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  • A inflação caiu, mas os preços no mercado não? Entenda essa diferença

    A inflação caiu, mas os preços no mercado não? Entenda essa diferença

    A notícia parece boa: a inflação oficial recuou. Mas na hora de passar no caixa do supermercado, a conta continua alta e a sensação é de que nada mudou. Se você se sente assim, saiba que não está sozinho e existe uma explicação clara para essa diferença entre os números do governo e o seu bolso.

    Em agosto, o índice que mede a inflação no país registrou uma queda de 0,11%, o menor resultado desde 2022. O alívio foi puxado principalmente pela redução nos custos da energia elétrica e de alguns alimentos. No entanto, uma queda na inflação não significa, necessariamente, uma queda generalizada nos preços que você paga no dia a dia.

    O que é inflação, afinal?

    Para entender essa aparente contradição, é preciso primeiro compreender o que é a inflação. De forma simples, ela é o aumento geral dos preços de produtos e serviços. Quando dizemos que a inflação “caiu”, estamos falando que a velocidade com que os preços sobem diminuiu.

    Imagine um carro que estava a 120 km/h e reduziu para 80 km/h. Ele não parou nem deu ré; apenas diminuiu o ritmo. A inflação funciona de forma parecida. Uma taxa menor indica que os preços continuam subindo, mas de maneira mais lenta do que antes.

    Para que os preços realmente caíssem, precisaríamos de um cenário de deflação, que é quando o índice de inflação fica negativo por um período prolongado. O que ocorreu em agosto foi um recuo pontual, não uma tendência de queda nos valores das mercadorias.

    Por que alguns preços caem e outros não?

    O cálculo oficial da inflação, feito pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é uma média baseada em uma “cesta” de centenas de produtos e serviços. Essa cesta inclui desde o arroz e feijão até o aluguel, passando por transporte e lazer.

    Quando um item de grande peso nessa cesta tem seu preço reduzido, como a energia elétrica, ele pode “puxar” a média geral para baixo. Isso mascara o fato de que muitos outros itens podem ter continuado a subir de preço no mesmo período.

    É por isso que sua percepção no supermercado pode ser diferente. A conta de luz pode ter barateado, mas o aluguel, a mensalidade escolar ou o cafezinho na padaria podem ter seguido o caminho inverso. A sua cesta de consumo pessoal dificilmente é igual à cesta média usada no cálculo oficial.

    O efeito da inércia nos preços

    Outro fator importante é a inércia. Os preços no varejo não respondem imediatamente às mudanças macroeconômicas. O dono do mercado, por exemplo, comprou o estoque do mês passado com o preço antigo, mais alto. Ele não vai reduzir o valor na prateleira até que consiga comprar novos produtos por um custo menor.

    Da mesma forma, muitos serviços têm seus preços reajustados anualmente, como aluguéis e planos de saúde. Esses contratos não são alterados mês a mês, o que significa que aumentos passados continuam a impactar seu orçamento por um bom tempo.

    Existe também um componente de expectativa. Empresários podem hesitar em baixar os preços com receio de que os custos voltem a subir em breve. Essa resistência ajuda a manter os valores em patamares elevados, mesmo quando alguns indicadores econômicos melhoram.

    Quando a queda chega ao bolso?

    A velocidade com que uma desaceleração da inflação é sentida pelo consumidor varia muito. Preços mais voláteis, como os de combustíveis e alimentos frescos, podem mudar rapidamente. Já os de bens industrializados e, principalmente, de serviços, demoram mais para se ajustar.

    A queda da inflação é um sinal positivo para a economia, pois indica que a escalada de preços está sendo controlada. Contudo, a tradução desse número para um alívio real e perceptível nas finanças pessoais é um processo gradual, que depende da estabilidade desse cenário ao longo de vários meses.

    Se a inflação caiu, por que o preço do pão continua subindo?

    A inflação é uma média de centenas de produtos e serviços.

    A queda no índice geral pode ter sido puxada pela energia elétrica, por exemplo.

    Enquanto isso, os custos do padeiro, como trigo e mão de obra, podem ter aumentado.

    É a sua experiência pessoal de consumo que define a sua inflação particular.

    O que é deflação e por que é diferente da queda na inflação?

    Queda na inflação, ou desinflação, significa que os preços estão subindo mais devagar.

    Um produto que subiu 10% no mês passado, agora sobe 5%. Ele continua mais caro.

    Deflação é a queda geral e contínua dos preços. O índice de inflação fica negativo.

    Embora pareça bom, a deflação prolongada pode ser prejudicial para a economia.

    Quanto tempo leva para a queda da inflação chegar ao meu bolso?

    Não há um prazo fixo, pois depende do produto ou serviço.

    Preços de combustíveis e alimentos frescos podem reagir em semanas.

    Já os custos de serviços, como aluguel e educação, são reajustados anualmente.

    Um alívio mais amplo e generalizado pode levar vários meses para ser percebido.

    A queda da inflação significa que meu poder de compra vai aumentar?

    Não necessariamente. A queda da inflação significa que seu dinheiro perde valor mais lentamente.

    Seu poder de compra só aumenta se o seu salário subir mais do que os preços.

    Se a inflação for de 5% e seu reajuste for de 3%, você ainda perde poder de compra.

    O cenário ideal é um aumento salarial acima da inflação acumulada.

  • 5 cursos técnicos que formam chefs e abrem portas no mercado gourmet

    5 cursos técnicos que formam chefs e abrem portas no mercado gourmet

    O caminho para se tornar um chef de cozinha de sucesso não depende apenas de longos e caros cursos de graduação. O mercado gourmet, aquecido e em constante busca por novos talentos, abriu uma porta mais rápida e acessível: os cursos técnicos. Eles oferecem uma formação focada na prática e em áreas específicas, preparando profissionais para entrarem rapidamente na cozinha e construírem uma carreira sólida.

    Essa valorização do ensino técnico reflete um movimento maior no país. O Governo Federal, por exemplo, planeja expandir a rede de institutos federais, o que inclui a conversão de escolas tradicionais, como a Escola Estadual Central em Minas Gerais. É um sinal claro de que a demanda por especialistas com habilidades práticas, especialmente na gastronomia, está em alta e sendo reconhecida em âmbito nacional.

    Explorar esse universo pode ser o primeiro passo para uma carreira de sucesso. Conheça cinco cursos técnicos que formam profissionais para a alta gastronomia e abrem portas em um dos setores mais dinâmicos da economia.

    Leia: 7 cidades para aproveitar o turismo gastronômico e a comida mineira

    O Centro de Belo Horizonte e o novo cenário da gastronomia

    Técnico em cozinha

    Este é o curso mais fundamental e, muitas vezes, a porta de entrada para quem sonha em comandar uma cozinha. A formação técnica em cozinha é intensiva e focada no desenvolvimento das habilidades essenciais que todo profissional precisa dominar. O aluno aprende desde os cortes básicos de vegetais e carnes até as técnicas de cocção mais complexas, como sous-vide e confeitaria básica.

    O currículo geralmente inclui módulos sobre higiene e segurança alimentar, planejamento de cardápios, controle de estoque e noções de custos. O objetivo é formar um profissional completo, capaz de atuar em diferentes brigadas de cozinha, seja em restaurantes, hotéis, bufês ou hospitais. A praticidade é o grande diferencial, pois a maior parte da carga horária é cumprida em cozinhas-laboratório.

    Ao concluir o curso, o profissional está apto a trabalhar como cozinheiro, auxiliar de cozinha ou em posições iniciais de liderança. Com experiência, a ascensão para cargos como subchefe e, eventualmente, chefe de cozinha, torna-se um caminho natural e bem mais rápido do que para aqueles sem formação especializada.

    Técnico em panificação e confeitaria

    A panificação e a confeitaria são áreas que exigem técnica, precisão e criatividade. Por isso, um curso técnico dedicado a esses segmentos é tão valorizado. Nele, o estudante mergulha no universo das massas, fermentações, cremes, chocolates e decorações. A formação abrange desde a produção de pães artesanais de fermentação natural até a alta confeitaria francesa.

    As aulas práticas ensinam a manipular ingredientes sensíveis, entender processos químicos e físicos da panificação e a desenvolver um senso estético apurado para a finalização de doces e bolos. O curso também aborda a gestão de uma padaria ou confeitaria, incluindo a criação de fichas técnicas, precificação e estratégias de venda.

    O mercado para padeiros e confeiteiros qualificados é vasto e promissor. As oportunidades vão desde padarias artesanais e confeitarias de luxo até as cozinhas de grandes restaurantes, que buscam especialistas para cuidar exclusivamente da seção de sobremesas. É uma área que permite grande autonomia e a possibilidade de empreender com um negócio próprio.

    Explorar a gastronomia pode ser o primeiro passo para uma carreira de sucesso
    Cihan Yüce de Pexels

    Técnico em gestão de restaurantes

    Nem todo apaixonado por gastronomia quer passar o dia todo na beira do fogão. Para quem tem perfil de liderança e organização, o curso técnico em gestão de restaurantes é a escolha ideal. Essa formação prepara o profissional para administrar todas as áreas de um estabelecimento de alimentos e bebidas, garantindo sua lucratividade e bom funcionamento.

    O foco do curso está nos processos gerenciais. O aluno aprende sobre gestão financeira, controle de custos, formação de preços, marketing gastronômico, gestão de pessoas e legislação sanitária. Também desenvolve habilidades para negociar com fornecedores, criar estratégias de atendimento ao cliente e gerenciar o salão.

    Com esse diploma, o profissional pode atuar como gerente de restaurante, supervisor de alimentos e bebidas em hotéis e resorts, ou consultor para novos empreendimentos. É uma formação que abre portas para quem deseja empreender no setor gastronômico, fornecendo as ferramentas necessárias para transformar a paixão por comida em um negócio de sucesso.

    Técnico em alimentos e bebidas

    Este curso oferece uma visão mais ampla do serviço de salão e da harmonização entre pratos e bebidas, um diferencial competitivo na alta gastronomia. A formação vai além da cozinha e prepara o profissional para criar experiências memoráveis para os clientes. Os módulos exploram o universo dos vinhos, cervejas especiais, destilados e coquetelaria.

    O estudante aprende técnicas de serviço de salão, organização de eventos, enologia básica e como sugerir as melhores combinações para valorizar um cardápio. A parte teórica e prática se equilibra para que o profissional saiba não apenas executar, mas também explicar e vender os produtos com conhecimento e confiança.

    As oportunidades de carreira são diversas, incluindo posições de maître, sommelier, bartender ou gerente de bar em restaurantes, hotéis, navios de cruzeiro e empórios especializados. É um campo que valoriza a comunicação e o bom relacionamento, ideal para quem gosta de interagir com o público e tem paixão por sabores.

    Técnico em gastronomia funcional

    A crescente preocupação com a saúde e o bem-estar impulsionou um novo nicho no mercado: a gastronomia funcional. Este curso técnico é voltado para a criação de pratos que, além de saborosos, oferecem benefícios nutricionais. O foco está em atender públicos com restrições alimentares, como intolerantes a glúten ou lactose, diabéticos e veganos, ou simplesmente quem busca uma alimentação mais saudável.

    O aluno aprende a substituir ingredientes tradicionais, a usar técnicas de cocção que preservam os nutrientes e a desenvolver cardápios equilibrados e criativos. O curso aborda noções de nutrição, o poder funcional dos alimentos e como adaptar a culinária clássica para uma versão mais saudável, sem perder o apelo gastronômico.

    O profissional formado pode atuar em restaurantes especializados em comida saudável, spas, hospitais, ou como chef pessoal para clientes com dietas específicas. A consultoria para empresas que desejam incluir opções funcionais em seus cardápios também é uma área em franca expansão, tornando esta uma das formações mais modernas e com grande potencial de crescimento no mercado atual.

  • Escola estadual x instituto federal: o que muda na prática para o aluno

    Escola estadual x instituto federal: o que muda na prática para o aluno

    Uma proposta do Governo Federal para transformar a tradicional Escola Estadual Central, em Belo Horizonte, em um instituto federal tem gerado debates entre pais, alunos e educadores. A iniciativa faz parte de um plano nacional de expansão da rede federal de ensino técnico, mas levanta uma dúvida central: na prática, o que muda para o estudante que sai de uma vaga na rede estadual para uma na federal?

    As diferenças vão além do nome na fachada da escola. Elas impactam diretamente o orçamento da instituição, a grade de matérias, a carga horária e, principalmente, as oportunidades que se abrem ao final do ensino médio. Entender esses pontos é fundamental para avaliar o que essa possível mudança representa para o futuro dos jovens mineiros.

    O que muda no investimento e na estrutura?

    A principal distinção começa no financiamento. As escolas estaduais são mantidas com recursos do tesouro do estado. Já os institutos federais recebem verbas diretamente do orçamento da União, que costumam ser significativamente maiores por aluno. Esse investimento extra se traduz em benefícios concretos.

    Geralmente, a estrutura de um instituto federal conta com laboratórios mais modernos, bibliotecas com acervos atualizados, equipamentos de ponta e uma infraestrutura mais robusta. Isso possibilita uma formação mais completa, especialmente nas áreas técnicas, que demandam atividades práticas e experimentação.

    Essa capacidade de investimento também permite a contratação de professores com regimes de dedicação exclusiva, muitos com mestrado e doutorado. Esse corpo docente qualificado se envolve não apenas em aulas, mas também em projetos de pesquisa e extensão, enriquecendo a experiência dos estudantes.

    A grade curricular é a mesma?

    Não. Essa é talvez a mudança mais profunda na rotina do aluno. Enquanto a escola estadual se concentra na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com foco na formação geral para o vestibular, o instituto federal integra essa base a um currículo técnico profissionalizante.

    Na prática, o estudante cursa as matérias tradicionais, como português, matemática e história, em conjunto com disciplinas específicas de uma área técnica escolhida, como informática, eletrônica, mecânica ou administração. A carga horária é, na maioria das vezes, integral, ocupando os dois turnos.

    O objetivo é oferecer uma formação dupla. Ao concluir o ensino médio, o aluno recebe dois certificados: o de conclusão do ensino médio regular e o diploma de técnico na sua área de formação. Isso o prepara tanto para ingressar em uma universidade quanto para entrar diretamente no mercado de trabalho.

    E as oportunidades para os alunos?

    A combinação de mais investimento e uma formação técnica integrada abre um leque de oportunidades. Os estudantes de institutos federais têm acesso a programas de iniciação científica, nos quais podem desenvolver projetos de pesquisa com a orientação de professores.

    Além disso, a forte conexão com o setor produtivo facilita a conquista de estágios em empresas parceiras, permitindo que o aluno aplique na prática o que aprende em sala de aula. Essa experiência é um diferencial importante para o currículo.

    A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também costuma ser forte, já que a base acadêmica é rigorosa. O resultado é um profissional mais completo, com uma visão que une conhecimento teórico, prático e científico, valorizado tanto na academia quanto no mercado.

    Como funciona o processo seletivo?

    O ingresso também é diferente. Enquanto o acesso a muitas escolas estaduais ocorre por zoneamento ou um cadastro unificado, entrar em um instituto federal exige a aprovação em um processo seletivo próprio, conhecido como “vestibulinho”.

    A concorrência costuma ser alta, e a prova avalia os conhecimentos dos candidatos nas principais áreas do ensino fundamental. É um processo meritocrático que busca selecionar alunos com bom desempenho acadêmico, preparando-os para o ritmo de estudos mais intenso que encontrarão na instituição.

    Por que o Governo Federal quer transformar a Escola Central em um instituto federal?

    A proposta faz parte de uma estratégia nacional de expansão do ensino técnico e profissionalizante. O objetivo é aumentar o número de vagas nesse modelo de ensino.

    A ideia é que, ao oferecer uma formação que une a base geral com uma qualificação técnica, os jovens estejam mais preparados para as demandas do mercado de trabalho atual.

    A transformação de uma escola estadual em federal é um processo complexo
    Katerina Holmes de Pexels

    Um instituto federal é melhor que uma escola estadual?

    As duas instituições têm propostas diferentes. Uma escola estadual tradicional tem como foco principal a formação geral, preparando o aluno para o Enem e outros vestibulares.

    Um instituto federal oferece um caminho duplo: prepara para a universidade e, ao mesmo tempo, concede um diploma técnico, qualificando o estudante para uma profissão.

    O aluno de um instituto federal também pode fazer faculdade?

    Sim. A grade curricular dos institutos federais inclui todas as disciplinas da base comum exigidas para o ensino médio. O conteúdo é abordado de forma a preparar o aluno para o Enem.

    Muitos estudantes egressos de institutos federais conseguem excelentes resultados nos vestibulares, justamente pela formação sólida e pelo ritmo de estudo mais intenso.

    O ensino em um instituto federal é pago?

    Não. Assim como as escolas estaduais, os institutos federais são instituições públicas e gratuitas. Não há cobrança de mensalidades em nenhuma etapa da formação.

    Ambos os modelos são mantidos com recursos públicos, seja do governo estadual ou do governo federal, garantindo o acesso livre ao ensino de qualidade.

    A mudança na Escola Central seria imediata?

    Não. A transformação de uma escola estadual em federal é um processo complexo. A proposta ainda precisa ser debatida com a comunidade escolar e aprovada nas instâncias governamentais.

    Caso seja aprovada, haverá um período de transição para ajustar a estrutura, o projeto pedagógico e o corpo docente ao novo modelo de ensino.

  • Câmera de segurança: seu vídeo pode ser usado como prova de um crime?

    Câmera de segurança: seu vídeo pode ser usado como prova de um crime?

    A imagem de um homem ateando fogo em um terreno baldio circulou rapidamente, gerando uma pergunta central: o vídeo, gravado por uma câmera de segurança, pode levar o autor do crime à prisão? A resposta é sim, e registros como esse são cada vez mais decisivos para investigações policiais e processos judiciais em todo o país.

    Leia: Veja como funciona a central de monitoramento por câmeras que vigia BH

    Com a popularização de sistemas de vigilância residenciais, comerciais e até mesmo veiculares, a quantidade de crimes flagrados por lentes anônimas aumentou. Essas gravações se transformaram em uma ferramenta poderosa para cidadãos e para a polícia, mas seu uso como prova legal segue regras claras. Entender como uma simples gravação se torna um elemento crucial em um processo judicial é fundamental.

    Como uma gravação vira prova judicial?

    Um vídeo não se torna prova automaticamente. Para que tenha valor legal, ele precisa ser integrado a uma investigação oficial. O primeiro passo é a vítima ou a testemunha do crime levar o arquivo de vídeo até uma delegacia de polícia e registrar um Boletim de Ocorrência, descrevendo os fatos e informando sobre a existência da gravação.

    Leia: Como outros países do mundo usam câmeras corporais no combate ao crime

    A partir daí, o vídeo é anexado ao inquérito policial. Uma das etapas mais importantes é a perícia técnica. A polícia civil ou um órgão pericial analisa o arquivo para garantir sua autenticidade. Os peritos verificam se não houve edições, cortes ou qualquer tipo de manipulação que possa alterar a realidade dos fatos. Apenas um vídeo íntegro é considerado uma prova robusta.

    A qualidade da imagem também faz toda a diferença. Gravações que mostram claramente o rosto do suspeito, a placa de um veículo ou outros detalhes de identificação são muito mais eficazes. A presença de data e hora no vídeo também ajuda a contextualizar a ação, fortalecendo seu valor como evidência. Ao final, o juiz é quem decide o peso que a gravação terá no julgamento.

    Quais os limites para o uso dessas imagens?

    O direito de registrar um crime não é absoluto e esbarra em outra garantia fundamental: o direito à privacidade. Câmeras de segurança que filmam áreas públicas, como a rua, a calçada ou a fachada de um imóvel, geralmente são permitidas. A captura de imagens em espaços de acesso comum não costuma gerar problemas legais.

    Leia: Instalação de câmeras na rede pública chega a 100% após ataques de abril

    A situação muda quando o equipamento de filmagem invade a privacidade de vizinhos. Apontar uma câmera diretamente para o interior da casa de outra pessoa, como janelas de quartos ou salas, é ilegal. Gravações obtidas dessa maneira podem ser invalidadas como prova e ainda render um processo por danos morais para quem fez a instalação.

    O mesmo cuidado vale para a gravação de conversas. Captar áudio sem o consentimento dos envolvidos é uma questão legal mais complexa. Por isso, a maioria dos sistemas de segurança se concentra apenas nas imagens, que já oferecem material suficiente para a identificação de atos ilícitos ocorridos em espaços públicos ou áreas comuns.

    O que fazer se você registrar um crime?

    Ao capturar uma ação criminosa com sua câmera, o primeiro impulso de muitas pessoas é compartilhar as imagens nas redes sociais para denunciar. No entanto, essa atitude não é a mais recomendada e pode até atrapalhar. A divulgação pode alertar o criminoso, dando a ele tempo para fugir ou destruir outras provas.

    A forma correta de agir é seguir alguns passos simples:

    Preserve o arquivo original: Faça uma cópia de segurança do vídeo exatamente como foi gravado. Não edite, corte ou aplique filtros. A integridade do arquivo é essencial para a perícia.

    Procure a polícia: Leve o vídeo até a delegacia mais próxima ou utilize os canais de denúncia online, se disponíveis em sua cidade. A denúncia formal é o que dá início à investigação.

    Entregue o material: Ao registrar o Boletim de Ocorrência, informe que você possui a gravação. Os policiais orientarão sobre a melhor forma de entregar o arquivo, que geralmente é em um pen drive ou outro dispositivo de armazenamento.

    Agindo dessa maneira, você colabora com a investigação de forma segura e eficaz, aumentando as chances de que a gravação seja utilizada como prova para identificar e punir os responsáveis pelo crime, como no caso do incêndio no terreno baldio.

    Um vídeo de celular ou câmera de segurança é prova de crime?

    Sim, uma gravação pode ser usada como prova em um processo judicial. Ela é considerada um documento e ajuda a comprovar a ocorrência de um fato.

    Contudo, para ser aceita, a gravação geralmente passa por uma perícia que confirma sua autenticidade, verificando se não houve manipulação ou edições.

    Preciso de um advogado para entregar um vídeo à polícia?

    Não. Qualquer cidadão que tenha registrado um crime pode levar as imagens diretamente a uma delegacia de polícia e apresentar a gravação.

    O procedimento padrão é registrar um Boletim de Ocorrência e fornecer o arquivo de vídeo como evidência para a investigação que será iniciada.

    Posso ser processado por filmar um crime na rua?

    Geralmente, não. Filmar em espaços públicos, como ruas e calçadas, é permitido. A câmera pode capturar o que acontece na frente da sua casa ou empresa.

    A lei protege a privacidade. Portanto, é ilegal direcionar câmeras para o interior da propriedade de vizinhos, como janelas de quartos ou quintais.

    O que torna a gravação uma prova mais forte?

    A clareza da imagem é o fator mais importante. Uma prova se torna mais forte quando permite a identificação clara do rosto do suspeito ou da placa de um veículo.

    Vídeos com data e hora visíveis e sem cortes ou edições também são considerados mais confiáveis pela Justiça, pois demonstram maior integridade.

    Gravei um crime. Devo postar na internet para denunciar?

    A recomendação é não postar o vídeo nas redes sociais antes de entregá-lo à polícia. A divulgação pode atrapalhar a investigação e alertar o criminoso.

    Além disso, expor a imagem de suspeitos pode gerar processos judiciais contra você. O caminho correto é sempre procurar primeiro as autoridades competentes.

  • O custo de um acidente de trânsito para a sociedade vai te surpreender

    O custo de um acidente de trânsito para a sociedade vai te surpreender

    Quando se fala em acidente de trânsito, a primeira imagem que vem à mente é a de um carro amassado e o custo do conserto. No entanto, o verdadeiro impacto financeiro de uma colisão vai muito além da oficina mecânica e da franquia do seguro. Cada batida gera uma cadeia de despesas que afeta toda a sociedade, pesando no bolso de cada cidadão, mesmo daqueles que não dirigem.

    Leia: Acidente entre carro e moto mobiliza Samu na Via Expressa de Contagem

    Essa conta invisível inclui desde o deslocamento de uma ambulância e o trabalho de policiais e peritos até longos tratamentos médicos, perda de produtividade e os custos gerados por congestionamentos. O acidente que parou a Via Expressa em Contagem recentemente é um exemplo prático: além dos danos diretos aos envolvidos, milhares de pessoas perderam horas no trânsito, empresas tiveram entregas atrasadas e o poder público mobilizou recursos que poderiam ser usados em outras áreas.

    Os gastos invisíveis com a saúde

    O primeiro grande custo social de um acidente recai sobre o sistema de saúde. O atendimento pré-hospitalar, realizado por equipes do SAMU ou dos bombeiros, já representa um gasto significativo. Esse valor cresce exponencialmente quando a vítima precisa ser levada a um hospital.

    Leia: Jovem que morreu no acidente em avenida de BH estudava jornalismo

    Internações, cirurgias complexas, exames de imagem e o uso de leitos de UTI geram despesas altíssimas, financiadas em grande parte por impostos. Em muitos casos, os custos não terminam com a alta médica. Sessões de fisioterapia, acompanhamento psicológico e o uso de medicamentos contínuos podem se estender por meses ou anos, sobrecarregando ainda mais o sistema público de saúde.

    Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revelou que os custos com saúde representam uma das maiores fatias do prejuízo total causado por acidentes. Esse dinheiro, que poderia ser investido na construção de novas escolas ou na melhoria da infraestrutura, acaba sendo consumido para tratar consequências que, em muitos casos, poderiam ser evitadas.

    A conta da perda de produtividade

    Outro pilar do custo social é a perda de produtividade. Uma pessoa que se acidenta e precisa se afastar do trabalho deixa de produzir, mas o impacto econômico é mais profundo. Há uma perda de capital humano que afeta diretamente as empresas e, por consequência, a economia do país.

    Leia: Carro bate em poste, explode e mulher morre na Avenida N.S. do Carmo

    Quando o acidente resulta em invalidez permanente, a sociedade perde a contribuição produtiva daquela pessoa para o resto da vida. Nos casos fatais, o prejuízo é ainda maior. O cálculo considera tudo o que a vítima poderia gerar em termos de riqueza e trabalho ao longo dos anos. Essa perda de potencial econômico é um fardo silencioso para o desenvolvimento do país.

    Mesmo em acidentes sem vítimas graves, o efeito na produtividade é notável. O tempo que os motoristas passam presos em congestionamentos causados por uma colisão se traduz em horas de trabalho perdidas, atrasos em reuniões e no transporte de mercadorias, criando um efeito cascata que prejudica diversos setores da economia.

    Danos materiais e custos administrativos

    Os custos materiais também ultrapassam os veículos envolvidos. Muitas vezes, um acidente danifica o patrimônio público. Postes, defensas metálicas, placas de sinalização e o próprio asfalto precisam ser reparados ou substituídos, e essa conta é paga com dinheiro público.

    Leia: Acidente deixa vítima presa às ferragens na MGC-122

    Além disso, existe uma complexa estrutura administrativa mobilizada a cada ocorrência. A polícia precisa registrar o boletim, investigar as causas e, em casos mais graves, conduzir inquéritos. O sistema judiciário também é acionado para julgar responsabilidades e determinar indenizações, gerando despesas com processos que podem se arrastar por anos.

    As seguradoras, por sua vez, gastam com a administração dos sinistros, desde a avaliação dos danos até o pagamento das apólices. Embora pareça um custo privado, ele é repassado a todos os segurados na forma de prêmios mais altos, socializando o prejuízo entre todos os motoristas.

    Como a prevenção pode reduzir o prejuízo

    Investir em segurança no trânsito não é apenas uma questão de preservar vidas, mas também de inteligência econômica. Campanhas de conscientização, melhorias na sinalização, fiscalização mais rigorosa e investimentos em vias mais seguras têm um retorno financeiro claro para a sociedade.

    Cada acidente evitado significa menos gastos no sistema de saúde, maior produtividade e menos recursos públicos desperdiçados. A redução do número de colisões alivia a pressão sobre hospitais, diminui os congestionamentos e libera recursos para serem aplicados em áreas essenciais como educação e saneamento básico. A conta de um trânsito mais seguro é, sem dúvida, muito menor que o custo de conviver com as consequências diárias da imprudência.

    Quem paga a conta dos acidentes de trânsito?

    Toda a sociedade paga. Os custos são distribuídos de forma direta e indireta.

    Diretamente, através de impostos que financiam o SUS, a segurança pública e a manutenção de vias.

    Indiretamente, por meio de seguros mais caros e do aumento no preço de produtos, já que atrasos logísticos geram custos para as empresas.

    Qual é o custo médio de um acidente no Brasil?

    Os valores variam muito, mas estudos do IPEA oferecem uma estimativa do impacto econômico.

    Um acidente sem vítimas pode custar dezenas de milhares de reais, considerando apenas os danos materiais e os custos administrativos.

    Quando há uma vítima fatal, o custo social pode ultrapassar R$ 600 mil, ao incluir a perda de produtividade futura daquela pessoa.

    Como os custos dos acidentes afetam a economia do país?

    O impacto é significativo no Produto Interno Bruto (PIB).

    O montante gasto anualmente com as consequências de acidentes representa uma porcentagem relevante da riqueza nacional.

    Esse dinheiro poderia ser direcionado para investimentos em infraestrutura, tecnologia e educação, impulsionando o crescimento econômico do Brasil.

  • Zona Sudoeste do Rio: veja o mapa e a lista de bairros da nova região

    Zona Sudoeste do Rio: veja o mapa e a lista de bairros da nova região

    A geografia do Rio de Janeiro foi oficialmente redesenhada. Uma nova lei, sancionada pelo prefeito Eduardo Paes, cria a Zona Sudoeste, a quinta grande região administrativa da cidade. A mudança redefine o mapa carioca e formaliza uma identidade que já era sentida por milhões de moradores.

    A nova área engloba bairros que experimentaram um crescimento acelerado nas últimas décadas, como Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e a vasta região de Jacarepaguá. Antes, todos esses locais faziam parte da Zona Oeste. Agora, formam um bloco distinto, com características e demandas próprias.

    Quais bairros formam a nova Zona Sudoeste?

    A criação da Zona Sudoeste não é apenas uma mudança de nome no mapa. Ela agrupa bairros com perfis socioeconômicos e urbanísticos semelhantes, que se desenvolveram de forma planejada a partir dos anos 1970. A lei busca dar a essa área um tratamento administrativo mais específico e focado.

    Essa reorganização visa otimizar o planejamento urbano e a distribuição de recursos públicos, como transporte, saúde e segurança. A ideia é que, ao tratar a região como uma unidade, a prefeitura possa criar políticas mais eficientes para os desafios locais.

    A lista completa de bairros que agora compõem a Zona Sudoeste inclui:

    • Barra da Tijuca;
    • Recreio dos Bandeirantes;
    • Vargem Grande;
    • Vargem Pequena;
    • Grumari;
    • Itanhangá;
    • Joá;
    • Camorim;
    • Jacarepaguá (e seus sub-bairros, como Anil, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Pechincha, Praça Seca, Tanque e Taquara).

    Por que a Zona Sudoeste foi criada?

    O principal motivo para a criação da Zona Sudoeste é o reconhecimento formal do crescimento e da identidade única da região. Nas últimas décadas, a área que se estende da Barra a Vargem Grande desenvolveu uma dinâmica própria, muito diferente do restante da tradicional Zona Oeste.

    Com condomínios de alto padrão, grandes centros comerciais e uma infraestrutura viária baseada em vias expressas, a região atraiu uma população com um perfil distinto. Essa expansão gerou novas demandas por serviços públicos, que muitas vezes não eram atendidas de forma adequada dentro da antiga estrutura administrativa.

    A lei, originada de um projeto dos vereadores Carlo Caiado e Rafael Aloisio Freitas, argumenta que a Zona Sudoeste possui uma vocação econômica e social que justifica uma gestão individualizada. A formalização facilita a coleta de dados específicos e a implementação de projetos focados, desde a mobilidade urbana até o planejamento ambiental.

    O que muda na prática para os moradores?

    Inicialmente, a mudança é mais simbólica e administrativa do que prática para o dia a dia do cidadão. Endereços, CEPs e a rotina dos moradores não são alterados. Ninguém precisará atualizar documentos ou se preocupar com a localização de sua residência para fins postais.

    O impacto real será percebido a médio e longo prazo. Com a Zona Sudoeste estabelecida como uma região oficial, a expectativa é que o poder público direcione investimentos de forma mais estratégica. Isso pode se traduzir em melhorias no transporte, como a expansão de linhas de BRT, ou em novas unidades de saúde e escolas.

    A nova designação também pode influenciar o mercado imobiliário e o desenvolvimento comercial, reforçando a imagem da área como um polo de modernidade e qualidade de vida. Para os moradores, a principal mudança é o fortalecimento da identidade local e a promessa de um planejamento urbano mais alinhado com a realidade da região.

    A criação da Zona Sudoeste não é apenas uma mudança de nome no mapa. Ela agrupa bairros com perfis socioeconômicos e urbanísticos semelhantes
    Reprodução

    O que é a nova Zona Sudoeste do Rio de Janeiro?

    A Zona Sudoeste é a quinta região administrativa oficial da cidade do Rio de Janeiro, criada por uma lei sancionada recentemente.

    Ela agrupa bairros que antes pertenciam à Zona Oeste, mas que desenvolveram características urbanas, sociais e econômicas distintas.

    Quais são todos os bairros da Zona Sudoeste?

    A nova região é formada pelos bairros Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande, Vargem Pequena, Itanhangá, Joá e Grumari.

    Também inclui Camorim e toda a área de Jacarepaguá, com seus respectivos sub-bairros, como Freguesia, Anil, Taquara, Pechincha e outros.

    A criação da Zona Sudoeste muda meu endereço ou CEP?

    Não. A mudança é de caráter administrativo e de planejamento urbano. Seu endereço, CEP e outras informações postais permanecem os mesmos.

    Nenhuma alteração em documentos pessoais ou registros de imóveis é necessária por causa da nova divisão geográfica.

    Qual o objetivo de criar uma nova zona na cidade?

    O objetivo é otimizar a gestão pública. Ao tratar a Zona Sudoeste como uma unidade, a prefeitura pode planejar investimentos e serviços de forma mais focada.

    A medida busca responder de maneira mais eficiente às demandas específicas de uma área que cresceu muito e possui uma identidade própria.

    Isso significa que a Barra da Tijuca não faz mais parte da Zona Oeste?

    Oficialmente, sim. A Barra da Tijuca, assim como o Recreio e Jacarepaguá, agora integram a recém-criada Zona Sudoeste.

    A Zona Oeste continua existindo, mas com uma área geográfica menor, abrangendo bairros como Bangu, Campo Grande e Santa Cruz.

  • As 5 vias com mais acidentes na Grande BH; saiba onde redobrar o cuidado

    As 5 vias com mais acidentes na Grande BH; saiba onde redobrar o cuidado

    Um novo acidente na Via Expressa, em Contagem, nesta semana, acendeu mais uma vez o alerta sobre a segurança no trânsito da Grande Belo Horizonte. A via, uma das principais ligações entre a capital e a região metropolitana, é palco frequente de colisões que causam longos congestionamentos e, em muitos casos, deixam vítimas.

    O perigo, no entanto, não se restringe a um único endereço. Outras avenidas e rodovias que cortam a malha urbana da região concentram um número elevado de ocorrências, transformando o trajeto diário de milhares de motoristas em um desafio constante. Conhecer esses pontos críticos é o primeiro passo para uma direção mais segura e para evitar estatísticas trágicas. Veja a seguir as cinco vias que exigem atenção redobrada.

    Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo

    Considerado por muitos o ponto mais perigoso do trânsito na Grande BH, o Anel Rodoviário é uma via de tráfego complexo. Ele conecta importantes rodovias, como a BR-381, a BR-040 e a BR-262, e mistura o trânsito pesado de caminhões de carga com o fluxo intenso de veículos de passeio, ônibus e motocicletas.

    Os principais fatores de risco são a alta velocidade desenvolvida em alguns trechos e o contraste com pontos de retenção súbita. As curvas acentuadas, a falta de acostamento em várias seções e o asfalto que, em dias de chuva, pode se tornar escorregadio, contribuem para o alto índice de acidentes, principalmente capotamentos e colisões traseiras envolvendo veículos de grande porte.

    Avenida Cristiano Machado

    Principal corredor de acesso à região norte de Belo Horizonte e ao Aeroporto de Confins, a Avenida Cristiano Machado é marcada por um fluxo incessante de veículos. A presença do sistema de transporte rápido por ônibus (MOVE) cria uma dinâmica própria, com pistas exclusivas que exigem atenção dos motoristas nas conversões e cruzamentos.

    Leia: Acidente deixa feridos e interdita faixas do Anel Rodoviário

    A grande quantidade de semáforos, aliada às constantes trocas de faixa e ao movimento de pedestres próximos às estações, forma um cenário propício para colisões laterais e atropelamentos. A velocidade, muitas vezes acima do permitido durante a madrugada ou em horários de menor movimento, agrava os riscos.

    Avenida Amazonas

    Uma das mais longas e tradicionais vias da capital, a Avenida Amazonas corta a cidade de leste a oeste, atravessando bairros com características muito distintas. Essa diversidade se reflete no trânsito, que mistura o fluxo local de moradores, o tráfego intenso de ônibus e uma grande concentração de motociclistas, especialmente na área central.

    Leia: Acidente entre carro e moto complica trânsito na Avenida Amazonas, em BH

    Os principais perigos estão nos cruzamentos com ruas e avenidas movimentadas, onde o desrespeito à sinalização é comum. A grande quantidade de estabelecimentos comerciais ao longo da via também gera um movimento constante de veículos entrando e saindo de estacionamentos, o que exige atenção e paciência dos demais condutores.

    Via Expressa (Avenida Presidente Juscelino Kubitschek)

    Ligando Contagem a Belo Horizonte, a Via Expressa é fundamental para o deslocamento de milhares de pessoas diariamente. Caracterizada por ser uma via de trânsito rápido, ela apresenta riscos justamente quando essa fluidez é interrompida por acidentes ou congestionamentos, algo bastante comum nos horários de pico.

    Leia: Grande BH: acidente na Via Expressa causa congestionamento

    As colisões traseiras são o tipo de acidente mais frequente na Via Expressa. Elas ocorrem quando os motoristas, trafegando em alta velocidade, são surpreendidos por uma fila de carros parados à frente. As trocas de faixa sem sinalização e a falta de distância segura são os principais causadores desses engavetamentos.

    Avenida do Contorno

    A Avenida do Contorno compõe mais de 10 km que delimitam o Hipercentro de Belo Horizonte. Ela atravessa bairros tradicionais como Floresta, Funcionários, Santa Efigênia, Savassi, Santo Agostinho e Lourdes. A Avenida, que foi planejada previamente durante a construção da cidade, é marcada por um grande fluxo de veículos, principalmente por integrar o centro belo-horizontino.

    Leia: Cinco acidentes por dia no vai e vem da Contorno em BH

    Por se tratar de uma via com tráfego de menor velocidade, devido a presença de semáforos e do volume intenso de veículos, a maioria dos acidentes não são graves. A maior parte dos acidentes se tratam de colisões traseiras, laterais e transversais, além de choques com objetos fixos.

  • Como atualizar o Bolsa Família on-line e evitar o bloqueio do benefício

    Como atualizar o Bolsa Família on-line e evitar o bloqueio do benefício

    O governo federal iniciou uma ampla convocação para que milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família atualizem suas informações no Cadastro Único (CadÚnico). A medida é crucial para evitar o bloqueio ou até o cancelamento do pagamento mensal, garantindo que o auxílio chegue a quem realmente atende aos critérios do programa.

    Este processo de revisão, conhecido como Averiguação Cadastral, visa corrigir inconsistências nos dados informados pelas famílias, como renda, endereço ou composição familiar. Uma parte importante da regularização pode ser feita diretamente pelo celular, sem a necessidade de enfrentar filas em postos de atendimento.

    Leia: Entenda os requisitos e como se cadastrar no Bolsa família

    Por que a atualização é necessária?

    A atualização cadastral é um procedimento padrão do governo para verificar a precisão das informações das famílias inscritas em programas sociais. Periodicamente, os dados do CadÚnico são cruzados com outras bases de dados federais para identificar possíveis divergências.

    Quando uma inconsistência é encontrada, a família é convocada para esclarecer a situação. Os principais grupos chamados nesta fase são as famílias unipessoais, ou seja, compostas por uma única pessoa, e aquelas cujas informações de renda declaradas estão diferentes de outros registros oficiais.

    A não regularização dentro do prazo estipulado pelo governo pode levar à suspensão temporária do benefício. Se a situação persistir, o Bolsa Família pode ser cancelado em definitivo, exigindo um novo processo de cadastramento para reavaliação.

    Como saber se preciso atualizar o cadastro?

    As famílias que precisam realizar a atualização são notificadas diretamente pelo governo. A comunicação é feita por meio de mensagens específicas nos aplicativos utilizados para movimentar o benefício e consultar informações.

    Para verificar sua situação, acesse o aplicativo do Bolsa Família ou o Caixa Tem. Ao abrir o extrato de pagamento, procure por mensagens de alerta. Geralmente, o aviso aparece em destaque, informando sobre a necessidade de regularizar o cadastro para evitar o bloqueio do benefício.

    Outra forma de consulta é pelo aplicativo do Cadastro Único. Lá, é possível verificar se há alguma pendência cadastral e qual o prazo para a resolução. A recomendação é checar os canais oficiais regularmente para não perder nenhuma comunicação importante.

    Passo a passo para a atualização on-line

    A atualização pela internet é uma opção prática para quem não teve nenhuma alteração nos dados desde o último cadastro. Se seu endereço, renda e a composição da sua família continuam os mesmos, basta confirmar as informações pelo aplicativo do Cadastro Único.

    O processo é simples e pode ser feito em poucos minutos. Siga as etapas abaixo:

    • Acesse o aplicativo: baixe ou abra o aplicativo “Cadastro Único” em seu celular. Ele está disponível para Android e iOS;
    • Faça o login: entre na sua conta utilizando o login e a senha do portal Gov.br;
    • Procure a opção correta: na tela inicial, localize e selecione a opção “Atualização Cadastral por Confirmação”;
    • Verifique seus dados: o aplicativo mostrará todas as informações cadastradas da sua família; revise cada campo com atenção, incluindo endereço, integrantes e renda;
    • Confirme as informações: se todos os dados estiverem corretos e não houver nenhuma mudança, clique no botão para confirmar que seu cadastro permanece atualizado.

    Ao finalizar esse processo, seu cadastro estará regularizado junto ao sistema, e você não precisará comparecer a um posto de atendimento. Lembre-se que essa modalidade só é válida se nenhuma informação mudou.

    Quando é obrigatório ir a um posto do CRAS?

    A atualização on-line não se aplica a todas as situações. Caso tenha ocorrido qualquer mudança na sua vida desde o último registro, o comparecimento presencial a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou a um posto de atendimento do CadÚnico em seu município é obrigatório.

    As principais situações que exigem a atualização presencial são:

    • mudança de endereço;
    • alteração na renda da família (aumento ou diminuição);
    • nascimento de um filho ou entrada de um novo morador na casa;
    • saída de um integrante do núcleo familiar (casamento, falecimento ou mudança);
    • mudança de escola das crianças ou adolescentes.

    Nesses casos, a confirmação on-line não é suficiente. É preciso levar os documentos de todos os membros da família ao posto de atendimento para que um entrevistador social realize as alterações necessárias no sistema.

    Leia também: Calendário de pagamentos de setembro do Bolsa família completo para você!

    As famílias que precisam realizar a atualização são notificadas diretamente pelo governo
    Divulgação Gov

    Quais documentos levar para a atualização presencial?

    Para agilizar o atendimento no CRAS, é fundamental que o Responsável Familiar organize e leve a documentação de todas as pessoas que moram na casa. A falta de um documento pode impedir a conclusão da atualização.

    O Responsável Familiar deve apresentar seu próprio CPF e um documento de identificação com foto. Para os demais membros da família, é necessário levar pelo menos um dos seguintes documentos:

    • CPF (preferencialmente);
    • Certidão de Nascimento ou Casamento;
    • Carteira de Identidade (RG);
    • Carteira de Trabalho;
    • Título de Eleitor.

    Levar também um comprovante de residência recente, como uma conta de luz ou água, ajuda a confirmar o endereço. Manter os dados corretos é a principal garantia para a continuidade do recebimento do Bolsa Família.

    Por que preciso atualizar meu cadastro do Bolsa Família?

    A atualização é necessária para corrigir possíveis inconsistências nos seus dados.

    O governo cruza informações para garantir que o benefício seja pago a quem cumpre as regras.

    Como sei se meu cadastro precisa ser atualizado?

    Você receberá uma notificação nos aplicativos Bolsa Família ou Caixa Tem.

    As mensagens aparecem no extrato de pagamento ou na tela inicial dos aplicativos.

    Posso atualizar todos os meus dados pela internet?

    Não. A atualização online serve apenas para confirmar que seus dados não mudaram.

    Se houve qualquer alteração, como de endereço ou renda, você precisa ir a um posto do CRAS.

    O que acontece se eu não atualizar o Cadastro Único?

    Se você foi convocado e não regularizar a situação, seu benefício pode ser bloqueado.

    Caso a pendência continue por muito tempo, o Bolsa Família pode ser cancelado.

    Qual o prazo para fazer a atualização?

    O prazo varia e é informado na mensagem de convocação nos aplicativos.

    É recomendado regularizar a situação o mais rápido possível para não afetar o pagamento.

    Que documentos levar para a atualização presencial?

    O responsável deve levar seu CPF e um documento com foto.

    Dos outros membros da família, é preciso levar CPF ou Certidão de Nascimento, por exemplo.

  • Quando o iPhone 17 chega ao Brasil e qual será o preço de lançamento

    Quando o iPhone 17 chega ao Brasil e qual será o preço de lançamento

    A cada novo evento da Apple, a expectativa por futuros lançamentos cresce. Mesmo com as atenções voltadas para os anúncios de hoje, as projeções para o iPhone 17, esperado para 2025, já movimentam o mercado e a curiosidade dos consumidores. A grande questão que paira no ar para os brasileiros é dupla: quando o aparelho chegará ao país e, principalmente, quanto ele vai custar.

    Embora a Apple mantenha seus planos em segredo, o histórico de lançamentos da empresa oferece um mapa confiável. Analisando os padrões dos últimos anos, é possível traçar uma previsão realista sobre a chegada e os valores do iPhone 17 no Brasil. As novidades aguardadas, como um design renovado e a introdução de um modelo “Air”, também influenciam diretamente nessas estimativas.

    Leia: O que esperar do iPhone 17 e por que ele vai abalar o mercado

    iPhone 17: Inovações tecnológicas prometem melhor desempenho

    Quando o iPhone 17 chega ao Brasil?

    A Apple segue um calendário consistente para seus lançamentos globais. Tradicionalmente, os novos iPhones são anunciados em um evento especial na Califórnia durante a primeira quinzena de setembro. As vendas nos mercados principais, como Estados Unidos, Europa e Japão, começam cerca de uma ou duas semanas depois.

    No Brasil, o processo é um pouco mais lento. Antes de iniciar as vendas, os aparelhos precisam passar pela homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esse trâmite burocrático, somado à logística de importação e distribuição, costuma atrasar a chegada oficial dos produtos em algumas semanas.

    Com base nesse ciclo, a previsão mais segura é que o iPhone 17 seja lançado no Brasil entre o final de outubro e meados de novembro de 2025. Essa janela permite que a empresa cumpra todas as exigências regulatórias e prepare seu estoque para atender à alta demanda inicial no país.

    Qual será o preço do iPhone 17?

    Estimar o preço de um produto com um ano de antecedência é um desafio, especialmente em um mercado como o brasileiro, que é muito sensível à variação do dólar. No entanto, é possível criar uma projeção com base nos valores atuais e nas mudanças esperadas na linha de produtos da Apple.

    Os rumores indicam que a linha de 2025 pode passar por uma reorganização. O modelo Plus, que oferece uma tela maior sem os recursos avançados da linha Pro, pode ser substituído por um novo modelo chamado “Air”, com design mais fino. Essa mudança pode reposicionar os preços de toda a família.

    Considerando o cenário atual e as possíveis novidades, os preços de lançamento do iPhone 17 no Brasil podem seguir a seguinte estrutura:

    • iPhone 17: a partir de R$ 7.499;
    • iPhone 17 Air: a partir de R$ 8.699;
    • iPhone 17 Pro: a partir de R$ 9.799;
    • iPhone 17 Pro Max: a partir de R$ 10.999.

    Esses valores são estimativas para as versões de entrada, com a menor capacidade de armazenamento. Modelos com mais memória interna podem facilmente ultrapassar a barreira dos R$ 14.000, seguindo a tendência de preços praticada pela empresa no país.

    O que esperar do novo iPhone 17?

    Além da data e do preço, as inovações de hardware e software são o que mais gera interesse. Para o iPhone 17, as expectativas se concentram em um design refinado e melhorias pontuais que aprimoram a experiência de uso diário.

    Uma das principais apostas é a mudança no acabamento dos modelos Pro. A Apple pode abandonar o titânio, introduzido no iPhone 15 Pro, e retornar ao alumínio com um tratamento mais sofisticado. A medida visaria reduzir os custos de produção e, ao mesmo tempo, oferecer um aparelho mais leve e com uma pegada diferente.

    A introdução do modelo “Air” seria a maior mudança estratégica. Ele ocuparia o lugar do Plus, oferecendo uma tela grande de 6,7 polegadas em um corpo mais fino e elegante, mas sem os recursos premium, como a tela ProMotion e o conjunto de câmeras avançado dos modelos Pro. Seria uma opção para quem busca tela grande com design diferenciado.

    Outras melhorias esperadas incluem um novo revestimento antirreflexo para a tela, tornando o uso sob luz solar mais confortável, e uma atualização significativa na câmera frontal. A resolução do sensor de selfie pode saltar para 24 megapixels, o que resultaria em fotos mais nítidas e detalhadas. Por dentro, o novo chip A19 Pro deve garantir um salto de performance e eficiência energética.

    As novidades esperadas, como o design renovado e o modelo Air, podem ser um fator decisivo para quem busca uma mudança visual e de experiência.
    Bloomberg

    A data de lançamento do iPhone 17 no Brasil é oficial?

    Não. A data de lançamento do iPhone 17 no Brasil ainda não foi confirmada pela Apple e se baseia em projeções.

    As estimativas levam em conta o cronograma que a empresa seguiu nos últimos anos para o mercado brasileiro.

    A chegada oficial depende da homologação da Anatel e da estratégia logística da Apple para o país.

    A previsão mais provável aponta para o período entre o final de outubro e meados de novembro de 2025.

    Por que o iPhone é mais caro no Brasil?

    O preço elevado do iPhone no Brasil é resultado de uma combinação de fatores. O principal deles é a alta carga tributária.

    Impostos como IPI, PIS/COFINS e ICMS incidem sobre o valor do produto importado, aumentando seu custo final.

    A cotação do dólar também tem um impacto direto, já que os aparelhos são importados. Quando a moeda americana sobe, o preço em reais aumenta.

    Custos operacionais, como logística, marketing e margem de lucro dos varejistas e da própria Apple, completam a equação.

    O que é o novo modelo “iPhone 17 Air”?

    O iPhone 17 Air é um modelo especulado que pode substituir a versão Plus a partir de 2025.

    A ideia é oferecer um aparelho com tela grande, similar ao Pro Max, mas com um design significativamente mais fino e leve.

    Ele se posicionaria como uma opção intermediária, para quem valoriza design e tela grande sem precisar dos recursos avançados da linha Pro.

    Essa mudança seria uma forma de diferenciar melhor os modelos da linha e atrair um público que busca sofisticação e conforto.

    Vale a pena esperar pelo iPhone 17?

    A decisão de esperar pelo iPhone 17 depende do seu aparelho atual e das suas necessidades.

    Se você possui um modelo mais antigo, como um iPhone 12 ou anterior, o salto de tecnologia e desempenho será perceptível.

    Para usuários de modelos recentes, como o iPhone 15 ou 16, as melhorias podem ser incrementais.

    As novidades esperadas, como o design renovado e o modelo Air, podem ser um fator decisivo para quem busca uma mudança visual e de experiência.

  • Ciclone, tufão, furacão: qual a diferença e como outros países agem

    Ciclone, tufão, furacão: qual a diferença e como outros países agem

    A formação de um ciclone extratropical na costa da Região Sul do Brasil acendeu o alerta em diversas cidades e trouxe à tona uma dúvida comum: qual a diferença entre ciclone, tufão e furacão? Embora os nomes mudem, a verdade é que todos se referem ao mesmo fenômeno meteorológico. A única distinção real entre eles é o local onde se formam no globo.

    Essas poderosas tempestades giratórias, conhecidas cientificamente como ciclones tropicais, recebem nomes diferentes dependendo da bacia oceânica. O que chamamos de furacão no Oceano Atlântico e no nordeste do Pacífico é chamado de tufão no noroeste do Pacífico. Já no sul do Pacífico e no Oceano Índico, o termo correto é ciclone. Portanto, a nomenclatura é uma questão de geografia, não de intensidade ou natureza.

    Leia: Os impactos das mudanças climáticas na saúde física e mental

    Onde o fenômeno acontece é o que define o nome

    Para entender de forma simples, basta associar cada nome a uma região específica do planeta. Essa convenção ajuda meteorologistas e o público a identificar rapidamente a origem de uma tempestade, facilitando a comunicação e a emissão de alertas. Todos nascem de um sistema de baixa pressão atmosférica com ventos fortes que giram em espiral.

    A distribuição geográfica dos nomes é a seguinte:

    • Furacão: ocorre no Oceano Atlântico Norte, no Mar do Caribe, no Golfo do México e no nordeste do Oceano Pacífico;
    • Tufão: forma-se no noroeste do Oceano Pacífico, afetando principalmente países da Ásia, como Japão, China e Filipinas;
    • Ciclone: é o termo usado para tempestades que surgem no sul do Oceano Pacífico e no Oceano Índico, impactando regiões como Austrália, Índia e a costa leste da África.

    Como nascem e se fortalecem essas tempestades

    A formação de um ciclone tropical depende de uma combinação de fatores específicos. O principal ingrediente é a água do oceano aquecida, com temperatura de pelo menos 26,5°C, que se estende por uma profundidade de cerca de 50 metros. Essa água quente evapora e transfere calor e umidade para a atmosfera.

    Esse ar quente e úmido sobe, criando uma área de menor pressão perto da superfície. O ar de áreas vizinhas, com maior pressão, é puxado para esse centro de baixa pressão. Por causa da rotação da Terra, esse ar não se move em linha reta, mas começa a girar, formando a característica espiral da tempestade.

    Enquanto a tempestade se mantiver sobre águas quentes, ela continuará a se alimentar de calor e umidade, podendo ganhar força e aumentar a velocidade de seus ventos. Quando atinge a terra firme, ela perde sua fonte de energia e começa a enfraquecer gradualmente, embora ainda possa causar chuvas intensas e ventos fortes.

    A escala que mede a força dos ventos

    Para classificar a intensidade dos furacões, meteorologistas utilizam a Escala de Ventos de Furacões Saffir-Simpson. Essa escala vai da Categoria 1 (mais fraca) à Categoria 5 (mais forte) e se baseia unicamente na velocidade sustentada dos ventos. Tempestades com ventos abaixo de 119 km/h são classificadas como tempestades tropicais e não recebem uma categoria na escala.

    A classificação funciona da seguinte maneira:

    • Categoria 1: Ventos de 119 a 153 km/h. Causa danos em telhados, galhos de árvores e linhas de energia;
    • Categoria 2: Ventos de 154 a 177 km/h. Pode arrancar telhados e causar danos estruturais em casas bem construídas;
    • Categoria 3: Ventos de 178 a 208 km/h. Considerado um grande furacão, capaz de remover telhados e paredes, além de arrancar árvores pela raiz;
    • Categoria 4: Ventos de 209 a 251 km/h. Provoca danos catastróficos, com destruição de grande parte dos telhados e paredes externas de residências;
    • Categoria 5: Ventos acima de 252 km/h. A categoria mais alta, causa destruição total de casas e colapso de edifícios.

    Como EUA e Japão se preparam para o impacto

    Países frequentemente atingidos por essas tempestades desenvolveram sistemas de alerta sofisticados. Nos Estados Unidos, o National Hurricane Center (NHC) é responsável por monitorar o Atlântico e o Pacífico Nordeste. O órgão emite “vigilâncias” (watches) quando as condições de furacão são possíveis em até 48 horas e “avisos” (warnings) quando são esperadas em 36 horas, dando tempo para a população se preparar ou evacuar.

    No Japão, a Agência Meteorológica do Japão (JMA) utiliza um sistema de alerta com cores e níveis para tufões. Os alertas progridem de amarelo (atenção) para vermelho (aviso de evacuação) e roxo (ordem de evacuação imediata para áreas de alto risco). Esses avisos são amplamente divulgados pela mídia e por sistemas de alerta em celulares, garantindo que a informação chegue rapidamente à população.

    Qual é a diferença fundamental entre ciclone, furacão e tufão?

    A única diferença é a localização geográfica onde o fenômeno se forma.

    São todos o mesmo tipo de tempestade, tecnicamente chamada de ciclone tropical.

    Todos os ciclones são perigosos como os furacões?

    Não necessariamente. O termo “ciclone” é genérico. O ciclone que atinge o Sul do Brasil, por exemplo, é o extratropical.

    Ele se forma fora dos trópicos e tem características diferentes, como nascer do contraste entre massas de ar quente e frio.

    Como a força de um furacão é medida?

    A intensidade de um furacão é medida pela Escala Saffir-Simpson, que se baseia na velocidade dos ventos.

    A escala vai da Categoria 1, a mais fraca, até a Categoria 5, a mais devastadora.

    O que significa um furacão de Categoria 5?

    Significa que a tempestade atingiu o nível máximo de força, com ventos sustentados acima de 252 km/h.

    Um furacão dessa magnitude pode causar destruição catastrófica em áreas habitadas.

    O Brasil pode ter furacões?

    É extremamente raro, pois as águas do Atlântico Sul geralmente não são quentes o suficiente para formar esse tipo de tempestade.

    O único registro oficial foi o furacão Catarina, que atingiu Santa Catarina e o Rio Grande do Sul em 2004 como Categoria 1.

    Como funcionam os sistemas de alerta em outros países?

    Países como EUA e Japão possuem sistemas robustos. Nos EUA, o NHC emite alertas com antecedência de 36 a 48 horas.

    O Japão usa um sistema de cores que indica o nível de perigo e a necessidade de evacuação.