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  • Streaming mais caro: como organizar o orçamento para não pesar no bolso

    Streaming mais caro: como organizar o orçamento para não pesar no bolso

    A conta do streaming ficou mais salgada. O recente reajuste anunciado pela HBO Max no Brasil é o mais novo lembrete de que o entretenimento digital exige planejamento financeiro. Se você se assustou com o novo valor ou já perdeu o controle de quantas assinaturas paga por mês, saiba que não está sozinho.

    Leia: Já não é Max, é HBO Max: plataforma de streaming da Warner volta a usar nome anterior

    Parece evidente que a era do streaming barato chegou ao fim, dando lugar a uma nova realidade de preços crescentes e catálogos fragmentados. Organizar as finanças para continuar assistindo às suas séries e filmes favoritos sem estourar o orçamento se tornou essencial.

    Este guia prático oferece um passo a passo para reavaliar seus gastos, escolher os serviços que realmente valem a pena e aplicar estratégias inteligentes para economizar.

    Como organizar os gastos com streaming

    Reorganizar as assinaturas não significa abrir mão do lazer. Com um pouco de disciplina e as estratégias certas, é possível manter o entretenimento em dia e a saúde financeira também. Confira as principais dicas para otimizar seus gastos com plataformas de vídeo.

    1. Faça um inventário completo

    O primeiro passo é saber exatamente para onde seu dinheiro está indo. Faça uma lista de todos os serviços que você assina, do mais popular ao menos conhecido. Inclua o valor mensal ou anual de cada um e a data de renovação. Muitas vezes, assinaturas esquecidas continuam sendo debitadas.

    Use um aplicativo de controle financeiro ou uma simples planilha. Anote tudo: Netflix, Prime Video, HBO Max, Disney+, Globoplay, Apple TV+ e qualquer outro. Esse mapa visual dos seus gastos é a base para tomar decisões mais conscientes sobre o que manter e o que cortar.

    2. Avalie o custo-benefício real

    Com a lista em mãos, analise o quanto você realmente usa cada plataforma. Um serviço mantido apenas por uma única série, como “Pacificador” na HBO Max, pode não justificar o custo ao longo do ano. Seja honesto sobre seus hábitos de consumo.

    Uma boa tática é verificar seu histórico de visualização, um recurso disponível na maioria dos aplicativos. Se você não acessa uma plataforma há mais de um mês, talvez seja hora de cancelar. A ideia é pagar pelo que você de fato assiste, e não apenas pela possibilidade de assistir.

    3. Adote o rodízio de assinaturas

    Você não precisa assinar tudo ao mesmo tempo. A estratégia do rodízio é uma das mais eficientes para economizar. Em vez de pagar por cinco ou seis serviços todos os meses, escolha um ou dois e foque em seus catálogos. Quando esgotar o que te interessa, cancele e migre para outro.

    Por exemplo, você pode assinar a Netflix por dois meses para maratonar as novidades. Depois, cancela e ativa a HBO Max para ver as novas temporadas de suas séries preferidas. Essa rotação garante acesso a um conteúdo variado sem sobrecarregar o orçamento mensal.

    4. Explore os planos com anúncios

    Para baratear os custos, grandes empresas como a Netflix passaram a oferecer planos mais acessíveis que incluem a exibição de anúncios. Se você não se importa com pequenas interrupções comerciais, essa pode ser uma excelente alternativa para reduzir a despesa mensal.

    Compare a diferença de preço entre o plano padrão e o com anúncios. Em muitos casos, a economia ao final de um ano pode ser suficiente para pagar por outra assinatura ou simplesmente aliviar o bolso. Verifique se os recursos oferecidos, como a qualidade de imagem, atendem às suas necessidades.

    5. Compartilhe contas dentro das regras

    Muitos serviços oferecem planos familiares, que permitem a criação de múltiplos perfis e o uso em telas simultâneas. Dividir o custo com pessoas que moram na mesma casa é uma forma legal e eficaz de baratear o acesso. Combine com familiares ou colegas de residência para compartilhar um plano mais robusto.

    É importante estar atento às novas políticas sobre compartilhamento de senhas. A Netflix, por exemplo, já implementou sistemas para restringir o uso fora da residência principal, oferecendo a opção de adicionar um assinante extra por um valor adicional. Verifique sempre os termos de uso para evitar o bloqueio da sua conta.

    6. Busque combos e ofertas especiais

    Fique de olho em promoções oferecidas por operadoras de telefonia e internet. Muitas vezes, essas empresas incluem assinaturas de serviços de streaming em seus pacotes por um preço reduzido ou até mesmo como um bônus. Vale a pena consultar sua operadora atual ou pesquisar ofertas no mercado.

    Outra possibilidade são os pacotes de serviços, como o combo da Disney+ com o Star+. Assinar os dois juntos costuma ser mais barato do que pagar por cada um separadamente. Verifique se as plataformas que você mais gosta oferecem algum tipo de pacote vantajoso.

    7. Considere as alternativas gratuitas

    O universo do streaming não se resume apenas a plataformas pagas. Existem diversas opções gratuitas e legais que oferecem um vasto catálogo de filmes, séries e canais ao vivo. Plataformas como Pluto TV e Plex funcionam com base em anúncios e não exigem assinatura.

    Além disso, o próprio YouTube possui uma seção de filmes gratuitos. Embora o catálogo seja mais antigo, é uma ótima maneira de complementar seu entretenimento sem gastar nada. Explorar essas alternativas pode te ajudar a reduzir o número de assinaturas pagas sem ficar sem opções do que assistir.

  • Câncer de pele: sinais de alerta e como usar a regra do ABCDE para se proteger

    Câncer de pele: sinais de alerta e como usar a regra do ABCDE para se proteger

    O recente diagnóstico de câncer de pele de Val Marchiori acendeu um alerta e trouxe à tona um debate fundamental sobre a saúde. O caso da empresária, que compartilhou publicamente sua jornada, serve como um poderoso lembrete sobre a necessidade de vigiar a própria pele e a importância de identificar sinais que, muitas vezes, passam despercebidos na correria do dia a dia.

    O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e no mundo. Quando detectado em estágios iniciais, as chances de cura são altíssimas. Por isso, conhecer os sinais de alerta é uma ferramenta crucial de prevenção e autocuidado. A maioria das lesões suspeitas pode ser identificada com um simples autoexame, prestando atenção em pintas, manchas e outras alterações.

    Leia: 10 sintomas gerais de câncer que não devem ser ignorados

    Existem dois grandes grupos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma. O primeiro, que inclui o carcinoma basocelular e o espinocelular, é o mais frequente e tem menor letalidade.

    Já o melanoma, embora menos comum, é o tipo mais agressivo e com maior risco de se espalhar para outros órgãos. A boa notícia é que ambos apresentam sinais visíveis na pele.

    Para ajudar na identificação de lesões suspeitas de melanoma, dermatologistas criaram um método simples e fácil de memorizar, conhecido como a regra do ABCDE. Cada letra corresponde a uma característica que deve ser observada em pintas ou manchas. A análise conjunta desses fatores ajuda a diferenciar uma lesão benigna de uma potencialmente perigosa.

    A de Assimetria

    Uma pinta ou mancha benigna geralmente tem um formato regular, ou seja, é simétrica. Se você traçar uma linha imaginária no meio dela, os dois lados serão muito parecidos. No caso de uma lesão suspeita, essa simetria não existe. Um lado é diferente do outro, seja no formato, na cor ou na elevação.

    Leia: Câncer: conheça os micróbios que vivem em tumores

    Essa irregularidade no formato é um dos primeiros indicativos de que as células daquela região não estão se multiplicando de maneira ordenada. A assimetria pode ser sutil no início, mas tende a se tornar mais evidente com o tempo. Por isso, a observação contínua é essencial para notar qualquer mudança.

    B de Bordas

    As bordas de uma pinta normal são lisas e bem definidas, com um contorno claro que a separa do resto da pele. Já nas lesões que podem indicar um melanoma, as bordas costumam ser irregulares, serrilhadas ou com limites mal definidos, como se a mancha estivesse se “espalhando” pela pele de forma desigual.

    Imagine o contorno de um mapa: cheio de reentrâncias e irregularidades. Essa é a aparência que as bordas de uma lesão maligna podem ter. Essa característica visual é um sinal importante de que o crescimento da lesão está fora de controle e precisa ser avaliado por um profissional de saúde.

    Leia: Tenho câncer – e agora? O que fazer após receber diagnóstico

    C de Cor

    Pintas e manchas benignas costumam ter uma coloração única e uniforme, geralmente em tons de castanho. O sinal de alerta surge quando uma única lesão apresenta diferentes cores. A presença de vários tons de marrom, preto e castanho em uma mesma pinta é um forte indício de anormalidade.

    Além disso, o aparecimento de cores como branco, vermelho, cinza ou azulado em uma pinta pré-existente ou em uma nova mancha é um motivo para buscar avaliação médica imediata. Essa variação de tonalidade sugere uma atividade celular atípica que precisa ser investigada com urgência.

    D de Diâmetro

    O tamanho da lesão também é um fator relevante. Embora existam melanomas menores, lesões com diâmetro superior a 6 milímetros – aproximadamente o tamanho da borracha de um lápis – são consideradas mais suspeitas. É importante notar que não se trata de uma regra absoluta, mas de um critério de atenção.

    Uma pinta que sempre foi pequena e de repente começa a crescer rapidamente deve ser examinada, independentemente de ter atingido os 6 milímetros. O crescimento acelerado, tanto em largura quanto em altura (quando a pinta se torna elevada), é um sinal de que algo pode estar errado.

    Leia: O que não dizer a alguém com câncer e outros conselhos de uma sobrevivente

    E de Evolução

    Talvez o critério mais importante de todos seja a evolução. Qualquer mudança em uma pinta ou mancha ao longo do tempo é um sinal de alerta máximo. Essas alterações podem incluir mudanças de tamanho, forma, cor, ou o surgimento de novos sintomas, como coceira, sangramento ou formação de crostas (casquinhas).

    Uma lesão que era plana e se tornou elevada, que era clara e escureceu, ou que simplesmente não se parece com nenhuma outra pinta que você tem no corpo (o chamado sinal do “patinho feio”) precisa ser avaliada. A evolução é a principal característica que diferencia uma lesão dinâmica e potencialmente perigosa de uma pinta estável e benigna. Ficar atento a essas transformações é fundamental para o diagnóstico precoce.

  • Churrasco: 7 cortes de carne baratos e saborosos para quem não quer gastar muito

    Churrasco: 7 cortes de carne baratos e saborosos para quem não quer gastar muito

    Organizar um churrasco é um dos momentos preferidos de muitos brasileiros, mas o preço da carne pode transformar o planejamento em uma dor de cabeça. A boa notícia é que não é preciso gastar uma fortuna com picanha ou filé mignon para garantir um evento saboroso e que agrade a todos. O segredo está em conhecer e saber preparar outros cortes.

    Leia: 6 erros ao fazer churrasco: como evitá-los e garantir o sabor da carne

    Explorar opções de carnes bovinas, suínas e de frango com bom custo-benefício abre um leque de sabores e texturas. Com o preparo correto, peças mais baratas se tornam tão suculentas e deliciosas quanto as mais famosas. Basta um pouco de atenção na hora da compra e na grelha para impressionar os convidados sem comprometer o orçamento do mês.

    Fraldinha

    A fraldinha é uma escolha clássica para quem busca sabor sem gastar muito. Localizada na parte dianteira do boi, é uma carne com fibras longas e visíveis, o que exige um cuidado especial no preparo. Seu sabor marcante e a quantidade equilibrada de gordura a tornam ideal para a grelha.

    Para garantir a maciez, o segredo está em assá-la em fogo forte para selar a parte externa e manter a suculência interna. O ponto ideal é mal passado ou ao ponto. Na hora de servir, o corte deve ser feito sempre contra as fibras, o que rompe os tecidos mais rígidos e deixa a carne muito mais macia ao mastigar.

    Leia: Como temperar carne para churrasco com poucos ingredientes

    Miolo de acém

    O acém é frequentemente associado a pratos de panela, mas seu miolo esconde uma joia para o churrasco. Conhecido também como “denver steak” ou “chuck eye steak”, este corte é retirado do centro do acém e possui uma ótima marmorização, que é a gordura entremeada na carne, garantindo suculência e um sabor intenso.

    Por ser uma peça extremamente saborosa e barata, o miolo de acém vem ganhando popularidade. O ideal é cortá-lo em bifes grossos, de cerca de dois a três centímetros, e levá-lo à grelha em fogo bem quente. Ele fica perfeito mal passado ou ao ponto, preservando toda a sua umidade.

    Maminha

    Parte do conjunto da alcatra, a maminha é uma opção versátil e com um preço mais acessível que suas vizinhas nobres. Sua principal característica é a grande capa de gordura que a cobre, responsável por manter a carne úmida e saborosa durante o cozimento na brasa.

    Leia: Como a paixão por churrasco levou mineira a fundar marca com 30 anos

    A melhor forma de prepará-la é assando a peça inteira, com a gordura virada para cima, em fogo médio. Assim, a gordura derrete lentamente e penetra na carne, deixando-a macia. Quando estiver pronta, fatie em tiras finas contra a fibra para servir e aproveite a suculência.

    Linguiça toscana

    Nenhum churrasco brasileiro está completo sem uma boa linguiça. A toscana é a rainha da economia e do sabor, agradando a praticamente todos os paladares. Feita de carne de porco e temperos, ela é um aperitivo perfeito, enquanto as outras carnes assam e também pode ser o prato principal.

    Para um resultado perfeito, o ideal é assá-la em fogo médio para que cozinhe por dentro sem queimar por fora. Evite furar a linguiça, pois isso faz com que ela perca seus sucos e fique seca. Quando a pele estiver dourada e crocante, está pronta para ser servida, seja no pão ou no prato.

    Pancetta ou barriga de porco

    A pancetta, ou barriga de porco, é uma alternativa incrível e barata que proporciona uma experiência única no churrasco. Com suas camadas alternadas de carne e gordura, ela se transforma em um petisco crocante e irresistível quando preparada corretamente na grelha.

    O segredo é cortá-la em tiras grossas e assá-la em fogo brando, longe do calor mais intenso, para que a gordura derreta e a pele fique pururuca. Outra opção é prepará-la em rolos, já temperados. O resultado é uma carne suculenta por dentro com uma casquinha crocante por fora que impressiona qualquer um.

    Leia: Churrasco sem erros: como acender a churrasqueira de forma segura

    Coxinha da asa de frango

    O frango é um aliado poderoso do churrasco econômico, e a coxinha da asa, também conhecida como “drumette”, é uma das melhores pedidas. É uma peça com bastante carne, fácil de manusear e que absorve temperos de maneira espetacular, resultando em um petisco suculento.

    Para um sabor ainda melhor, deixe as coxinhas marinando por algumas horas em uma mistura de cerveja, alho, sal e ervas. Na grelha, asse em fogo médio para que cozinhem por completo sem queimar a pele. Elas ficam prontas rapidamente e são uma ótima entrada para o churrasco.

    Coração de frango

    Um verdadeiro clássico do churrasco brasileiro, o coração de frango é a opção mais barata e uma das mais queridas. Pequeno no tamanho, mas gigante no sabor, este miúdo é perfeito para ser servido no espeto como aperitivo e costuma acabar em poucos minutos.

    O preparo é simples. Basta temperar com sal grosso ou deixá-lo em uma marinada de alho, shoyu e azeite por alguns minutos. Coloque os corações em espetos de madeira ou metal e leve à grelha em fogo forte. Eles assam muito rápido, então é preciso ficar de olho para não passarem do ponto e ficarem borrachudos.

  • Bares em BH para ir com amigos e ter uma noite tranquila e segura

    Bares em BH para ir com amigos e ter uma noite tranquila e segura

    Belo Horizonte carrega com orgulho o título de capital mundial dos botecos. A cidade respira a cultura de sentar à mesa com amigos, pedir uma cerveja gelada e petiscos saborosos. No entanto, notícias sobre violência em estabelecimentos acendem um alerta e fazem com que a busca por um ambiente tranquilo e seguro seja uma prioridade para muita gente.

    Felizmente, a capital mineira oferece inúmeras opções para quem deseja apenas relaxar e colocar o papo em dia sem preocupações. São lugares onde a música alta e a agitação dão espaço para o som das conversas e risadas. Selecionamos alguns bares e botecos que se destacam por proporcionar uma noite agradável, com foco no conforto e na segurança dos clientes.

    Juramento 202 – Cervejaria Viela

    No Bairro Pompeia, a Cervejaria Viela, também conhecida como Juramento 202, transformou uma charmosa casa em um dos pontos mais agradáveis da cidade. O bar funciona em um formato de autosserviço para as bebidas, com dezenas de torneiras de chopp artesanal, o que evita a confusão de garçons circulando e agiliza o atendimento.

    O ambiente é predominantemente ao ar livre, em um quintal espaçoso e bem decorado. As mesas distribuídas sob as árvores criam um clima de festa de amigos em casa. Essa característica, aliada a um público que busca experimentar novos sabores de cerveja, torna a experiência muito pacífica e segura.

    A proposta do lugar é justamente ser um ponto de encontro descontraído. O bar não tem música ao vivo, e o som ambiente é baixo, o que incentiva a interação. O cardápio de comidas é rotativo, com food trucks e chefs convidados que oferecem desde hambúrgueres a pratos mais elaborados. É ideal para ir em grupo e aproveitar o fim de tarde ou o começo da noite.

    Bar do Orlando

    No coração do boêmio Bairro de Santa Tereza, o Bar do Orlando é uma verdadeira instituição de Belo Horizonte. Fundado em 1919, o local preserva a atmosfera de um boteco clássico, onde a prioridade é a boa conversa entre amigos, acompanhada de cerveja sempre gelada. É um pedaço da história da cidade que se mantém vivo e acolhedor.

    O ambiente é simples, com mesas na calçada que convidam a relaxar sem pressa. É o tipo de lugar que atrai um público diverso, de moradores antigos a jovens que buscam uma experiência autêntica. A segurança é reforçada pelo próprio clima de comunidade do bairro. Frequentadores se conhecem e o movimento é constante, mas sempre tranquilo.

    É o destino ideal para quem quer sentir o pulso da BH tradicional, longe da agitação e dos riscos de áreas mais movimentadas. No cardápio, os petiscos clássicos de boteco fazem sucesso. A porção de moela e o torresmo estão entre os mais pedidos e harmonizam perfeitamente com o chopp da casa ou com uma das várias opções de cerveja de garrafa.

    Redentor

    Com unidades em pontos estratégicos como Lourdes e Savassi, o Redentor é conhecido por seu chopp cremoso e ambiente que remete aos antigos bares do Rio de Janeiro. As mesas na calçada são disputadas, especialmente nos dias de calor, e criam um cenário perfeito para observar o movimento da cidade enquanto se aproveita a companhia dos amigos.

    Apesar de estar em regiões movimentadas, o bar consegue manter uma atmosfera controlada e segura. O perfil dos frequentadores é de pessoas que buscam qualidade no serviço e um bom lugar para conversar. Não há música alta ou aglomeração excessiva, o que torna a experiência muito mais prazerosa e previsível.

    O cardápio é recheado de clássicos da culinária de boteco, como a picanha na chapa e o bolinho de bacalhau. O atendimento ágil dos garçons garante que o copo esteja sempre cheio. O Redentor é uma escolha segura para quem não quer errar e busca um padrão de qualidade já consolidado na noite belo-horizontina.

  • 5 cidades brasileiras onde o trânsito flui e o motorista é feliz

    5 cidades brasileiras onde o trânsito flui e o motorista é feliz

    A simples menção de novos radares de trânsito é suficiente para gerar debates acalorados e uma dose extra de estresse para quem dirige nas grandes cidades. O medo da multa se soma à frustração diária com congestionamentos, má sinalização e a falta de cortesia entre motoristas.

    Leia: Quase metade dos acidentes de trânsito em MG foi causado por desatenção

    Contudo, essa não é a única realidade possível. Longe dos grandes centros caóticos, existem municípios brasileiros que se tornaram referências em planejamento e gestão de tráfego. São lugares onde dirigir não é sinônimo de aborrecimento, mas parte de uma experiência urbana mais fluida e segura.

    Nestas cidades, o investimento em infraestrutura inteligente, transporte público eficiente e respeito ao cidadão transformou o trânsito em um sistema funcional, provando que é possível, sim, ter harmonia entre carros, pedestres e ciclistas.

    Curitiba

    É impossível falar de mobilidade urbana no Brasil sem citar Curitiba. A capital paranaense é um estudo de caso mundial graças ao seu sistema de transporte público, o BRT (Bus Rapid Transit), que inspirou cidades ao redor do globo. Os famosos ônibus biarticulados circulam em canaletas exclusivas, o que garante velocidade e pontualidade, funcionando quase como um metrô de superfície.

    Leia: Você sabia? Trânsito de BH é comandado somente por mulheres; confira

    O segredo do sucesso curitibano vai além das vias exclusivas. As estações-tubo permitem o embarque em nível e o pagamento antecipado da passagem, agilizando o processo e reduzindo o tempo de parada. A integração entre as diferentes linhas é outro pilar do sistema, permitindo que o passageiro percorra longas distâncias com uma única tarifa. Esse modelo reduz drasticamente o número de carros nas ruas e alivia os congestionamentos nas áreas centrais e melhorando a qualidade do ar.

    Maringá (PR)

    Outro destaque paranaense, Maringá é uma cidade planejada desde sua origem. Isso se reflete diretamente na qualidade do seu trânsito. O projeto urbanístico, inspirado no conceito de “cidade-jardim”, resultou em avenidas largas, circulares e bem arborizadas, que ajudam a distribuir o fluxo de veículos de maneira eficiente e evitam os gargalos comuns em cidades que cresceram de forma desordenada.

    A cidade se destaca pela excelente sinalização e pela manutenção constante das vias. A baixa densidade de semáforos em pontos estratégicos, substituídos por rotatórias bem projetadas, contribui para a fluidez.

    Além disso, a cultura de respeito entre os motoristas e a prioridade dada aos pedestres nas faixas tornam a experiência de dirigir em Maringá consideravelmente mais tranquila e segura quando comparada a outras cidades de porte semelhante.

    Leia: Motoristas são pegos de surpresa com essas regras de trânsito que gera multa e afeta o bolso

    Sorocaba (SP)

    Sorocaba, no interior de São Paulo, se tornou um exemplo ao apostar fortemente na bicicleta como meio de transporte. A cidade possui uma das maiores malhas cicloviárias do país, com mais de 120 quilômetros de vias exclusivas para ciclistas. As ciclovias são bem sinalizadas e conectam bairros residenciais a áreas comerciais, terminais de ônibus e parques.

    Essa infraestrutura não apenas incentiva uma vida mais saudável, mas também tem um impacto direto no trânsito de veículos. Com mais pessoas optando pela bicicleta para trajetos curtos e médios, o número de carros nas ruas diminui.

    A cidade também investiu em um sistema de bicicletas compartilhadas, o “IntegraBike”, que facilita o acesso a esse modal e o integra ao transporte público, mostrando que a solução para a mobilidade passa pela diversidade de opções.

    Santos (SP)

    Localizada no litoral paulista, Santos enfrentava os desafios de uma cidade densamente povoada e com grande fluxo de turistas. A solução encontrada foi investir no VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), um moderno sistema de bonde elétrico que modernizou o transporte público e reorganizou o tráfego urbano. O VLT conecta pontos estratégicos da cidade, como o centro, a orla e a cidade vizinha de São Vicente.

    Leia: Comunicado para todos os motoristas que foram multados no trânsito em 2025

    A implantação do VLT veio acompanhada de uma revitalização urbana no seu entorno, com a criação de novas ciclovias e a melhoria das calçadas. O sistema é silencioso, não poluente e oferece conforto aos passageiros, apresentando-se como uma alternativa atrativa ao carro particular. O resultado é um trânsito mais organizado na região central e uma redução significativa nos tempos de deslocamento para quem adere ao transporte público.

    Indaiatuba (SP)

    Frequentemente listada entre as cidades com maior qualidade de vida do Brasil, Indaiatuba também se destaca pela organização de seu trânsito. O município investe continuamente em engenharia de tráfego, com um sistema de semáforos inteligentes que se ajustam ao fluxo de veículos em tempo real e evitam a formação de congestionamentos nos horários de pico.

    A qualidade das vias, a sinalização clara e a fiscalização eficiente são outros pontos fortes. A prefeitura adota uma postura proativa, monitorando os pontos de maior movimento e realizando intervenções rápidas para otimizar o fluxo.

    A cidade também tem um parque ecológico com ciclovias e pistas de caminhada que incentivam o lazer e a mobilidade ativa, contribuindo para um ambiente urbano mais agradável e um trânsito menos sobrecarregado.

  • Casos de intoxicação alimentar que chocaram o Brasil nos últimos anos

    Casos de intoxicação alimentar que chocaram o Brasil nos últimos anos

    A conclusão da investigação sobre a morte de uma mulher e a intoxicação de sua família em Belo Horizonte trouxe novamente ao debate a segurança dos alimentos que consumimos. O caso, que gerou grande comoção, revelou um descuido na elaboração de uma torta de frango em uma padaria na capital mineira, reacendendo um alerta sobre os perigos invisíveis que podem estar presentes no prato.

    Leia: BH: laudo descarta que torta de frango tenha sido envenenada, diz advogado

    Infelizmente, essa não é uma história isolada no Brasil. Nos últimos anos, diversos surtos de contaminação alimentar ganharam as manchetes, envolvendo desde grandes indústrias até pequenos comércios. Esses episódios deixaram um rastro de vítimas e serviram para expor falhas graves em processos de produção, armazenamento e manipulação de alimentos, gerando desconfiança e mudando hábitos de consumo.

    A cerveja que se tornou um veneno

    Um dos casos mais emblemáticos e trágicos ocorreu também em Minas Gerais, envolvendo a cervejaria Backer. Entre o final de 2019 e o início de 2020, dezenas de pessoas foram internadas com sintomas neurológicos e renais agudos, como paralisia facial, visão turva e insuficiência renal. Ao todo, 10 pessoas morreram e muitas outras ficaram com sequelas permanentes.

    Leia: Três anos depois, vítimas do caso Backer aguardam julgamento da cervejaria

    As investigações apontaram para a contaminação de tanques de cerveja por dietilenoglicol, uma substância tóxica usada no sistema de refrigeração da fábrica. Um vazamento teria permitido que o composto se misturasse à bebida, transformando um produto de lazer em um veneno silencioso. O episódio resultou em um recall massivo dos produtos, no fechamento temporário da fábrica e em um longo processo judicial para reparação das vítimas.

    O achocolatado que assustou o país

    Outro caso que marcou a memória dos brasileiros envolveu uma das marcas mais conhecidas de achocolatado infantil, a Toddynho. Em 2011, no Rio Grande do Sul, um lote do produto foi distribuído com um pH alterado, causando queimaduras na boca e no esôfago de consumidores, incluindo crianças. A sensação era de estar ingerindo um produto de limpeza.

    A análise do lote contaminado confirmou a presença de detergente com pH 13, extremamente alcalino e corrosivo. A suspeita é de que tenha ocorrido uma falha no processo de limpeza dos equipamentos da fábrica, resultando no envase do produto químico. O incidente gerou pânico entre os pais e obrigou a empresa a retirar mais de 200 mil unidades do mercado, além de reforçar seus protocolos de segurança.

    O cardápio escolar que levou à internação de alunos

    Em setembro de 2022, cerca de 70 estudantes de uma escola estadual em Aracaju, Sergipe, foram hospitalizados com sintomas de intoxicação alimentar. O episódio causou preocupação entre pais e a comunidade escolar, já que as crianças apresentavam sintomas como vômito, diarreia e dores abdominais intensas.

    As investigações conduzidas pela Vigilância Sanitária e pelo Laboratório Central de Sergipe (Lacen) apontaram a carne moída servida na merenda como a fonte do problema. A análise laboratorial confirmou um crescimento bacteriano no alimento, identificando a presença de microrganismos como Klebsiella sp. e Staphylococcus sp. A causa provável foi a falha no processo de refrigeração, que permitiu a proliferação dos germes. O caso obrigou a Secretaria de Educação a reforçar os protocolos de segurança alimentar nas escolas e a ampliar a equipe de apoio, visando garantir a qualidade das refeições oferecidas aos estudantes.

    O que esses casos ensinam

    Cada um desses episódios, embora distintos, aponta para a mesma direção: a cadeia de produção de alimentos é complexa e cheia de pontos críticos. Falhas podem ocorrer desde a matéria-prima, passando pelo processamento industrial, até a manipulação final em um restaurante, evento ou na própria cozinha de casa. A fiscalização por parte dos órgãos competentes é fundamental, mas a atenção do consumidor ao escolher onde e o que comer também desempenha um papel importante na prevenção.

    Quais são as causas mais comuns de intoxicação alimentar?

    As causas mais frequentes são biológicas, principalmente por bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus.

    Esses micro-organismos se proliferam em alimentos malcozidos, mal conservados ou manipulados sem a higiene adequada. Há também as causas químicas, como a contaminação por agrotóxicos ou substâncias industriais.

    Como a contaminação de alimentos pode ocorrer na indústria?

    Na indústria, a contaminação pode acontecer por falhas em diversas etapas do processo. Vazamentos em equipamentos, como no caso da cervejaria Backer, podem misturar substâncias tóxicas ao produto final.

    Outra possibilidade é a higienização inadequada das máquinas, que pode deixar resíduos de produtos de limpeza nos alimentos, como ocorreu com o achocolatado. A matéria-prima já contaminada também é um ponto de risco.

    Alimentos caseiros são sempre mais seguros?

    Não necessariamente. Embora o controle seja maior, o risco de contaminação em casa existe e é relevante. A manipulação incorreta é a principal causa.

    O uso de ovos crus em receitas como maioneses, a contaminação cruzada (usar a mesma faca para carne crua e vegetais) e o armazenamento inadequado são erros comuns que podem causar intoxicações graves.

    Quais são os principais sintomas de intoxicação alimentar?

    Os sintomas mais comuns incluem náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais e febre. Eles podem surgir poucas horas ou até dias após o consumo do alimento contaminado.

    Em casos mais graves, especialmente os causados por toxinas ou produtos químicos, podem ocorrer sintomas neurológicos, renais ou hepáticos. Ao sentir qualquer um desses sinais, é fundamental procurar atendimento médico.

    O que as investigações sobre esses casos revelam?

    As investigações geralmente apontam para falhas humanas ou sistêmicas nos processos de segurança alimentar. Elas revelam desde negligência na manutenção de equipamentos até a falta de treinamento de manipuladores de alimentos.

    Esses desfechos reforçam a importância de uma fiscalização rigorosa por parte dos órgãos de vigilância sanitária e da responsabilidade das empresas e comerciantes em seguir as boas práticas de produção e higiene.

  • 7 novelas inesquecíveis de Walcyr Carrasco que marcaram época na TV

    7 novelas inesquecíveis de Walcyr Carrasco que marcaram época na TV

    Walcyr Carrasco é um nome que dispensa apresentações na teledramaturgia brasileira. Com uma habilidade única de criar histórias que dialogam com o grande público, o autor coleciona sucessos que marcaram gerações e registraram números impressionantes de audiência. Suas tramas, muitas vezes ambientadas em épocas passadas, combinam romance, comédia e drama na medida certa, conquistando o coração dos telespectadores.

    O recente interesse pela novela “Êta Mundo Bom!”, atualmente em reprise, comprova a força de suas criações. A busca por detalhes da história mostra como suas obras permanecem vivas na memória afetiva do país. De comédias românticas a dramas intensos, Carrasco construiu um legado de novelas que pararam o Brasil. Relembre sete tramas inesquecíveis que consolidaram o autor como um mestre das novelas.

    O Cravo e a Rosa

    Exibida originalmente em 2000, “O Cravo e a Rosa” é um clássico atemporal. A trama, inspirada na peça “A Megera Domada” de William Shakespeare, narra o romance conturbado entre a feminista Catarina e o fazendeiro Petruchio. O jogo de gato e rato do casal principal, recheado de diálogos afiados e situações cômicas, foi o grande motor da história.

    A novela se destacou pelo tom leve e pelo elenco em perfeita sintonia. A ambientação nos anos 1920 e os núcleos paralelos, como o da interesseira Dinorá e seu marido Cornélio, garantiram momentos hilários. O sucesso foi tanto que a novela já foi reprisada diversas vezes, sempre com boa aceitação do público, provando que a briga entre o “cravo” e a “rosa” nunca sai de moda.

    Chocolate com Pimenta

    Em 2003, Walcyr Carrasco emplacou outro fenômeno de audiência no horário das seis. “Chocolate com Pimenta” contava a história de Ana Francisca, uma jovem humilde que é humilhada pela elite da pequena cidade de Ventura. Anos depois, ela retorna rica e poderosa, pronta para se vingar de todos que a fizeram sofrer.

    A trama principal de vingança era equilibrada por muito romance e comédia pastelão, com direito a guerras de bolo e torta na cara. A fábrica de chocolates que movimentava a economia local serviu de pano de fundo para encontros e desencontros amorosos. A jornada de superação da protagonista, somada a um elenco carismático, transformou a novela em um dos maiores sucessos da década.

    Alma Gêmea

    Com “Alma Gêmea”, de 2005, Carrasco levou o público às lágrimas ao abordar temas como reencarnação e amor eterno. A novela contava a história do botânico Rafael, que perde sua esposa Luna em um assalto. Ao mesmo tempo, nasce Serena, uma jovem indígena que cresce com uma forte conexão com o mundo das rosas, a paixão de Rafael.

    Duas décadas depois, os caminhos de Rafael e Serena se cruzam, e ele vê na jovem a reencarnação de seu grande amor. A trama espírita, com toques de realismo mágico, registrou uma das maiores audiências da história para o horário. A química do casal principal e as vilanias memoráveis de Cristina prenderam a atenção do Brasil do início ao fim.

    Caras & Bocas

    Em 2009, “Caras & Bocas” trouxe uma trama leve e divertida para o horário das sete, protagonizada por um chimpanzé pintor chamado Xico. O macaco era o elo de ligação entre o casal Dafne e Gabriel, que vivia em pé de guerra. A busca por um quadro valioso e os segredos de família movimentaram a história.

    A novela se destacou pelo humor ágil e pelas situações inusitadas, que iam desde o talento artístico do chimpanzé até as armações da vilã Judith. O sucesso foi imediato, agradando tanto o público infantil quanto o adulto. “Caras & Bocas” provou a versatilidade de Walcyr Carrasco, capaz de criar uma comédia romântica moderna e cativante.

    Êta Mundo Bom!

    Considerada por muitos uma das melhores obras do autor, “Êta Mundo Bom!” foi ao ar em 2016 e se tornou um verdadeiro fenômeno. A trama era uma ode ao otimismo, inspirada no conto “Cândido ou o Otimismo”, do filósofo Voltaire. A história acompanhava Candinho, um caipira que foi separado da mãe ao nascer e parte para a cidade grande em busca dela.

    Com seu inseparável burro Policarpo, Candinho enfrentava as dificuldades com a filosofia de que “tudo o que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar”. O tom fabulesco, os personagens cativantes e as reviravoltas na trama garantiram recordes de audiência e uma enorme repercussão. A novela resgatou a simplicidade e a pureza das histórias clássicas de superação.

    A Dona do Pedaço

    Em 2019, Walcyr Carrasco parou o Brasil no horário nobre com “A Dona do Pedaço”. A novela narrava a saga de Maria da Paz, uma boleira de mão cheia que constrói um império no ramo da confeitaria. A trama central girava em torno de sua relação conturbada com a filha, a influenciadora digital Josiane, que sentia vergonha da origem humilde da mãe.

    A jornada da heroína, que perde tudo para a própria filha e precisa se reerguer do zero, gerou forte identificação com o público. A novela foi um prato cheio de reviravoltas, com direito a rivalidades familiares, crimes e romances inesperados. O bordão “Não sou de briga, mas não fujo dela” de Maria da Paz caiu na boca do povo e marcou a teledramaturgia.

    Verdades Secretas

    Fugindo do tom leve de suas obras mais famosas, Walcyr Carrasco surpreendeu a todos com “Verdades Secretas” em 2015. Exibida na faixa das onze, a novela mergulhou no lado sombrio do mundo da moda, abordando temas como o “book rosa”, obsessão e o uso de substâncias ilícitas. A trama acompanhava a jovem Arlete, que se muda para São Paulo sonhando em ser modelo e acaba se envolvendo em um universo perigoso.

    Com uma estética cinematográfica e uma narrativa densa, a novela foi aclamada pela crítica e pelo público. A ousadia da abordagem e a complexidade dos personagens renderam à produção o prêmio Emmy Internacional de Melhor Novela. “Verdades Secretas” mostrou uma nova faceta de Carrasco como autor, provando sua capacidade de transitar entre diferentes gêneros com maestria.

  • Como funciona o radar de velocidade média em teste na BR-050, em Minas

    Como funciona o radar de velocidade média em teste na BR-050, em Minas

    A famosa “freadinha” antes do radar pode estar com os dias contados em Minas Gerais. Um novo sistema de fiscalização, conhecido como radar de velocidade média, está operarando em fase de testes na BR-050, no Triângulo Mineiro. A tecnologia promete uma vigilância mais eficaz, coibindo a prática de reduzir a velocidade apenas no ponto do medidor e acelerar logo em seguida.

    Leia: Novos radares em BH: veja a lista completa e evite multas

    Diferente dos radares convencionais, que medem a velocidade instantânea em um único ponto, este novo método calcula o tempo que um veículo leva para percorrer um trecho pré-determinado. O objetivo é garantir que os motoristas respeitem o limite de velocidade ao longo de todo o percurso monitorado, o que pode aumentar a segurança e reduzir o número de acidentes.

    Como funciona o radar de velocidade média?

    A operação do sistema é baseada em uma lógica simples de tempo e distância. Duas câmeras são instaladas em pontos distintos de uma rodovia, uma no início (Ponto A) e outra no fim (Ponto B) do trecho de fiscalização. A primeira câmera registra a placa do veículo e o horário exato da passagem.

    Leia: Novos radares em BH: saiba o valor da multa e pontos na carteira

    Quando o mesmo veículo passa pela segunda câmera, no Ponto B, o sistema novamente registra a placa e o horário. Com a distância entre os dois pontos já conhecida, um software calcula o tempo que o carro demorou para percorrer o trajeto. Se a velocidade média resultante for superior à permitida na via, a infração é caracterizada.

    Para exemplificar, imagine um trecho de 10 quilômetros com limite de 100 km/h. Para cumprir a regra, um motorista precisaria de, no mínimo, seis minutos para atravessá-lo. Se o sistema registrar que o percurso foi feito em menos tempo, significa que a velocidade média foi maior que a permitida, mesmo que em nenhum momento o veículo tenha sido flagrado por um radar pontual.

    Onde o sistema está em operação?

    O projeto piloto está em andamento na BR-050, em um trecho de aproximadamente cinco quilômetros sob concessão da Eco050. A área de testes fica entre os municípios de Uberaba e Delta, no Triângulo Mineiro. Por enquanto, a fiscalização tem caráter educativo, ou seja, os motoristas flagrados acima da velocidade não estão sendo multados.

    A iniciativa é supervisionada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O período de testes servirá para avaliar a eficácia da tecnologia e sua aceitação, além de permitir ajustes técnicos necessários antes de uma possível implementação em larga escala. A sinalização no local alerta os condutores sobre a presença da “fiscalização de velocidade média”.

    A regulamentação para esse tipo de fiscalização foi estabelecida por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O sucesso do projeto-piloto em Minas Gerais pode abrir caminho para que a tecnologia seja adotada em outras rodovias federais e estaduais por todo o Brasil, transformando a maneira como a velocidade é monitorada nas estradas.

    Leia: Local conhecido por infrações de motoristas em BH ganha radar; saiba onde

    O que é o radar de velocidade média?

    É um novo tipo de fiscalização eletrônica que calcula a velocidade média de um veículo ao longo de um trecho pré-determinado de uma rodovia.
    Ele não mede a velocidade em um único ponto, mas sim o tempo gasto para percorrer uma distância específica.

    Como esse radar funciona na prática?

    Duas câmeras são posicionadas no início e no fim de um trecho. Elas registram a placa e o horário de passagem de cada veículo nos dois pontos.
    Um sistema calcula se o tempo gasto para cruzar o trecho corresponde a uma velocidade média dentro do limite permitido na via.

    Onde exatamente está localizado o trecho de testes?

    O projeto piloto está em operação na BR-050, no Triângulo Mineiro. O trecho monitorado fica entre as cidades de Uberaba e Delta.

    Esse novo radar já está aplicando multas?

    Não. Atualmente, a operação está em fase de testes e possui um caráter exclusivamente educativo. Os motoristas são informados sobre a fiscalização, mas nenhuma multa está sendo emitida neste momento.

    Qual o objetivo principal dessa nova tecnologia?

    O objetivo é coibir a prática de frear apenas para passar pelo radar e acelerar logo depois, conhecida como “freadinha”.
    A medida busca incentivar os motoristas a manterem uma velocidade segura e constante ao longo de trechos mais longos.

    A fiscalização por velocidade média é permitida no Brasil?

    Sim. A modalidade de fiscalização foi regulamentada por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
    Isso torna legal a realização de projetos piloto e a futura implementação do sistema em outras vias do país.

    Esse tipo de radar pode ser instalado em outras rodovias?

    Sim. Se os resultados do projeto piloto na BR-050 forem considerados positivos pela ANTT e outros órgãos de trânsito.
    A tecnologia poderá ser expandida para outras rodovias federais e estaduais em Minas Gerais e no restante do Brasil.

  • Para onde vai o dinheiro da multa que você paga em Belo Horizonte?

    Para onde vai o dinheiro da multa que você paga em Belo Horizonte?

    A arrecadação com multas de trânsito em Belo Horizonte ultrapassou a marca de R$ 156 milhões em 2024. Com a recente instalação de novos radares na cidade, muitos motoristas se perguntam qual o destino desse dinheiro. A resposta não está em decisões arbitrárias da prefeitura, mas sim em uma regra clara definida pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

    Toda a receita obtida com a cobrança de multas de trânsito é, por lei, uma verba carimbada. Isso significa que seu uso é restrito a finalidades específicas ligadas diretamente à segurança e à melhoria do trânsito. O dinheiro não pode, por exemplo, ser usado para pagar salários de servidores de outras áreas ou para tapar buracos em qualquer rua da cidade.

    A legislação determina que os valores arrecadados sejam aplicados exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Essa determinação garante que o recurso gerado pela fiscalização retorne para o próprio sistema viário em forma de benefícios para motoristas, pedestres e ciclistas.

    Leia: Radares flagram 3 mil motoristas em alta velocidade em 24 h na BR-040

    O objetivo principal, segundo a lei, é investir em um trânsito mais seguro e organizado, e não simplesmente aumentar a arrecadação do município. A distribuição dos recursos entre essas áreas é de responsabilidade do órgão de trânsito municipal, que deve seguir as diretrizes nacionais.

    Como o dinheiro é aplicado na prática?

    Para entender melhor, vale a pena detalhar onde cada centavo pode ser investido. A aplicação dos recursos das multas se desdobra em ações concretas que impactam diretamente o dia a dia de quem circula pela capital mineira.

    A maior parte dos investimentos costuma ser direcionada para a manutenção e modernização da sinalização. Isso inclui a compra e instalação de novas placas de trânsito, a pintura de faixas de pedestres, de ciclovias e de divisão de pistas, além da implantação de semáforos mais modernos e inteligentes.

    Outra área fundamental é a engenharia de tráfego. Com esse dinheiro, a prefeitura financia estudos para identificar gargalos no trânsito e propor soluções, como mudanças no tempo dos semáforos, alterações no sentido de vias ou a criação de novos retornos. A instalação de novos radares também entra nessa categoria, como parte do planejamento de fiscalização.

    A fiscalização e o policiamento também são custeados por essa verba. Os gastos envolvem a compra de equipamentos para os agentes de trânsito, como talões eletrônicos e etilômetros (bafômetros), além da manutenção dos veículos utilizados nas operações de fiscalização e o desenvolvimento de sistemas para monitoramento do tráfego.

    Finalmente, uma parcela importante é destinada à educação de trânsito. São campanhas de conscientização em rádios e TVs, materiais educativos distribuídos em escolas e empresas, e ações de rua que buscam orientar a população sobre a importância de seguir as leis para evitar acidentes.

    O que não pode ser pago com o dinheiro das multas?

    A regra do CTB é bastante rigorosa sobre as proibições. O dinheiro arrecadado com as infrações não pode ser incorporado ao caixa geral da prefeitura para cobrir despesas de outras secretarias, como saúde ou cultura. A lógica é que o recurso gerado pelo trânsito deve servir ao próprio trânsito.

    Por exemplo, uma operação de tapa-buracos em uma rua residencial de pouco movimento não pode ser financiada com essa verba. No entanto, se o recapeamento for parte de um projeto maior de engenharia de tráfego para melhorar o fluxo em uma avenida importante, o investimento se torna legal.

    Da mesma forma, o pagamento de salários de guardas municipais que atuam na segurança patrimonial de praças ou prédios públicos não pode ser feito com esse recurso. A verba só pode custear a remuneração de agentes que trabalham diretamente na fiscalização e organização do trânsito.

    Essa vinculação da receita busca evitar o que se popularizou como a “indústria da multa”, em que a fiscalização teria como objetivo principal a arrecadação. Ao obrigar que o dinheiro seja reinvestido na melhoria do trânsito, a lei reforça o caráter educativo e preventivo da fiscalização, e não o meramente punitivo ou financeiro.

    Para onde vai o dinheiro das multas de trânsito em BH?

    O dinheiro arrecadado é destinado exclusivamente para investimentos em trânsito.

    A lei determina que a verba seja usada em sinalização, engenharia de tráfego, fiscalização e educação.

    A instalação de novos radares é paga com as multas?

    Sim. A compra, instalação e manutenção de equipamentos de fiscalização, como os radares, é uma das destinações previstas em lei.

    Esse investimento entra na categoria de fiscalização e engenharia de campo.

    A prefeitura pode usar a arrecadação das multas para tapar buracos?

    Não diretamente. O recurso não pode ser usado para operações comuns de tapa-buracos no caixa geral do município.

    No entanto, se o recapeamento fizer parte de um projeto de engenharia de tráfego para melhorar a segurança, o uso é permitido.

    Qual a lei que define o uso do dinheiro das multas?

    A regra está no artigo 320 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

    Ele estabelece que a receita das multas deve ser aplicada apenas em ações ligadas à segurança e educação no trânsito.

    Como posso saber como o dinheiro das multas é gasto?

    Os órgãos de trânsito devem dar transparência à aplicação desses recursos.

    As informações de Belo Horizonte são disponibilizadas no portal de transparência do município.

  • Profissões em alta: 5 carreiras ligadas à IA que prometem altos salários

    Profissões em alta: 5 carreiras ligadas à IA que prometem altos salários

    A inteligência artificial deixou de ser uma promessa de ficção científica para se tornar uma realidade que transforma o mercado de trabalho. Lançamentos como a ferramenta do Google para edição de imagens, antes apelidada de “Nano-Banana”, mostram a velocidade com que novas tecnologias surgem. Cada avanço cria uma onda de oportunidades para profissionais que dominam as novas linguagens e lógicas digitais.

    Essa revolução não se limita a programadores e engenheiros de software. A IA abre portas para carreiras que exigem criatividade, pensamento crítico e até mesmo conhecimento em ética e filosofia. O resultado é um cenário profissional aquecido, com vagas que oferecem salários altos e alta demanda por talentos capazes de construir, gerenciar e refinar os sistemas inteligentes que já fazem parte do nosso dia a dia.

    Conheça cinco profissões ligadas à inteligência artificial que estão em alta e prometem remunerações atrativas.

    1. Engenheiro de prompt

    Imagine conversar com uma inteligência artificial para que ela execute tarefas complexas com precisão. O engenheiro de prompt é o profissional que domina essa conversa. Ele cria as instruções, ou “prompts”, que guiam modelos de linguagem para gerar textos, imagens ou códigos da maneira mais eficiente e correta possível. Seu trabalho é traduzir a necessidade humana em uma linguagem que a máquina entenda perfeitamente.

    Essa função exige mais do que conhecimento técnico. É preciso ter criatividade para testar diferentes abordagens, clareza na comunicação e uma compreensão profunda da lógica por trás dos modelos de IA. Um bom engenheiro de prompt sabe como contornar as limitações da tecnologia e extrair seu máximo potencial, quase como um diretor que guia um ator talentoso. Por ser uma área nova e estratégica, os salários são competitivos e a demanda só aumenta.

    2. Especialista em ética de IA

    À medida que a inteligência artificial se torna mais presente em decisões importantes, desde a aprovação de crédito até diagnósticos médicos, a questão ética ganha protagonismo. O especialista em ética de IA garante que os sistemas sejam desenvolvidos e utilizados de forma justa, transparente e sem preconceitos. Ele analisa algoritmos para identificar e mitigar vieses que possam gerar discriminação.

    Este profissional atua na intersecção entre tecnologia, direito e ciências humanas. Sua missão é criar diretrizes e frameworks que assegurem o uso responsável da IA, protegendo tanto os usuários quanto a reputação das empresas. A carreira atrai pessoas com formação em filosofia, direito, sociologia e ciência de dados, e a necessidade de governança em IA torna essa função indispensável para grandes corporações.

    3. Desenvolvedor de machine learning

    O desenvolvedor de machine learning, ou aprendizado de máquina, é o arquiteto por trás da inteligência dos sistemas. Ele projeta, constrói e implementa os algoritmos que permitem que as máquinas aprendam com dados e melhorem seu desempenho ao longo do tempo. É o trabalho dele que possibilita desde as recomendações de filmes em um serviço de streaming até o funcionamento de carros autônomos.

    Para atuar na área, é fundamental ter sólidos conhecimentos em programação, especialmente em linguagens como Python, além de estatística e estruturas de dados. Esse profissional passa grande parte do tempo treinando, testando e otimizando modelos para resolver problemas de negócio específicos. A demanda por desenvolvedores de machine learning é alta em praticamente todos os setores, incluindo finanças, saúde e varejo.

    4. Cientista de dados com foco em IA

    Os dados são o combustível da inteligência artificial, e o cientista de dados é quem os refina. Esse profissional é responsável por coletar, processar e analisar grandes volumes de informações para extrair insights valiosos que alimentarão os modelos de IA. Ele identifica padrões, cria visualizações e prepara os conjuntos de dados que serão usados para treinar os algoritmos de machine learning.

    A função exige habilidades analíticas apuradas, conhecimento em estatística e familiaridade com ferramentas de big data. Embora a carreira de cientista de dados já exista há algum tempo, a especialização em IA a tornou ainda mais estratégica. Empresas de todos os portes buscam esses profissionais para transformar dados brutos em decisões inteligentes e vantagens competitivas, o que se reflete em salários elevados.

    5. Gerente de produto de IA

    Enquanto os desenvolvedores constroem a tecnologia, o gerente de produto de IA define o que será construído e por quê. Ele é o elo entre as equipes técnicas, os objetivos de negócio e as necessidades dos clientes. Sua função é identificar oportunidades no mercado para aplicar a inteligência artificial, definir a visão estratégica de um produto e guiar seu desenvolvimento do início ao fim.

    Esse profissional precisa de uma combinação única de habilidades: conhecimento técnico para dialogar com os engenheiros, visão de negócios para garantir que o produto seja viável e rentável, e empatia para entender o que o usuário final realmente precisa.