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  • O que são art toys e por que eles viraram febre entre colecionadores

    O que são art toys e por que eles viraram febre entre colecionadores

    Figuras feita de vinil, com design arrojado e cores vibrantes, criadas por artistas contemporâneos. Não são brinquedo para crianças, mas itens de colecionador que pode custar centenas ou até milhares de reais. Este é o universo dos art toys, peças que borram a fronteira entre arte, design e cultura pop, e que se tornaram uma verdadeira febre global.

    O fenômeno ganhou um novo capítulo com a recente colaboração entre a Coca-Cola e a Pop Mart, criadora do icônico personagem Labubu. A parceria, focada em engajar o público jovem, mostra como grandes marcas estão reconhecendo o poder desses objetos. Eles não são apenas produtos, mas símbolos de status, objetos de decoração e até uma forma inteligente de investimento.

    A ponte entre a arte e o colecionismo

    Os art toys surgiram no final dos anos 1990, em Hong Kong e no Japão, como uma forma de artistas urbanos e ilustradores levarem sua criatividade para um formato tridimensional. As peças, geralmente produzidas em edições limitadas, transformaram figuras de vinil, resina ou madeira em telas em branco para a expressão artística.

    Diferente dos brinquedos produzidos em massa, cada art toy carrega a assinatura de seu criador. O valor não está na brincadeira, mas no conceito, no design exclusivo e na raridade. A produção em pequena escala garante que cada lançamento seja um evento aguardado por uma comunidade engajada de fãs e colecionadores.

    Essa exclusividade é o que alimenta o mercado. As séries são numeradas, e uma vez que se esgotam, só podem ser encontradas em mercados secundários, muitas vezes por valores bem superiores ao original. Isso cria um ciclo de desejo e valorização que atrai tanto apaixonados por arte quanto investidores.

    O perfil de quem coleciona

    O público dos art toys é formado principalmente por jovens adultos, das gerações Z e Millennial, que cresceram imersos em referências de animes, videogames e desenhos animados. Para eles, colecionar essas peças é uma forma de se conectar com a nostalgia, mas com um olhar sofisticado e voltado para o design.

    Um dos motores desse mercado é o modelo de “blind box” ou caixa surpresa, popularizado por empresas como a Pop Mart. O consumidor compra uma caixa sem saber qual personagem de uma determinada série virá dentro. A emoção da descoberta e a busca por completar a coleção inteira, incluindo os itens raros, gamifica a experiência de compra.

    Essa estratégia transforma o ato de colecionar em uma caça ao tesouro moderna. A incerteza e a possibilidade de encontrar uma figura rara geram um forte engajamento e incentivam a interação entre os colecionadores, que trocam e vendem peças em comunidades online para alcançar seus objetivos.

    Colaborações que impulsionam o mercado

    As parcerias entre marcas e artistas são fundamentais para o crescimento exponencial dos art toys. A união da Coca-Cola com a Pop Mart é um exemplo claro dessa estratégia. A gigante de bebidas empresta sua identidade visual e alcance global a um ícone da cultura pop asiática, o Labubu, criando um produto que atrai tanto os fãs da marca quanto os colecionadores de art toys.

    Essas colaborações funcionam como um selo de validação. Quando uma grife de luxo, um artista musical famoso ou uma corporação global se associa a um designer de art toys, o objeto transcende seu nicho. Ele passa a ser visto como um item culturalmente relevante, desejado por um público muito mais amplo.

    Marcas de moda, estúdios de cinema e até museus já entraram nesse universo. Essas parcerias criam peças únicas que misturam universos distintos, resultando em colecionáveis que contam uma história e carregam o prestígio de todos os envolvidos, o que naturalmente eleva seu apelo e seu valor de mercado.

    Art toys como investimento cultural e financeiro

    Para muitos, a aquisição de um art toy vai além do hobby e se torna um investimento. A lógica é a mesma de outros mercados de colecionáveis, como tênis raros ou obras de arte. A escassez, combinada com a crescente demanda, faz com que o valor de certas peças dispare com o tempo.

    Figuras de artistas renomados podem ser leiloadas por valores impressionantes anos após seu lançamento. Colecionadores experientes monitoram o mercado, acompanham novos talentos e buscam peças que tenham potencial de valorização, tratando seus acervos como uma carteira de ativos alternativos.

    Assim, essas pequenas figuras encapsulam grandes tendências de consumo, arte e comportamento. O que começou como um movimento de contracultura se consolidou como um mercado vibrante e global, provando que a arte pode, sim, vir em pequenas caixas.

  • Como investir o prêmio da loteria e ter uma renda passiva para sempre

    Como investir o prêmio da loteria e ter uma renda passiva para sempre

    Ganhar na loteria é o sonho de milhões de brasileiros. A cada sorteio da Lotofácil, da Quina, ou da Mega Sena, a esperança se renova. Mas o que acontece depois que a euforia de acertar os números passa? A verdade é que o bilhete premiado não é um passaporte para a felicidade, mas sim o início de uma grande responsabilidade. Transformar uma bolada inesperada em uma fonte de renda passiva para o resto da vida exige mais do que sorte: exige um plano sólido.

    O maior erro dos novos milionários é acreditar que o dinheiro é infinito. Impulsionados pela emoção, muitos gastam de forma impulsiva, compram bens que geram altos custos de manutenção e acabam perdendo tudo em poucos anos. O caminho para a verdadeira liberdade financeira começa com calma e discrição. É fundamental a construção de uma estratégia de investimentos inteligente, capaz de proteger o patrimônio e gerar rendimentos constantes.

    Os primeiros passos para não perder o prêmio

    A primeira atitude após confirmar o prêmio deve ser o silêncio. Evite contar a novidade para muitas pessoas, pois a notícia pode atrair atenção indesejada, pedidos de dinheiro e falsas oportunidades de negócio. O sigilo é seu maior aliado neste momento inicial. Procure a assessoria de profissionais de confiança, como advogados e planejadores financeiros, para orientar sobre os aspectos legais e a melhor forma de estruturar seu novo patrimônio.

    Leia: Mega-Sena 2903: confira quanto rende o prêmio de R$ 65 milhões

    Antes de pensar em como gastar, é fundamental quitar todas as dívidas existentes. Livrar-se de juros de cartão de crédito, financiamentos e empréstimos é o primeiro grande investimento que você fará. Essa limpeza financeira libera fluxo de caixa e proporciona uma base sólida para começar a construir sua carteira de renda passiva. Resistir à tentação de pedir demissão imediatamente também é uma atitude prudente. Manter a rotina por um tempo ajuda a processar a mudança e a tomar decisões com mais clareza.

    Montando a carteira de investimentos para a vida toda

    O segredo para fazer o dinheiro trabalhar para você está na diversificação. Jamais coloque todo o prêmio em um único tipo de aplicação. O ideal é dividir o valor em diferentes categorias de ativos, equilibrando segurança e potencial de rentabilidade. Uma carteira bem estruturada funciona como um time, onde cada jogador tem uma função específica para garantir o resultado final: uma renda perpétua.

    Uma parte significativa do dinheiro, talvez entre 50% e 60%, deve ser alocada em renda fixa. Títulos do Tesouro Direto, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+, além de CDBs de bancos de primeira linha, formam o alicerce da sua segurança. Eles oferecem previsibilidade, baixo risco e protegem seu poder de compra contra a inflação. É essa fatia do patrimônio que garantirá a estabilidade necessária para viver com tranquilidade.

    Para buscar crescimento e aumentar os rendimentos mensais, uma parte do capital deve ser destinada à renda variável. Ações de empresas consolidadas, conhecidas por pagarem bons dividendos, são uma excelente opção. Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) também se destacam, pois distribuem rendimentos mensais isentos de imposto de renda, como se você recebesse aluguéis de diversos imóveis sem a dor de cabeça de administrá-los.

    Por fim, considerar uma pequena parcela para investimentos no exterior é uma estratégia sofisticada de proteção. Aplicar em ativos dolarizados ajuda a proteger seu patrimônio das instabilidades da economia brasileira e das variações do câmbio. Essa diversificação geográfica funciona como um seguro para sua fortuna.

    Quanto é possível receber por mês?

    A grande questão é: qual será o valor da renda passiva? Uma regra conservadora e amplamente utilizada no planejamento financeiro sugere uma taxa de retirada segura. Com uma carteira bem diversificada, é possível obter um rendimento líquido real, já descontada a inflação, que permite retiradas mensais sem consumir o valor principal do prêmio.

    Por exemplo, sobre um prêmio de R$ 20 milhões, uma estratégia de investimentos segura pode gerar uma renda mensal líquida de R$ 80 mil a R$ 100 mil. Esse cálculo permite que o montante principal não apenas se mantenha, mas continue crescendo ao longo do tempo graças ao efeito dos juros compostos. Reinvestir parte dos rendimentos é o que garante que a fonte de dinheiro não se esgote, beneficiando até mesmo as futuras gerações.

    É essencial criar um novo orçamento familiar baseado nessa renda passiva, e não no valor total do prêmio. Definir objetivos claros, como a compra de um imóvel, viagens ou a educação dos filhos, ajuda a direcionar os gastos de forma consciente.

  • Famosos brasileiros que já serviram o exército, e você não faz ideia

    Famosos brasileiros que já serviram o exército, e você não faz ideia

    Muitos não imaginam que, antes de alcançarem o estrelato, diversas personalidades da TV, da música e dos esportes também passaram pelas Forças Armadas.

    As histórias, que vão desde paraquedistas a soldados que já eram campeões do mundo, revelam um lado pouco conhecido de figuras públicas que marcam gerações.

    Silvio Santos

    Um dos maiores comunicadores da história da televisão brasileira, Senor Abravanel, o Silvio Santos, serviu o Exército na Escola de Paraquedistas, no Rio de Janeiro.

    Sua passagem pelas Forças Armadas ocorreu no início da década de 1950, um período em que ele já buscava seu espaço como comunicador.

    A experiência como paraquedista era frequentemente lembrada pelo próprio apresentador como uma fase de grande aprendizado e disciplina.

    Durante o serviço militar, ele precisava conciliar a rotina do quartel com seu trabalho na Rádio Guanabara. O alistamento colocou à prova a agilidade e a capacidade de improviso, marcas de sua carreira.

    Para conseguir chegar a tempo ao trabalho após o expediente no quartel, Silvio Santos precisava ser um dos primeiros a saltar do caminhão que levava a tropa de volta à base.

    Pelé

    Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, já era uma estrela mundial quando se alistou. Em 1959, um ano após conquistar a Copa do Mundo na Suécia, o Rei do Futebol se apresentou ao 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado, em Santos. Ele ficou conhecido como o “Soldado 201”.

    Sua presença no quartel transformou a rotina do local. Mesmo sendo um campeão do mundo, Pelé participou de todas as atividades, desde faxinas a treinamentos de tiro.

    Famosos brasileiros que você não sabia que já serviram o exército
    Pelé, aos 18 anos, quando era recruta no 6º Grupo de Artilharia de Costa Motorizada, em Santos (Foto: reprodução)

    Ao mesmo tempo, ele continuava a defender o Santos e a Seleção Brasileira. Recebeu licenças especiais para participar de jogos importantes.

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    A passagem de Pelé pelas Forças Armadas foi usada como um exemplo de civismo e patriotismo. Ele disputou campeonatos militares e ajudou a equipe do Exército a conquistar títulos.

  • Vestibular seriado da UFMG: tudo sobre a nova forma de entrar na federal

    Vestibular seriado da UFMG: tudo sobre a nova forma de entrar na federal

    A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) inaugurou uma nova era em seu processo de seleção de estudantes. A instituição lançou seu aguardado vestibular seriado, uma modalidade de ingresso que distribui a avaliação ao longo dos três anos do ensino médio.

    As inscrições para a primeira etapa, destinada a alunos do 1º ano, já estão abertas, marcando o início de uma transição que culminará com a primeira turma ingressando por esse sistema em 2028.

    Essa nova forma de acesso à universidade surge como uma alternativa ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    O objetivo é oferecer um caminho menos concentrado e que valorize o conhecimento construído gradualmente pelo estudante, diminuindo a pressão de uma prova única e decisiva ao final da jornada escolar.

    Como funciona o vestibular seriado?

    O processo é estruturado em três avaliações anuais e consecutivas. Ao final de cada série do ensino médio, o candidato inscrito realiza uma prova com conteúdo correspondente àquele período letivo.

    Dessa forma, quem está no 1º ano faz a prova referente aos temas estudados nesse ano, e assim por diante no 2º e 3º anos. A participação em todas as etapas é obrigatória para compor a nota final.

    A nota que definirá a classificação do candidato para o curso desejado será a soma do desempenho obtido nas três provas. A ideia é que o resultado reflita a trajetória do estudante, incentivando um ritmo de estudo contínuo e aprofundado.

    A primeira prova para os alunos do 1º ano está programada para o final do ano letivo de 2025, dando início ao ciclo que se completa em 2026.

    As provas serão compostas por questões objetivas de múltipla escolha, abrangendo as áreas de conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

    O edital detalha os componentes curriculares de cada etapa, permitindo que os estudantes se preparem de maneira focada e direcionada para o que realmente será cobrado a cada ano.

    Quem pode participar?

    Neste primeiro momento, o vestibular seriado da UFMG é voltado exclusivamente para estudantes que estão cursando o 1º ano do ensino médio em 2025.

    A inscrição para a primeira etapa é o passo inicial e indispensável para quem deseja concorrer a uma vaga por essa modalidade. Alunos que já estão no 2º ou 3º ano não poderão participar, pois o sistema exige a realização sequencial das três provas.

    A adesão é voluntária. O estudante que optar por não participar do processo seriado ainda poderá tentar o ingresso na UFMG por meio do Sisu, que continuará sendo a principal porta de entrada da universidade. A nova modalidade funciona como um caminho adicional, ampliando as oportunidades para os futuros universitários.

    As inscrições devem ser realizadas diretamente no portal da Copeve, a comissão responsável pelos vestibulares da UFMG.

    É fundamental que os interessados leiam o edital com atenção para conferir prazos, documentação necessária e os procedimentos para solicitação de isenção da taxa de inscrição, caso se enquadrem nos critérios.

    Reitora da UFMG: “Orçamento para universidade não é gasto, é investimento”

    Cálculo da nota e vagas

    A nota final do candidato será calculada a partir da pontuação acumulada nas três etapas. Cada prova anual terá um peso específico na composição do resultado, com a avaliação do 3º ano tendo maior relevância.

    Essa ponderação visa valorizar a maturidade e o conhecimento consolidado do estudante na fase final do ensino médio.

    A UFMG destinará um percentual de suas vagas para o processo seriado a partir do ingresso de 2028. A quantidade exata de vagas por curso ainda será definida e divulgada nos editais futuros, mas a universidade já sinalizou que a implementação será gradual.

    A escolha do curso só acontecerá no terceiro e último ano do processo, quando o candidato consolidar sua nota final.

    A política de cotas também será aplicada ao vestibular seriado, garantindo a reserva de vagas para candidatos de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.

    Os critérios seguirão a legislação federal e as normativas da própria universidade, promovendo a inclusão e a diversidade no acesso ao ensino superior público.

    Quais as vantagens do novo formato?

    A implementação do vestibular seriado traz uma série de benefícios tanto para os estudantes quanto para o processo seletivo. A principal vantagem é a diluição da pressão, que deixa de se concentrar em um único exame ao final de três anos de estudo.

    A avaliação contínua permite um diagnóstico mais fiel do aprendizado do aluno.

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    Outros pontos positivos do modelo incluem:

    • Conteúdo contextualizado: As provas cobram apenas o que foi visto no ano corrente, facilitando a preparação e evitando o acúmulo de matérias.
    • Estímulo ao estudo constante: O formato incentiva o aluno a manter uma rotina de dedicação desde o primeiro ano, combatendo a ideia de que a preparação começa apenas no “terceirão”.
    • Menor peso do fator emocional: Um dia ruim ou um problema de saúde no dia da prova única pode comprometer anos de esforço. No modelo seriado, um desempenho abaixo do esperado em uma etapa pode ser compensado nas seguintes.
    • Aproximação com a universidade: O processo cria um vínculo precoce entre o estudante do ensino médio e a UFMG, familiarizando-o com os processos seletivos da instituição.

  • Cidades brasileiras onde o ônibus já é de graça; veja a lista

    Cidades brasileiras onde o ônibus já é de graça; veja a lista

    Enquanto Belo Horizonte e outras grandes capitais debatem a viabilidade da “Tarifa Zero”, a gratuidade no transporte público já é uma realidade para milhões de brasileiros em cerca de 100 cidades do país.

    A medida, que elimina a cobrança de passagem nos ônibus municipais, deixa de ser uma proposta para se tornar uma política pública consolidada em municípios de diferentes portes e perfis econômicos.

    Dessa maneira, o modelo se apresenta como uma ferramenta de inclusão social, desenvolvimento econômico e planejamento urbano.

    A iniciativa permite que os cidadãos acessem com mais facilidade serviços de saúde, educação, oportunidades de trabalho e lazer e movimenta a economia local ao reduzir a dependência do transporte individual motorizado.

    Como funciona a Tarifa Zero na prática?

    A pergunta mais comum sobre a gratuidade é: quem paga a conta? O custo do serviço não desaparece, apenas muda de mãos. Em vez de ser financiado diretamente pelo passageiro no momento do embarque, toda a sociedade custeia o serviço, por meio do orçamento municipal.

    Os modelos de financiamento variam. Algumas prefeituras utilizam recursos de fundos específicos, como os de desenvolvimento urbano, enquanto outras realocam verbas de impostos, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ISS (Imposto Sobre Serviços), por exemplo.

    A ideia central é tratar o transporte como um serviço essencial, assim como a saúde e a educação, cujo acesso não deve ser limitado pela capacidade de pagamento do indivíduo.

    Leia: Tarifa Zero em BH aumentaria folha salarial em menos de 1%, diz estudo

    Para que funcione, a implementação exige um planejamento detalhado da prefeitura. É preciso calcular o custo total da operação, incluindo manutenção da frota, combustível e salários dos funcionários, para então definir a fonte de receita que cobrirá essa despesa de forma sustentável ao longo do tempo.

    Quais os impactos da gratuidade no transporte?

    Os resultados observados nas cidades que adotaram a Tarifa Zero são significativos e se manifestam em diversas áreas. Por exemplo, o primeiro e mais imediato é o aumento expressivo no número de passageiros, o que indica uma demanda reprimida pelo serviço, antes limitada pelo custo da passagem.

    Os principais benefícios relatados pelos municípios são:

    • Estímulo à economia local: com mais dinheiro no bolso, os moradores tendem a consumir mais no comércio da cidade. A facilidade de deslocamento também incentiva as pessoas a frequentarem diferentes regiões, distribuindo a atividade econômica.
    • Inclusão social: a gratuidade garante o direito de ir e vir ao permitir que a população de baixa renda o acesso a empregos, serviços públicos e eventos culturais que antes eram inviáveis.
    • Redução do trânsito e da poluição: ao tornar o transporte coletivo mais atraente, a medida incentiva motoristas a deixarem seus veículos em casa. Isso resulta em menos congestionamentos e acidentes e melhoria na qualidade do ar.

    Contudo, a implementação também apresenta desafios. O principal é a sustentabilidade financeira a longo prazo, que exige uma gestão fiscal responsável por parte do poder público.

    Além disso, outro ponto de atenção é a necessidade de adequar a frota e a frequência das linhas para atender ao aumento da demanda. Isso para garantir que a qualidade do serviço não seja comprometida.

    Cidades brasileiras com transporte público gratuito

    O mapa da Tarifa Zero no Brasil é diversificado e inclui desde pequenos municípios até cidades de médio porte com economias robustas.

    A lista cresce a cada ano, o que mostra como o modelo é adaptável a diferentes realidades locais. A cidade de São Caetano do Sul (SP), com mais de 160 mil habitantes, se tornou em 2023 o maior município do país a oferecer o benefício, em termos populacionais.

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    Confira algumas cidades que já implementaram a “Tarifa Zero”:

    • Maricá (RJ): pioneira entre as cidades de porte médio, oferece os famosos “vermelhinhos” desde 2014, com uma frota operada pela própria prefeitura.
    • São Caetano do Sul (SP): é o maior e mais recente exemplo de sucesso, com a gratuidade implementada para todos os passageiros por meio de um cartão específico.
    • Caucaia (CE): na região metropolitana de Fortaleza, adotou o programa “Bora de Graça”, se tornando uma das maiores cidades do Nordeste com o benefício.
    • Vargem Grande Paulista (SP): adotou a Tarifa Zero em 2019 e se tornou um caso de referência ao registrar forte aumento no uso do transporte coletivo e aquecimento do comércio.
    • Ibirité (MG): na região metropolitana de Belo Horizonte, o programa “Tarifa Zero, Ibirité” começou a operar em 2023, servindo de exemplo prático para a capital.

    Leia também: Como Ibirité conseguiu zerar o preço da passagem de ônibus

    E mais: Tarifa zero de ônibus em Ibirité aumenta demanda e reclamações

    • Paranaguá (PR): importante cidade portuária, também implementou a gratuidade total, facilitando o deslocamento de trabalhadores e moradores.
  • Leis bizarras pelo mundo que continuam valendo e vão te surpreender

    Leis bizarras pelo mundo que continuam valendo e vão te surpreender

    Você já imaginou receber uma multa por dar descarga no vaso sanitário tarde da noite? Ou conviver com uma regra que impeça a compra de um simples chiclete em uma viagem internacional? Embora pareçam situações retiradas de um roteiro de comédia, leis como essas existem e continuam em vigor em diferentes partes do mundo e surpreendem turistas e até mesmo os próprios moradores.

    Essas leis, muitas vezes criadas em contextos específicos, se tornam curiosidades legislativas. Elas revelam muito sobre a cultura, os valores e as preocupações de uma sociedade em um determinado período. De normas para garantir o sossego a regras para manter a limpeza urbana, o resultado é um conjunto de textos que desafiam a lógica moderna e configuram boas histórias.

    Leis para o bem-estar coletivo

    Muitas das leis mais inusitadas nasceram de uma preocupação genuína com a convivência em comunidade. Na Suíça, por exemplo, se leva a paz e o silêncio a sério. Em muitos prédios, regulamentos internos proíbem dar descarga, tomar banho ou usar a máquina de lavar depois das 22h para não perturbar os vizinhos. A regra não é uma lei nacional, mas uma norma condominial comum e que pode gerar advertências.

    Em Singapura, a limpeza é uma obsessão nacional. Desde 1992, se proíbe a importação e a venda de chicletes no país. A medida veio para eliminar os custos com a limpeza de gomas de mascar descartadas em locais públicos, como calçadas e trens. A exceção fica por conta de chicletes com fins terapêuticos, como os de nicotina, que só podem ser comprados em farmácias.

    Além disso, na Itália, a cidade de Veneza luta contra a superpopulação de pombos, que causam danos aos monumentos históricos. Para controlar a situação, uma lei municipal de 2007 proibiu a alimentação das aves na Praça de São Marcos e em seus arredores. Quem for pego desrespeitando a norma pode receber uma multa salgada, que serve como um lembrete do custo de manter o patrimônio preservado.

    Regras que protegem os animais

    O respeito aos animais também inspira leis curiosas. A cidade de Turim, também na Itália, por exemplo, mantém uma lei que obriga donos de cães a passear com seus pets pelo menos três vezes ao dia. A legislação, que visa garantir o bem-estar animal, prevê multas para quem não cumprir a exigência. 

    Já na Suíça, a legislação vai além e considera crime manter apenas um porquinho-da-índia. Como são animais sociais que sofrem com a solidão, a lei federal de proteção animal exige que eles sejam mantidos em pares ou grupos. Existem até serviços de “aluguel” de porquinhos-da-índia para fazer companhia a um animal que ficou viúvo, evitando que seu dono infrinja a lei.

    Na França, uma lei que data da época de Napoleão Bonaparte proíbe o batismo de qualquer porco com o nome do imperador. Embora se debata a origem exata da norma, acredita-se que ela foi criada para proteger a honra e a imagem do líder francês. Mesmo que a fiscalização seja praticamente inexistente hoje, nunca se revogou formalmente o texto.

    Tradições e costumes que viraram lei

    Algumas proibições estão enraizadas em tradições e costumes antigos. No Reino Unido, uma lei de 1986, chamada “Salmon Act”, torna ilegal “manusear um salmão em circunstâncias suspeitas”. O objetivo foi combater a pesca ilegal e a venda de peixes roubados. Embora soe vaga, a intenção era dar às autoridades uma ferramenta para investigar a origem do pescado.

    Ainda na Inglaterra, é tecnicamente ilegal morrer dentro do Palácio de Westminster, sede do Parlamento Britânico. A razão é que o local tem o status de palácio real, e qualquer pessoa que morra ali teria direito a um funeral de Estado, um evento caro e complexo. Por isso, se alguém passa mal no local, é rapidamente levado para um hospital próximo para que o eventual óbito não seja declarado no palácio.

    No Canadá, uma lei monetária limita a quantidade de moedas que podem ser usadas em uma única transação. O “Currency Act” de 1985 estipula, por exemplo, que não se pode pagar mais de 25 dólares usando apenas moedas de um dólar. A medida foi pensada para evitar transtornos no comércio e garantir a fluidez das transações financeiras.

    Leis locais com efeitos curiosos

    Muitas das regras mais estranhas são encontradas em níveis estaduais ou municipais. No estado do Arizona, nos Estados Unidos, uma lei proíbe que burros durmam em banheiras. A norma surgiu nos anos 1920, após um rancheiro ter o costume de deixar seu burro dormir em uma banheira antiga. Um dia, uma inundação repentina arrastou a banheira com o animal, exigindo um grande esforço da comunidade para o resgate.

    Em Connecticut, também nos EUA, para ser considerado oficialmente um picles, o alimento deve quicar. A lei surgiu em 1948, quando dois produtores de picles foram presos por venderem produtos impróprios para o consumo. Na investigação, as autoridades estabeleceram que um picles de qualidade deveria saltar ao ser solto de uma altura de um pé (cerca de 30 centímetros). A regra virou um padrão de qualidade local.

    Na Austrália, no estado de Victoria, é proibido trocar uma lâmpada se você não for um eletricista licenciado. A lei visa garantir a segurança e evitar acidentes domésticos. Desrespeitar a norma pode resultar em multa. Embora a fiscalização em residências seja difícil, a regra se aplica rigorosamente em ambientes comerciais e alugados.

  • Alistamento militar: 5 carreiras que você pode seguir nas Forças Armadas

    Alistamento militar: 5 carreiras que você pode seguir nas Forças Armadas

    Para muitos, o que começa como uma obrigação cívica pode se transformar em uma carreira sólida e respeitada, com estabilidade e oportunidades de desenvolvimento profissional que vão muito além do treinamento básico de combate. As Forças Armadas, compostas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, oferecem um leque de possibilidades.

    A vida militar abrange setores como saúde, tecnologia e engenharia. Cada uma delas possui requisitos próprios, com processos seletivos que avaliam desde o condicionamento físico até a capacidade intelectual dos candidatos.

    Transformar o alistamento em um projeto de vida é uma decisão que exige preparo e conhecimento sobre as áreas de atuação disponíveis. Seguir uma carreira militar significa ingressar por meio de concursos públicos e escolas de formação específicas, um caminho diferente do serviço inicial obrigatório.

    5 carreiras que você pode seguir nas Forças Armadas

    1. Área da saúde

    Profissionais de saúde são essenciais para o bem-estar da tropa e para missões humanitárias. As Forças Armadas mantêm hospitais, clínicas e postos médicos em todo o território nacional, além de participarem de operações de ajuda em catástrofes naturais e em missões de paz internacionais.

    A demanda por médicos, dentistas, farmacêuticos, enfermeiros e veterinários é constante.

    O ingresso para quem já possui diploma de nível superior ocorre por meio de concursos públicos específicos para cada área. Após a aprovação, o profissional passa por um curso de adaptação militar e se torna oficial, combinando sua especialidade técnica com as responsabilidades e a hierarquia da vida na caserna.

    É uma oportunidade de exercer a profissão com estabilidade e um propósito de servir ao país.

    2. Engenharia militar

    A engenharia é um dos pilares das Forças Armadas, responsável por projetos de infraestrutura que beneficiam tanto o setor de defesa quanto a sociedade civil.

    Engenheiros militares atuam na construção de estradas, pontes, ferrovias, aeroportos e barragens, especialmente em regiões remotas e de difícil acesso no Brasil.

    Para seguir essa carreira, os principais caminhos são o Instituto Militar de Engenharia (IME), no Exército, e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), na Aeronáutica.

    Ambos são conhecidos por seus vestibulares concorridos e pela excelência acadêmica. O profissional formado nessas instituições desenvolve projetos estratégicos, desde a criação de sistemas de defesa até a cooperação em grandes obras de desenvolvimento nacional.

    3. Tecnologia da Informação e Comunicações

    Em um mundo cada vez mais conectado, a segurança da informação é uma prioridade. As Forças Armadas investem pesado em tecnologia para proteger suas redes, desenvolver sistemas de comunicação e atuar no campo da guerra cibernética.

    Profissionais de TI são cruciais para garantir a soberania digital e a eficiência das operações militares.

    Especialistas em análise de sistemas, segurança de redes e desenvolvimento de software encontram um campo fértil para aplicar seus conhecimentos. O trabalho envolve desde a proteção de dados sigilosos até a criação de tecnologias para comunicação em campo.

    O ingresso pode ocorrer por concursos para oficiais com formação na área ou por meio de escolas de formação que oferecem especialização em comunicações.

    As Forças Armadas, compostas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, oferecem um leque de possibilidades (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

    4. Logística e Suprimentos

    Nenhuma operação militar funciona sem uma logística eficiente. Essa área é o cérebro que planeja e executa o transporte de tropas, equipamentos, armamentos, alimentos e medicamentos. O profissional de logística garante que tudo esteja no lugar certo e na hora certa, seja em um treinamento de rotina ou em uma missão real.

    A carreira logística envolve a gestão de estoques, o planejamento de rotas de transporte (terrestre, aéreo e marítimo) e a manutenção de frotas e materiais.

    É uma área estratégica que exige grande capacidade de organização e planejamento. As escolas de formação de oficiais e sargentos oferecem cursos específicos para quem deseja atuar nesse setor fundamental para o sucesso de qualquer missão.

    5. Aviação Militar

    A carreira de aviador militar é uma das mais desejadas e representa o ápice da tecnologia e da precisão nas Forças Armadas. Atuando na Força Aérea, na Marinha ou no Exército, os pilotos são responsáveis por missões de defesa do espaço aéreo, patrulha de fronteiras, transporte de tropas e equipamentos, além de operações de busca e salvamento.

    O principal caminho para se tornar piloto é a Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), que forma oficiais aviadores. Além dos pilotos, a aviação militar necessita de uma equipe de apoio altamente qualificada, incluindo controladores de tráfego aéreo e mecânicos de aeronaves, com formação em escolas específicas.

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    A carreira exige dedicação, estudo contínuo e paixão por desafios complexos e dinâmicos.

  • Como a TV Manchete marcou a história da televisão no Brasil

    Como a TV Manchete marcou a história da televisão no Brasil

    A recente notícia sobre a morte de Nobuo Yamada, a voz por trás das canções de abertura de “Os Cavaleiros do Zodíaco”, trouxe de volta a memória de uma era transformadora da televisão brasileira. Foi na tela da TV Manchete que uma geração inteira ouviu pela primeira vez os acordes de “Pegasus Fantasy”, marcando o início de uma febre que mudaria para sempre o consumo de animações japonesas no país.

    Fundada em 5 de junho de 1983 por Adolpho Bloch, a emissora nasceu com a promessa de ser um padrão de qualidade, inspirada no slogan “A televisão do ano 2000”. Com investimentos robustos em equipamentos de ponta e uma programação ousada, a Manchete rapidamente se posicionou como uma alternativa forte no cenário televisivo, desafiando a hegemonia de outras redes e construindo um legado que perdura até hoje.

    A revolução das novelas e minisséries

    Desde o início, a TV Manchete buscou se diferenciar pela qualidade de suas produções dramatúrgicas. Com cenários grandiosos, fotografia cinematográfica e roteiros que fugiam do convencional, o canal lançou obras que se tornaram clássicos. A minissérie “Marquesa de Santos”, estrelada por Maitê Proença, foi um dos primeiros grandes sucessos, destacando-se pelo apuro histórico e pela produção cuidadosa.

    Contudo, foi com “Pantanal”, em 1990, que a emissora alcançou um patamar inédito de popularidade. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela quebrou paradigmas ao explorar as paisagens exuberantes do Mato Grosso do Sul, com uma narrativa lenta e contemplativa. As cenas de nudez, tratadas com naturalidade, e a trama envolvente fizeram a audiência disparar, chegando a ameaçar a liderança histórica da Globo no horário nobre.

    O sucesso abriu caminho para outras produções memoráveis, como “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, uma novela itinerante que percorreu o Brasil, e “Dona Beija”, que também causou impacto por sua abordagem sensual e ousada para a época. A Manchete provou que era possível fazer teledramaturgia de alta qualidade fora dos estúdios do Projac.

    A casa dos heróis japoneses no Brasil

    Enquanto as novelas conquistavam o público adulto, a programação infantil da Manchete criava uma legião de fãs fiéis. O “Clube da Criança”, inicialmente apresentado por Xuxa e depois por Angélica, foi o palco para a estreia de um fenômeno que definiria a cultura pop dos anos 90: os animes e tokusatsus.

    Foi a Manchete que exibiu pela primeira vez séries como “Jaspion”, “Changeman”, “Flashman” e “Jiraiya”. Esses heróis japoneses, com suas armaduras coloridas, monstros gigantes e batalhas coreografadas, eram uma novidade absoluta para o público infantil brasileiro, acostumado principalmente com desenhos americanos. A aceitação foi imediata e avassaladora.

    Em 1994, a emissora deu seu passo mais ousado nesse nicho ao estrear “Os Cavaleiros do Zodíaco”. A história de Seiya e seus amigos, que lutavam para proteger a deusa Atena, tornou-se uma febre nacional. O sucesso foi tão grande que a animação dominou a grade, sendo exibida em diversos horários e impulsionando um mercado gigantesco de brinquedos, revistas e outros produtos licenciados. A Manchete se consolidou como a porta de entrada dos animes no Brasil, abrindo caminho para que outros canais investissem no formato.

    Jornalismo e a cobertura de eventos marcantes

    O DNA jornalístico do Grupo Bloch também se refletia na programação da TV Manchete. O “Jornal da Manchete” era conhecido por sua longa duração, formato analítico e cobertura internacional aprofundada, servindo como contraponto ao estilo mais direto de seus concorrentes. A emissora também se destacou na cobertura de grandes eventos.

    O carnaval era um dos carros-chefes do canal. Com transmissões grandiosas diretamente do Sambódromo do Rio de Janeiro, a Manchete investia em tecnologia, como o uso de dirigíveis para imagens aéreas, e em uma abordagem que valorizava o espetáculo das escolas de samba. Por muitos anos, a emissora foi líder de audiência nesse período, tornando-se referência nas transmissões da folia carioca.

    Além disso, a Manchete produziu documentários e programas especiais de alta qualidade, explorando temas que iam da natureza à política, sempre com uma estética visual apurada que era marca registrada da emissora.

    O declínio e o fim de um sonho

    Apesar do sucesso e da inovação, a trajetória da TV Manchete foi marcada por crises financeiras recorrentes. Os altos investimentos em produções e a forte concorrência levaram a um endividamento crescente. Greves de funcionários por salários atrasados se tornaram comuns nos anos 90, afetando a qualidade e a continuidade da programação.

    As tentativas de reerguer o canal não foram suficientes para reverter a situação. A venda para o grupo TeleTV, em 1999, marcou o fim da era Bloch. Após um período conturbado, a emissora saiu do ar em 10 de maio de 1999, dando lugar à RedeTV!. O encerramento das atividades deixou um vácuo e uma sensação de perda para o público que se acostumou com sua programação diferenciada.

    O legado da TV Manchete, no entanto, é inegável. A memória afetiva que ela construiu garante que, mesmo décadas após seu fim, a emissora continue viva na lembrança de milhões de brasileiros.

  • O novo mirante de BH que tem a vista mais bonita da cidade; veja onde

    O novo mirante de BH que tem a vista mais bonita da cidade; veja onde

    Belo Horizonte pulsa com uma energia renovada, especialmente com a proximidade da quarta edição da Festa da Luz, que promete iluminar o baixo centro da cidade a partir do dia 14 de agosto. Em meio à expectativa pelo festival de arte e tecnologia, moradores e turistas buscam por experiências que capturem a essência da capital mineira. E um local, em particular, tem se destacado como o ponto de encontro perfeito para sentir essa vibração.

    Trata-se do Mirante da Rua Sapucaí, no bairro Floresta. Embora não seja exatamente novo, o espaço passou por uma revitalização que o transformou no lugar mais procurado da cidade para assistir ao pôr do sol. A combinação de arte urbana, vista panorâmica do centro e uma atmosfera descontraída o consolidou como o programa ideal antes de mergulhar nas instalações luminosas do festival.

    Uma galeria de arte a céu aberto com vista privilegiada

    O que torna a Rua Sapucaí única é a sua capacidade de ser, ao mesmo tempo, um mirante e uma galeria de arte a céu aberto. De um lado da rua, uma mureta se abre para uma das vistas mais icônicas de Belo Horizonte. É possível ver o Viaduto Santa Tereza, os prédios do centro e, ao fundo, o contorno inconfundível da Serra do Curral.

    Do outro lado, as empenas cegas dos edifícios se transformaram em telas gigantes para murais coloridos e impactantes, parte do Circuito Urbano de Arte (CURA). Essa dualidade cria um cenário dinâmico. Enquanto o sol se põe sobre a paisagem urbana, a luz dourada realça as cores vibrantes dos grafites, proporcionando um espetáculo visual completo e gratuito.

    A atmosfera do local é um capítulo à parte. A rua, que passou a ser fechada para veículos, fica repleta de gente. Grupos de amigos, famílias e casais se acomodam na mureta ou em cadeiras de praia trazidas de casa, compartilhando conversas e bebidas. A trilha sonora é eclética, misturando o som ambiente da cidade com a música que escapa dos bares e restaurantes que se instalaram na via.

    O pôr do sol que virou protagonista

    O entardecer na Sapucaí virou um evento em si. O sol se esconde atrás da silhueta dos prédios do hipercentro, pintando o céu com tons de laranja, rosa e roxo. A cena é um convite à contemplação e, claro, a muitos registros fotográficos. A popularidade cresceu de forma orgânica, impulsionada pelas redes sociais, onde as fotos do pôr do sol com os murais ao fundo se tornaram um símbolo da BH contemporânea.

    Essa fama espontânea atraiu novos empreendimentos para a rua. Bares com varandas e rooftops oferecem uma experiência mais confortável para quem deseja apreciar a vista com um bom drink e petiscos. Essa movimentação solidificou a Sapucaí não apenas como um ponto de passagem, mas como um destino consolidado para o lazer na cidade.

    A experiência é democrática. É possível gastar pouco, levando a própria bebida, ou optar pelo serviço dos estabelecimentos locais. O importante é a vivência coletiva de apreciar a beleza da cidade se transformando com a chegada da noite, um momento que conecta as pessoas ao ritmo urbano de uma forma poética.

    Conexão direta com a Festa da Luz

    A localização da Rua Sapucaí é estratégica para quem planeja visitar a Festa da Luz. Situada a poucos metros do Viaduto Santa Tereza, um dos pontos centrais do festival, ela funciona como um aquecimento perfeito para o evento principal. A sugestão é clara: chegue à Sapucaí no fim da tarde, encontre um bom lugar e curta o pôr do sol.

    Quando a noite cair e as luzes da cidade se acenderem, basta uma curta caminhada para descer em direção à Praça da Estação, à Rua Aarão Reis e a outros pontos do baixo centro que abrigarão as instalações artísticas. Ver a cidade do alto, no mirante, e depois mergulhar em suas ruas iluminadas pela arte cria uma narrativa coesa e uma imersão completa na proposta do festival.

    A Festa da Luz, em sua essência, busca ressignificar o espaço urbano através da luz e da tecnologia. O Mirante da Sapucaí, com sua vista e sua arte, oferece um prelúdio perfeito para essa jornada, mostrando a beleza da cidade sob a luz natural antes que ela seja transformada pela luz artificial das obras de arte.

    Dicas para aproveitar o Mirante da Sapucaí

    • Como chegar: A rua fica no bairro Floresta, com acesso fácil a pé a partir do centro. Para quem vai de transporte público, diversas linhas de ônibus passam pela Avenida do Contorno, nas proximidades. Carros de aplicativo também são uma opção prática.
    • Melhor horário: Chegue por volta das 16h30 para garantir um bom lugar e acompanhar toda a transformação do céu durante o pôr do sol.
    • Estrutura: A rua conta com vários bares e restaurantes. Nos fins de semana, é comum a presença de vendedores ambulantes. Banheiros químicos costumam ser instalados quando a via está fechada para veículos.
    • Leve o essencial: Se a ideia é curtir na mureta, uma canga ou cadeira de praia pode oferecer mais conforto. Não se esqueça da câmera ou do celular para registrar o momento.

    Em uma capital que se reinventa constantemente, o Mirante da Sapucaí oferece mais do que uma bela vista. Ele é um convite para observar e participar ativamente do pulso criativo de Belo Horizonte.

  • BH de graça: 10 passeios incríveis na capital mineira sem gastar nada

    BH de graça: 10 passeios incríveis na capital mineira sem gastar nada

    A efervescência da Festa da Luz, que promete iluminar o baixo centro de Belo Horizonte, acende também uma curiosidade: o que mais a capital mineira oferece sem que seja preciso colocar a mão no bolso? A boa notícia é que a cidade vai muito além dos eventos sazonais e guarda um acervo de experiências culturais, históricas e de lazer com acesso totalmente gratuito.

    Explorar Belo Horizonte com o orçamento limitado não significa abrir mão da diversão e do conhecimento. Pelo contrário, é uma oportunidade para descobrir a alma da cidade em seus espaços públicos, parques e centros culturais que mantêm as portas abertas para todos. Montamos um roteiro com dez destinos imperdíveis que provam que o melhor de BH pode, sim, ser de graça.

    Roteiro completo: 10 passeios gratuitos em Belo Horizonte

    1. Circuito Liberdade
    2. O coração cultural da cidade pulsa na Praça da Liberdade. O antigo centro administrativo do estado se transformou em um dos maiores complexos culturais do país. Edifícios históricos agora abrigam espaços como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o Memorial Minas Gerais Vale e o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal.

      Cada um desses locais oferece exposições permanentes e temporárias de arte, história e ciência. É possível passar um dia inteiro percorrendo os prédios e seus jardins sem gastar um centavo. A arquitetura por si só já vale a visita, em uma viagem que vai do neoclássico ao pós-moderno.

    3. Parque Municipal Américo Renné Giannetti
    4. Inaugurado antes mesmo da própria cidade, o Parque Municipal é um refúgio verde no hipercentro de Belo Horizonte. Seus 182 mil metros quadrados abrigam uma vegetação diversificada, lagos, coreto e espaços para piquenique e descanso. É o local ideal para uma pausa na agitação urbana.

      Caminhar por suas alamedas arborizadas, observar os patos na lagoa ou simplesmente sentar em um banco para ler um livro são atividades que renovam as energias. O parque também sedia eventos culturais gratuitos com frequência, especialmente nos fins de semana, tornando-se um ponto de encontro para famílias e amigos.

    5. Mercado Central
    6. Entrar no Mercado Central é uma imersão nos sabores, cores e sons de Minas Gerais. Embora as compras tenham seu custo, passear pelos corredores é uma experiência sensorial gratuita e inesquecível. São mais de 400 lojas que vendem de queijos e cachaças a artesanato e ervas medicinais.

      O simples ato de caminhar pelo mercado, observar a movimentação e conversar com os comerciantes já é um programa completo. É a oportunidade de sentir o ritmo da cidade e entender por que a gastronomia mineira é tão celebrada. A arquitetura do prédio, com seu vão livre central, também impressiona.

    7. Praça do Papa e Mirante das Mangabeiras
    8. Para ter uma vista panorâmica de Belo Horizonte, a Praça do Papa é o destino certo. Localizada em um ponto elevado da cidade, aos pés da Serra do Curral, a praça oferece um cenário perfeito para fotos e momentos de contemplação. O nome é uma homenagem à visita do papa João Paulo II em 1980.

      A poucos metros dali, o Mirante das Mangabeiras complementa o passeio com uma vista ainda mais ampla. É um lugar para entender a geografia da capital, cercada por montanhas. O pôr do sol visto de lá é um espetáculo que atrai moradores e turistas todos os dias.

    9. Feira Hippie
    10. Aos domingos, a Avenida Afonso Pena se transforma na maior feira de artesanato a céu aberto da América Latina. A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades, popularmente conhecida como Feira Hippie, reúne milhares de expositores e visitantes em um programa que já virou tradição.

      Mesmo sem a intenção de comprar, caminhar pelas barracas é um passeio cultural. A diversidade de produtos, que vão de roupas e acessórios a móveis e objetos de decoração, revela a criatividade do povo mineiro. A praça de alimentação, com suas comidas típicas, completa a experiência.

    11. Palácio das Artes
    12. Principal complexo cultural do estado, o Palácio das Artes é um polo de produção e difusão artística. Administrado pela Fundação Clóvis Salgado, o espaço abriga teatros, cinemas e galerias de arte. Muitas das exposições montadas nas galerias Arlinda Corrêa Lima, Genesco Murta e Mari’Stella Tristão têm entrada franca.

      Consultar a programação é fundamental para aproveitar as mostras de artes visuais, fotografia e instalações que ocupam o local. Além disso, os jardins projetados por Burle Marx e a arquitetura modernista de Oscar Niemeyer são atrações permanentes e gratuitas.

    13. Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG
    14. Um pouco mais afastado do centro, este espaço da Universidade Federal de Minas Gerais é um programa completo para quem gosta de ciência e natureza. O museu possui um acervo rico em arqueologia, paleontologia e etnografia. O grande destaque é o Presépio do Pipiripau, uma obra de Raimundo Machado que encanta pela riqueza de detalhes e movimentos.

      A área externa conta com um Jardim Botânico e trilhas ecológicas que permitem o contato direto com a flora do Cerrado e da Mata Atlântica. É um passeio educativo e relaxante, ideal para todas as idades, que une conhecimento e ar puro.

    15. Parque das Mangabeiras
    16. Vizinho da Praça do Papa, o Parque das Mangabeiras é uma imensa reserva ambiental projetada pelo paisagista Burle Marx. Com mais de 2 milhões de metros quadrados de área verde, o parque oferece trilhas, quadras esportivas e espaços para piquenique, conhecidos como “Ilhas do Passatempo”.

      É o lugar perfeito para quem busca um contato mais intenso com a natureza sem sair da cidade. O parque abriga centenas de espécies de animais e plantas nativas do Cerrado, proporcionando uma verdadeira aula de ecologia a céu aberto.

    17. Espaço do Conhecimento UFMG
    18. De volta ao Circuito Liberdade, o Espaço do Conhecimento UFMG oferece uma abordagem diferente, focada na relação entre o ser humano e o universo. Suas exposições interativas tornam temas complexos como astronomia e arqueologia acessíveis e divertidos para o público.

      O terraço astronômico, com seus telescópios, promove observações gratuitas do céu em dias específicos, uma atividade muito procurada. O prédio também abriga um planetário, cujas sessões são pagas, mas as exposições permanentes no restante do espaço são gratuitas.

    19. Cemitério do Bonfim
    20. Pode parecer um destino incomum, mas o Cemitério do Bonfim é um verdadeiro museu a céu aberto. Fundado em 1897, é o mais antigo da cidade e guarda túmulos que são verdadeiras obras de arte, com esculturas em mármore e bronze que representam diferentes estilos arquitetônicos.

      Passear por suas ruas tranquilas é uma aula de história sobre a própria formação de Belo Horizonte. Ali estão sepultadas personalidades importantes da política e da cultura mineira. O cemitério oferece visitas guiadas gratuitas que contam essas histórias, mas a exploração por conta própria também é uma experiência rica e reflexiva.