então, Hodgson construiu uma trajetória sólida, embora mais discreta. Atualmente, ele continua ativo, realizando turnês mundiais em que apresenta tanto suas músicas solo quanto os grandes clássicos que compôs para o Supertramp, como “Dreamer” e “Give a Little Bit”.

    Sua presença constante nos palcos mantém viva a memória da banda para uma legião de fãs. Ele é, sem dúvida, o ex-integrante com a carreira pública mais visível e constante desde a separação do núcleo original.

    John Helliwell: o saxofonista que nunca parou

    O som do saxofone de John Helliwell é uma das marcas registradas do Supertramp. Após a saída de Hodgson, ele foi um dos membros que optaram por continuar na banda liderada por Rick Davies, participando de álbuns e turnês até a última reunião, em 2010.

    Paralelamente ao Supertramp, Helliwell sempre se manteve ativo em outros projetos. Apaixonado por jazz, ele lidera seu próprio quinteto, o Crème Anglaise, e colabora com diversos artistas europeus. Sua versatilidade o manteve relevante na cena musical, transitando com naturalidade entre o rock de arena e os clubes de jazz.

    Residindo no Reino Unido, ele continua a se apresentar regularmente, mostrando que sua paixão pela música vai muito além do universo do Supertramp. Sua carreira é um exemplo de como um músico pode se reinventar e explorar novas vertentes artísticas.

    Bob Siebenberg: o baterista e seus projetos paralelos

    Bob Siebenberg, o baterista de pulso firme que deu o ritmo a canções como “Breakfast in America”, também permaneceu no Supertramp ao lado de Davies. Sua batida precisa foi um pilar da sonoridade do grupo por quase toda a sua existência.

    Fora da banda, Siebenberg também explorou seu lado compositor. Em 1985, ele lançou o álbum solo “Giants in Our Own Room”, sob o pseudônimo de “Heads Up”, com a participação de outros músicos. Mais recentemente, em 2015, lançou o álbum “Glendale River”, mostrando que sua veia criativa continua pulsando.

    Uma curiosidade interessante é que seu filho, Jesse Siebenberg, tornou-se multi-instrumentista e chegou a integrar a formação de turnê do Supertramp nos anos 2000, criando uma conexão familiar única dentro da história da banda.

    Dougie Thomson: o baixista que trocou os palcos pelos bastidores

    O caminho de Dougie Thomson foi o mais diferente de todos. O baixista, cuja linha de baixo discreta e elegante sustentava a complexidade harmônica do Supertramp, decidiu abandonar a vida de músico profissional após a turnê de 1988.

    Thomson mudou-se para os Estados Unidos e ingressou no mundo dos negócios da música. Ele fundou uma empresa de agenciamento de artistas e gestão de carreiras, a J-Hops, e passou a trabalhar nos bastidores da indústria que um dia o projetou ao estrelato.

    Sua decisão de se afastar dos holofotes foi definitiva. Ele raramente dá entrevistas e leva uma vida reservada, focada em sua carreira como empresário. Thomson representa o lado de quem viveu a fama intensamente, mas optou por um novo começo longe do palco.

    E uma reunião, é possível?

    Durante anos, a possibilidade de uma reunião da formação clássica alimentou os sonhos dos fãs. O principal obstáculo sempre foi a relação estremecida entre Rick Davies e Roger Hodgson. Enquanto Hodgson se mostrava aberto a um reencontro, Davies parecia mais relutante em dividir o palco novamente.

    Com o falecimento de Rick Davies, a porta para essa reunião se fechou para sempre. A magia criada por aqueles cinco músicos juntos não poderá ser recriada. O legado do Supertramp, no entanto, permanece vivo através de suas canções e das carreiras que cada um construiu após o auge.

    O que aconteceu com Roger Hodgson após sair do Supertramp?

    Após sua saída em 1983, Roger Hodgson iniciou uma carreira solo.

    Ele continua ativo, realizando turnês mundiais com seus sucessos e clássicos da banda.

    Quais integrantes continuaram no Supertramp com Rick Davies?

    O saxofonista John Helliwell e o baterista Bob Siebenberg permaneceram na banda.

    Eles participaram de todos os álbuns e turnês subsequentes liderados por Davies.

    Todos os ex-integrantes seguiram na carreira musical?

    Não. O baixista Dougie Thomson deixou os palcos em 1988.

    Ele se tornou empresário e fundou uma empresa de agenciamento de artistas.

    Uma reunião da formação clássica do Supertramp ainda pode acontecer?

    Não, uma reunião da formação clássica não é mais possível.

    A morte de Rick Davies em 2025 encerrou essa possibilidade definitivamente.

  • Não paguei o pedágio eletrônico, e agora? Saiba como recorrer da multa

    Não paguei o pedágio eletrônico, e agora? Saiba como recorrer da multa

    Recebeu uma multa por não pagar o pedágio eletrônico, também conhecido como free flow, na BR-262? Você não está sozinho. A transição para o sistema sem cancelas, que promete mais agilidade no trânsito, ainda gera dúvidas e, para muitos, resultou em autuações inesperadas por evasão de pedágio.

    A boa notícia é que a infração pode ser contestada. Entender o processo de recurso e os argumentos válidos aumenta consideravelmente as chances de ter a penalidade cancelada. Isso evita não só o prejuízo financeiro, mas também a soma de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

    O sistema de fluxo livre funciona com pórticos equipados com câmeras e sensores que identificam os veículos pela placa ou por uma tag de pagamento automático. Após a passagem, o motorista tem um prazo de 15 dias corridos para efetuar o pagamento por meio do site ou aplicativo da concessionária responsável pela rodovia.

    A perda desse prazo caracteriza evasão de pedágio, uma infração grave segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A consequência é uma multa no valor de R$ 195,23 e a adição de cinco pontos na CNH. No entanto, falhas no sistema ou dificuldades de acesso aos canais de pagamento são problemas comuns que podem fundamentar uma defesa sólida.

    Passo a passo para recorrer da multa

    O processo para contestar a autuação exige organização e atenção aos prazos. O primeiro passo é aguardar a chegada da Notificação de Autuação no endereço de cadastro do veículo. Esse documento é o aviso formal da infração e informa o prazo para apresentar a chamada Defesa Prévia.

    Leia: Pedágios eletrônicos serão instalados na BR-262 em novembro; saiba onde

    Com a notificação em mãos, o próximo passo é reunir toda a documentação necessária. Normalmente, são exigidos cópias da CNH, do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) e da própria notificação recebida. Documentos adicionais que comprovem seus argumentos são essenciais.

    A etapa seguinte é a elaboração da defesa. O texto deve ser claro, objetivo e focado nos fatos. Explique o motivo pelo qual você acredita que a multa foi aplicada de forma indevida, sempre se baseando em argumentos técnicos e, se possível, em provas concretas. Evite justificativas emocionais ou sem fundamento.

    Por fim, a defesa deve ser protocolada no órgão de trânsito indicado na notificação. Esse envio pode ser feito pelos Correios, com aviso de recebimento para garantir a comprovação da entrega, ou presencialmente. Alguns órgãos já oferecem a opção de protocolo online, o que facilita o processo.

    Argumentos que podem cancelar a multa

    A escolha do argumento correto é o ponto central para o sucesso do recurso. Um dos mais eficazes é a comprovação de instabilidade no sistema de pagamento da concessionária. Se você tentou pagar dentro do prazo, mas o site ou aplicativo apresentou falhas, reúna provas disso. Capturas de tela com mensagens de erro, por exemplo, são muito úteis.

    Leia: Pedágios previstos geram insatisfação na Grande BH

    Outra linha de defesa é a falha na identificação do veículo. O sistema pode ter lido a placa de forma incorreta ou pode ter havido um erro na associação do pagamento à sua passagem. Verifique o extrato da sua tag de pagamento automático, caso possua uma, para confirmar se o débito não foi realizado corretamente.

    A falta ou a inadequação da sinalização sobre a existência do pedágio free flow e sobre os métodos de pagamento também pode ser um argumento válido. O CTB exige que as vias sejam devidamente sinalizadas. Fotografe os trechos da rodovia que comprovem a sinalização deficiente, se for o caso.

    Se a Notificação de Autuação foi expedida mais de 30 dias após a data da infração, a multa pode ser cancelada. A lei estabelece esse prazo máximo para que o órgão de trânsito envie o documento ao proprietário do veículo. Verifique as datas na correspondência recebida.

    O que é o pedágio free flow?

    O free flow, ou fluxo livre, é um sistema de cobrança de pedágio que não exige praças físicas com cancelas.

    Veículos são identificados por sensores e câmeras instalados em pórticos na rodovia.

    Como funciona o pagamento do pedágio eletrônico?

    O pagamento pode ser feito de duas formas: automaticamente, por meio de uma tag de pedágio instalada no veículo, ou manualmente.

    Para o pagamento manual, o motorista tem até 15 dias após a passagem para acessar o site ou aplicativo da concessionária e quitar o débito.

    Qual o valor da multa por não pagar o pedágio?

    A evasão de pedágio é considerada uma infração grave.

    A multa tem o valor de R$ 195,23 e acarreta cinco pontos na CNH.

    Qual o prazo para apresentar a defesa da autuação?

    O prazo para apresentar a Defesa Prévia é de, no mínimo, 30 dias, contados a partir da data de expedição da Notificação de Autuação.

    Essa informação estará claramente indicada no documento que você receber.

    O que acontece se a Defesa Prévia for negada?

    Caso a Defesa Prévia seja indeferida, você receberá uma Notificação de Imposição de Penalidade (NIP).

    A partir daí, ainda é possível recorrer em primeira instância à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari).

    Como posso provar que tentei pagar o pedágio?

    Guarde todas as evidências de suas tentativas de pagamento.

    Capturas de tela do site com erro, e-mails trocados com a concessionária ou protocolos de atendimento telefônico são provas importantes.

    Preciso de um advogado para recorrer?

    Não é necessária a contratação de um advogado para apresentar a defesa ou o recurso contra a multa de trânsito.

    O próprio condutor ou proprietário do veículo pode redigir e protocolar a defesa.

  • Frio intenso: 7 dicas de especialistas para se aquecer com segurança

    Frio intenso: 7 dicas de especialistas para se aquecer com segurança

    A onda de frio que atingiu Belo Horizonte nos últimos dias, trazendo uma sensação térmica negativa incomum para a capital mineira, exige mais do que apenas tirar o casaco do armário. O corpo humano precisa de cuidados específicos para enfrentar as baixas temperaturas com segurança e evitar problemas de saúde.

    Adaptar a rotina é fundamental para proteger o organismo, desde a maneira de se vestir até a alimentação. Pequenos ajustes podem fazer uma grande diferença para manter o bem-estar, prevenir doenças respiratórias e garantir que o corpo funcione corretamente mesmo quando os termômetros despencam.

    1. Vista-se com o método cebola

    A maneira mais eficaz de manter o calor corporal é vestir-se em camadas. Essa técnica, conhecida como “método cebola”, cria bolsões de ar entre as peças de roupa, que funcionam como isolantes térmicos e impedem a perda de calor para o ambiente.

    A primeira camada deve ser uma “segunda pele” de material sintético, que afasta o suor do corpo. Em seguida, use uma peça de tecido que aqueça, como lã ou fleece. Por último, um casaco corta-vento ou impermeável protege contra o clima externo.

    Essa estratégia permite que você se adapte facilmente a diferentes ambientes. Ao entrar em um local aquecido, basta remover a camada externa para não sentir calor excessivo e evitar a transpiração, que pode resfriar o corpo ao voltar para o frio.

    2. Proteja as extremidades do corpo

    Mãos, pés, orelhas e nariz são as primeiras partes do corpo a esfriar. Isso acontece porque, em baixas temperaturas, o organismo prioriza o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais, diminuindo a circulação nas extremidades.

    O uso de luvas, meias de lã, gorros e cachecóis é essencial. Esses acessórios criam uma barreira física contra o frio e ajudam a manter a temperatura nessas áreas, prevenindo desconforto e até mesmo lesões causadas pelo frio intenso.

    3. Use aquecedores e lareiras com segurança

    Aparelhos de aquecimento são ótimos aliados, mas exigem atenção redobrada. Aquecedores a gás ou lareiras a lenha consomem oxigênio e liberam monóxido de carbono, um gás tóxico e sem cheiro. Por isso, mantenha sempre uma fresta da janela aberta para garantir a ventilação do ambiente.

    Nunca deixe aquecedores elétricos ligados perto de cortinas, sofás, cobertores ou outros materiais inflamáveis. Também é importante desligá-los antes de dormir ou ao sair de casa para evitar o risco de superaquecimento e incêndios.

    4. Hidrate o corpo por dentro e por fora

    O ar frio e seco acelera a perda de água do corpo, tanto pela respiração quanto pela pele. Mesmo sem sentir sede, é fundamental beber líquidos ao longo do dia. Chás, sopas e caldos são excelentes opções, pois além de hidratarem, ajudam a aquecer.

    A pele também sofre com o ressecamento, podendo apresentar rachaduras e coceira. Use cremes hidratantes mais densos, especialmente nas mãos, pés, cotovelos e rosto. Protetor labial é indispensável para evitar que os lábios rachem.

    5. Evite o choque térmico

    Sair de um ambiente muito aquecido diretamente para o frio intenso pode causar um choque térmico. Essa mudança brusca de temperatura pode provocar tonturas, espasmos musculares e sobrecarregar o sistema cardiovascular.

    Para evitar o problema, tente se aclimatar. Antes de sair de casa, passe alguns minutos em um cômodo menos aquecido. Evite banhos excessivamente quentes, pois a transição para a temperatura ambiente pode ser prejudicial. A água morna é mais indicada.

    6. Invista em alimentos que geram calor

    O processo de digestão naturalmente gera calor, um fenômeno chamado termogênese. Alimentos mais calóricos e de digestão lenta, como carboidratos complexos (arroz integral, batata-doce) e proteínas, ajudam o corpo a se manter aquecido por mais tempo.

    Sopas, caldos e ensopados são pratos perfeitos para o frio. Eles não apenas aquecem instantaneamente, mas também fornecem nutrientes e hidratação. Incluir gengibre e pimenta na preparação pode potencializar a sensação de calor, pois são alimentos termogênicos.

    7. Movimente-se para aquecer o corpo

    A prática de atividades físicas leves dentro de casa é uma forma eficiente de gerar calor corporal. Alongamentos, caminhadas pela casa ou subir e descer escadas estimulam a circulação sanguínea e elevam a temperatura interna.

    Ficar parado por longos períodos, especialmente sentado, diminui o fluxo de sangue, o que aumenta a sensação de frio. Levantar-se e se movimentar a cada hora ajuda a combater esse efeito e a manter os músculos ativos e aquecidos.

    Contudo, evite exercícios intensos ao ar livre em temperaturas muito baixas sem o equipamento adequado. O ar gelado pode irritar as vias respiratórias e aumentar o esforço do coração.

  • Anel de BH é a via mais mortal da capital; conheça outras estradas letais

    Anel de BH é a via mais mortal da capital; conheça outras estradas letais

    O Anel Rodoviário de Belo Horizonte carrega uma reputação que nenhum motorista gostaria de conhecer de perto. A via não é apenas um ponto de trânsito intenso, mas também o trecho mais letal da capital mineira. Acidentes graves, que resultam em mortes e interdições constantes, são parte da rotina de quem precisa cruzar seus 27 quilômetros diariamente.

    Essa realidade alarmante, no entanto, não é um problema exclusivo de Minas Gerais. O mapa rodoviário brasileiro está repleto de estradas que desafiam a segurança e colocam a vida dos motoristas em risco. De norte a sul, trechos específicos se destacam pelos altos índices de colisões, refletindo desafios de infraestrutura, fiscalização e comportamento humano.

    O principal fator que torna o Anel Rodoviário tão perigoso é a mistura de tráfego. Milhares de veículos de carga pesada, que apenas atravessam a região metropolitana, dividem o asfalto com o trânsito urbano de carros, motos e ônibus. Essa combinação cria um cenário de estresse constante, onde a diferença de velocidade e tamanho dos veículos potencializa o risco.

    Leia: Prefeitura de BH assume a gestão do Anel Rodoviário

    Além disso, o traçado da via, com curvas sinuosas, trechos de baixa visibilidade e asfalto que nem sempre está em condições ideais, contribui para a estatística trágica. A falta de passarelas e a travessia arriscada de pedestres em alguns pontos completam o quadro de uma das vias mais complexas do país.

    BR-116: a líder nacional em acidentes

    Quando o assunto se expande para todo o Brasil, a BR-116 assume um protagonismo indesejado. Conhecida em alguns trechos como Rodovia Régis Bittencourt, entre São Paulo e Curitiba, e Via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, ela frequentemente lidera os rankings de acidentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

    Leia: BR-116 passa a BR-381 e é a rodovia mais letal de Minas Gerais

    O volume de tráfego é o principal vilão. A BR-116 é a espinha dorsal do transporte de cargas no país, conectando o Nordeste ao Sul. O fluxo incessante de caminhões, somado a trechos de serra com neblina densa e pistas simples em certas áreas, a transforma em um desafio diário para os motoristas.

    O trecho que corta a região metropolitana de Curitiba, no Paraná, é um dos mais críticos. A combinação de tráfego pesado de longa distância com o deslocamento diário de moradores cria um ambiente de alto risco, com colisões traseiras e atropelamentos sendo ocorrências comuns.

    BR-381: a Rodovia da Morte em Minas Gerais

    Minas Gerais abriga outra estrada com um apelido que fala por si: a BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte”. O trecho que liga Belo Horizonte a Governador Valadares é marcado por uma geografia acidentada, com pistas simples, curvas perigosas e poucas áreas de ultrapassagem segura.

    Leia: BR-381: por que o risco na estrada vai muito além da Rodovia da Morte

    As colisões frontais são a principal causa de mortes na BR-381. A impaciência e a imprudência de motoristas que tentam ultrapassagens em locais proibidos frequentemente resultam em tragédias envolvendo múltiplos veículos. O tráfego intenso de caminhões que escoam a produção industrial e agrícola da região agrava a situação.

    Embora um projeto de duplicação esteja em andamento há anos, o avanço lento das obras mantém a rodovia como um dos pontos mais perigosos do sistema viário brasileiro. A cada feriado prolongado, a estrada volta ao noticiário com registros de acidentes graves.

    BR-101: desafios do litoral ao sertão

    A BR-101, que percorre quase todo o litoral brasileiro, também possui seus pontos críticos. Um dos mais conhecidos fica em Santa Catarina, entre as cidades de Itajaí e Palhoça. A região concentra um tráfego intenso de turistas e caminhões que se dirigem aos portos locais, gerando congestionamentos e um alto número de acidentes.

    Leia: Minas tem três trechos de rodovias entre os mais mortais do Brasil

    No Nordeste, especialmente no Espírito Santo e no sul da Bahia, a BR-101 apresenta outros desafios. Trechos com pista simples, asfalto de má qualidade e sinalização deficiente são comuns. A presença de animais na pista e a travessia de pedestres em áreas urbanas sem a devida estrutura também contribuem para as estatísticas negativas.

    O cenário de risco se repete em outras vias importantes, como a BR-040, entre Rio de Janeiro e Juiz de Fora, e a BR-316, no Pará. Em todos os casos, a combinação de falhas de infraestrutura, volume de tráfego e imprudência humana cria uma fórmula perigosa que desafia a segurança viária no Brasil.

    O que torna o Anel Rodoviário de Belo Horizonte tão perigoso?

    A principal causa é a mistura de tráfego local intenso com um grande volume de veículos de carga pesada que apenas cruzam a cidade.

    Seu traçado antigo, com curvas fechadas e trechos de baixa visibilidade, não foi projetado para o fluxo atual de veículos.

    Qual é a rodovia mais perigosa do Brasil?

    A BR-116 é consistentemente apontada em relatórios da Polícia Rodoviária Federal como a rodovia com o maior número de acidentes e mortes.

    Seus trechos mais críticos estão nas regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo, devido ao volume extremo de veículos.

    Por que a BR-381 é chamada de “Rodovia da Morte”?

    O apelido surgiu devido ao alto número de acidentes fatais, principalmente colisões frontais em tentativas de ultrapassagem.

    A geografia acidentada, com muitas curvas, pista simples e tráfego intenso de caminhões, a torna extremamente perigosa.

    Quais são os principais fatores de risco nas estradas brasileiras?

    A infraestrutura deficiente é um fator comum, incluindo asfalto de má qualidade, falta de duplicação e sinalização inadequada.

    O comportamento dos motoristas, como excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas, também é uma das principais causas de acidentes.

    Existem projetos para melhorar a segurança nessas vias?

    Sim, existem projetos de concessão à iniciativa privada, duplicação e melhorias em andamento em várias dessas rodovias.

    No entanto, o ritmo das obras muitas vezes é lento, e a conclusão de melhorias significativas pode levar anos.

  • Privatizar os Correios: o que mudaria para você na prática?

    Privatizar os Correios: o que mudaria para você na prática?

    A recente suspensão dos pagamentos com cartão nas agências e as discussões sobre o desempenho financeiro dos Correios colocaram a estatal novamente no centro de um debate antigo e complexo: a sua privatização. Para muitos, a ideia se resume a uma questão de eficiência, mas as implicações práticas de uma possível venda vão muito além e afetam diretamente o dia a dia de milhões de brasileiros.

    Leia: Crise dos Correios revela oportunidade perdida para privatização

    Entender o que está em jogo é fundamental. De um lado, há a promessa de modernização, agilidade e alívio para as contas públicas. Do outro, o receio de preços mais altos, exclusão de áreas remotas e o fim de um serviço que cumpre um papel social importante. A decisão impacta desde o envio de uma simples carta até a logística do comércio eletrônico, que cresceu exponencialmente nos últimos anos.

    Por que privatizar os Correios?

    Os defensores da venda da estatal argumentam que a gestão privada traria mais agilidade e inovação. A burocracia pública, segundo essa visão, impede investimentos rápidos em tecnologia, automação de centros de distribuição e otimização de rotas, elementos essenciais em um mercado de logística cada vez mais competitivo.

    Leia: Como era a vida antes da internet? Costumes que vão surpreender quem nasceu depois de 2000

    A concorrência seria outro ponto central. A entrada de novas empresas no setor de entrega de correspondências e encomendas poderia, em tese, forçar uma melhoria na qualidade dos serviços e uma redução de preços, especialmente nos grandes centros urbanos, onde a disputa por clientes é mais acirrada.

    O argumento financeiro também pesa. Com a venda, o governo deixaria de arcar com eventuais prejuízos da companhia e ainda poderia usar os recursos obtidos para investir em áreas prioritárias como saúde, educação ou infraestrutura. A empresa passaria a pagar impostos como qualquer outra companhia privada, gerando arrecadação.

    Quais são os riscos da privatização?

    O principal contraponto é o papel social dos Correios. A empresa é obrigada por lei a garantir o serviço postal universal, o que significa atender todos os mais de 5.500 municípios do país, incluindo distritos, vilas e áreas rurais de difícil acesso, muitas vezes com tarifas subsidiadas. Uma empresa privada, focada no lucro, dificilmente manteria operações em locais onde a atividade é deficitária.

    Leia: Origem do selo, um dos objetos mais queridos dos colecionadores

    Isso poderia levar ao isolamento de comunidades inteiras, que dependem dos Correios não apenas para receber cartas e encomendas, mas também para ter acesso a serviços bancários, entrega de medicamentos e distribuição de livros didáticos e provas de concursos, como o Enem. O risco é a criação de um “deserto logístico” em vastas áreas do território nacional.

    Outra preocupação é o aumento dos preços. Sem a obrigação de manter tarifas acessíveis, uma gestão privada poderia reajustar os valores, principalmente para serviços básicos e para entregas em regiões menos populosas. O envio de um simples documento poderia se tornar significativamente mais caro, afetando cidadãos e pequenos negócios.

    O que mudaria no seu dia a dia?

    A privatização dos Correios teria impactos diretos e práticos na vida da população. Para facilitar a compreensão, listamos as principais mudanças que poderiam ocorrer:

    • Preço dos fretes: Nas grandes cidades, a competição poderia até baratear o custo das entregas de e-commerce. No entanto, para moradores de cidades menores ou regiões afastadas, o frete provavelmente se tornaria mais caro, refletindo o custo real da operação logística sem subsídios.
    • Agências físicas: Muitas agências em bairros periféricos e municípios pequenos poderiam ser fechadas por não apresentarem lucro. Isso forçaria os moradores a se deslocarem para outras cidades para postar ou receber objetos.
    • Prazos de entrega: A busca por eficiência poderia acelerar as entregas em rotas lucrativas. Contudo, em locais de menor demanda, os prazos poderiam aumentar ou as entregas se tornarem menos frequentes, como uma ou duas vezes por semana.
    • Envio de documentos: O custo para enviar cartas e documentos pessoais, um serviço hoje com preço controlado, poderia subir consideravelmente. Isso afetaria desde o envio de um cartão de aniversário até a postagem de documentos legais.
    • Comércio eletrônico: Pequenos vendedores online que hoje utilizam os Correios como principal parceiro logístico poderiam enfrentar dificuldades. A falta de cobertura em certas áreas ou o aumento dos custos de envio poderiam inviabilizar negócios que dependem do alcance nacional da estatal.

    Leia: Fotos revelam interior do prédio dos Correios e Telégrafos

    A privatização dos Correios é certa?

    Não. O tema é um projeto que depende de uma longa tramitação política e aprovação no Congresso Nacional.

    Existem fortes resistências de diversos setores da sociedade e do próprio Legislativo, o que torna o processo incerto.

    O preço das entregas vai aumentar com a privatização?

    É uma possibilidade real, especialmente para quem vive fora dos grandes centros urbanos. Uma empresa privada busca o lucro.

    Rotas deficitárias, que hoje são mantidas pelo princípio do serviço universal, poderiam ter seus preços reajustados para cobrir os custos.

    As agências dos Correios em cidades pequenas podem fechar?

    Sim, este é um dos maiores riscos apontados por quem é contra a venda da estatal. Agências que não geram lucro suficiente.

    Essas unidades poderiam ser fechadas, impactando diretamente o acesso da população local a serviços postais e bancários.

    A qualidade do serviço dos Correios melhoraria?

    A resposta depende de onde você mora. Em áreas de grande concorrência, como capitais, a tendência é que o serviço melhore.

    Já em regiões remotas e menos lucrativas, a qualidade poderia piorar ou o serviço simplesmente deixar de ser oferecido com a mesma frequência.

  • As 7 carreiras públicas com os salários mais altos do Brasil

    As 7 carreiras públicas com os salários mais altos do Brasil

    O sonho da estabilidade e de um salário atrativo no serviço público ganhou força recentemente com a publicação do edital para o concurso da Controladoria-Geral do Estado de São Paulo (CGE SP). A busca por uma carreira sólida, com remunerações que se destacam no mercado, leva milhares de brasileiros a se dedicarem por anos aos estudos para os concursos mais disputados do país.

    As carreiras públicas de elite não oferecem apenas segurança, mas também vencimentos que podem superar os R$ 30 mil mensais já no início da trajetória. Essas posições, que exigem alta qualificação e aprovação em processos seletivos rigorosos, representam o topo da pirâmide do funcionalismo e atraem candidatos de diversas áreas de formação.

    Leia: Focus Concursos explica como revisar conteúdos extensos

    Conhecer quais são essas carreiras e o que fazem os profissionais em cada uma delas é o primeiro passo para quem almeja uma vaga. A seguir, apresentamos os sete cargos públicos com os salários mais altos do Brasil, detalhando suas funções, remunerações e o caminho necessário para alcançá-los.

    1. Magistratura (Juiz)

    O cargo de juiz, seja na esfera estadual ou federal, está entre os mais cobiçados do serviço público. Esses profissionais são responsáveis por julgar processos, interpretar as leis e garantir que os direitos dos cidadãos sejam cumpridos. A atuação pode ocorrer em diversas áreas, como cível, criminal, trabalhista ou eleitoral.

    A remuneração inicial para um juiz ultrapassa os R$ 32 mil, sem contar os auxílios e benefícios que elevam consideravelmente o valor final. Para ingressar na carreira, é preciso ser bacharel em Direito, ter no mínimo três anos de atividade jurídica e ser aprovado em um concurso público de provas e títulos, considerado um dos mais difíceis do país.

    Leia: Os super salários do governo que não precisam de concurso público

    2. Ministério Público (Promotor e Procurador)

    Os membros do Ministério Público atuam como fiscais da lei e defensores dos interesses da sociedade. Promotores de justiça trabalham na esfera estadual, enquanto os procuradores da República atuam no âmbito federal. Suas funções incluem a condução de investigações criminais e a proposição de ações civis públicas.

    A estrutura salarial é semelhante à da magistratura, com vencimentos iniciais que também superam a marca dos R$ 32 mil. O processo seletivo para ingresso na carreira é igualmente rigoroso, exigindo diploma em Direito, prática jurídica de três anos e aprovação em um concurso público de alta complexidade.

    Leia: Governo quer corrigir desequilíbrio de gênero no CNU

    3. Diplomacia (Diplomata)

    O diplomata representa o Brasil no exterior, negociando acordos internacionais, promovendo a cultura nacional e prestando assistência a brasileiros em outros países. É uma carreira dinâmica, que exige grande capacidade de negociação, conhecimento de múltiplos idiomas e profundo entendimento de política e economia global.

    A remuneração inicial para um terceiro-secretário, cargo de entrada na carreira, é de aproximadamente R$ 20 mil. Contudo, o valor aumenta significativamente com as ajudas de custo para moradia e outras despesas quando o profissional está servindo no exterior, tornando a remuneração final uma das mais altas do funcionalismo.

    O ingresso acontece por meio do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), realizado pelo Instituto Rio Branco. A seleção é conhecida por seu alto nível de exigência e abrange um vasto conteúdo de conhecimentos gerais e específicos.

    4. Procuradorias (Advocacia Pública)

    Os advogados públicos são responsáveis pela defesa judicial e extrajudicial dos entes federativos. Isso inclui os advogados da União, os procuradores da Fazenda Nacional, os procuradores federais e os procuradores dos estados e municípios. Eles garantem a legalidade dos atos administrativos e defendem o patrimônio público.

    As remunerações iniciais nessas carreiras são bastante atrativas, partindo de cerca de R$ 22 mil e podendo chegar a valores superiores, dependendo do órgão e da esfera de atuação. Além do salário base, muitos procuradores têm direito a honorários de sucumbência, que complementam os ganhos.

    Para se tornar um procurador, é necessário ser bacharel em Direito, estar inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ser aprovado em concurso público específico para a área.

    5. Área Fiscal (Auditor Fiscal)

    O auditor fiscal é o servidor encarregado de fiscalizar o cumprimento da legislação tributária, combatendo a sonegação e garantindo a arrecadação de impostos e contribuições. A atuação pode ser na Receita Federal, nas secretarias de Fazenda estaduais ou nos municípios.

    Esta é uma das carreiras mais bem remuneradas, com salário inicial para auditor da Receita Federal superior a R$ 21 mil. Nos estados, os valores também são elevados. A grande vantagem é que o concurso para a área fiscal geralmente exige formação superior em qualquer área, ampliando o leque de candidatos.

    6. Área de Controle (Auditor e Controlador)

    Os auditores de controle externo e os controladores atuam na fiscalização contábil, financeira e orçamentária dos órgãos públicos. Eles trabalham em Tribunais de Contas (TCU e TCEs) ou em controladorias, como a Controladoria-Geral da União (CGU) e as controladorias estaduais, a exemplo da CGE SP.

    A função desses profissionais é garantir que o dinheiro público seja aplicado de forma correta e eficiente. Os salários iniciais são muito competitivos, frequentemente ultrapassando os R$ 20 mil. Assim como na área fiscal, muitos desses concursos exigem apenas diploma de nível superior em qualquer área de formação.

    7. Carreiras Policiais de Elite (Delegado Federal e Perito Criminal Federal)

    No topo das carreiras policiais, o delegado da Polícia Federal comanda investigações de crimes federais, como tráfico de drogas, corrupção e crimes financeiros. Já o perito criminal federal é o especialista responsável pela análise científica de vestígios em locais de crime, produzindo laudos essenciais para os inquéritos.

    Ambas as carreiras oferecem remunerações iniciais que superam os R$ 24 mil. Para o cargo de delegado, é exigida formação em Direito. Para perito, a exigência varia conforme a área de especialização, abrangendo cursos como engenharia, química, biologia e ciência da computação. Os concursos são extremamente concorridos e incluem testes físicos e psicológicos.