Autor: Pedro Lopes

  • Além de Bolsonaro: 5 vezes que o Brasil virou capa de revista gringa

    Além de Bolsonaro: 5 vezes que o Brasil virou capa de revista gringa

    A recente capa da revista britânica The Economist sobre Jair Bolsonaro colocou o Brasil novamente sob os holofotes internacionais. A publicação, que analisou o julgamento do ex-presidente como uma “lição de democracia”, provocou debates e mostrou como a imagem do país no exterior é um termômetro sensível dos nossos acontecimentos internos.

    Leia: Lula é capa da revista Time: “O presidente mais popular do Brasil”

    Contudo, essa não é a primeira vez que o Brasil estampa as manchetes globais de forma tão impactante. Ao longo das últimas décadas, a imprensa estrangeira retratou o país de diversas maneiras, refletindo tanto seus momentos de glória quanto suas crises mais profundas. De potências econômicas a ícones culturais, as capas funcionam como um espelho de como o mundo nos vê.

    O foguete do Cristo Redentor na The Economist

    Em novembro de 2009, a mesma The Economist publicou uma de suas capas mais icônicas sobre o Brasil. A imagem trazia o Cristo Redentor decolando como um foguete, sob o título “Brazil takes off” (O Brasil decola). A metáfora visual era poderosa e capturava com perfeição o espírito da época.

    Naquele período, o país vivia o auge de um ciclo de crescimento econômico robusto. Com a descoberta do pré-sal, a estabilidade monetária consolidada e a expansão do crédito, o Brasil era visto como uma das grandes promessas globais. O otimismo era tanto que o país havia sido escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

    A capa da revista britânica não apenas refletiu esse cenário, mas também o validou para o público internacional. Ela se tornou um símbolo do status brasileiro de potência emergente, solidificando a percepção de que o “país do futuro” finalmente havia chegado. O impacto foi tão grande que a imagem é lembrada até hoje como o marco de uma era de esperança e projeção global.

    Leia: Capas emblemáticas da revista The New Yorker

    Lula, o líder mais influente do mundo para a Time

    Poucos meses depois, em maio de 2010, foi a vez da revista norte-americana Time dedicar sua capa a uma figura brasileira. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi destaque na edição anual das 100 pessoas mais influentes do mundo, sendo apontado como o principal líder da lista.

    A reportagem, intitulada “The 2010 Time 100”, trazia um perfil do presidente escrito pelo cineasta Michael Moore, que o descrevia como um “verdadeiro filho da classe trabalhadora”. A escolha refletia o prestígio internacional de Lula, que combinava políticas de inclusão social com uma diplomacia ativa e assertiva.

    Naquele momento, o Brasil se posicionava como um ator importante no cenário mundial, mediando discussões e fortalecendo laços com outros países em desenvolvimento. A capa da Time coroou essa trajetória, apresentando o líder brasileiro como um modelo de governança para o século XXI e, por extensão, o Brasil como um exemplo de sucesso social e político.

    Leia: Capa de revista sobre ‘nepo baby’ viraliza nas redes sociais

    Dilma Rousseff entre os titãs do poder global

    A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, também ganhou destaque na imprensa internacional. Em 2012, ela apareceu na capa da revista norte-americana Newsweek, que a descreveu como a mulher que comandava a sexta maior economia do mundo. A imagem a mostrava em uma pose firme, simbolizando sua liderança em um país em ascensão.

    Naquele ano, Dilma também foi listada pela revista Forbes como a terceira mulher mais poderosa do mundo. Sua presença nas capas e listas internacionais consolidava a imagem de um Brasil moderno, que não apenas crescia economicamente, mas também avançava em representatividade ao eleger sua primeira presidente mulher.

    A cobertura internacional sobre Dilma Rousseff nos primeiros anos de seu mandato reforçava a narrativa de continuidade do sucesso brasileiro. Ela era vista como a gestora que daria seguimento aos avanços sociais e econômicos, mantendo o país na rota do desenvolvimento e da relevância global.

    A queda do gigante, também na The Economist

    O otimismo, no entanto, não durou para sempre. Em setembro de 2013, The Economist voltou a usar o Cristo Redentor em sua capa, mas desta vez a imagem era o oposto da decolagem. O monumento aparecia em uma espiral descendente, prestes a cair, com a manchete “Has Brazil blown it?” (O Brasil estragou tudo?).

    A capa marcava uma virada drástica na percepção internacional sobre o país. A economia dava sinais claros de desaceleração, a inflação voltava a preocupar e grandes protestos de rua haviam exposto uma profunda insatisfação social. A revista questionava se o Brasil havia desperdiçado a oportunidade única de se consolidar como uma potência.

    Essa publicação simbolizou o fim do ciclo de euforia. Três anos depois, em 2016, a mesma revista publicaria uma capa com a faixa presidencial brasileira rasgada e o título “Brazil’s fall” (A queda do Brasil), em meio à crise do impeachment de Dilma Rousseff. As duas edições, juntas, contam a história de uma ascensão e queda vertiginosas.

    Gisele Bündchen como símbolo de um Brasil que dá certo

    Nem só de política e economia vive a imagem do Brasil no exterior. A cultura e o “soft power” também desempenham um papel fundamental, e ninguém personifica isso melhor do que Gisele Bündchen. A supermodelo estampou inúmeras capas de revistas internacionais, mas uma das mais emblemáticas foi a da Vogue Paris em junho de 2013.

    Fotografada nua e com uma estética natural, a capa celebrava seu corpo e sua carreira. Gisele representa um Brasil que é sinônimo de beleza, sucesso e consciência ambiental. Sua trajetória de uma jovem do interior do Rio Grande do Sul a uma das modelos mais bem-sucedidas da história é uma narrativa poderosa.

    Ao longo de mais de duas décadas, suas capas na Vogue, Vanity Fair e outras publicações de peso ajudaram a construir uma imagem positiva e aspiracional do Brasil. Ela se tornou um dos maiores produtos de exportação do país, mostrando que a influência brasileira vai muito além das commodities e das decisões tomadas em Brasília.

  • Quanto o tráfico de drogas movimenta na economia brasileira por ano

    Quanto o tráfico de drogas movimenta na economia brasileira por ano

    A recente decisão judicial que concedeu liberdade provisória a um homem preso com mais de 200 quilos de cocaína acendeu um intenso debate sobre a estrutura do crime organizado no Brasil. O episódio, embora pontual, lança luz sobre uma realidade muito maior: a gigantesca engrenagem financeira que o narcotráfico movimenta anualmente no país, uma economia paralela com regras próprias e um poder de corrupção devastador.

    Leia: FICCO combate tráfico de drogas em seis cidades mineiras

    Dimensionar essa indústria ilegal é um desafio complexo, pois suas operações ocorrem nas sombras. No entanto, estimativas de diferentes órgãos de segurança e estudos acadêmicos convergem para números astronômicos. Os valores anuais podem facilmente superar dezenas de bilhões de reais, quantia que coloca o tráfico de drogas entre as atividades mais lucrativas do país, rivalizando com o faturamento de grandes corporações listadas na bolsa de valores.

    A economia invisível do crime

    Calcular com precisão o montante gerado pelo tráfico é praticamente impossível. A ausência de registros oficiais e a natureza clandestina das transações obrigam analistas a trabalhar com projeções baseadas em apreensões, no número de usuários e no valor médio das drogas no mercado consumidor. Algumas análises já sugeriram que a receita do varejo de drogas ilícitas no Brasil pode chegar a mais de R$ 20 bilhões por ano, um valor conservador que não inclui o lucro obtido com o tráfico internacional.

    Leia: PEC das Drogas é inconstitucional e deve agravar cenário de violência

    Para se ter uma ideia da magnitude, esse montante seria suficiente para financiar projetos de infraestrutura em diversas cidades ou para triplicar o orçamento de alguns ministérios. O dinheiro não simplesmente desaparece. Ele é injetado na economia formal por meio de sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro, o que acaba por distorcer a concorrência e fortalecer ainda mais as organizações criminosas.

    Essa fortuna financia a compra de armamento pesado, o pagamento de “salários” para seus integrantes e a corrupção de agentes públicos. O resultado é um ciclo vicioso de violência que sobrecarrega o sistema de segurança e saúde, gerando custos indiretos para toda a sociedade que são igualmente difíceis de mensurar.

    O impacto além do financeiro

    O poder econômico do narcotráfico se traduz diretamente em poder social e político. Em muitas comunidades, as facções criminosas assumem o papel de um “Estado paralelo”, impondo leis, resolvendo disputas e oferecendo uma forma de assistência social que o poder público não consegue prover. Esse controle territorial garante a lealdade da população local, seja pelo medo ou pela dependência.

    Leia: A lei sancionada por Lula que fez explodir prisões por tráfico de drogas no Brasil

    A influência se estende para além das fronteiras das favelas. O dinheiro sujo contamina negócios lícitos, financia campanhas políticas e corrompe estruturas que deveriam combater o crime. A capacidade de movimentar bilhões de reais dá a esses grupos um poder de barganha e uma resiliência que dificultam o trabalho das forças de segurança. Cada grande apreensão, como a que motivou a recente polêmica judicial, representa um golpe financeiro, mas raramente abala a estrutura como um todo.

    A economia do tráfico também gera um custo humano incalculável. A disputa por territórios e rotas de distribuição alimenta uma guerra que vitimiza milhares de pessoas todos os anos, principalmente jovens negros e periféricos. Além disso, a dependência química se torna um grave problema de saúde pública, sobrecarregando hospitais e desestruturando famílias inteiras.

    Como o dinheiro é lavado?

    Para que o lucro bilionário do crime possa ser utilizado, ele precisa ser “limpo”, ou seja, reinserido na economia formal com uma aparência de legalidade. A lavagem de dinheiro é a etapa final e crucial da operação. Os métodos são variados e cada vez mais sofisticados, acompanhando as inovações tecnológicas e as brechas na legislação.

    Leia: Como ‘supercartel’ que traficava um terço da cocaína na Europa foi desmantelado

    Entre as táticas mais comuns estão a abertura de empresas de fachada, como postos de gasolina, salões de beleza, restaurantes e estacionamentos. Esses negócios, que lidam com grande volume de dinheiro em espécie, são ideais para misturar o capital ilícito com a receita legítima. A compra de imóveis, veículos de luxo, obras de arte e joias também é uma forma tradicional de ocultar a origem dos recursos.

    Recentemente, o uso de criptomoedas e plataformas de jogos online se tornou uma nova fronteira para a lavagem de dinheiro. A natureza descentralizada e o anonimato relativo desses ativos digitais criam um ambiente propício para transações que são difíceis de rastrear pelas autoridades. Essa modernização dos métodos mostra a capacidade de adaptação do crime organizado, tornando o combate financeiro ao tráfico uma tarefa ainda mais complexa.

    Qual é a estimativa do valor movimentado pelo tráfico de drogas no Brasil?

    Não há um número oficial, mas estimativas de órgãos de segurança e estudos acadêmicos indicam que o valor pode superar R$ 20 bilhões anuais, apenas no varejo.
    Esse montante não inclui os lucros obtidos com o tráfico internacional, o que torna a cifra total consideravelmente maior.

    Por que é tão difícil calcular o valor exato?

    A atividade é ilegal e clandestina, sem registros formais. Os cálculos são baseados em projeções a partir de dados de apreensões, consumo e inteligência policial.
    As transações geralmente ocorrem em dinheiro vivo ou por métodos de difícil rastreamento, o que impede uma contabilidade precisa.

    Como o dinheiro do tráfico afeta a economia formal?

    O dinheiro é “lavado” e inserido na economia por meio de empresas de fachada, compra de imóveis e bens de luxo.
    Essa prática cria uma concorrência desleal com negócios legítimos e pode distorcer setores como o imobiliário e o de serviços.

    Quais são os principais impactos sociais do narcotráfico?

    O tráfico alimenta a violência, a corrupção de agentes públicos e a sobrecarga dos sistemas de saúde e segurança.
    Em muitas comunidades, facções criminosas criam um “Estado paralelo”, impondo suas próprias leis e minando a autoridade do governo.

    O que é a lavagem de dinheiro e como funciona?

    É o processo de transformar dinheiro obtido ilegalmente em recursos com aparência de origem lícita.
    Os métodos incluem o uso de empresas que movimentam muito dinheiro em espécie, a compra de ativos e, mais recentemente, o uso de criptomoedas.

  • 5 receitas de lanches pré-treino para te dar mais energia e disposição

    5 receitas de lanches pré-treino para te dar mais energia e disposição

    A alimentação é o combustível do nosso corpo. Ir para a academia sem a nutrição adequada não apenas compromete o seu desempenho, como também pode colocar sua saúde em risco. Um lanche pré-treino correto fornece a energia necessária para os músculos trabalharem, evita a fadiga precoce e ajuda na recuperação. Pensando nisso, reunimos cinco opções de lanches fáceis, saudáveis e saborosos para você consumir antes do exercício e garantir mais disposição e segurança.

    Leia: Descubra 4 opções de pré e pós-treino refrescantes

    Banana com pasta de amendoim e canela: um clássico que funciona

    Essa combinação é uma das mais populares entre praticantes de atividades físicas, e não é por acaso. A banana é rica em carboidratos de rápida absorção e potássio, que previne cãibras. A pasta de amendoim integral adiciona proteínas e gorduras boas, que garantem energia de forma mais prolongada. Já a canela ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue.

    É uma opção prática para quem tem pouco tempo, pois fica pronta em menos de um minuto e oferece o equilíbrio ideal de nutrientes para um treino eficiente. Consuma cerca de 30 a 40 minutos antes de iniciar sua atividade.

    Ingredientes:

    • 1 banana prata ou nanica madura
    • 1 colher de sopa de pasta de amendoim integral sem açúcar
    • Canela em pó a gosto

    Modo de preparo:

    • Corte a banana em rodelas ou simplesmente descasque-a.
    • Passe a pasta de amendoim sobre a fruta.
    • Salpique a canela em pó por cima e está pronto para consumir.

    Leia: Fazer “cardio”: depois ou antes do treino? Confira com o nutricionista Matheus D’Ávila

    Vitamina de frutas vermelhas com aveia: energia líquida e rápida

    Para quem prefere algo para beber, as vitaminas são excelentes. As frutas vermelhas, como morango e amora, são fontes de antioxidantes e carboidratos. A aveia, por sua vez, é um carboidrato complexo de baixo índice glicêmico, o que significa que libera energia de forma lenta e gradual, mantendo sua disposição durante todo o treino.

    Essa opção é leve e de fácil digestão, ideal para ser consumida cerca de 40 minutos antes do exercício. Você pode usar água, leite desnatado ou uma bebida vegetal como base para a sua vitamina.

    Ingredientes:

    • 1 xícara de frutas vermelhas congeladas (morango, amora, mirtilo)
    • 2 colheres de sopa de aveia em flocos
    • 200 ml de água, leite desnatado ou bebida vegetal (amêndoas, aveia)
    • Opcional: 1 colher de chá de mel para adoçar

    Modo de preparo:

    • Coloque todos os ingredientes no liquidificador.
    • Bata por cerca de um a dois minutos, até obter uma mistura homogênea.
    • Sirva imediatamente.

    Leia: Descubra como evitar os erros que prejudicam o treino

    Ovos cozidos com batata-doce: a dupla da saciedade

    Se o seu treino for mais intenso ou de longa duração, como musculação pesada ou uma corrida longa, essa combinação é perfeita. A batata-doce é um carboidrato complexo que fornece energia de forma sustentada, sem causar picos de glicose no sangue. Os ovos são uma fonte de proteína de alta qualidade, essencial para a construção e reparo dos músculos.

    Por ser uma refeição mais robusta, o ideal é consumi-la pelo menos 60 a 90 minutos antes do treino para garantir uma digestão completa e evitar qualquer desconforto gástrico durante o exercício.

    Ingredientes:

    • 1 batata-doce pequena (cerca de 100g)
    • 2 ovos
    • Uma pitada de sal e temperos a gosto (pimenta, orégano)

    Modo de preparo:

    • Cozinhe a batata-doce no vapor ou em água até ficar macia.
    • Enquanto isso, cozinhe os ovos em água fervente por cerca de 8 a 10 minutos.
    • Descasque os ovos e a batata-doce. Amasse a batata com um garfo e tempere. Sirva junto com os ovos fatiados.

    Leia: O segredo dos treinos curtos que está conquistando o mundo

    Iogurte natural com mel e granola: praticidade e sabor

    Esta é outra opção rápida e muito eficiente para quem vive na correria. O iogurte natural é uma excelente fonte de proteínas e probióticos, que auxiliam na saúde intestinal. O mel entra como uma fonte de carboidrato de rápida absorção, dando um pico de energia imediato para o início do treino. A granola complementa com fibras e mais carboidratos.

    É uma escolha equilibrada que une diferentes tipos de nutrientes em uma única tigela. Procure consumir cerca de 30 a 45 minutos antes de começar a se exercitar. Dê preferência a granolas sem adição de açúcar.

    Ingredientes:

    • 1 pote de iogurte natural integral ou desnatado (cerca de 170g)
    • 2 colheres de sopa de granola sem açúcar
    • 1 colher de sopa de mel

    Modo de preparo:

    • Despeje o iogurte em uma tigela.
    • Acrescente a granola e regue com o mel.
    • Misture levemente e consuma.

    Sanduíche leve de pão integral com frango desfiado

    Para quem vai treinar após o trabalho ou precisa de um lanche mais parecido com uma pequena refeição, o sanduíche é uma ótima pedida. O pão integral oferece carboidratos complexos e fibras, garantindo energia gradual. O frango desfiado é uma fonte magra de proteína, fundamental para a função muscular.

    Você pode turbinar o sanduíche com uma folha de alface e uma rodela de tomate para adicionar vitaminas. Por ser mais consistente, o ideal é comer este lanche cerca de 60 minutos antes do treino.

    Ingredientes:

    • 2 fatias de pão integral
    • 2 colheres de sopa de frango desfiado e temperado
    • 1 colher de sopa de requeijão light ou cottage (opcional)
    • Folhas de alface e rodelas de tomate a gosto

    Modo de preparo:

    • Se desejar, misture o frango desfiado com o requeijão para dar mais cremosidade.
    • Coloque o recheio de frango sobre uma das fatias de pão.
    • Adicione a alface e o tomate.
    • Feche com a outra fatia de pão e está pronto.
  • Como vive Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico do mundo?

    Como vive Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico do mundo?

    Pelo segundo ano seguido, Eduardo Saverin foi confirmado como a pessoa mais rica do Brasil, segundo a lista mais recente da Forbes, atualizada em 30 de junho. O cofundador do Facebook, hoje Meta, viu sua fortuna crescer para R$ 227 bilhões, que saltou 45,5% em relação ao ano anterior. Esse crescimento reflete a valorização das ações da gigante de tecnologia, da qual ele ainda detém uma pequena, mas valiosa, fatia.

    Leia: Quem é Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico do mundo

    Nascido em São Paulo, Saverin vive longe dos holofotes em Singapura, um centro financeiro asiático que se tornou seu lar há mais de uma década. Sua trajetória é marcada por uma das histórias de fundação mais turbulentas do Vale do Silício, a renúncia à cidadania americana e uma bem-sucedida carreira como investidor de risco. Longe do Brasil e dos Estados Unidos, ele construiu uma vida discreta e focada nos negócios.

    A vida em Singapura

    Eduardo Saverin mudou-se para Singapura em 2009, antes mesmo do Facebook abrir seu capital na bolsa de valores, em 2012. A decisão foi estratégica, tanto do ponto de vista pessoal quanto financeiro. A cidade-estado asiática é conhecida por seu ambiente de negócios favorável, segurança e, principalmente, por uma política tributária atraente, sem impostos sobre ganhos de capital.

    Pouco antes do IPO da empresa, Saverin tomou uma decisão polêmica: renunciou à sua cidadania americana. A medida evitou que ele pagasse uma quantia bilionária em impostos sobre o aumento de seu patrimônio com a abertura de capital da companhia. A manobra gerou críticas nos Estados Unidos, mas foi um passo calculado para proteger sua fortuna e otimizar seus futuros investimentos.

    Hoje, ele leva uma rotina reservada ao lado da esposa, a indonésia Elaine Andriejanssen, e do filho. O casal é visto com pouca frequência em eventos públicos, preferindo a privacidade de condomínios de luxo e clubes exclusivos. Saverin dirige carros de luxo, como Bentleys, mas evita a ostentação típica de outros bilionários da tecnologia.

    Leia: Eduardo Saverin é o homem mais rico da América do Sul

    O investidor depois do Facebook

    Apesar de sua fortuna estar atrelada à Meta, Saverin não se limitou a administrar seus ganhos. Em 2015, ele cofundou a B Capital Group, uma empresa de capital de risco, ao lado de Raj Ganguly, ex-consultor da Bain Capital. A firma se especializou em conectar startups promissoras a grandes corporações globais, preenchendo uma lacuna no mercado de investimentos.

    A B Capital Group já levantou bilhões de dólares e investiu em mais de 100 empresas em setores como saúde, tecnologia financeira e logística. O fundo tem uma forte presença na Ásia e nos Estados Unidos, aproveitando a experiência de Saverin no mundo da tecnologia e sua rede de contatos. Seu trabalho como investidor consolidou sua imagem como um empresário com visão de futuro, além de sua participação na criação da maior rede social do mundo.

    A história de sua saída conturbada do Facebook, retratada no filme “A Rede Social”, ficou no passado. Após um processo judicial contra Mark Zuckerberg, Saverin garantiu sua posição como cofundador e uma participação acionária que hoje vale bilhões. A disputa girou em torno da diluição de suas ações enquanto ele estava afastado do centro de operações da empresa, em Palo Alto.

    Leia: Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, torna-se o brasileiro mais rico

    Apesar do acordo ter sido selado fora dos tribunais, os detalhes permanecem confidenciais. O que se sabe é que o brasileiro garantiu seu lugar na história da tecnologia e os recursos necessários para se reinventar como um dos investidores mais influentes de sua geração, operando discretamente a partir de seu escritório em Singapura.

    Por que Eduardo Saverin é o brasileiro mais rico?

    A fortuna de Eduardo Saverin está diretamente ligada à sua participação acionária na Meta, a empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp.
    Ele detém cerca de 2% das ações da companhia, o que o torna um dos maiores acionistas individuais. Em 2024, a forte valorização dos papéis da Meta impulsionou seu patrimônio.

    O que Eduardo Saverin faz atualmente?

    Atualmente, Saverin atua como investidor de risco. Ele é cofundador da B Capital Group, uma empresa de capital de risco que investe em startups de tecnologia em estágio avançado.
    A firma tem foco em setores como saúde, serviços financeiros e indústria. Ele vive em Singapura, de onde comanda suas operações e administra seu patrimônio.

    Por que ele renunciou à cidadania americana?

    Saverin renunciou à cidadania dos Estados Unidos em 2011, pouco antes da abertura de capital do Facebook. A principal razão foi a economia de impostos.
    Ao se tornar cidadão de Singapura, ele evitou pagar o imposto sobre ganhos de capital sobre suas ações, que seria de bilhões de dólares sob a lei americana. Singapura não possui esse tipo de tributação.

    Qual foi sua participação na criação do Facebook?

    Eduardo Saverin foi um dos cinco cofundadores do Facebook, ao lado de Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e Andrew McCollum, na Universidade Harvard em 2004.
    Ele foi o primeiro investidor e diretor financeiro da empresa. Sua briga com Zuckerberg, que resultou na diluição de sua participação, foi retratada no filme “A Rede Social”.

    Onde Eduardo Saverin nasceu?

    Eduardo Saverin nasceu na cidade de São Paulo, no Brasil, em uma família judaica rica. Ele se mudou para Miami, nos Estados Unidos, em 1993.
    Apesar de ter sido criado nos EUA e hoje viver em Singapura, ele mantém a cidadania brasileira, o que o torna elegível para a lista de bilionários do Brasil da revista Forbes.

  • Extradição no Brasil: regras, limites e quando pode ser negada

    Extradição no Brasil: regras, limites e quando pode ser negada

    A situação da deputada federal Carla Zambelli, detida na Itália enquanto a justiça local analisa um pedido de extradição do Brasil, trouxe à tona um tema complexo das relações internacionais. O processo, que envolve a soberania de dois países e uma série de regras jurídicas, nem sempre resulta na entrega de um indivíduo, gerando dúvidas sobre como e por que ele acontece.

    Extradição é o ato formal pelo qual um país entrega uma pessoa acusada ou condenada por um crime a outra nação para que seja julgada ou cumpra sua pena. Trata-se de um instrumento de cooperação jurídica internacional, essencial para combater a impunidade e garantir que foragidos respondam por seus atos perante a justiça. Esse mecanismo é geralmente baseado em tratados bilaterais ou multilaterais, mas também pode ocorrer com base na promessa de reciprocidade entre os Estados.

    Leia: Carla Zambelli tentará evitar extradição e cadeia no Brasil

    Como o processo de extradição funciona no Brasil?

    Quando outro país deseja que o Brasil extradite alguém, o pedido é formalizado por via diplomática. O documento chega ao Ministério da Justiça, que faz uma primeira análise para verificar se todos os requisitos formais foram cumpridos. Se estiver tudo certo, o pedido é encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o único órgão do Judiciário brasileiro com competência para julgar extradições.

    No STF, os ministros analisam a legalidade do pedido. Eles não julgam se a pessoa é culpada ou inocente do crime pelo qual é acusada no exterior. A análise se concentra em verificar se o caso se enquadra nas hipóteses permitidas pela Constituição brasileira e pelos tratados internacionais. Questões como a natureza do crime, a pena prevista e a garantia de um julgamento justo no país solicitante são avaliadas.

    Caso o STF aprove o pedido, a decisão final ainda cabe ao presidente da República. A entrega do indivíduo é considerada um ato de soberania nacional, e o chefe do Executivo tem a prerrogativa de negar a extradição, mesmo após o aval judicial. Essa decisão é política e leva em conta as relações diplomáticas e os interesses do país.

    Leia: Moraes determina extradição de foragidos do 8/1 que estão no exterior

    Quando o Brasil pode negar um pedido de extradição?

    A legislação brasileira estabelece barreiras claras para a entrega de pessoas a outros países, visando proteger direitos fundamentais. A regra mais conhecida é a proibição de extraditar brasileiro nato, ou seja, quem nasceu em território nacional ou se enquadra nas outras condições de nacionalidade originária. Essa proteção é absoluta e está prevista na Constituição Federal.

    Outras situações também impedem o processo. O Brasil não extradita indivíduos por crimes considerados políticos ou de opinião. A medida busca evitar que o mecanismo seja usado para perseguição política. Além disso, a extradição é negada se o fato que motiva o pedido não for considerado crime no Brasil ou se a punição já estiver prescrita pelas leis de um dos dois países.

    O país também impõe condições relacionadas à pena. Se o crime for punível com pena de morte ou prisão perpétua no exterior, o Brasil só autoriza a extradição se o país solicitante se comprometer formalmente a converter a sentença para a pena máxima permitida pela legislação brasileira, que atualmente é de 40 anos de reclusão.

    Leia: STF: Moraes revoga prisão domiciliar de búlgaro procurado pela Espanha

    Extradição, deportação e expulsão: qual a diferença?

    Embora os três termos se refiram à retirada de uma pessoa de um país, suas naturezas e objetivos são distintos. Compreender a diferença é fundamental para entender os processos migratórios e de cooperação jurídica.

    A extradição, como vimos, é uma resposta a um pedido de outro Estado para fins penais. É um processo complexo que envolve os poderes Judiciário e Executivo.

    Leia: EUA pedem extradição de suspeito de ser espião russo que se passava por brasileiro

    A deportação, por sua vez, é um ato administrativo. Ela acontece quando um estrangeiro está em situação migratória irregular no país, como ter o visto vencido. A pessoa é notificada e deve deixar o território nacional. Não está relacionada a um crime, mas a uma infração administrativa.

    Já a expulsão é uma medida punitiva. Ela é aplicada a um estrangeiro que cometeu um crime ou um ato grave que o torna indesejável no país. A decisão de expulsão é formalizada por um decreto e impede que a pessoa retorne ao Brasil por um determinado período.

    O que é extradição de forma simples?

    É a entrega de uma pessoa por um país a outro. Esse ato serve para que ela responda a um processo criminal ou cumpra uma pena já definida.
    O processo é um mecanismo formal de cooperação entre nações para evitar a impunidade de quem comete crimes e foge para outro território.

    Qualquer pessoa pode ser extraditada do Brasil?

    Não. A regra principal é que o Brasil não extradita seus cidadãos nascidos no país, conhecidos como brasileiros natos. Essa é uma proteção garantida pela Constituição.
    Para brasileiros naturalizados, a extradição é possível em duas situações: se o crime comum foi cometido antes da naturalização ou em caso de envolvimento com tráfico de drogas.

    Quem decide sobre a extradição no Brasil?

    A decisão envolve duas etapas principais. Primeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa se o pedido é legal e cumpre todos os requisitos previstos em lei.
    Se o STF aprovar, a palavra final é do presidente da República. Ele pode optar por não entregar a pessoa, mesmo com o aval da Justiça, em uma decisão de caráter político.

    O Brasil extradita para países com pena de morte?

    A extradição não é concedida se houver risco de aplicação de pena de morte ou de prisão perpétua. O processo só avança nesses casos com uma condição: o país que fez o pedido deve se comprometer formalmente a substituir a punição pela pena máxima permitida no Brasil, que é de 40 anos de prisão.

    O que acontece se um crime for considerado político?

    O Brasil não concede extradição por crimes de natureza política ou de opinião. Essa é uma proteção constitucional para evitar perseguições e garantir a liberdade de expressão.
    A análise sobre se o crime é comum ou político é feita pelo Supremo Tribunal Federal durante o julgamento do pedido de extradição.

  • Câncer de pele: sinais de alerta e como usar a regra do ABCDE para se proteger

    Câncer de pele: sinais de alerta e como usar a regra do ABCDE para se proteger

    O recente diagnóstico de câncer de pele de Val Marchiori acendeu um alerta e trouxe à tona um debate fundamental sobre a saúde. O caso da empresária, que compartilhou publicamente sua jornada, serve como um poderoso lembrete sobre a necessidade de vigiar a própria pele e a importância de identificar sinais que, muitas vezes, passam despercebidos na correria do dia a dia.

    O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e no mundo. Quando detectado em estágios iniciais, as chances de cura são altíssimas. Por isso, conhecer os sinais de alerta é uma ferramenta crucial de prevenção e autocuidado. A maioria das lesões suspeitas pode ser identificada com um simples autoexame, prestando atenção em pintas, manchas e outras alterações.

    Leia: 10 sintomas gerais de câncer que não devem ser ignorados

    Existem dois grandes grupos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma. O primeiro, que inclui o carcinoma basocelular e o espinocelular, é o mais frequente e tem menor letalidade.

    Já o melanoma, embora menos comum, é o tipo mais agressivo e com maior risco de se espalhar para outros órgãos. A boa notícia é que ambos apresentam sinais visíveis na pele.

    Para ajudar na identificação de lesões suspeitas de melanoma, dermatologistas criaram um método simples e fácil de memorizar, conhecido como a regra do ABCDE. Cada letra corresponde a uma característica que deve ser observada em pintas ou manchas. A análise conjunta desses fatores ajuda a diferenciar uma lesão benigna de uma potencialmente perigosa.

    A de Assimetria

    Uma pinta ou mancha benigna geralmente tem um formato regular, ou seja, é simétrica. Se você traçar uma linha imaginária no meio dela, os dois lados serão muito parecidos. No caso de uma lesão suspeita, essa simetria não existe. Um lado é diferente do outro, seja no formato, na cor ou na elevação.

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    Essa irregularidade no formato é um dos primeiros indicativos de que as células daquela região não estão se multiplicando de maneira ordenada. A assimetria pode ser sutil no início, mas tende a se tornar mais evidente com o tempo. Por isso, a observação contínua é essencial para notar qualquer mudança.

    B de Bordas

    As bordas de uma pinta normal são lisas e bem definidas, com um contorno claro que a separa do resto da pele. Já nas lesões que podem indicar um melanoma, as bordas costumam ser irregulares, serrilhadas ou com limites mal definidos, como se a mancha estivesse se “espalhando” pela pele de forma desigual.

    Imagine o contorno de um mapa: cheio de reentrâncias e irregularidades. Essa é a aparência que as bordas de uma lesão maligna podem ter. Essa característica visual é um sinal importante de que o crescimento da lesão está fora de controle e precisa ser avaliado por um profissional de saúde.

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    C de Cor

    Pintas e manchas benignas costumam ter uma coloração única e uniforme, geralmente em tons de castanho. O sinal de alerta surge quando uma única lesão apresenta diferentes cores. A presença de vários tons de marrom, preto e castanho em uma mesma pinta é um forte indício de anormalidade.

    Além disso, o aparecimento de cores como branco, vermelho, cinza ou azulado em uma pinta pré-existente ou em uma nova mancha é um motivo para buscar avaliação médica imediata. Essa variação de tonalidade sugere uma atividade celular atípica que precisa ser investigada com urgência.

    D de Diâmetro

    O tamanho da lesão também é um fator relevante. Embora existam melanomas menores, lesões com diâmetro superior a 6 milímetros – aproximadamente o tamanho da borracha de um lápis – são consideradas mais suspeitas. É importante notar que não se trata de uma regra absoluta, mas de um critério de atenção.

    Uma pinta que sempre foi pequena e de repente começa a crescer rapidamente deve ser examinada, independentemente de ter atingido os 6 milímetros. O crescimento acelerado, tanto em largura quanto em altura (quando a pinta se torna elevada), é um sinal de que algo pode estar errado.

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    E de Evolução

    Talvez o critério mais importante de todos seja a evolução. Qualquer mudança em uma pinta ou mancha ao longo do tempo é um sinal de alerta máximo. Essas alterações podem incluir mudanças de tamanho, forma, cor, ou o surgimento de novos sintomas, como coceira, sangramento ou formação de crostas (casquinhas).

    Uma lesão que era plana e se tornou elevada, que era clara e escureceu, ou que simplesmente não se parece com nenhuma outra pinta que você tem no corpo (o chamado sinal do “patinho feio”) precisa ser avaliada. A evolução é a principal característica que diferencia uma lesão dinâmica e potencialmente perigosa de uma pinta estável e benigna. Ficar atento a essas transformações é fundamental para o diagnóstico precoce.

  • Churrasco: 7 cortes de carne baratos e saborosos para quem não quer gastar muito

    Churrasco: 7 cortes de carne baratos e saborosos para quem não quer gastar muito

    Organizar um churrasco é um dos momentos preferidos de muitos brasileiros, mas o preço da carne pode transformar o planejamento em uma dor de cabeça. A boa notícia é que não é preciso gastar uma fortuna com picanha ou filé mignon para garantir um evento saboroso e que agrade a todos. O segredo está em conhecer e saber preparar outros cortes.

    Leia: 6 erros ao fazer churrasco: como evitá-los e garantir o sabor da carne

    Explorar opções de carnes bovinas, suínas e de frango com bom custo-benefício abre um leque de sabores e texturas. Com o preparo correto, peças mais baratas se tornam tão suculentas e deliciosas quanto as mais famosas. Basta um pouco de atenção na hora da compra e na grelha para impressionar os convidados sem comprometer o orçamento do mês.

    Fraldinha

    A fraldinha é uma escolha clássica para quem busca sabor sem gastar muito. Localizada na parte dianteira do boi, é uma carne com fibras longas e visíveis, o que exige um cuidado especial no preparo. Seu sabor marcante e a quantidade equilibrada de gordura a tornam ideal para a grelha.

    Para garantir a maciez, o segredo está em assá-la em fogo forte para selar a parte externa e manter a suculência interna. O ponto ideal é mal passado ou ao ponto. Na hora de servir, o corte deve ser feito sempre contra as fibras, o que rompe os tecidos mais rígidos e deixa a carne muito mais macia ao mastigar.

    Leia: Como temperar carne para churrasco com poucos ingredientes

    Miolo de acém

    O acém é frequentemente associado a pratos de panela, mas seu miolo esconde uma joia para o churrasco. Conhecido também como “denver steak” ou “chuck eye steak”, este corte é retirado do centro do acém e possui uma ótima marmorização, que é a gordura entremeada na carne, garantindo suculência e um sabor intenso.

    Por ser uma peça extremamente saborosa e barata, o miolo de acém vem ganhando popularidade. O ideal é cortá-lo em bifes grossos, de cerca de dois a três centímetros, e levá-lo à grelha em fogo bem quente. Ele fica perfeito mal passado ou ao ponto, preservando toda a sua umidade.

    Maminha

    Parte do conjunto da alcatra, a maminha é uma opção versátil e com um preço mais acessível que suas vizinhas nobres. Sua principal característica é a grande capa de gordura que a cobre, responsável por manter a carne úmida e saborosa durante o cozimento na brasa.

    Leia: Como a paixão por churrasco levou mineira a fundar marca com 30 anos

    A melhor forma de prepará-la é assando a peça inteira, com a gordura virada para cima, em fogo médio. Assim, a gordura derrete lentamente e penetra na carne, deixando-a macia. Quando estiver pronta, fatie em tiras finas contra a fibra para servir e aproveite a suculência.

    Linguiça toscana

    Nenhum churrasco brasileiro está completo sem uma boa linguiça. A toscana é a rainha da economia e do sabor, agradando a praticamente todos os paladares. Feita de carne de porco e temperos, ela é um aperitivo perfeito, enquanto as outras carnes assam e também pode ser o prato principal.

    Para um resultado perfeito, o ideal é assá-la em fogo médio para que cozinhe por dentro sem queimar por fora. Evite furar a linguiça, pois isso faz com que ela perca seus sucos e fique seca. Quando a pele estiver dourada e crocante, está pronta para ser servida, seja no pão ou no prato.

    Pancetta ou barriga de porco

    A pancetta, ou barriga de porco, é uma alternativa incrível e barata que proporciona uma experiência única no churrasco. Com suas camadas alternadas de carne e gordura, ela se transforma em um petisco crocante e irresistível quando preparada corretamente na grelha.

    O segredo é cortá-la em tiras grossas e assá-la em fogo brando, longe do calor mais intenso, para que a gordura derreta e a pele fique pururuca. Outra opção é prepará-la em rolos, já temperados. O resultado é uma carne suculenta por dentro com uma casquinha crocante por fora que impressiona qualquer um.

    Leia: Churrasco sem erros: como acender a churrasqueira de forma segura

    Coxinha da asa de frango

    O frango é um aliado poderoso do churrasco econômico, e a coxinha da asa, também conhecida como “drumette”, é uma das melhores pedidas. É uma peça com bastante carne, fácil de manusear e que absorve temperos de maneira espetacular, resultando em um petisco suculento.

    Para um sabor ainda melhor, deixe as coxinhas marinando por algumas horas em uma mistura de cerveja, alho, sal e ervas. Na grelha, asse em fogo médio para que cozinhem por completo sem queimar a pele. Elas ficam prontas rapidamente e são uma ótima entrada para o churrasco.

    Coração de frango

    Um verdadeiro clássico do churrasco brasileiro, o coração de frango é a opção mais barata e uma das mais queridas. Pequeno no tamanho, mas gigante no sabor, este miúdo é perfeito para ser servido no espeto como aperitivo e costuma acabar em poucos minutos.

    O preparo é simples. Basta temperar com sal grosso ou deixá-lo em uma marinada de alho, shoyu e azeite por alguns minutos. Coloque os corações em espetos de madeira ou metal e leve à grelha em fogo forte. Eles assam muito rápido, então é preciso ficar de olho para não passarem do ponto e ficarem borrachudos.

  • 5 cidades brasileiras onde o trânsito flui e o motorista é feliz

    5 cidades brasileiras onde o trânsito flui e o motorista é feliz

    A simples menção de novos radares de trânsito é suficiente para gerar debates acalorados e uma dose extra de estresse para quem dirige nas grandes cidades. O medo da multa se soma à frustração diária com congestionamentos, má sinalização e a falta de cortesia entre motoristas.

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    Contudo, essa não é a única realidade possível. Longe dos grandes centros caóticos, existem municípios brasileiros que se tornaram referências em planejamento e gestão de tráfego. São lugares onde dirigir não é sinônimo de aborrecimento, mas parte de uma experiência urbana mais fluida e segura.

    Nestas cidades, o investimento em infraestrutura inteligente, transporte público eficiente e respeito ao cidadão transformou o trânsito em um sistema funcional, provando que é possível, sim, ter harmonia entre carros, pedestres e ciclistas.

    Curitiba

    É impossível falar de mobilidade urbana no Brasil sem citar Curitiba. A capital paranaense é um estudo de caso mundial graças ao seu sistema de transporte público, o BRT (Bus Rapid Transit), que inspirou cidades ao redor do globo. Os famosos ônibus biarticulados circulam em canaletas exclusivas, o que garante velocidade e pontualidade, funcionando quase como um metrô de superfície.

    Leia: Você sabia? Trânsito de BH é comandado somente por mulheres; confira

    O segredo do sucesso curitibano vai além das vias exclusivas. As estações-tubo permitem o embarque em nível e o pagamento antecipado da passagem, agilizando o processo e reduzindo o tempo de parada. A integração entre as diferentes linhas é outro pilar do sistema, permitindo que o passageiro percorra longas distâncias com uma única tarifa. Esse modelo reduz drasticamente o número de carros nas ruas e alivia os congestionamentos nas áreas centrais e melhorando a qualidade do ar.

    Maringá (PR)

    Outro destaque paranaense, Maringá é uma cidade planejada desde sua origem. Isso se reflete diretamente na qualidade do seu trânsito. O projeto urbanístico, inspirado no conceito de “cidade-jardim”, resultou em avenidas largas, circulares e bem arborizadas, que ajudam a distribuir o fluxo de veículos de maneira eficiente e evitam os gargalos comuns em cidades que cresceram de forma desordenada.

    A cidade se destaca pela excelente sinalização e pela manutenção constante das vias. A baixa densidade de semáforos em pontos estratégicos, substituídos por rotatórias bem projetadas, contribui para a fluidez.

    Além disso, a cultura de respeito entre os motoristas e a prioridade dada aos pedestres nas faixas tornam a experiência de dirigir em Maringá consideravelmente mais tranquila e segura quando comparada a outras cidades de porte semelhante.

    Leia: Motoristas são pegos de surpresa com essas regras de trânsito que gera multa e afeta o bolso

    Sorocaba (SP)

    Sorocaba, no interior de São Paulo, se tornou um exemplo ao apostar fortemente na bicicleta como meio de transporte. A cidade possui uma das maiores malhas cicloviárias do país, com mais de 120 quilômetros de vias exclusivas para ciclistas. As ciclovias são bem sinalizadas e conectam bairros residenciais a áreas comerciais, terminais de ônibus e parques.

    Essa infraestrutura não apenas incentiva uma vida mais saudável, mas também tem um impacto direto no trânsito de veículos. Com mais pessoas optando pela bicicleta para trajetos curtos e médios, o número de carros nas ruas diminui.

    A cidade também investiu em um sistema de bicicletas compartilhadas, o “IntegraBike”, que facilita o acesso a esse modal e o integra ao transporte público, mostrando que a solução para a mobilidade passa pela diversidade de opções.

    Santos (SP)

    Localizada no litoral paulista, Santos enfrentava os desafios de uma cidade densamente povoada e com grande fluxo de turistas. A solução encontrada foi investir no VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), um moderno sistema de bonde elétrico que modernizou o transporte público e reorganizou o tráfego urbano. O VLT conecta pontos estratégicos da cidade, como o centro, a orla e a cidade vizinha de São Vicente.

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    A implantação do VLT veio acompanhada de uma revitalização urbana no seu entorno, com a criação de novas ciclovias e a melhoria das calçadas. O sistema é silencioso, não poluente e oferece conforto aos passageiros, apresentando-se como uma alternativa atrativa ao carro particular. O resultado é um trânsito mais organizado na região central e uma redução significativa nos tempos de deslocamento para quem adere ao transporte público.

    Indaiatuba (SP)

    Frequentemente listada entre as cidades com maior qualidade de vida do Brasil, Indaiatuba também se destaca pela organização de seu trânsito. O município investe continuamente em engenharia de tráfego, com um sistema de semáforos inteligentes que se ajustam ao fluxo de veículos em tempo real e evitam a formação de congestionamentos nos horários de pico.

    A qualidade das vias, a sinalização clara e a fiscalização eficiente são outros pontos fortes. A prefeitura adota uma postura proativa, monitorando os pontos de maior movimento e realizando intervenções rápidas para otimizar o fluxo.

    A cidade também tem um parque ecológico com ciclovias e pistas de caminhada que incentivam o lazer e a mobilidade ativa, contribuindo para um ambiente urbano mais agradável e um trânsito menos sobrecarregado.

  • Como funciona o radar de velocidade média em teste na BR-050, em Minas

    Como funciona o radar de velocidade média em teste na BR-050, em Minas

    A famosa “freadinha” antes do radar pode estar com os dias contados em Minas Gerais. Um novo sistema de fiscalização, conhecido como radar de velocidade média, está operarando em fase de testes na BR-050, no Triângulo Mineiro. A tecnologia promete uma vigilância mais eficaz, coibindo a prática de reduzir a velocidade apenas no ponto do medidor e acelerar logo em seguida.

    Leia: Novos radares em BH: veja a lista completa e evite multas

    Diferente dos radares convencionais, que medem a velocidade instantânea em um único ponto, este novo método calcula o tempo que um veículo leva para percorrer um trecho pré-determinado. O objetivo é garantir que os motoristas respeitem o limite de velocidade ao longo de todo o percurso monitorado, o que pode aumentar a segurança e reduzir o número de acidentes.

    Como funciona o radar de velocidade média?

    A operação do sistema é baseada em uma lógica simples de tempo e distância. Duas câmeras são instaladas em pontos distintos de uma rodovia, uma no início (Ponto A) e outra no fim (Ponto B) do trecho de fiscalização. A primeira câmera registra a placa do veículo e o horário exato da passagem.

    Leia: Novos radares em BH: saiba o valor da multa e pontos na carteira

    Quando o mesmo veículo passa pela segunda câmera, no Ponto B, o sistema novamente registra a placa e o horário. Com a distância entre os dois pontos já conhecida, um software calcula o tempo que o carro demorou para percorrer o trajeto. Se a velocidade média resultante for superior à permitida na via, a infração é caracterizada.

    Para exemplificar, imagine um trecho de 10 quilômetros com limite de 100 km/h. Para cumprir a regra, um motorista precisaria de, no mínimo, seis minutos para atravessá-lo. Se o sistema registrar que o percurso foi feito em menos tempo, significa que a velocidade média foi maior que a permitida, mesmo que em nenhum momento o veículo tenha sido flagrado por um radar pontual.

    Onde o sistema está em operação?

    O projeto piloto está em andamento na BR-050, em um trecho de aproximadamente cinco quilômetros sob concessão da Eco050. A área de testes fica entre os municípios de Uberaba e Delta, no Triângulo Mineiro. Por enquanto, a fiscalização tem caráter educativo, ou seja, os motoristas flagrados acima da velocidade não estão sendo multados.

    A iniciativa é supervisionada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O período de testes servirá para avaliar a eficácia da tecnologia e sua aceitação, além de permitir ajustes técnicos necessários antes de uma possível implementação em larga escala. A sinalização no local alerta os condutores sobre a presença da “fiscalização de velocidade média”.

    A regulamentação para esse tipo de fiscalização foi estabelecida por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O sucesso do projeto-piloto em Minas Gerais pode abrir caminho para que a tecnologia seja adotada em outras rodovias federais e estaduais por todo o Brasil, transformando a maneira como a velocidade é monitorada nas estradas.

    Leia: Local conhecido por infrações de motoristas em BH ganha radar; saiba onde

    O que é o radar de velocidade média?

    É um novo tipo de fiscalização eletrônica que calcula a velocidade média de um veículo ao longo de um trecho pré-determinado de uma rodovia.
    Ele não mede a velocidade em um único ponto, mas sim o tempo gasto para percorrer uma distância específica.

    Como esse radar funciona na prática?

    Duas câmeras são posicionadas no início e no fim de um trecho. Elas registram a placa e o horário de passagem de cada veículo nos dois pontos.
    Um sistema calcula se o tempo gasto para cruzar o trecho corresponde a uma velocidade média dentro do limite permitido na via.

    Onde exatamente está localizado o trecho de testes?

    O projeto piloto está em operação na BR-050, no Triângulo Mineiro. O trecho monitorado fica entre as cidades de Uberaba e Delta.

    Esse novo radar já está aplicando multas?

    Não. Atualmente, a operação está em fase de testes e possui um caráter exclusivamente educativo. Os motoristas são informados sobre a fiscalização, mas nenhuma multa está sendo emitida neste momento.

    Qual o objetivo principal dessa nova tecnologia?

    O objetivo é coibir a prática de frear apenas para passar pelo radar e acelerar logo depois, conhecida como “freadinha”.
    A medida busca incentivar os motoristas a manterem uma velocidade segura e constante ao longo de trechos mais longos.

    A fiscalização por velocidade média é permitida no Brasil?

    Sim. A modalidade de fiscalização foi regulamentada por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
    Isso torna legal a realização de projetos piloto e a futura implementação do sistema em outras vias do país.

    Esse tipo de radar pode ser instalado em outras rodovias?

    Sim. Se os resultados do projeto piloto na BR-050 forem considerados positivos pela ANTT e outros órgãos de trânsito.
    A tecnologia poderá ser expandida para outras rodovias federais e estaduais em Minas Gerais e no restante do Brasil.

  • Quando a intoxicação alimentar vira emergência? 7 sintomas para não ignorar

    Quando a intoxicação alimentar vira emergência? 7 sintomas para não ignorar

    A recente conclusão da investigação sobre a intoxicação alimentar que afetou uma família em Belo Horizonte, e que resultou em uma morte, trouxe à tona um alerta importante sobre os perigos do consumo de alimentos contaminados.

    Leia: Intoxicação alimentar: as dicas de microbiologista do que se deve evitar comer

    O caso evidencia como um problema aparentemente comum pode evoluir rapidamente para um quadro grave, tornando essencial saber diferenciar um simples mal-estar de uma emergência médica.

    Na maioria das vezes, a intoxicação alimentar causa sintomas desconfortáveis, como náuseas, vômitos e diarreia, que desaparecem em poucos dias com repouso e hidratação.

    Leia: Intoxicação alimentar: responsável por cerca de 600 mil mortes por ano

    No entanto, certos sinais indicam que a infecção é mais séria e que o corpo está lutando contra um patógeno agressivo. Ignorar esses alertas pode levar a complicações severas, como desidratação grave, insuficiência renal e até mesmo a morte. Conhecer os sintomas que exigem atenção médica imediata é o primeiro passo para garantir uma recuperação segura.

    A seguir, listamos sete sinais de intoxicação alimentar que nunca devem ser ignorados. Eles indicam que o quadro pode ser mais complexo do que parece e que a busca por um profissional de saúde é indispensável.

    • Febre alta e persistente;
    • Sinais claros de desidratação;
    • Diarreia que dura mais de três dias ou com sangue;
    • Vômitos frequentes que impedem a hidratação;
    • Dor abdominal intensa ou cólicas severas;
    • Sintomas neurológicos;
    • Confusão mental ou letargia.