Blog

  • O que é a droga ‘ice’ e por que ela é tão devastadora para a saúde

    O que é a droga ‘ice’ e por que ela é tão devastadora para a saúde

    Apreensões policiais recentes colocaram em evidência uma substância de alto poder destrutivo conhecida como ‘ice’. O nome, que significa “gelo” em inglês, descreve sua aparência cristalina, mas não prepara para a intensidade de seus efeitos. Associada a um público de alto poder aquisitivo devido ao seu custo elevado, essa droga é uma das formas mais puras e potentes de metanfetamina disponíveis no mercado ilícito.

    Leia: Homem atende a campainha em BH e recebe PM com ‘drogas gourmet’ nas mãos

    Trata-se de um estimulante sintético que atua diretamente no sistema nervoso central, provocando uma liberação massiva de dopamina, o neurotransmissor ligado à sensação de prazer e recompensa. A euforia gerada é imediata e avassaladora, mas o preço cobrado do corpo e da mente é igualmente extremo, com um potencial de dependência que se instala de forma rápida e implacável, abrindo caminho para uma devastação completa da saúde do usuário.

    Quais são os efeitos imediatos do ‘ice’?

    O consumo de ‘ice’, geralmente por inalação da fumaça de seus cristais aquecidos, provoca uma onda instantânea e poderosa de euforia. O usuário sente um aumento súbito de energia, autoconfiança e disposição. A fadiga e a necessidade de dormir desaparecem por completo, podendo manter a pessoa acordada por dias.

    Leia: Dupla em carro de luxo é presa por tráfico com ‘maconha de playboy’

    Essa sensação é acompanhada por um estado de alerta extremo e agitação. O coração dispara, a pressão arterial sobe e a temperatura corporal aumenta a níveis perigosos. Em muitos casos, esse pico de estimulação pode levar a comportamentos agressivos, paranoia intensa e alucinações, tornando o usuário um risco para si mesmo e para os outros.

    A experiência inicial de prazer é o principal gatilho para a dependência. O cérebro, inundado por uma quantidade anormal de dopamina, rapidamente associa o uso da substância a uma recompensa máxima. Esse mecanismo cria um desejo compulsivo pela repetição da dose, iniciando um círculo vicioso de difícil interrupção.

    Os riscos do uso contínuo para o corpo e a mente

    Os danos causados pelo ‘ice’ se acumulam rapidamente. O uso crônico leva a uma degradação física e mental severa. Um dos sinais mais conhecidos é a chamada “boca de metanfetamina”, uma condição de deterioração dental grave causada pela combinação de boca seca, má higiene e o hábito de ranger os dentes.

    Leia: Mulher tenta engolir drogas, engasga, morde sargento e é presa

    A perda de peso é outro sintoma visível e drástico, resultado da supressão do apetite e do metabolismo acelerado. Na pele, é comum o surgimento de feridas, muitas vezes porque o usuário tem alucinações táteis e coça ou fere a pele compulsivamente, como se estivesse tentando remover insetos imaginários.

    Internamente, os estragos são ainda mais graves. O sistema cardiovascular é um dos mais afetados, com risco aumentado de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), mesmo em pessoas jovens. O cérebro sofre danos estruturais e químicos permanentes, afetando a memória, a capacidade de aprendizado e o controle das emoções.

    A longo prazo, o risco de morte cerebral se torna uma realidade. O dano contínuo aos vasos sanguíneos e neurônios pode levar a colapsos neurológicos fatais. No campo da saúde mental, a psicose induzida pela droga pode se tornar permanente, com sintomas semelhantes aos da esquizofrenia, como paranoia, delírios e alucinações auditivas e visuais.

    O custo elevado da substância a associa a círculos sociais com maior poder de compra, criando a falsa percepção de que é uma droga recreativa de menor risco. No entanto, sua pureza e potência fazem dela uma das mais perigosas, com um caminho rápido para a dependência severa e consequências irreversíveis para a saúde.

    O que é a droga ‘ice’?

    O ‘ice’ é o nome popular dado ao cloridrato de metanfetamina, uma droga sintética estimulante em sua forma mais pura.

    Sua aparência se assemelha a pequenos cristais de gelo ou fragmentos de vidro, o que origina seu nome.

    Por que o ‘ice’ é considerado tão perigoso?

    Sua periculosidade vem da alta pureza e potência, que provocam efeitos intensos e um potencial de dependência extremamente elevado.

    O uso contínuo causa danos severos e muitas vezes irreversíveis ao cérebro, coração e outros órgãos vitais.

    Quais os principais efeitos do ‘ice’ no cérebro?

    A droga provoca uma liberação massiva de dopamina, gerando uma euforia intensa, mas esgotando rapidamente os estoques naturais do neurotransmissor.

    O uso crônico destrói células cerebrais, afeta a memória e a cognição, e pode levar a um quadro de psicose permanente e até à morte cerebral.

    Como o ‘ice’ afeta a aparência física do usuário?

    Os efeitos visíveis incluem uma rápida e severa perda de peso, deterioração grave dos dentes, conhecida como “boca de metanfetamina”, e o aparecimento de feridas na pele.

    Essas alterações são resultado direto da ação da droga no organismo e da negligência com a saúde geral.

    Por que o ‘ice’ é chamado de ‘droga da elite’?

    Este apelido está ligado ao seu alto custo no mercado ilegal, tornando-a mais acessível a pessoas com maior poder aquisitivo.

    O processo de produção para atingir esse nível de pureza é complexo e perigoso, o que eleva o valor final da substância.

  • Qual o valor da aposentadoria que Bolsonaro pode perder sem a patente

    Qual o valor da aposentadoria que Bolsonaro pode perder sem a patente

    A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em uma trama golpista pode resultar em um impacto financeiro direto e significativo. Caso o Superior Tribunal Militar (STM) decida pela perda de sua patente, o benefício mensal que ele recebe como capitão reformado do Exército será cortado.

    Leia: Por que condenação não é o fim da linha para Bolsonaro

    O valor bruto da remuneração de um capitão da reserva, como é o caso de Bolsonaro, ultrapassa os R$ 13 mil mensais. Esse montante, no entanto, é o ponto de partida para um cálculo que envolve adicionais e descontos, resultando no valor líquido depositado em sua conta. A perda desse rendimento se somaria às consequências políticas e jurídicas da decisão do STF.

    Leia: ‘Humilhação’, diz Carlos Bolsonaro sobre escolta armada para pai

    A remuneração de um militar reformado é composta por diferentes parcelas. A base é o soldo, que para um capitão está fixado em R$ 9.135,00, de acordo com as tabelas salariais das Forças Armadas. Sobre esse valor incidem dois adicionais principais que elevam o total bruto.

    O primeiro é o adicional de habilitação, concedido por cursos realizados ao longo da carreira. Bolsonaro, por ter concluído a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), tem direito à categoria “aperfeiçoamento”, que corresponde a um acréscimo de 45% sobre o soldo. Isso representa mais R$ 4.110,75.

    O segundo é o adicional de tempo de serviço. Pelas regras de transição, ele recebe um percentual por cada ano de serviço prestado até 29 de dezembro de 2000. Somando esses valores, a remuneração bruta totaliza cerca de R$ 13.845,00. Desse montante, são descontados o imposto de renda e a contribuição para a pensão militar e saúde, resultando em um valor líquido que se aproxima de R$ 10 mil por mês.

    O caminho jurídico para a perda da patente

    A perda da patente não é um processo automático após a condenação na justiça comum. A decisão do STF funciona como um gatilho. Com a condenação por um crime que afeta a honra e o decoro militar, o caso é remetido ao Superior Tribunal Militar para um julgamento específico.

    Nesse novo processo, o STM não reavalia o crime pelo qual Bolsonaro foi condenado. A tarefa dos ministros militares é analisar se a conduta do ex-presidente o torna indigno de manter o posto de oficial das Forças Armadas. É um julgamento sobre a compatibilidade de suas ações com os deveres e a ética militar.

    Se a maioria dos ministros do STM decidir pela indignidade, a consequência direta é a cassação da patente e das condecorações recebidas. A perda da remuneração como militar reformado é um efeito imediato e inseparável dessa decisão. Sem a patente, o direito ao benefício deixa de existir.

    Esse tipo de julgamento é previsto no Código Penal Militar e na Constituição Federal para oficiais condenados a penas superiores a dois anos de prisão. A representação para a declaração de indignidade ou incompatibilidade com o oficialato é uma etapa formal para garantir que apenas indivíduos com a conduta ilibada mantenham seus postos, mesmo na reserva.

    O processo no STM segue um rito próprio, com direito à ampla defesa e contraditório. A decisão final do tribunal militar é a que determina o destino da carreira militar de Bolsonaro e, consequentemente, de sua aposentadoria vinda das Forças Armadas.

    Qual o valor exato da aposentadoria militar de Bolsonaro?

    A remuneração bruta é de aproximadamente R$ 13.845,00.

    Esse valor é formado pelo soldo de R$ 9.135,00 e adicionais.

    Com os descontos, o valor líquido fica próximo de R$ 10 mil mensais.

    Por que Jair Bolsonaro pode perder sua patente de capitão?

    Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    A condenação por trama golpista afeta a honra militar.

    A lei prevê que oficiais condenados podem ser julgados como indignos.

    Como funciona o processo para a perda da patente no STM?

    O STF envia o caso para o Superior Tribunal Militar (STM).

    O STM julga se a conduta de Bolsonaro é compatível com o posto de oficial.

    Se for considerado indigno, a patente é cassada por decisão do tribunal.

    A perda da patente significa a perda automática da aposentadoria?

    Sim, a consequência é imediata.

    A remuneração de militar reformado está diretamente ligada à manutenção da patente.

    Sem o posto de capitão, o direito ao benefício é extinto.

  • OpenAI lança plataforma que pode mudar o jeito de contratar no Brasil

    OpenAI lança plataforma que pode mudar o jeito de contratar no Brasil

    A OpenAI, laboratório de pesquisa em inteligência artificial responsável pelo ChatGPT, deu um passo ousado para remodelar o mercado de trabalho. A companhia anunciou o lançamento de uma plataforma que utiliza IA para conectar profissionais a vagas de emprego, abandonando a lógica tradicional de análise de currículos baseada em palavras-chave.

    Leia: OpenAI lança o ChatGPT-5, seu novo modelo de IA generativa

    A nova ferramenta promete uma revolução no modo como empresas recrutam e talentos são descobertos. Em vez de apenas filtrar documentos, o sistema realiza uma análise profunda das competências, projetos e experiências de um candidato para entender suas verdadeiras habilidades. O objetivo é criar combinações mais precisas e eficientes, beneficiando ambos os lados do processo seletivo.

    Leia: OpenAI lança modelos de IA personalizáveis

    A iniciativa surge em um momento de reestruturação interna na OpenAI e de fortalecimento da sua aliança com a Microsoft. Com o novo produto, a empresa busca aplicar sua tecnologia de ponta para resolver um dos desafios mais persistentes do mundo corporativo: encontrar a pessoa certa para a vaga certa, de maneira rápida e sem vieses inconscientes.

    Como a nova inteligência artificial funciona na prática

    O funcionamento da plataforma é diferente dos portais de emprego convencionais. O profissional não apenas preenche um formulário com seu histórico, mas alimenta o sistema com informações detalhadas sobre projetos que realizou, tecnologias que domina e resultados que alcançou. A IA processa esses dados para construir um perfil dinâmico de competências.

    Leia: GPT-5 decepciona e modelos antigos voltam com tudo no ChatGPT

    Do outro lado, as empresas descrevem as necessidades da vaga focando nas habilidades essenciais para a função, em vez de se prender a cargos ou formações específicas. O algoritmo, então, cruza as informações e identifica os candidatos com maior compatibilidade, apresentando uma lista qualificada aos recrutadores.

    Essa abordagem permite que talentos com trajetórias não tradicionais sejam encontrados. Um profissional que desenvolveu competências de liderança em um projeto voluntário, por exemplo, pode ser considerado para uma vaga de gestão, mesmo que nunca tenha tido esse cargo formalmente em seu currículo.

    O que muda para as empresas

    Para os departamentos de recursos humanos, a promessa é de um salto em eficiência. Processos de triagem que levam semanas podem ser reduzidos a poucos dias ou horas. A tecnologia automatiza a análise inicial de centenas ou milhares de perfis, liberando os recrutadores para se concentrarem nas etapas mais estratégicas, como entrevistas e avaliação cultural.

    Outro ponto relevante é a potencial redução de vieses no recrutamento. Ao focar em habilidades comprovadas e não em fatores como universidade de formação, idade ou gênero, a ferramenta tende a promover um processo seletivo mais justo e diverso. Empresas podem descobrir talentos que, de outra forma, passariam despercebidos pelos filtros tradicionais.

    A plataforma também pode ajudar a identificar lacunas de competências dentro das próprias equipes. Com uma visão clara das habilidades disponíveis no mercado, gestores conseguem planejar treinamentos e contratações de forma mais assertiva, alinhando o time aos objetivos de negócio.

    E para quem busca uma vaga?

    Para os profissionais, a principal vantagem é a oportunidade de serem valorizados por suas capacidades reais. Muitas vezes, um currículo não consegue traduzir a complexidade e a profundidade da experiência de uma pessoa. A nova ferramenta oferece um espaço para que essas competências fiquem em evidência.

    Isso significa que a busca por emprego se torna menos sobre adaptar o currículo para cada vaga e mais sobre manter um perfil de habilidades sempre atualizado. A IA funciona como um “caça-talentos” pessoal, que está constantemente buscando oportunidades compatíveis com o perfil do usuário.

    Leia: Não seja gentil com o ‘ChatGPT’! Seu ‘obrigado” e ‘por favor’ pode ser um grande vilão

    No Brasil, onde a competição por vagas qualificadas é alta, a ferramenta pode democratizar o acesso a oportunidades. Profissionais de diferentes regiões do país podem ser conectados a vagas em grandes centros, quebrando barreiras geográficas e permitindo que o talento seja o principal critério de seleção.

    O que é a nova plataforma de recrutamento da OpenAI?

    É uma ferramenta que usa inteligência artificial para conectar profissionais a vagas de emprego.

    Ela analisa as habilidades e experiências dos candidatos para encontrar as melhores combinações com as necessidades das empresas.

    Qual a diferença para um site de vagas tradicional?

    Sites tradicionais geralmente funcionam com base em palavras-chave presentes no currículo e na descrição da vaga.

    A plataforma da OpenAI vai além, interpretando o contexto de projetos e experiências para mapear as competências reais do profissional.

    Quais as vantagens para os recrutadores?

    A principal vantagem é a agilidade. O sistema automatiza a triagem inicial de candidatos, economizando tempo.

    Ele também ajuda a reduzir vieses inconscientes no processo seletivo, focando apenas nas habilidades técnicas e comportamentais.

    Como a ferramenta ajuda os profissionais?

    Ela permite que os profissionais sejam reconhecidos por suas competências reais, não apenas por cargos anteriores.

    Isso aumenta a chance de encontrar vagas que realmente se encaixam em seu perfil, mesmo que sua trajetória não seja convencional.

    A plataforma já está disponível no Brasil?

    O lançamento inicial ocorre em mercados selecionados, com planos de expansão gradual para outras regiões.

    A expectativa é que a ferramenta chegue ao Brasil nos próximos meses, à medida que o sistema for adaptado para o mercado local.

  • Como o discurso de ódio de uma IA como o Grok afeta a saúde mental

    Como o discurso de ódio de uma IA como o Grok afeta a saúde mental

    A recente polêmica envolvendo o Grok, chatbot de inteligência artificial que produziu conteúdo ofensivo e antissemita, acendeu um alerta importante. A situação expõe uma nova fonte de estresse e ansiedade na era digital. O cérebro humano, afinal, não distingue se o ataque ou a ofensa vêm de uma pessoa ou de um algoritmo.

    Leia: Ferramentas de IA podem falhar em checagens e buscas

    Quando somos expostos a um discurso de ódio, nosso sistema nervoso reage da mesma forma, liberando hormônios de estresse como o cortisol. A repetição desse estímulo, facilitada pela capacidade de uma IA gerar conteúdo em massa, pode causar um desgaste mental significativo.

    Como a mente processa o ódio digital

    O cérebro humano é programado para identificar ameaças. Uma mensagem agressiva ou preconceituosa, mesmo lida na tela de um celular, ativa a amígdala, a área cerebral responsável pelas respostas emocionais de medo e raiva. Essa reação é um mecanismo de defesa primitivo que não evoluiu para diferenciar uma ameaça real de uma virtual.

    A exposição contínua a esse tipo de conteúdo mantém o corpo em um estado de alerta constante. Esse cenário pode levar a sintomas de ansiedade generalizada, dificuldade de concentração e até quadros de esgotamento. O problema é que, ao contrário de um conflito interpessoal, a fonte do ataque é uma entidade não humana, o que pode gerar um sentimento de impotência.

    Leia: Depressão e redes sociais: prós e contras de falar abertamente sobre a doença

    O fato de a ofensa ser gerada por um robô não a torna menos dolorosa, especialmente para grupos já vulneráveis a ataques. A mensagem é a mesma, e o dano psicológico também.

    O efeito da escala e da normalização

    A grande diferença entre o discurso de ódio de um humano e o de uma IA é a escala. Um chatbot pode gerar milhares de variações de uma mensagem ofensiva em segundos, inundando redes sociais e fóruns. Essa repetição massiva tem um poder corrosivo sobre a saúde mental coletiva.

    Primeiro, a repetição normaliza o inaceitável. Quando o discurso de ódio se torna onipresente, ele começa a ser percebido como parte da paisagem digital, diminuindo a sensibilidade das pessoas ao tema. Isso abre espaço para que preconceitos e agressões se tornem mais comuns também fora do ambiente online.

    Segundo, a escala aumenta a probabilidade de um indivíduo ser exposto ao conteúdo nocivo. Se antes era preciso buscar ativamente por comunidades tóxicas, hoje a inteligência artificial pode levar esse conteúdo até o feed de qualquer pessoa. Essa exposição forçada elimina a sensação de controle sobre o que consumimos na internet.

    O anonimato e a falta de responsabilização agravam o quadro. Punir um indivíduo por discurso de ódio já é um processo complexo. Quando a fonte é um algoritmo, a questão se torna ainda mais turva. Essa ausência de consequências claras para quem desenvolve ou utiliza a tecnologia de forma irresponsável amplia a sensação de vulnerabilidade dos usuários.

    A tecnologia, nesse caso, funciona como um megafone para o preconceito que já existe na sociedade. Os modelos de IA são treinados com bases de dados gigantescas retiradas da própria internet, que contém o melhor e o pior do comportamento humano. Sem filtros e moderação eficazes, a máquina apenas replica e amplifica os padrões tóxicos que aprendeu.

    Por que o discurso de ódio de uma IA afeta a saúde mental?

    O cérebro humano não diferencia se a ofensa vem de uma pessoa ou de um robô. A reação emocional e fisiológica ao conteúdo ameaçador é a mesma.

    Essa exposição ativa respostas de estresse e ansiedade, liberando hormônios como o cortisol e nos deixando em estado de alerta constante.

    Qual a diferença do impacto entre o ódio gerado por IA e por humanos?

    A principal diferença está na escala e na velocidade. Uma IA pode criar e distribuir um volume imenso de conteúdo de ódio em segundos.

    Essa capacidade de produção em massa amplifica o dano, aumentando a chance de exposição e normalizando discursos que antes eram restritos a nichos.

    A exposição constante a esse tipo de conteúdo pode ter efeitos de longo prazo?

    Sim. A exposição crônica pode levar a quadros de ansiedade generalizada, depressão e síndrome de burnout. O estresse contínuo desgasta o sistema nervoso.

    Além do impacto individual, essa exposição contribui para a polarização e a deterioração do debate público, tornando o ambiente social mais hostil.

    O que torna chatbots como o Grok capazes de gerar conteúdo ofensivo?

    Esses sistemas são treinados com enormes volumes de textos da internet. Essa base de dados inclui todo tipo de conteúdo, inclusive preconceito e desinformação.

    Sem mecanismos de segurança e moderação rigorosos, a inteligência artificial pode acabar reproduzindo e até amplificando os padrões tóxicos que aprendeu.

  • Imposto sobre a Mega-Sena: quanto o governo fica do seu prêmio?

    Imposto sobre a Mega-Sena: quanto o governo fica do seu prêmio?

    A notícia de que um único apostador levou o prêmio de R$ 53 milhões da Mega-Sena desperta uma dúvida imediata em milhões de brasileiros: esse valor já vem com os descontos? A resposta é simples e direta: sim. O valor que a Caixa Econômica Federal anuncia para os grandes prêmios já é líquido, pronto para ser transferido para a conta do sortudo.

    Isso significa que o ganhador do concurso 2913 receberá exatamente os R$ 53 milhões. No entanto, o montante original, antes de o governo reter sua parte, era consideravelmente maior. Entender como funciona essa tributação revela o caminho que o dinheiro das apostas percorre até se transformar em prêmios e investimentos sociais.

    Leia: Dia de Sorte: aposta de Minas fatura mais de R$ 500 mil

    Como funciona a tributação dos prêmios?

    A cobrança de impostos sobre os prêmios de loterias no Brasil é feita diretamente na fonte. Ou seja, o ganhador não precisa se preocupar em calcular e pagar o tributo por conta própria. A Caixa, como agente operador das loterias, já realiza essa dedução antes mesmo de divulgar o valor final do prêmio.

    A regra é clara: sobre o valor bruto do prêmio incide uma alíquota de 30% de Imposto de Renda. Essa taxa é aplicada a qualquer prêmio que ultrapasse o valor da primeira faixa de isenção da tabela do IRPF. Na prática, quase todos os prêmios significativos das loterias federais passam por esse desconto.

    O processo começa com a arrecadação total do concurso. Desse montante, uma parte é destinada ao pagamento de despesas e ao repasse social. O valor restante constitui o prêmio bruto, que é a base de cálculo para o Imposto de Renda. Após a dedução dos 30%, chega-se ao prêmio líquido, que é o valor efetivamente pago ao apostador.

    O prêmio de R$ 53 milhões era, na verdade, maior

    Para entender o tamanho do imposto, basta fazer o cálculo reverso. Se os R$ 53 milhões correspondem a 70% do prêmio total (já que 30% foram retidos), o valor bruto era de aproximadamente R$ 75,7 milhões. Isso mostra que, apenas nesse concurso, o Imposto de Renda recolhido foi de cerca de R$ 22,7 milhões.

    Essa mecânica garante que o processo seja transparente para o ganhador. Ao se dirigir a uma agência da Caixa para resgatar o prêmio, ele não terá surpresas desagradáveis. O valor anunciado é exatamente o que será creditado em sua conta, livre de quaisquer outros descontos imediatos.

    Para onde vai o dinheiro das apostas?

    Menos da metade do valor arrecadado em um concurso da Mega-Sena é efetivamente destinado ao prêmio bruto. A maior parte do dinheiro das apostas tem um destino social definido por lei. Esses recursos, conhecidos como repasses sociais, financiam áreas essenciais para o desenvolvimento do país.

    O dinheiro é distribuído entre diferentes setores. Uma parcela significativa vai para a seguridade social, que custeia benefícios como aposentadorias e pensões. Outras áreas beneficiadas incluem:

    • Educação: recursos são destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), ajudando a financiar a graduação de milhares de estudantes.
    • Esporte: Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e outras entidades esportivas são financiadas com recursos das loterias.
    • Cultura: o Fundo Nacional da Cultura (FNC) também é um dos beneficiários, recebendo verbas para fomentar a produção cultural no Brasil.

    Portanto, mesmo quem não ganha o prêmio principal contribui, indiretamente, para o financiamento de políticas públicas importantes. É um sistema que transforma a esperança de ganhar em investimentos concretos para a sociedade.

    É preciso declarar o prêmio no Imposto de Renda?

    Apesar de o imposto já ter sido pago na fonte, o ganhador tem a obrigação de informar o recebimento do prêmio na sua Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda. Essa etapa é fundamental para justificar a variação patrimonial perante a Receita Federal e evitar problemas futuros.

    O valor deve ser lançado na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”, utilizando o código “12 – Outros”. É preciso informar o nome e o CNPJ da fonte pagadora, que no caso é a Caixa Econômica Federal. Essa declaração não gera um novo imposto sobre o prêmio, servindo apenas para controle do Fisco.

    Os rendimentos gerados a partir do prêmio, como juros de aplicações financeiras, seguem as regras de tributação normais. Por exemplo, se o ganhador investir os R$ 53 milhões em um fundo de investimento, os lucros obtidos com essa aplicação deverão ser declarados e tributados conforme a legislação vigente para aquele tipo de investimento.

    O prêmio da Mega-Sena já vem com o imposto descontado?

    Sim. O valor anunciado pela Caixa Econômica Federal como prêmio principal já é o montante líquido, ou seja, com o Imposto de Renda devidamente descontado.

    O ganhador recebe exatamente a quantia divulgada, sem a necessidade de realizar qualquer pagamento de imposto adicional sobre o prêmio no momento do resgate.

    Qual é o valor do imposto sobre os prêmios da loteria?

    A alíquota do Imposto de Renda sobre prêmios de loterias é de 30%.

    Este percentual é aplicado sobre o valor bruto do prêmio, antes de ele ser anunciado ao público. A cobrança é feita diretamente na fonte pela Caixa.

    O que o governo faz com o dinheiro arrecadado das loterias?

    O dinheiro arrecadado com as apostas e com os impostos sobre os prêmios financia diversas áreas sociais no Brasil.

    Recursos são destinados para a seguridade social, educação (FIES), segurança pública, cultura e esporte, beneficiando toda a sociedade.

    Preciso pagar mais imposto ao declarar o prêmio da loteria?

    Não. Embora seja obrigatório informar o recebimento do prêmio na declaração anual do Imposto de Renda, isso não gera uma nova cobrança de imposto sobre o valor ganho.

    A declaração serve para que a Receita Federal acompanhe a evolução do seu patrimônio. Apenas os rendimentos futuros gerados pelo prêmio, como juros de aplicações, serão tributados.

  • Como outros países lidam com a questão da população de rua

    Como outros países lidam com a questão da população de rua

    A recente polêmica em Divinópolis, Minas Gerais, onde um prefeito enfrenta um pedido de cassação por declarações sobre a população em situação de rua, joga luz sobre um debate que não é apenas local. O desafio de como lidar com o crescente número de pessoas vivendo nas ruas é um quebra-cabeça global, com cidades e países adotando estratégias que vão do acolhimento incondicional à criminalização explícita.

    Enquanto algumas administrações apostam em políticas de repressão, com leis que proíbem acampar em espaços públicos, outras investem em modelos inovadores que oferecem moradia como o primeiro passo para a reintegração social. Não existe uma fórmula mágica, mas a análise de diferentes abordagens ao redor do mundo revela caminhos e lições importantes sobre o que funciona e o que apenas agrava o problema.

    Leia:

    MG: ex-assessor pede cassação de prefeito por falas contra população de rua

    Prefeito acusa cidades de transferir moradores de rua para Divinópolis

    Modelos baseados na repressão e criminalização

    Em várias partes do mundo, a resposta predominante ao aumento da população de rua tem sido a repressão. Cidades nos Estados Unidos, por exemplo, implementaram leis que proíbem dormir, sentar ou guardar pertences em calçadas e parques. Essas medidas, conhecidas como “ordenanças de qualidade de vida”, visam tornar a permanência em espaços públicos inviável, forçando o deslocamento dessas pessoas para outras áreas.

    Na Europa, a Hungria se destaca por ter uma das legislações mais severas. O país alterou sua Constituição para proibir “residir habitualmente em um espaço público”. Na prática, a medida permite que a polícia remova pessoas das ruas e confisque seus bens. Críticos apontam que essas políticas não resolvem as causas da vulnerabilidade, apenas escondem a pobreza e geram um ciclo de multas e prisões que dificulta ainda mais a saída das ruas.

    O argumento por trás dessas abordagens geralmente envolvem a segurança pública, a revitalização de áreas urbanas e a pressão do comércio local. No entanto, a eficácia é questionável, pois o problema é transferido de um lugar para outro sem oferecer uma solução duradoura para os indivíduos afetados.

    A abordagem do “Housing First”

    Na contramão da criminalização, o modelo “Housing First”, ou “Moradia Primeiro”, tem ganhado destaque como uma das estratégias mais eficazes. O princípio é simples e revolucionário: oferecer uma moradia segura e permanente como o primeiro passo, sem exigir que a pessoa cumpra pré-requisitos como abstinência de álcool ou drogas, ou que esteja empregada.

    A Finlândia é o principal exemplo de sucesso dessa política. O país praticamente eliminou o problema da população de rua de longa duração ao transformar abrigos temporários em moradias permanentes e investir na construção de unidades habitacionais. Uma vez alocada, a pessoa recebe suporte contínuo de equipes de saúde, assistência social e orientação profissional para reconstruir sua vida.

    Estudos sobre o modelo finlandês mostram que, embora o investimento inicial seja alto, a estratégia gera economia a longo prazo. Os custos com serviços de emergência, sistema de saúde e justiça criminal diminuem drasticamente. Cidades em outros países, como Canadá, França e Estados Unidos, também adotaram versões do “Housing First” com resultados positivos, demonstrando sua aplicabilidade em diferentes contextos.

    Soluções intermediárias e de acolhimento

    Entre os extremos da repressão e da moradia incondicional, existem inúmeras abordagens intermediárias. Muitas cidades operam uma vasta rede de abrigos noturnos, que oferecem um local seguro para dormir, mas geralmente com regras rígidas e caráter temporário. Nova York, por exemplo, possui uma lei que garante o “direito ao abrigo”, obrigando a cidade a fornecer uma cama para qualquer pessoa que a solicite.

    Outras políticas focam na prevenção, oferecendo auxílio financeiro para famílias em risco de despejo ou programas de capacitação profissional para reinserção no mercado de trabalho. A integração de serviços de saúde mental e tratamento para dependência química também é um pilar fundamental em muitas estratégias, reconhecendo que esses fatores são tanto causa quanto consequência da vida nas ruas.

    Em Viena, na Áustria, o sistema é multifacetado, combinando abrigos de emergência, moradias de transição e apartamentos sociais com forte apoio psicossocial. A abordagem reconhece que as necessidades são diversas e que um único modelo não serve para todos. O sucesso dessas iniciativas depende da coordenação entre diferentes agências governamentais e da participação de organizações não governamentais.

    Em várias partes do mundo, a resposta predominante ao aumento da população de rua tem sido a repressão
    minimalistbel31 de Getty Images

    O que é o modelo “Housing First”?

    É uma política pública que oferece moradia segura e permanente como primeiro passo para pessoas em situação de rua.

    A ideia central é que, com um lar estável, o indivíduo tem a base necessária para lidar com outras questões, como saúde e emprego.

    Quais países criminalizam a população de rua?

    A Hungria é um dos exemplos mais conhecidos, com leis que proíbem a permanência habitual em espaços públicos.

    Nos Estados Unidos, diversas cidades possuem ordenanças que criminalizam atividades como dormir ou acampar em locais públicos.

    Por que a abordagem da Finlândia é considerada um sucesso?

    A Finlândia conseguiu reduzir drasticamente o número de pessoas em situação de rua de longa duração adotando o “Housing First”.

    O modelo se mostrou mais econômico a longo prazo, diminuindo gastos com serviços de emergência, saúde e sistema judiciário.

    Existe uma solução única para o problema da população de rua?

    Não. As experiências globais mostram que não há uma fórmula única, pois as causas e características do problema variam localmente.

    As estratégias mais bem-sucedidas costumam combinar diferentes abordagens, como prevenção, moradia e suporte integrado de saúde.

    Qual a relação entre saúde mental e a situação de rua?

    A relação é uma via de mão dupla. Problemas de saúde mental e dependência química podem levar uma pessoa à situação de rua.

    Ao mesmo tempo, as condições de vida nas ruas agravam ou desencadeiam esses quadros, criando um ciclo difícil de ser quebrado.

  • Como adaptar a casa para garantir a segurança e autonomia de idosos

    Como adaptar a casa para garantir a segurança e autonomia de idosos

    A comoção gerada pelo vídeo de um motociclista que atropelou uma idosa de 73 anos em Minas Gerais e fugiu joga luz sobre a vulnerabilidade dos mais velhos. O perigo, no entanto, não está apenas nas ruas.

    Dentro de casa, ambiente que deveria ser sinônimo de segurança, acontecem a maioria das quedas e acidentes envolvendo pessoas com mais de 60 anos, muitas vezes com consequências graves.

    Adaptar o lar é uma medida essencial para garantir não apenas a segurança, mas também a autonomia e a qualidade de vida na terceira idade.

    Pequenas mudanças podem prevenir fraturas, hospitalizações e a perda de independência. O objetivo é criar um ambiente que facilite a rotina diária e minimize os riscos, permitindo que a pessoa idosa viva com mais conforto e tranquilidade.

    Adaptações gerais para toda a casa

    O primeiro passo é fazer uma vistoria completa no imóvel. Corredores e áreas de passagem devem estar sempre livres de obstáculos. Móveis, caixas, plantas e objetos decorativos precisam ser reposicionados para não atrapalhar a circulação. Fios elétricos de telefones, abajures e outros aparelhos devem ser presos às paredes ou escondidos em canaletas.

    A iluminação é outro ponto fundamental. Ambientes bem iluminados ajudam a evitar tropeços e quedas, especialmente durante a noite. Invista em lâmpadas mais potentes e certifique-se de que os interruptores sejam de fácil acesso, preferencialmente na entrada de cada cômodo. Luzes de presença, que acendem com o movimento, são ótimas opções para corredores e banheiros.

    Tapetes soltos são verdadeiras armadilhas. O ideal é removê-los, mas se a preferência for mantê-los, eles devem ter a base emborrachada ou serem fixados no chão com fita adesiva dupla face para não escorregarem. Pisos encerados ou muito lisos também aumentam o risco e devem ser evitados.

    O banheiro: ponto de atenção máxima

    O banheiro é considerado o local mais perigoso da casa para idosos devido à presença de umidade e superfícies escorregadias. A instalação de barras de apoio ao lado do vaso sanitário e dentro do box do chuveiro é uma das modificações mais importantes. Elas oferecem um ponto firme para a pessoa se segurar ao sentar, levantar e durante o banho.

    Outras medidas importantes incluem:

    • utilizar tapetes antiderrapantes dentro e fora do box;
    • instalar um assento elevado no vaso sanitário para facilitar o uso;
    • ter uma cadeira ou banco de plástico resistente dentro do box para permitir que o banho seja tomado na posição sentada;
    • deixar sabonete, xampu e outros itens de higiene em um local de fácil alcance, evitando que a pessoa precise se esticar ou se curvar.

    Cozinha funcional e segura

    A cozinha é um ambiente de múltiplos riscos, como queimaduras e cortes. Para torná-la mais segura, os utensílios e alimentos mais utilizados devem ser guardados em prateleiras e armários de fácil acesso, preferencialmente na altura dos ombros. Evite guardar itens pesados em locais muito altos ou muito baixos.

    Dê preferência a fogões com dispositivos de segurança, como acendimento automático e válvulas que cortam o gás caso a chama se apague.

    Um bom sistema de iluminação sobre a pia e o fogão também ajuda a manusear facas e alimentos com mais segurança. Verifique sempre a validade dos produtos e mantenha o chão limpo e seco.

    Quarto: um refúgio de descanso e segurança

    No quarto, a cama deve ter uma altura que permita que os pés toquem o chão quando a pessoa está sentada na beirada. Isso facilita o ato de levantar.

    Um abajur ou interruptor ao lado da cama é essencial para que não seja preciso caminhar no escuro. Mantenha um telefone, um copo de água e os medicamentos de uso contínuo sempre à mão.

    O caminho entre a cama e a porta ou o banheiro deve estar completamente desobstruído. Evite móveis com quinas pontiagudas e prefira armários com portas de correr, que economizam espaço e não se tornam um obstáculo quando abertas. Garantir um ambiente tranquilo e organizado contribui para um sono melhor e mais seguro.

    Salas e áreas de convivência

    Nas salas, a disposição dos móveis é o principal fator de segurança. Sofás e poltronas devem ser firmes e ter uma altura adequada para sentar e levantar sem esforço. Mesas de centro de vidro ou com cantos vivos devem ser substituídas ou protegidas com protetores de quina.

    Pequenas mudanças podem prevenir fraturas, hospitalizações e a perda de independência.
    (Foto: Freepik)

    Certifique-se de que telefones fixos ou sem fio estejam em locais de fácil acesso em diferentes pontos da casa. Manter uma lista com contatos de emergência (familiares, médicos, Samu) em um local visível, como na porta da geladeira, é uma precaução simples e muito eficaz.

    Por que é crucial adaptar a casa para um idoso?

    A adaptação é fundamental para prevenir quedas, que são a principal causa de lesões e hospitalizações em idosos.

    Além disso, um ambiente seguro promove independência, permitindo que a pessoa realize suas tarefas diárias com mais confiança.

    Existem mudanças de baixo custo que posso fazer agora?

    Sim. Remover tapetes pequenos e soltos é uma medida imediata e sem custo que reduz o risco de tropeços.

    Organizar fios elétricos, manter os corredores livres de obstáculos e melhorar a iluminação com lâmpadas mais fortes são outras ações simples e eficazes.

    Além de mudanças físicas, o que mais aumenta a segurança?

    Manter uma rotina de exercícios físicos para fortalecer músculos e melhorar o equilíbrio é muito importante.

    O uso de calçados firmes e com sola de borracha dentro de casa também ajuda a evitar escorregões. A comunicação constante com familiares é vital.

  • Os perigos do atropelamento para idosos e como prevenir acidentes

    Os perigos do atropelamento para idosos e como prevenir acidentes

    A imagem de uma idosa de 73 anos sendo atingida por uma moto na calçada, em Minas Gerais, chocou o país. O motociclista fugiu sem prestar socorro, um ato que expõe a violência no trânsito e também a extrema vulnerabilidade de uma parcela crescente da população: os pedestres da terceira idade.

    O episódio acende um alerta sobre um problema cotidiano e muitas vezes silencioso. Com o envelhecimento, o corpo passa por transformações naturais que tornam tarefas simples, como atravessar a rua, um desafio. A combinação de reflexos mais lentos, audição e visão reduzidas e mobilidade comprometida cria um cenário de alto risco nas cidades.

    As consequências de um atropelamento para uma pessoa idosa são desproporcionais. A fragilidade óssea, característica comum do envelhecimento, transforma uma queda ou um impacto leve em fraturas graves. A recuperação é mais lenta e complexa, muitas vezes resultando em perda de autonomia e um declínio acentuado na qualidade de vida.

    O impacto não é só físico. O trauma psicológico pode gerar medo de sair de casa, isolamento social e depressão. A independência, conquistada ao longo de uma vida, pode ser perdida em um instante, tornando o idoso dependente de familiares ou cuidadores para atividades que antes eram rotineiras.

    Principais riscos e como evitá-los

    Entender os fatores que aumentam o perigo é o primeiro passo para a prevenção. Para os idosos, a diminuição da velocidade de reação é um ponto crítico. O tempo necessário para perceber um veículo se aproximando e tomar uma decisão é maior, o que pode ser fatal em cruzamentos ou vias movimentadas.

    Além disso, problemas de visão, como catarata ou glaucoma, dificultam a avaliação de distâncias e da velocidade dos carros. A perda auditiva também impede que o som de uma buzina ou de um motor seja um sinal de alerta eficaz. Muitas vezes, o idoso só percebe o perigo quando é tarde demais.

    A infraestrutura das cidades raramente é pensada para eles. Calçadas irregulares, com buracos e obstáculos, aumentam o risco de quedas e forçam o pedestre a caminhar na rua. Semáforos com tempos curtos para travessia e a falta de faixas de pedestres bem sinalizadas e respeitadas completam o cenário adverso.

    Felizmente, atitudes simples podem fazer uma grande diferença na segurança. Adotar uma postura preventiva é fundamental tanto para os pedestres quanto para os motoristas.

    Para o pedestre idoso, algumas dicas são valiosas:

    • Use a faixa: sempre procure atravessar na faixa de pedestres. Se não houver, escolha um local com boa visibilidade, longe de curvas e esquinas;
    • Contato visual: antes de atravessar, tente fazer contato visual com os motoristas; certifique-se de que eles notaram sua presença e que irão parar;
    • Caminhe com atenção: evite distrações como o uso de celular. Mantenha o foco total no ambiente ao seu redor, observando e ouvindo o trânsito;
    • Cores claras: prefira usar roupas de cores claras ou vibrantes, especialmente à noite. Elas aumentam sua visibilidade para os condutores;
    • Calçados seguros: opte por sapatos confortáveis, com sola de borracha e que fiquem firmes nos pés para evitar tropeços e escorregões.

    A responsabilidade, no entanto, é compartilhada. Motoristas precisam redobrar a atenção e adotar uma condução defensiva, principalmente em áreas com grande circulação de pessoas, como perto de hospitais, praças e centros comerciais.

    Reduzir a velocidade, respeitar a sinalização e ter paciência são obrigações de quem está ao volante. Um pedestre idoso pode precisar de mais tempo para completar a travessia, e é dever do motorista aguardar com segurança. A pressa no trânsito pode custar uma vida.

    O que fazer em caso de acidente?

    Presenciar ou se envolver em um atropelamento exige calma e ação rápida. A primeira e mais importante medida é prestar socorro. O Código de Trânsito Brasileiro considera crime a omissão de socorro, com pena de detenção de seis meses a um ano ou multa.

    Acione imediatamente os serviços de emergência, como o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193). Informe o local exato do acidente e o estado aparente da vítima. É fundamental não movimentar a pessoa ferida, pois um movimento inadequado pode agravar lesões na coluna ou em outras partes do corpo.

    Sinalize o local para evitar novos acidentes. Use o triângulo de segurança do carro ou outros objetos visíveis para alertar os demais motoristas. Se possível, permaneça ao lado da vítima, tentando acalmá-la até a chegada do socorro profissional.

    Por que idosos são mais vulneráveis a atropelamentos?

    Idosos são mais suscetíveis a acidentes de trânsito devido a uma combinação de fatores fisiológicos relacionados ao envelhecimento.

    A redução natural dos reflexos, da acuidade visual e da audição diminui a capacidade de perceber e reagir rapidamente a perigos.

    Quais são as lesões mais comuns em idosos atropelados?

    As lesões mais frequentes são fraturas, principalmente no quadril, fêmur e bacia, devido à maior fragilidade óssea, como a osteoporose.

    Traumatismos cranianos também são comuns e apresentam alto risco. A recuperação dessas lesões costuma ser mais lenta e complexa.

    Idosos são mais suscetíveis a acidentes de trânsito devido a uma combinação de fatores fisiológicos relacionados ao envelhecimento.
    formatoriginalphotos

    Como um pedestre idoso pode se proteger no trânsito?

    A proteção começa com a prevenção. É essencial usar sempre a faixa de pedestres e só atravessar quando o sinal estiver aberto para os pedestres.

    Fazer contato visual com os motoristas, usar roupas claras para ser mais visível e evitar distrações, como o celular, são atitudes cruciais.

    O que motoristas podem fazer para evitar acidentes com idosos?

    Motoristas devem praticar a direção defensiva, reduzindo a velocidade em áreas residenciais, perto de hospitais ou centros comerciais.

    É fundamental ter paciência e ceder a passagem, lembrando que pedestres idosos podem levar mais tempo para atravessar a rua.

  • 5 dicas para comprar pacotes de viagem on-line com mais segurança

    5 dicas para comprar pacotes de viagem on-line com mais segurança

    O caso da 123 Milhas acendeu um alerta para milhões de brasileiros que sonham em viajar. A suspensão de pacotes e a dificuldade de ressarcimento de clientes transformaram a expectativa de férias em um pesadelo financeiro e emocional. O episódio, que culminou em um dos maiores processos de recuperação judicial do país, expôs a vulnerabilidade dos consumidores no mercado de turismo on-line.

    Este cenário de incerteza deixou uma lição importante. Para evitar que a compra de um pacote de viagem se torne uma fonte de estresse, é fundamental adotar uma postura mais crítica e atenta. Com alguns cuidados simples, é possível aumentar a segurança da transação e proteger seus direitos, garantindo que o único foco seja aproveitar o destino escolhido.

    1. Verifique a reputação da empresa

    A primeira etapa, antes mesmo de se encantar por uma oferta, é investigar a fundo o histórico da agência de viagens. Uma pesquisa detalhada pode revelar muito sobre a forma como a empresa trata seus clientes e resolve problemas. Não se limite a visitar o site oficial da companhia, que naturalmente exibirá apenas informações positivas.

    Consulte plataformas de avaliação de consumidores, como o Reclame Aqui. Analise o volume de queixas, o tempo de resposta e, principalmente, o índice de solução dos problemas. Uma empresa com muitas reclamações não resolvidas ou com respostas padronizadas que não atendem às demandas dos clientes é um sinal de alerta.

    Outra fonte de informação são os órgãos de defesa do consumidor. Verifique se o nome da agência consta em listas de empresas com processos nos Procons estaduais. Uma busca por notícias relacionadas ao CNPJ da companhia também pode trazer à tona eventuais problemas judiciais ou financeiros que não são divulgados abertamente.

    É recomendável ainda verificar se a agência está registrada no Cadastur, o sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor de turismo, mantido pelo Ministério do Turismo. Embora o cadastro não elimine todos os riscos, ele indica que a empresa atua de forma regularizada perante o órgão federal.

    2. Desconfie de ofertas milagrosas

    Preços muito abaixo da média do mercado devem ser vistos com ceticismo. Campanhas promocionais agressivas podem ser uma estratégia legítima, mas também podem mascarar modelos de negócio insustentáveis ou até mesmo golpes. A regra do “quando a esmola é demais, o santo desconfia” é perfeitamente aplicável aqui.

    Companhias aéreas e redes de hotéis têm custos operacionais que não permitem descontos irreais de forma contínua. Ofertas com 50% ou 70% de desconto em relação aos concorrentes precisam ser analisadas com cuidado. Muitas vezes, esses valores se baseiam em condições muito restritas ou em modelos de negócio de alto risco, como a compra e venda de milhas, que deixam o consumidor desprotegido.

    Fique atento a promoções com um senso de urgência exagerado, como cronômetros regressivos ou avisos de “últimas unidades disponíveis”. Embora sejam técnicas comuns de marketing, quando usadas de forma excessiva podem pressionar o consumidor a tomar uma decisão impulsiva, sem tempo para pesquisar a reputação da empresa ou ler o contrato.

    Outro ponto de atenção são os pacotes com “datas flexíveis”, como os que se popularizaram no caso da 123 Milhas. A promessa de viajar em um período futuro por um preço baixo pode ser atraente, mas embute um risco. O consumidor paga antecipadamente sem ter a garantia da emissão dos bilhetes ou da reserva do hotel, ficando dependente da capacidade da empresa de honrar o compromisso meses depois.

    Viagens marcadas de forma digital envolvem riscos que podem ser evitados com a pesquisa
    (Foto: Freepik)

    3. Leia o contrato com atenção

    Pode parecer uma tarefa cansativa, mas ler o contrato de prestação de serviços antes de finalizar a compra é uma das atitudes mais importantes para a sua segurança. É neste documento que estão todas as regras da transação, incluindo os seus direitos e deveres, bem como os da empresa.

    Procure por cláusulas sobre cancelamento, reembolso, multas e alterações de voos ou hospedagem. Entenda quais são as condições para desistir da compra e se há devolução integral dos valores pagos. Termos vagos ou ambíguos podem esconder armadilhas que, em caso de problemas, limitarão suas opções.

    É fundamental compreender quem são os responsáveis por cada parte do serviço. O contrato deve deixar claro qual é o papel da agência (intermediária) e quais são as responsabilidades da companhia aérea e do hotel (fornecedores finais). Verifique também o CNPJ e o endereço físico da empresa. Essas informações são essenciais para uma eventual notificação legal.

    Se o contrato mencionar o uso de milhas para a emissão de passagens, o cuidado deve ser redobrado. Verifique se o documento especifica as condições dessa operação e quais são as garantias oferecidas caso a emissão não seja concretizada.

    4. Prefira pagar com cartão de crédito

    O método de pagamento pode ser um grande aliado em caso de problemas. Sempre que possível, opte por usar o cartão de crédito para a compra de pacotes de viagem online. A principal vantagem é o mecanismo de segurança conhecido como chargeback, ou contestação da compra.

    Se a empresa não cumprir o contrato, seja por não entregar o serviço ou por falir, o consumidor pode solicitar o estorno do valor diretamente à operadora do cartão. A administradora irá intermediar a disputa com a loja. Se o direito do cliente for comprovado, o valor é creditado de volta na fatura.

    Pagamentos via Pix, transferência bancária ou boleto são mais difíceis de reaver, pois o dinheiro sai diretamente da sua conta para a conta da empresa. Nesses casos, a recuperação do valor depende da boa vontade da companhia ou, em situações mais graves, de uma longa disputa judicial. O chargeback do cartão de crédito é uma proteção mais ágil e eficaz.

    Evite também fazer pagamentos em contas de pessoas físicas ou para empresas cujo nome não corresponda ao da agência de viagens. Essa prática é um forte indício de fraude e dificulta o rastreamento do dinheiro e a responsabilização dos envolvidos.

    5. Guarde todos os comprovantes

    Desde a primeira interação até a confirmação final da compra, documente tudo. Essa organização é crucial para comprovar o que foi acordado e pode ser decisiva para garantir seus direitos caso algo dê errado. Não confie apenas em promessas verbais ou em informações que podem ser alteradas no site da empresa.

    Guarde e-mails de confirmação, salve conversas em aplicativos de mensagens e tire capturas de tela da página da oferta, com a descrição detalhada do pacote, preços e condições. O contrato de prestação de serviços deve ser salvo em um local seguro, assim como o comprovante de pagamento.

    Esses registros são suas provas em caso de descumprimento do que foi prometido. Se precisar acionar o Procon, abrir um processo judicial ou solicitar o chargeback no cartão de crédito, a apresentação dessa documentação será fundamental para embasar sua reclamação.

    Crie uma pasta específica no seu e-mail ou no seu computador para armazenar todos os arquivos relacionados à viagem. É um arquivo de segurança que, embora você espere nunca precisar usar, oferece uma camada extra de tranquilidade e pode ser a chave para resolver problemas de forma mais rápida e eficiente.

  • Saiba o que fazer se você testemunhar um atropelamento com fuga

    Saiba o que fazer se você testemunhar um atropelamento com fuga

    A cena de um motociclista que atropela uma idosa de 73 anos na calçada, em Minas Gerais, e foge sem prestar qualquer tipo de auxílio chocou o país e trouxe à tona uma realidade brutal do trânsito. Presenciar uma situação como essa é desesperador, mas a sua atitude nos primeiros minutos pode ser a diferença entre a vida e a morte para a vítima e fundamental para que a justiça seja feita.

    Saber como agir corretamente não exige treinamento médico ou conhecimento em leis. Exige calma e a capacidade de seguir passos simples que garantem a segurança de todos e auxiliam o trabalho das autoridades. Omissão de socorro é crime, e sua colaboração como testemunha é um ato de cidadania que pode salvar vidas e impedir que condutores irresponsáveis continuem a representar um perigo nas ruas.

    Prioridade é a segurança e o socorro à vítima

    Antes de qualquer outra ação, garanta sua própria segurança. Verifique se você não está em uma posição de risco, como no meio de uma via movimentada. A primeira medida prática é sinalizar o local do acidente para evitar que outros veículos atinjam a vítima ou causem uma nova colisão. Use o triângulo de segurança do seu carro, galhos de árvore ou até mesmo peças de roupa para alertar outros motoristas.

    Com a área minimamente segura, o próximo passo é acionar o socorro especializado. Ligue imediatamente para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pelo número 192, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193. Ao falar com o atendente, seja claro e objetivo. Informe o endereço exato do acidente, com pontos de referência, o número de vítimas e o estado aparente delas. Descreva se a pessoa está consciente, se há sangramentos visíveis ou fraturas expostas.

    É fundamental não movimentar a vítima. Tentar levantar ou arrastar a pessoa atropelada pode agravar lesões na coluna ou internas, causando danos permanentes ou até mesmo a morte. A única exceção para mover alguém é em caso de perigo iminente, como um incêndio no veículo ou risco de novo atropelamento. Caso contrário, aguarde a chegada da equipe de resgate, que possui o treinamento e os equipamentos necessários para o transporte seguro.

    Enquanto o socorro não chega, você pode ajudar conversando com a vítima para mantê-la calma e acordada, se ela estiver consciente. Diga que a ajuda já está a caminho. Esse apoio emocional é valioso e pode ajudar a estabilizar o estado da pessoa acidentada.

    Como coletar informações para ajudar a polícia

    Enquanto uma pessoa liga para o socorro, outras testemunhas podem se concentrar em reunir o máximo de informações sobre o veículo e o condutor que fugiram. Esses dados são cruciais para a investigação policial e para a identificação do responsável. Quanto mais detalhes você conseguir memorizar ou anotar, maiores as chances de o culpado ser encontrado.

    A seguir, listamos as informações mais importantes que uma testemunha deve tentar registrar:

    Placa do veículo
    Este é o dado mais importante de todos. Mesmo que você consiga anotar apenas uma parte da sequência de letras e números, já é um ponto de partida valioso para a polícia. Use o bloco de notas do celular ou peça para alguém anotar imediatamente para não esquecer.

    Características do veículo
    Anote a cor, a marca e o modelo do carro ou da moto. Se não souber o modelo exato, descreva o formato. Era um carro sedan ou hatch? Tinha duas ou quatro portas? A moto era grande ou pequena? Qualquer detalhe adicional, como um adesivo, um amassado visível, um farol quebrado ou um rack no teto, ajuda a individualizar o veículo.

    Descrição do condutor
    Observe as características do motorista ou do motociclista. Gênero, cor do cabelo, tipo de roupa que usava, se usava boné ou óculos. No caso de um motociclista, a cor do capacete é uma informação fundamental que pode levar à sua identificação por meio de câmeras de segurança.

    Direção da fuga
    Para onde o veículo foi? Anote o nome da rua em que ele entrou ou a direção que seguiu. Essa informação ajuda a polícia a traçar uma rota de fuga e a solicitar imagens de câmeras de segurança no trajeto.

    Horário e local exatos
    Marque o horário do atropelamento. Essa informação é essencial para sincronizar com as imagens de câmeras de segurança da região, que muitas vezes são a prova definitiva para identificar o infrator.

    Busca por outras testemunhas
    Olhe ao redor e veja se mais pessoas presenciaram o acidente. Converse com elas e, se possível, pegue o nome e o telefone. Ter múltiplos depoimentos que descrevem a mesma cena fortalece a investigação.

    Ao chegar, a polícia ou a guarda de trânsito irá coletar o depoimento das testemunhas. Relate tudo o que você viu com calma e precisão. Sua colaboração não termina no local do acidente; ela é a peça-chave para que o ciclo de violência e impunidade no trânsito seja quebrado.

    Qual a primeira coisa a fazer ao testemunhar um atropelamento com fuga?

    A prioridade máxima é a sua segurança e a da vítima. Antes de mais nada, certifique-se de que você não está em perigo.

    Em seguida, sinalize a área para evitar novos acidentes e ligue imediatamente para o socorro, como o SAMU (192) ou os Bombeiros (193).

    Posso mover a vítima do local para ajudá-la?

    Não. Você nunca deve mover uma pessoa que sofreu um acidente de trânsito, a menos que haja um risco iminente e maior no local.

    Movimentar a vítima sem o devido preparo pode agravar seriamente lesões na coluna ou internas, com consequências graves.

    Que informações são mais importantes para a polícia encontrar quem fugiu?

    A placa do veículo é o dado mais valioso. Mesmo que anote apenas uma parte dela, já ajuda muito.

    Além disso, tente memorizar a cor, a marca, o modelo do veículo e qualquer detalhe que o diferencie, como um adesivo ou amassado.

    É crime não ajudar em um acidente que eu testemunhei?

    Sim. A omissão de socorro é crime previsto no Código Penal brasileiro. A lei não exige que você faça procedimentos médicos.

    Prestar socorro significa acionar as autoridades competentes e permanecer no local para garantir a segurança da vítima até a chegada da ajuda.

    Como devo passar as informações que coletei para as autoridades?

    Aguarde a chegada da polícia ou da equipe de resgate no local do acidente e relate tudo o que você viu de forma clara.

    Entregue todas as anotações que fez, como a placa e as características do veículo. Seu depoimento formal será essencial para a investigação.