Autor: João Amaral

  • O STF na cultura pop: 5 filmes e séries que retratam a Justiça

    O STF na cultura pop: 5 filmes e séries que retratam a Justiça

    O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe novamente os holofotes para a mais alta corte do país. Movimentações como essa mostram como as decisões tomadas pelos 11 ministros em Brasília impactam diretamente a vida de milhões de brasileiros, da economia à política.

    Essa mistura de poder, direito e bastidores políticos não chama a atenção apenas no noticiário. O universo dos tribunais superiores, com seus rituais, tensões e decisões que moldam a sociedade, é um prato cheio para o cinema e a televisão. Roteiristas e diretores frequentemente usam esse cenário para criar narrativas sobre justiça, corrupção e o funcionamento das instituições.

    Seja em produções que recriam casos reais ou em ficções que se inspiram na complexidade do sistema judicial, as telas oferecem um espelho, por vezes distorcido, do que acontece nos corredores do poder. Essas obras ajudam a formar a percepção do público sobre o papel da Justiça e exploram os dilemas éticos enfrentados por quem tem o poder de julgar. Relembre a seguir cinco filmes e séries que mergulharam nesse universo.

    “O Mecanismo”

    Lançada em 2018, a série brasileira criada por José Padilha e Elena Soarez tornou-se um fenômeno ao dramatizar os bastidores da Operação Lava Jato. A trama acompanha um grupo de policiais federais que descobre um esquema de corrupção envolvendo empreiteiras e políticos, uma investigação que abala as estruturas do poder no Brasil.

    Embora focada no trabalho policial, a produção retrata como as investigações avançam para as instâncias superiores da Justiça. O STF aparece como o palco final onde delações são homologadas, prisões são decididas e recursos são julgados. A série explora a pressão política sobre os juízes e a complexa teia de interesses que cerca as decisões judiciais em casos de grande repercussão.

    A narrativa, ainda que ficcionalizada, baseia-se em eventos e personagens reais, o que gerou debates sobre os limites entre ficção e realidade. “O Mecanismo” foi fundamental para popularizar discussões sobre o sistema de justiça criminal e o papel das altas cortes no combate à corrupção.

    “O Processo”

    Este documentário de 2018, dirigido por Maria Augusta Ramos, oferece um olhar direto e sem narração sobre um dos momentos mais turbulentos da história política recente do Brasil: o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A câmera acompanha de perto os bastidores no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.

    O filme se destaca por mostrar o papel crucial do STF durante todo o rito. O então presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, presidiu as sessões de julgamento no Senado, garantindo o cumprimento das regras constitucionais. O documentário captura a formalidade, a tensão e os debates jurídicos que ocorreram longe dos olhos do grande público.

    Diferente de uma série de ficção, “O Processo” revela a liturgia e o funcionamento real do tribunal em um momento de crise institucional. Ele permite ao espectador entender a dinâmica entre os poderes e como o Judiciário atua como mediador e garantidor da ordem constitucional, mesmo sob intensa pressão política.

    “Suprema”

    O filme de 2018 conta a história real de Ruth Bader Ginsburg, uma das mais icônicas juízas da Suprema Corte dos Estados Unidos. A trama foca no início de sua carreira, quando, ao lado do marido, ela assume um caso tributário que se tornaria um marco na luta contra a discriminação de gênero no país.

    A produção ilustra como uma única decisão judicial pode ter um impacto transformador na sociedade. Ao levar o caso até as últimas instâncias, a jovem advogada desafiou séculos de precedentes legais que tratavam homens e mulheres de forma desigual. O filme mostra o caminho árduo para construir uma argumentação capaz de mudar a mentalidade de um sistema judicial conservador.

    “Suprema” é uma aula sobre como o direito evolui e como a atuação em tribunais superiores pode ser uma ferramenta para o avanço dos direitos civis. Embora se passe nos Estados Unidos, a história de Ginsburg ressoa globalmente, destacando a importância de uma Suprema Corte atenta às mudanças sociais.

    “O Veredicto”

    Um clássico de 1982 dirigido por Sidney Lumet, este filme traz Paul Newman no papel de um advogado alcoólatra e desacreditado que vê uma última chance de redenção. Ele assume um caso de erro médico contra um hospital poderoso e se depara com um sistema judicial que parece favorecer os mais fortes.

    Ainda que a trama não envolva diretamente uma suprema corte, “O Veredicto” é uma poderosa reflexão sobre a busca por justiça. O filme expõe as falhas, a corrupção e os dilemas éticos dentro do sistema legal, mostrando como a integridade de juízes, advogados e jurados é constantemente testada.

    A história aborda a percepção pública de que a Justiça pode ser lenta, burocrática e, por vezes, inacessível aos cidadãos comuns. Ele levanta questões universais sobre o papel do Judiciário como o último recurso para a defesa dos direitos individuais contra grandes corporações e instituições, um tema central na missão de qualquer tribunal superior.

    “O Doutrinador”

    Baseado em uma história em quadrinhos brasileira, o filme de 2018 e a série derivada apresentam uma visão distópica e radical da justiça. A trama segue um agente federal que, após uma tragédia pessoal, se transforma em um vigilante mascarado que caça e elimina políticos e empresários corruptos.

    Nessa narrativa de ação, o sistema judicial, incluindo as cortes superiores, é retratado como falho, lento e incapaz de punir os poderosos. O protagonista decide fazer justiça com as próprias mãos justamente por não acreditar mais nas instituições. A obra canaliza um sentimento de frustração popular com a impunidade.

    “O Doutrinador” oferece uma perspectiva crítica e sombria, onde a Justiça oficial é vista como parte do problema. Embora seja uma fantasia de ação, a produção dialoga com a desconfiança de parte da população em relação ao sistema político e judicial, servindo como um termômetro ficcional de insatisfações reais.

  • O caminho de um processo no STF: como um ministro se torna relator

    O caminho de um processo no STF: como um ministro se torna relator

    A definição do ministro André Mendonça como relator dos processos sobre fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Supremo Tribunal Federal (STF) acendeu um alerta sobre os bastidores do Judiciário.

    As investigações da Polícia Federal sobre o desvio bilionário de benefícios de aposentados e pensionistas estavam anteriormente no gabinete do ministro Dias Toffoli.

    A escolha de um relator, longe de ser um detalhe burocrático, é uma das etapas mais decisivas para o futuro de qualquer processo que chega à mais alta corte do país.

    O relator é o juiz responsável por conduzir toda a tramitação do caso. Ele funciona como o maestro do processo, ditando o ritmo, analisando os pedidos urgentes e preparando a matéria para o julgamento final por todos os ministros. Entender como essa escolha é feita ajuda a compreender a dinâmica de poder e os caminhos que uma decisão judicial pode tomar antes mesmo de ser debatida em plenário.

    Como funciona a distribuição de processos no STF

    Quando um novo processo chega ao STF, ele passa por um sistema de distribuição eletrônica. Esse sistema funciona como um sorteio, que distribui a ação de forma aleatória e equilibrada entre os ministros. O objetivo é garantir a imparcialidade, evitando que um magistrado possa escolher os casos que deseja julgar.

    Contudo, existe uma regra fundamental que quebra essa aleatoriedade: a prevenção. Se um ministro já foi sorteado anteriormente como relator de um caso que tenha ligação com o novo processo, ele se torna “prevento”. Isso significa que ele automaticamente assume a relatoria de todas as novas ações relacionadas ao mesmo fato ou às mesmas partes.

    Essa regra busca manter a coerência nas decisões judiciais. A lógica é que o ministro que já estudou o assunto tem mais condições de analisar os novos desdobramentos de forma eficiente, evitando decisões conflitantes sobre um mesmo tema.

    O poder e as responsabilidades de um relator

    Ser o relator de um processo no STF confere ao ministro uma série de poderes que influenciam diretamente o seu andamento. É ele quem faz a primeira análise detalhada dos autos, conhecendo a fundo os argumentos de todas as partes envolvidas.

    Uma de suas principais atribuições é decidir sobre pedidos liminares. Essas são solicitações urgentes que podem suspender uma lei, determinar a soltura de um réu ou garantir um direito antes do julgamento definitivo. Uma decisão liminar de um relator pode ter efeitos imediatos e, em muitos casos, molda o cenário até a análise final pelo colegiado.

    Além disso, o relator organiza o processo para o julgamento. Ele pode solicitar mais informações, pedir pareceres e determinar a produção de provas, se necessário. Ao final dessa fase de instrução, ele elabora um relatório completo sobre o caso e, mais importante, redige o seu voto. Esse voto é o primeiro a ser lido na sessão de julgamento e serve como o principal guia para a discussão entre os demais ministros.

    Leia: Em 4 atos, como Alexandre de Moraes se tornou tão poderoso

    A influência do relator é tão grande que seu voto frequentemente se torna o “voto condutor”, ou seja, a base para a decisão final da Corte. Embora os outros ministros possam discordar e apresentar seus próprios votos, a argumentação do relator estabelece os termos do debate.

    O impacto da relatoria em casos de grande repercussão

    Em ações de alto impacto político e social, como as que envolvem a trama golpista, a figura do relator ganha ainda mais destaque. A maneira como ele conduz o processo, a rapidez com que pauta o julgamento e o teor de suas decisões iniciais podem gerar consequências políticas e jurídicas imediatas.

    O ministro que assume a relatoria se torna o rosto daquele julgamento perante a opinião pública. Suas decisões são acompanhadas de perto pela imprensa e pela sociedade, e sua interpretação da lei pode definir os rumos de investigações complexas. Por isso, a distribuição de um processo sensível é sempre um momento de grande atenção nos corredores de Brasília.

    A escolha de um relator, seja por sorteio ou prevenção, não define o resultado de um julgamento, mas certamente desenha o caminho que ele irá percorrer. A habilidade de um ministro em conduzir o processo, articular seus argumentos e convencer seus pares é fundamental para a construção da decisão final do Supremo.

    O que faz um ministro relator no STF?

    O ministro relator é o principal condutor de um processo no Supremo. Ele é responsável por analisar os pedidos, inclusive os urgentes, como liminares.

    Ele também organiza o caso, solicita informações e prepara um relatório detalhado para apresentar aos outros ministros antes do julgamento.

    Como um ministro do STF se torna relator?

    A escolha é feita por um sistema de distribuição eletrônica, que sorteia o processo de forma aleatória entre os ministros da Corte.

    No entanto, se o processo tiver conexão com outro já em andamento, ele é direcionado ao mesmo relator por um critério chamado “prevenção”.

    Qual a importância do voto do relator em um julgamento?

    O voto do relator é o primeiro a ser apresentado durante a sessão de julgamento. Ele serve como ponto de partida para a discussão entre os demais ministros.

    Frequentemente, a argumentação do relator influencia os outros juízes e se torna a base para a decisão final do colegiado.

    O relator pode decidir um caso sozinho?

    O relator pode tomar decisões monocráticas, ou seja, individuais, especialmente em casos urgentes (liminares). Essas decisões têm validade imediata.

    Contudo, a decisão final sobre o mérito do caso é sempre tomada pelo colegiado, seja por uma das Turmas ou pelo Plenário completo do STF.

  • 7 doenças graves que podem estar escondidas no esgoto da sua rua

    7 doenças graves que podem estar escondidas no esgoto da sua rua

    A rede de esgoto que passa sob a sua rua é uma parte essencial da infraestrutura urbana, mas pode esconder ameaças invisíveis à saúde. Quando o saneamento básico é inadequado ou falha, o contato direto ou indireto com água contaminada por dejetos humanos e de animais se torna um risco real, abrindo portas para uma série de doenças graves que afetam milhares de pessoas todos os anos no Brasil.

    Leia: De cada 10 residências no país, 3 não têm esgoto ligado à rede geral

    O perigo não se limita a áreas sem qualquer tipo de tratamento. Vazamentos, refluxos durante enchentes e ligações clandestinas podem contaminar o solo, a água de poços e até mesmo a água que chega às torneiras. Entender quais são essas doenças e como elas se propagam é o primeiro passo para proteger sua família e cobrar ações efetivas do poder público.

    Leptospirose

    Causada pela bactéria Leptospira, a leptospirose é frequentemente associada a enchentes e alagamentos. A urina de ratos, principal portador da bactéria, contamina a água e a lama do esgoto. O simples contato da pele com essa água, especialmente se houver algum ferimento ou arranhão, pode levar à infecção.

    Os sintomas iniciais são parecidos com os de uma gripe forte: febre alta, dor de cabeça e dores musculares, principalmente nas panturrilhas. Em casos mais graves, a doença evolui para a forma ictérica, conhecida como Síndrome de Weil, que causa icterícia (pele e olhos amarelados), insuficiência renal e hemorragias, podendo ser fatal.

    Cólera

    A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela bactéria Vibrio cholerae. Essa bactéria se prolifera em ambientes com saneamento precário, sendo o esgoto a céu aberto um dos principais focos de disseminação. O microrganismo é liberado nas fezes de pessoas infectadas e pode contaminar rapidamente fontes de água.

    A doença se manifesta de forma súbita, com diarreia aquosa e intensa, vômitos e cãibras. A perda rápida de líquidos corporais leva à desidratação severa, que, se não for tratada imediatamente com reidratação oral ou venosa, pode causar choque e morte em questão de horas. A prevenção depende diretamente do acesso à água tratada e do descarte correto do esgoto.

    Hepatite A

    Esta é uma inflamação do fígado causada pelo vírus da hepatite A (VHA). A transmissão ocorre pela via fecal-oral, principalmente pelo consumo de água ou alimentos contaminados por esgoto. O vírus é muito resistente e pode sobreviver por meses no ambiente, tornando a falta de saneamento um fator de risco constante.

    Os sintomas incluem fadiga, náuseas, vômitos, dor abdominal, febre e icterícia. Diferente das hepatites B e C, a hepatite A não se torna crônica, mas pode causar uma doença debilitante que dura várias semanas. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção, juntamente com a melhoria das condições de higiene e saneamento.

    Febre tifoide

    Causada pela bactéria Salmonella typhi, a febre tifoide também está ligada ao consumo de água e alimentos contaminados por fezes humanas. A bactéria pode sobreviver por semanas na água ou no esgoto, representando um perigo contínuo em locais com infraestrutura sanitária deficiente.

    Os sintomas se desenvolvem gradualmente e incluem febre alta e prolongada, dor de cabeça, mal-estar geral, tosse seca e manchas rosadas no tronco. Se não tratada com antibióticos, a doença pode levar a complicações graves, como hemorragia intestinal, perfuração do intestino e até a morte.

    Giardíase

    A giardíase é uma infecção intestinal causada pelo protozoário Giardia lamblia. A contaminação acontece pela ingestão de cistos do parasita, que são eliminados nas fezes de pessoas ou animais infectados e podem contaminar redes de água e esgoto. É uma das causas mais comuns de doenças diarreicas em todo o mundo.

    Os sintomas mais frequentes são diarreia, gases, cólicas abdominais, náuseas e perda de peso. Embora muitas vezes seja autolimitada, a infecção pode se tornar crônica, especialmente em crianças, levando à síndrome de má absorção e desnutrição. O tratamento adequado da água é fundamental para o controle.

    Amebíase

    Outra doença causada por um protozoário, a Entamoeba histolytica, a amebíase é transmitida da mesma forma que a giardíase: pela ingestão de cistos presentes em água e alimentos contaminados por fezes. A falta de tratamento de esgoto permite que o parasita se espalhe facilmente pela comunidade.

    Na maioria dos casos, a infecção é assintomática. Quando os sintomas aparecem, podem variar de um desconforto abdominal leve com diarreia a uma disenteria grave, com fezes sanguinolentas e cólicas intensas. Em casos raros, o parasita pode invadir outros órgãos, como o fígado, causando abcessos que exigem tratamento imediato.

    Esquistossomose

    Conhecida popularmente como “barriga d’água”, a esquistossomose é causada pelo verme Schistosoma mansoni. O ciclo da doença envolve caramujos de água doce que liberam larvas do verme. O esgoto não tratado contamina rios e lagos, permitindo que os ovos do parasita, presentes nas fezes humanas, infectem os caramujos.

    A infecção ocorre quando a pele entra em contato com a água contaminada por essas larvas. A fase aguda pode causar febre, dores de cabeça e calafrios. Na fase crônica, os vermes se alojam nos vasos do intestino e do fígado, podendo causar fibrose hepática, hipertensão portal e aumento do baço, quadro que caracteriza a “barriga d’água”.

  • Chaves, Seu Madruga e Necaxa: a curiosa história que une o clube e a série

    Chaves, Seu Madruga e Necaxa: a curiosa história que une o clube e a série

    Se você é fanático de “Chaves”, provavelmente sabe que Seu Madruga era torcedor fanático do Nexaca. Afinal, na versão original do programa, uma de suas falas icônicas é justamente “Yo le voy a Necaxa!”.

    O bordão, porém, não chegou até à dublagem brasileira, que preferiu traduções como “meu negócio é futebol”, evitando a menção ao time mexicano, que pouca gente no Brasil conhece.

    O que muitos talvez não saibam é que o time do coração original do icônico personagem de Ramón Valdés não é uma invenção do roteiro. O Club Necaxa tem mais de um século de história e sua ligação com o seriado transformou o time em um símbolo cultural em toda a América Latina.

    Leia: Cultura, história e costumes do México, a terra do eterno seriado ‘Chaves’

    A menção constante ao clube na série de Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, imortalizou o nome Necaxa para gerações de espectadores na América Latina. A torcida fervorosa de Seu Madruga reflete a paixão que muitos mexicanos sentiam por uma equipe que, na época da gravação do programa, já carregava a nostalgia de um passado glorioso, mas vivia um presente de dificuldades.

    A história de glórias e desaparecimentos

    Fundado em 1923 por funcionários de uma companhia de luz e energia na Cidade do México, o Club Necaxa rapidamente se tornou uma potência no futebol amador do país. Na década de 1930, a equipe viveu sua era de ouro, conquistando quatro títulos da liga e ganhando o apelido de “Los Once Hermanos” (Os Onze Irmãos), uma referência ao entrosamento e à união do elenco dentro de campo.

    Aquele time dominou o futebol mexicano com um estilo de jogo envolvente e se tornou uma das equipes mais populares do país. Essa fase de glórias marcou uma geração inteira de torcedores, que viam no Necaxa um símbolo de sucesso e identidade. Era o time da moda, o gigante a ser batido antes do profissionalismo tomar conta do esporte no México.

    No entanto, a trajetória do clube foi marcada por instabilidade. Em 1943, com a profissionalização do futebol mexicano, o Necaxa decidiu não participar do novo sistema e desapareceu do cenário por sete anos. O time retornou em 1950, mas sem o mesmo brilho de antes. Em 1971, ano em que o seriado “Chaves” estreou, a equipe foi vendida e renomeada para Atlético Español, desaparecendo novamente.

    O clube só voltaria a usar o nome Necaxa em 1982. Essa história de idas e vindas, de um passado grandioso contrastando com um presente incerto, foi o cenário perfeito para a escolha de Chespirito. Para um personagem como Seu Madruga, que vivia de memórias e se apegava ao passado para encarar um presente difícil, torcer por um time com essa trajetória fazia todo o sentido.

    Por que o Necaxa foi o time escolhido?

    A escolha do Necaxa para Seu Madruga não foi aleatória. Roberto Gómez Bolaños era um grande fã de futebol, mas seu time do coração era o América, um dos clubes mais ricos e vitoriosos do México. Associar seu principal rival, o Seu Madruga, a um time tão poderoso não teria o mesmo efeito cômico e dramático. A ideia era criar uma conexão que gerasse empatia.

    Ao escolher o Necaxa, Chespirito atribuiu a Seu Madruga a imagem do torcedor raiz, leal a um clube que representava o azarão. Na década de 1970, quando o programa estava no auge, torcer pelo Necaxa era um ato de resistência e nostalgia. Era como torcer por um gigante adormecido, uma força do passado que lutava para sobreviver no futebol moderno.

    Leia: Saúde da atriz que viveu Chiquinha, de ‘Chaves’, preocupa

    Essa característica se encaixava perfeitamente na personalidade de Seu Madruga. Um homem desempregado, que devia 14 meses de aluguel e se virava com bicos, mas que mantinha o orgulho de suas convicções e de seu passado. Sua lealdade ao Necaxa era um espelho de sua própria resiliência, uma forma de se conectar com algo maior e mais glorioso que sua própria realidade.

    Leia:  Chiquinha e Seu Barriga têm encontro emocionante e relembram momentos de ‘Chaves’

    A paixão do personagem pelo clube se tornou uma das piadas recorrentes mais famosas do seriado. As gozações de Chaves e Quico, que frequentemente o chamavam de “perdedor”, reforçavam essa imagem. Mas, para o público, a defesa apaixonada que Seu Madruga fazia de seu time o tornava ainda mais humano e cativante, transformando o Necaxa em um sinônimo de lealdade e perseverança.

    O legado cultural da série para o clube

    A popularidade de “Chaves” em toda a América Latina deu ao Necaxa uma fama internacional que o clube talvez nunca alcançasse apenas com seu desempenho em campo.

    O próprio clube reconhece a importância dessa conexão. Ao longo dos anos, o Necaxa abraçou a associação com o seriado, utilizando a imagem de Seu Madruga em campanhas de marketing e nas redes sociais. Em diversas ocasiões, a equipe fez homenagens a Ramón Valdés e ao personagem, ciente de que grande parte de sua base de fãs fora do México foi construída graças à série.

    Essa relação simbiótica mostra como a cultura pop pode influenciar o esporte de maneiras inesperadas. Um seriado de comédia mexicano conseguiu colocar um clube de futebol de porte médio no imaginário de um continente inteiro. Hoje, quando o Necaxa entra em campo, é impossível para muitos não lembrarem do morador mais carismático da vila gritando seu amor pelas cores do time.

    O time do Seu Madruga em “Chaves” existe de verdade?

    Sim, o Club Necaxa, time do coração de Seu Madruga, é um clube de futebol real do México. Ele foi fundado em 21 de agosto de 1923.

    A equipe tem uma história rica no futebol mexicano, com períodos de grande sucesso, especialmente na era amadora, na década de 1930.

    Por que o criador de “Chaves” escolheu o Necaxa para o Seu Madruga?

    Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, era torcedor do Club América, um dos times mais vitoriosos do México. Ele escolheu o Necaxa para Seu Madruga por ser um time com um passado de glórias, mas que passava por dificuldades nos anos 1970.

    Essa característica de “azarão” ou de “gigante adormecido” se encaixava perfeitamente na personalidade de Seu Madruga, um personagem nostálgico e resiliente.

    Qual era a história do Necaxa na época em que “Chaves” foi criado?

    Na década de 1970, quando “Chaves” começou, o Necaxa vivia um momento conturbado. O clube, que havia sido uma potência nos anos 30, já não tinha o mesmo prestígio.

    Em 1971, o time foi vendido e mudou de nome para Atlético Español. O nome Necaxa só foi retomado em 1982, o que reforça a ideia de que Seu Madruga era um torcedor apegado ao passado.

    Como o Necaxa lidou com a fama vinda do seriado?

    O clube abraçou completamente a associação com “Chaves” e Seu Madruga. Essa conexão deu ao Necaxa uma enorme popularidade internacional, especialmente na América Latina.

    Ao longo dos anos, o time fez diversas homenagens ao personagem e ao ator Ramón Valdés, utilizando essa fama em suas estratégias de comunicação e marketing para se conectar com fãs de todo o mundo.

  • Por onde andam 5 políticos que não se reelegeram em 2022

    Por onde andam 5 políticos que não se reelegeram em 2022

    A recente entrevista da ex-deputada Joice Hasselmann sobre o início do relacionamento de Jair e Michelle Bolsonaro colocou os holofotes sobre uma questão recorrente na política: o que acontece com figuras públicas após uma derrota nas urnas? A eleição de 2022 deixou de fora do Congresso Nacional nomes que, até pouco tempo, dominavam o noticiário e influenciavam os rumos do país.

    Longe dos gabinetes de Brasília, muitos desses ex-parlamentares buscam se reinventar. Alguns migram para a iniciativa privada, outros se transformam em comentaristas políticos e há aqueles que usam as redes sociais para manter a relevância. A transição nem sempre é simples, mas revela novas facetas de personalidades que o público se acostumou a ver apenas no plenário.

    De deputados que foram campeões de votos a senadores com décadas de experiência, a lista de quem não conseguiu se reeleger é extensa. Conheça a seguir a trajetória de cinco políticos famosos que perderam a eleição em 2022 e iniciaram um novo capítulo em suas carreiras.

    Joice Hasselmann

    Eleita em 2018 com mais de um milhão de votos, a ex-deputada pelo PSL de São Paulo se tornou uma das principais vozes do bolsonarismo no Congresso. Após romper com o governo, sua popularidade diminuiu, resultando em pouco mais de 13 mil votos em 2022, insuficientes para garantir a reeleição.

    Fora de Brasília, Joice se reinventou como influenciadora digital e comunicadora. Ela investe em seu canal no YouTube, onde comenta sobre política e compartilha sua rotina. Além disso, lançou um podcast e se dedica a produzir conteúdo para suas redes sociais, mantendo uma base de seguidores engajada e uma postura crítica ao seu antigo aliado político.

    Alexandre Frota

    Outro político eleito na onda bolsonarista de 2018, Alexandre Frota (PDT-SP) também se tornou um forte opositor do ex-presidente. Sua trajetória foi marcada por polêmicas e uma mudança de posicionamento que lhe custou capital político. Em 2022, tentou uma vaga como deputado estadual, mas teve 24.224 votos e não obteve sucesso em conseguir um assento na Assembleia Legislativa de SP.

    Desde que deixou a Câmara dos Deputados, Frota intensificou sua presença nas redes sociais, principalmente no X (antigo Twitter). Ele atua como um comentarista político independente, com críticas contundentes tanto ao governo anterior quanto ao atual, e participa de debates e entrevistas em canais de notícias e podcasts.

    Em outubro de 2024, Frota voltou à política institucional ao ser eleito vereador em Cotia, na região metropolitana de São Paulo. Ele recebeu 2.893 votos e conquistou a vaga pelo critério de média, e está exercendo o cargo atualmente.

    Rodrigo Maia

    Presidente da Câmara dos Deputados por três mandatos consecutivos, Rodrigo Maia (PSD-RJ) foi uma das figuras mais poderosas da República. Em 2022, diante de um cenário político desfavorável no Rio de Janeiro, ele optou por não disputar a reeleição e encerrou sua carreira parlamentar.

    Maia fez uma transição bem-sucedida para a iniciativa privada. Hoje, atua como presidente de uma confederação que representa instituições financeiras e também participa de projetos no mercado imobiliário. Ele continua sendo uma voz consultada sobre os rumos da política e da economia, mas agora a partir de uma perspectiva empresarial.

    Kátia Abreu

    Com uma longa carreira política que inclui mandatos como deputada, senadora e ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PP-TO) era um nome forte no Congresso. Contudo, em 2022, ela não conseguiu se reeleger para o Senado, sendo derrotada por uma ex-aliada.

    Após a derrota, Kátia Abreu adotou um perfil mais reservado. Ela se afastou dos holofotes da política nacional e tem se dedicado a seus negócios no agronegócio e à vida pessoal. Suas aparições públicas e manifestações nas redes sociais tornaram-se raras, marcando uma pausa em sua intensa vida pública.

    Paulo Martins

    Eleito deputado federal pelo Paraná, Paulo Martins (PL) abriu mão de uma reeleição provável para tentar uma vaga no Senado. A aposta não deu certo e ele acabou sem mandato. Conhecido por suas posições conservadoras, ele era uma figura ativa na base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Martins rapidamente encontrou um novo espaço na mídia. Pouco tempo depois da eleição, ele foi contratado como comentarista político pela Jovem Pan News.

    Em 2024, Paulo Martins foi eleito vice-prefeito de Curitiba na chapa liderada por Eduardo Pimentel (PSD). A dupla venceu o segundo turno da eleição municipal com 531.029 votos, o equivalente a 57,64% dos válidos.

  • Escalpelamento: lei não impede novas vítimas na Amazônia

    Escalpelamento: lei não impede novas vítimas na Amazônia

    Um instante de descuido em uma viagem de barco pode mudar uma vida para sempre. O escalpelamento, um acidente grave e violento, acontece quando os cabelos compridos se enroscam no eixo desprotegido do motor de uma embarcação, arrancando o couro cabeludo de forma abrupta. As vítimas, em sua maioria mulheres e meninas, enfrentam sequelas físicas e psicológicas profundas.

    Desde 2009, o Brasil conta com a Lei nº 11.970, que tornou obrigatória a instalação de uma proteção nesses motores para evitar tais acidentes. A legislação representou um avanço importante na segurança da navegação, especialmente na região amazônica, onde os rios são as principais vias de transporte. Contudo, mais de uma década depois, os casos de escalpelamento continuam a ser registrados, revelando uma complexa realidade onde a lei, por si só, não consegue garantir a proteção completa.

    O que a lei determina

    A “Lei do Escalpelamento” foi uma resposta direta à alta incidência de acidentes nos rios do país. Sua principal determinação é clara: todas as embarcações com motor de popa e eixo exposto devem ter uma cobertura de proteção. Esse dispositivo, relativamente simples, cria uma barreira física que impede o contato do eixo em rotação com os cabelos dos passageiros.

    A responsabilidade pela fiscalização ficou a cargo da autoridade marítima. A norma estabeleceu que nenhuma embarcação poderia ser inscrita, registrada ou ter sua propriedade transferida sem o equipamento de segurança. A intenção era criar um mecanismo que garantisse a adaptação de barcos novos e antigos, tornando a navegação fluvial mais segura para todos.

    Na prática, a lei estimulou a produção e a distribuição dessas proteções. Campanhas de conscientização foram realizadas, especialmente nos estados do Amapá e do Pará, onde a concentração de acidentes era maior. A mobilização social e a cobertura da imprensa na época foram fundamentais para que a proposta se tornasse lei e ganhasse visibilidade nacional.

    Os desafios que persistem

    Apesar dos avanços, a erradicação do escalpelamento ainda é um desafio. O principal obstáculo é a fiscalização em uma área geograficamente complexa como a Amazônia. Os rios se estendem por milhares de quilômetros, conectando comunidades isoladas onde a presença do poder público é limitada.

    Muitos barqueiros que vivem do transporte fluvial, conhecidos como “ribeirinhos”, têm baixa renda e enfrentam dificuldades para arcar com os custos de aquisição e instalação da proteção. Mesmo quando o equipamento é distribuído gratuitamente em ações governamentais, a manutenção pode ser um problema. Algumas proteções são removidas para reparos no motor e não são recolocadas, deixando o eixo novamente exposto.

    A falta de informação contínua também contribui para o problema. Com o passar do tempo, o senso de urgência diminui e a percepção do risco pode ser negligenciada tanto por condutores quanto por passageiros. A rotina das viagens diárias muitas vezes leva a um excesso de confiança, fazendo com que cuidados básicos, como prender o cabelo, sejam esquecidos.

    Esses fatores criam um cenário onde a legislação existe, mas sua aplicação efetiva é falha. Os acidentes continuam a acontecer, vitimando novas pessoas e deixando um rastro de dor e superação. As vítimas precisam de múltiplos procedimentos cirúrgicos de reconstrução, além de acompanhamento psicológico para lidar com o trauma e a mudança abrupta na aparência.

    O que é o acidente de escalpelamento?

    O escalpelamento é um acidente em que o cabelo de uma pessoa fica preso no eixo giratório de um motor de barco sem proteção.

    A força da rotação arranca de forma violenta e instantânea todo ou parte do couro cabeludo, incluindo orelhas, sobrancelhas e pele do rosto.

    Existe uma lei para prevenir o escalpelamento?

    Sim, a Lei nº 11.970, sancionada em 2009. Ela ficou conhecida como a “Lei do Escalpelamento”.

    A legislação torna obrigatória a instalação de uma cobertura de proteção sobre o eixo e outras partes móveis perigosas dos motores de barcos.

    Se a lei existe, por que os acidentes ainda ocorrem?

    Os acidentes continuam por uma combinação de fatores. A fiscalização é o principal desafio, especialmente na vasta região amazônica.

    Além disso, muitos proprietários de barcos têm dificuldade para comprar e instalar o equipamento de proteção. A falta de conscientização contínua também é um problema.

    Quem são as maiores vítimas desses acidentes?

    As vítimas mais comuns são mulheres e meninas com cabelos compridos, que utilizam os barcos como meio de transporte diário.

    Elas geralmente viajam sentadas no piso da embarcação, mais próximas do motor, o que aumenta o risco de acidente.

    Quais são as consequências do escalpelamento?

    As consequências são graves e permanentes. Fisicamente, a vítima precisa de dezenas de cirurgias reparadoras ao longo de anos.

    Psicologicamente, o trauma causa depressão, isolamento social e dificuldades de reintegração na escola ou no trabalho devido à mudança na aparência.

  • Streaming mais caro: como organizar o orçamento para não pesar no bolso

    Streaming mais caro: como organizar o orçamento para não pesar no bolso

    A conta do streaming ficou mais salgada. O recente reajuste anunciado pela HBO Max no Brasil é o mais novo lembrete de que o entretenimento digital exige planejamento financeiro. Se você se assustou com o novo valor ou já perdeu o controle de quantas assinaturas paga por mês, saiba que não está sozinho.

    Leia: Já não é Max, é HBO Max: plataforma de streaming da Warner volta a usar nome anterior

    Parece evidente que a era do streaming barato chegou ao fim, dando lugar a uma nova realidade de preços crescentes e catálogos fragmentados. Organizar as finanças para continuar assistindo às suas séries e filmes favoritos sem estourar o orçamento se tornou essencial.

    Este guia prático oferece um passo a passo para reavaliar seus gastos, escolher os serviços que realmente valem a pena e aplicar estratégias inteligentes para economizar.

    Como organizar os gastos com streaming

    Reorganizar as assinaturas não significa abrir mão do lazer. Com um pouco de disciplina e as estratégias certas, é possível manter o entretenimento em dia e a saúde financeira também. Confira as principais dicas para otimizar seus gastos com plataformas de vídeo.

    1. Faça um inventário completo

    O primeiro passo é saber exatamente para onde seu dinheiro está indo. Faça uma lista de todos os serviços que você assina, do mais popular ao menos conhecido. Inclua o valor mensal ou anual de cada um e a data de renovação. Muitas vezes, assinaturas esquecidas continuam sendo debitadas.

    Use um aplicativo de controle financeiro ou uma simples planilha. Anote tudo: Netflix, Prime Video, HBO Max, Disney+, Globoplay, Apple TV+ e qualquer outro. Esse mapa visual dos seus gastos é a base para tomar decisões mais conscientes sobre o que manter e o que cortar.

    2. Avalie o custo-benefício real

    Com a lista em mãos, analise o quanto você realmente usa cada plataforma. Um serviço mantido apenas por uma única série, como “Pacificador” na HBO Max, pode não justificar o custo ao longo do ano. Seja honesto sobre seus hábitos de consumo.

    Uma boa tática é verificar seu histórico de visualização, um recurso disponível na maioria dos aplicativos. Se você não acessa uma plataforma há mais de um mês, talvez seja hora de cancelar. A ideia é pagar pelo que você de fato assiste, e não apenas pela possibilidade de assistir.

    3. Adote o rodízio de assinaturas

    Você não precisa assinar tudo ao mesmo tempo. A estratégia do rodízio é uma das mais eficientes para economizar. Em vez de pagar por cinco ou seis serviços todos os meses, escolha um ou dois e foque em seus catálogos. Quando esgotar o que te interessa, cancele e migre para outro.

    Por exemplo, você pode assinar a Netflix por dois meses para maratonar as novidades. Depois, cancela e ativa a HBO Max para ver as novas temporadas de suas séries preferidas. Essa rotação garante acesso a um conteúdo variado sem sobrecarregar o orçamento mensal.

    4. Explore os planos com anúncios

    Para baratear os custos, grandes empresas como a Netflix passaram a oferecer planos mais acessíveis que incluem a exibição de anúncios. Se você não se importa com pequenas interrupções comerciais, essa pode ser uma excelente alternativa para reduzir a despesa mensal.

    Compare a diferença de preço entre o plano padrão e o com anúncios. Em muitos casos, a economia ao final de um ano pode ser suficiente para pagar por outra assinatura ou simplesmente aliviar o bolso. Verifique se os recursos oferecidos, como a qualidade de imagem, atendem às suas necessidades.

    5. Compartilhe contas dentro das regras

    Muitos serviços oferecem planos familiares, que permitem a criação de múltiplos perfis e o uso em telas simultâneas. Dividir o custo com pessoas que moram na mesma casa é uma forma legal e eficaz de baratear o acesso. Combine com familiares ou colegas de residência para compartilhar um plano mais robusto.

    É importante estar atento às novas políticas sobre compartilhamento de senhas. A Netflix, por exemplo, já implementou sistemas para restringir o uso fora da residência principal, oferecendo a opção de adicionar um assinante extra por um valor adicional. Verifique sempre os termos de uso para evitar o bloqueio da sua conta.

    6. Busque combos e ofertas especiais

    Fique de olho em promoções oferecidas por operadoras de telefonia e internet. Muitas vezes, essas empresas incluem assinaturas de serviços de streaming em seus pacotes por um preço reduzido ou até mesmo como um bônus. Vale a pena consultar sua operadora atual ou pesquisar ofertas no mercado.

    Outra possibilidade são os pacotes de serviços, como o combo da Disney+ com o Star+. Assinar os dois juntos costuma ser mais barato do que pagar por cada um separadamente. Verifique se as plataformas que você mais gosta oferecem algum tipo de pacote vantajoso.

    7. Considere as alternativas gratuitas

    O universo do streaming não se resume apenas a plataformas pagas. Existem diversas opções gratuitas e legais que oferecem um vasto catálogo de filmes, séries e canais ao vivo. Plataformas como Pluto TV e Plex funcionam com base em anúncios e não exigem assinatura.

    Além disso, o próprio YouTube possui uma seção de filmes gratuitos. Embora o catálogo seja mais antigo, é uma ótima maneira de complementar seu entretenimento sem gastar nada. Explorar essas alternativas pode te ajudar a reduzir o número de assinaturas pagas sem ficar sem opções do que assistir.

  • Casos de intoxicação alimentar que chocaram o Brasil nos últimos anos

    Casos de intoxicação alimentar que chocaram o Brasil nos últimos anos

    A conclusão da investigação sobre a morte de uma mulher e a intoxicação de sua família em Belo Horizonte trouxe novamente ao debate a segurança dos alimentos que consumimos. O caso, que gerou grande comoção, revelou um descuido na elaboração de uma torta de frango em uma padaria na capital mineira, reacendendo um alerta sobre os perigos invisíveis que podem estar presentes no prato.

    Leia: BH: laudo descarta que torta de frango tenha sido envenenada, diz advogado

    Infelizmente, essa não é uma história isolada no Brasil. Nos últimos anos, diversos surtos de contaminação alimentar ganharam as manchetes, envolvendo desde grandes indústrias até pequenos comércios. Esses episódios deixaram um rastro de vítimas e serviram para expor falhas graves em processos de produção, armazenamento e manipulação de alimentos, gerando desconfiança e mudando hábitos de consumo.

    A cerveja que se tornou um veneno

    Um dos casos mais emblemáticos e trágicos ocorreu também em Minas Gerais, envolvendo a cervejaria Backer. Entre o final de 2019 e o início de 2020, dezenas de pessoas foram internadas com sintomas neurológicos e renais agudos, como paralisia facial, visão turva e insuficiência renal. Ao todo, 10 pessoas morreram e muitas outras ficaram com sequelas permanentes.

    Leia: Três anos depois, vítimas do caso Backer aguardam julgamento da cervejaria

    As investigações apontaram para a contaminação de tanques de cerveja por dietilenoglicol, uma substância tóxica usada no sistema de refrigeração da fábrica. Um vazamento teria permitido que o composto se misturasse à bebida, transformando um produto de lazer em um veneno silencioso. O episódio resultou em um recall massivo dos produtos, no fechamento temporário da fábrica e em um longo processo judicial para reparação das vítimas.

    O achocolatado que assustou o país

    Outro caso que marcou a memória dos brasileiros envolveu uma das marcas mais conhecidas de achocolatado infantil, a Toddynho. Em 2011, no Rio Grande do Sul, um lote do produto foi distribuído com um pH alterado, causando queimaduras na boca e no esôfago de consumidores, incluindo crianças. A sensação era de estar ingerindo um produto de limpeza.

    A análise do lote contaminado confirmou a presença de detergente com pH 13, extremamente alcalino e corrosivo. A suspeita é de que tenha ocorrido uma falha no processo de limpeza dos equipamentos da fábrica, resultando no envase do produto químico. O incidente gerou pânico entre os pais e obrigou a empresa a retirar mais de 200 mil unidades do mercado, além de reforçar seus protocolos de segurança.

    O cardápio escolar que levou à internação de alunos

    Em setembro de 2022, cerca de 70 estudantes de uma escola estadual em Aracaju, Sergipe, foram hospitalizados com sintomas de intoxicação alimentar. O episódio causou preocupação entre pais e a comunidade escolar, já que as crianças apresentavam sintomas como vômito, diarreia e dores abdominais intensas.

    As investigações conduzidas pela Vigilância Sanitária e pelo Laboratório Central de Sergipe (Lacen) apontaram a carne moída servida na merenda como a fonte do problema. A análise laboratorial confirmou um crescimento bacteriano no alimento, identificando a presença de microrganismos como Klebsiella sp. e Staphylococcus sp. A causa provável foi a falha no processo de refrigeração, que permitiu a proliferação dos germes. O caso obrigou a Secretaria de Educação a reforçar os protocolos de segurança alimentar nas escolas e a ampliar a equipe de apoio, visando garantir a qualidade das refeições oferecidas aos estudantes.

    O que esses casos ensinam

    Cada um desses episódios, embora distintos, aponta para a mesma direção: a cadeia de produção de alimentos é complexa e cheia de pontos críticos. Falhas podem ocorrer desde a matéria-prima, passando pelo processamento industrial, até a manipulação final em um restaurante, evento ou na própria cozinha de casa. A fiscalização por parte dos órgãos competentes é fundamental, mas a atenção do consumidor ao escolher onde e o que comer também desempenha um papel importante na prevenção.

    Quais são as causas mais comuns de intoxicação alimentar?

    As causas mais frequentes são biológicas, principalmente por bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus.

    Esses micro-organismos se proliferam em alimentos malcozidos, mal conservados ou manipulados sem a higiene adequada. Há também as causas químicas, como a contaminação por agrotóxicos ou substâncias industriais.

    Como a contaminação de alimentos pode ocorrer na indústria?

    Na indústria, a contaminação pode acontecer por falhas em diversas etapas do processo. Vazamentos em equipamentos, como no caso da cervejaria Backer, podem misturar substâncias tóxicas ao produto final.

    Outra possibilidade é a higienização inadequada das máquinas, que pode deixar resíduos de produtos de limpeza nos alimentos, como ocorreu com o achocolatado. A matéria-prima já contaminada também é um ponto de risco.

    Alimentos caseiros são sempre mais seguros?

    Não necessariamente. Embora o controle seja maior, o risco de contaminação em casa existe e é relevante. A manipulação incorreta é a principal causa.

    O uso de ovos crus em receitas como maioneses, a contaminação cruzada (usar a mesma faca para carne crua e vegetais) e o armazenamento inadequado são erros comuns que podem causar intoxicações graves.

    Quais são os principais sintomas de intoxicação alimentar?

    Os sintomas mais comuns incluem náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais e febre. Eles podem surgir poucas horas ou até dias após o consumo do alimento contaminado.

    Em casos mais graves, especialmente os causados por toxinas ou produtos químicos, podem ocorrer sintomas neurológicos, renais ou hepáticos. Ao sentir qualquer um desses sinais, é fundamental procurar atendimento médico.

    O que as investigações sobre esses casos revelam?

    As investigações geralmente apontam para falhas humanas ou sistêmicas nos processos de segurança alimentar. Elas revelam desde negligência na manutenção de equipamentos até a falta de treinamento de manipuladores de alimentos.

    Esses desfechos reforçam a importância de uma fiscalização rigorosa por parte dos órgãos de vigilância sanitária e da responsabilidade das empresas e comerciantes em seguir as boas práticas de produção e higiene.

  • Para onde vai o dinheiro da multa que você paga em Belo Horizonte?

    Para onde vai o dinheiro da multa que você paga em Belo Horizonte?

    A arrecadação com multas de trânsito em Belo Horizonte ultrapassou a marca de R$ 156 milhões em 2024. Com a recente instalação de novos radares na cidade, muitos motoristas se perguntam qual o destino desse dinheiro. A resposta não está em decisões arbitrárias da prefeitura, mas sim em uma regra clara definida pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

    Toda a receita obtida com a cobrança de multas de trânsito é, por lei, uma verba carimbada. Isso significa que seu uso é restrito a finalidades específicas ligadas diretamente à segurança e à melhoria do trânsito. O dinheiro não pode, por exemplo, ser usado para pagar salários de servidores de outras áreas ou para tapar buracos em qualquer rua da cidade.

    A legislação determina que os valores arrecadados sejam aplicados exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Essa determinação garante que o recurso gerado pela fiscalização retorne para o próprio sistema viário em forma de benefícios para motoristas, pedestres e ciclistas.

    Leia: Radares flagram 3 mil motoristas em alta velocidade em 24 h na BR-040

    O objetivo principal, segundo a lei, é investir em um trânsito mais seguro e organizado, e não simplesmente aumentar a arrecadação do município. A distribuição dos recursos entre essas áreas é de responsabilidade do órgão de trânsito municipal, que deve seguir as diretrizes nacionais.

    Como o dinheiro é aplicado na prática?

    Para entender melhor, vale a pena detalhar onde cada centavo pode ser investido. A aplicação dos recursos das multas se desdobra em ações concretas que impactam diretamente o dia a dia de quem circula pela capital mineira.

    A maior parte dos investimentos costuma ser direcionada para a manutenção e modernização da sinalização. Isso inclui a compra e instalação de novas placas de trânsito, a pintura de faixas de pedestres, de ciclovias e de divisão de pistas, além da implantação de semáforos mais modernos e inteligentes.

    Outra área fundamental é a engenharia de tráfego. Com esse dinheiro, a prefeitura financia estudos para identificar gargalos no trânsito e propor soluções, como mudanças no tempo dos semáforos, alterações no sentido de vias ou a criação de novos retornos. A instalação de novos radares também entra nessa categoria, como parte do planejamento de fiscalização.

    A fiscalização e o policiamento também são custeados por essa verba. Os gastos envolvem a compra de equipamentos para os agentes de trânsito, como talões eletrônicos e etilômetros (bafômetros), além da manutenção dos veículos utilizados nas operações de fiscalização e o desenvolvimento de sistemas para monitoramento do tráfego.

    Finalmente, uma parcela importante é destinada à educação de trânsito. São campanhas de conscientização em rádios e TVs, materiais educativos distribuídos em escolas e empresas, e ações de rua que buscam orientar a população sobre a importância de seguir as leis para evitar acidentes.

    O que não pode ser pago com o dinheiro das multas?

    A regra do CTB é bastante rigorosa sobre as proibições. O dinheiro arrecadado com as infrações não pode ser incorporado ao caixa geral da prefeitura para cobrir despesas de outras secretarias, como saúde ou cultura. A lógica é que o recurso gerado pelo trânsito deve servir ao próprio trânsito.

    Por exemplo, uma operação de tapa-buracos em uma rua residencial de pouco movimento não pode ser financiada com essa verba. No entanto, se o recapeamento for parte de um projeto maior de engenharia de tráfego para melhorar o fluxo em uma avenida importante, o investimento se torna legal.

    Da mesma forma, o pagamento de salários de guardas municipais que atuam na segurança patrimonial de praças ou prédios públicos não pode ser feito com esse recurso. A verba só pode custear a remuneração de agentes que trabalham diretamente na fiscalização e organização do trânsito.

    Essa vinculação da receita busca evitar o que se popularizou como a “indústria da multa”, em que a fiscalização teria como objetivo principal a arrecadação. Ao obrigar que o dinheiro seja reinvestido na melhoria do trânsito, a lei reforça o caráter educativo e preventivo da fiscalização, e não o meramente punitivo ou financeiro.

    Para onde vai o dinheiro das multas de trânsito em BH?

    O dinheiro arrecadado é destinado exclusivamente para investimentos em trânsito.

    A lei determina que a verba seja usada em sinalização, engenharia de tráfego, fiscalização e educação.

    A instalação de novos radares é paga com as multas?

    Sim. A compra, instalação e manutenção de equipamentos de fiscalização, como os radares, é uma das destinações previstas em lei.

    Esse investimento entra na categoria de fiscalização e engenharia de campo.

    A prefeitura pode usar a arrecadação das multas para tapar buracos?

    Não diretamente. O recurso não pode ser usado para operações comuns de tapa-buracos no caixa geral do município.

    No entanto, se o recapeamento fizer parte de um projeto de engenharia de tráfego para melhorar a segurança, o uso é permitido.

    Qual a lei que define o uso do dinheiro das multas?

    A regra está no artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

    Ele estabelece que a receita das multas deve ser aplicada apenas em ações ligadas à segurança e educação no trânsito.

    Como posso saber como o dinheiro das multas é gasto?

    Os órgãos de trânsito devem dar transparência à aplicação desses recursos.

    As informações de Belo Horizonte são disponibilizadas no portal de transparência do município.

  • A receita de torta de frango de liquidificador que não tem erro; confira

    A receita de torta de frango de liquidificador que não tem erro; confira

    A torta de frango de liquidificador é um clássico que une praticidade e sabor, perfeita para um almoço em família ou um lanche da tarde especial. Com uma massa fofinha que derrete na boca e um recheio cremoso, esta receita se destaca por ser incrivelmente fácil de preparar. Basta bater os ingredientes da massa e montar as camadas para ter um prato delicioso e reconfortante.

    O segredo para o sucesso está no equilíbrio dos ingredientes e em alguns truques simples, como deixar o recheio bem temperado e úmido na medida certa. O resultado é uma torta dourada por fora e suculenta por dentro, que agrada a todos os paladares. Siga o passo a passo detalhado e prepare uma versão que não tem erro.

    Ingredientes para a torta perfeita

    Para facilitar o processo, separe os ingredientes em duas partes: uma para a massa e outra para o recheio. Ter tudo à mão antes de começar agiliza o preparo e garante que nada seja esquecido.

    Para a massa:

    • 2 xícaras de chá de leite
    • 1 xícara de chá de óleo
    • 3 ovos inteiros
    • 2 xícaras de chá de farinha de trigo
    • 1 xícara de chá de queijo parmesão ralado
    • 1 colher de sopa de fermento em pó
    • 1 pitada de sal

    Para o recheio:

    • 500g de peito de frango cozido e desfiado
    • 1 cebola média picada
    • 2 dentes de alho amassados
    • 2 tomates sem sementes picados
    • 1/2 xícara de chá de molho de tomate
    • 1 lata de milho verde escorrido
    • 1/2 xícara de chá de azeitonas picadas
    • Sal e pimenta do reino a gosto
    • Cheiro-verde picado a gosto
    • Azeite para refogar

    Modo de preparo passo a passo

    O preparo é dividido em duas etapas principais: o recheio, que precisa ser bem refogado para concentrar o sabor, e a massa, que é feita rapidamente no liquidificador. A montagem finaliza o processo antes de levar ao forno.

    Prepare o recheio cremoso

    1. Aqueça um fio de azeite em uma panela e doure a cebola e o alho. Em seguida, adicione o frango desfiado e refogue por alguns minutos.
    2. Acrescente os tomates picados e o molho de tomate. Cozinhe até os tomates começarem a desmanchar, criando uma base úmida para o recheio.
    3. Incorpore o milho e as azeitonas. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto. O recheio deve ficar úmido, mas sem excesso de líquido.
    4. Desligue o fogo, adicione o cheiro-verde picado e misture bem. Reserve o recheio para que ele amorne antes de montar a torta.

    Faça a massa e monte a torta

    1. Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte e enfarinhe uma forma ou refratário médio, com cerca de 20×30 cm.
    2. No copo do liquidificador, coloque primeiro os ingredientes líquidos: o leite, o óleo e os ovos. Bata por um minuto para misturar bem.
    3. Com o liquidificador ainda ligado, adicione aos poucos a farinha de trigo, o queijo parmesão ralado e o sal. Bata até obter uma massa lisa e homogênea.
    4. Por último, acrescente o fermento em pó e use a função “pulsar” apenas para misturá-lo à massa, sem bater em excesso.
    5. Despeje metade da massa na forma preparada, espalhando para cobrir todo o fundo.
    6. Distribua o recheio de frango já morno sobre a massa de maneira uniforme.
    7. Cubra o recheio com o restante da massa, espalhando com cuidado para vedar toda a superfície. Se desejar, polvilhe mais queijo parmesão ralado por cima.
    8. Leve ao forno pré-aquecido e asse por aproximadamente 35 a 40 minutos, ou até que a superfície esteja dourada e firme. Faça o teste do palito para garantir que a massa está cozida.

    Posso congelar a torta de frango de liquidificador?

    Sim, a torta pode ser congelada. Você pode congelá-la já assada e fria, inteira ou em pedaços.

    Para isso, embale bem em plástico filme e depois em papel alumínio para evitar a formação de cristais de gelo.

    Quais outros recheios posso usar nesta receita?

    A massa neutra desta torta é versátil e combina com diversos recheios. Algumas alternativas são carne moída refogada ou atum com legumes.

    Outras opções incluem palmito cremoso com requeijão ou uma mistura de brócolis com queijo branco.

    Por que a massa da minha torta ficou crua por dentro?

    Isso pode acontecer por alguns motivos. Um dos mais comuns é o forno não estar pré-aquecido na temperatura correta.

    Outra causa é um recheio muito úmido ou quente, que interfere no cozimento da massa. Certifique-se de que o recheio esteja morno e sem excesso de caldo.

    Como garantir que o recheio não afunde na massa?

    Para evitar que o recheio afunde, certifique-se de que ele não está muito pesado ou líquido. Deixe-o esfriar um pouco antes de montar a torta.

    Espalhar o recheio de forma uniforme e cuidadosa sobre a primeira camada de massa também ajuda a distribuí-lo melhor.

    É preciso cozinhar o frango antes de fazer o recheio?

    Sim, o frango deve estar previamente cozido e desfiado. Uma dica é cozinhar o peito de frango na panela de pressão com temperos.

    Isso garante que a carne fique macia e saborosa, pronta para ser incorporada ao refogado do recheio.

    Qual o melhor tipo de forma para assar a torta?

    As formas de vidro ou metal são as mais indicadas. As de vidro distribuem o calor de maneira uniforme, deixando a torta dourada por igual.

    As de metal tendem a assar um pouco mais rápido. O importante é escolher um tamanho que acomode a massa e o recheio sem transbordar.