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  • 7 cidades históricas de Minas que limitam caminhões para proteger ruas

    7 cidades históricas de Minas que limitam caminhões para proteger ruas

    A discussão sobre a cobrança de uma taxa para caminhões circularem em Caeté, cidade de Minas Gerais ,trouxe à tona um desafio antigo no estado: como conciliar o desenvolvimento e a logística moderna com a preservação de um patrimônio histórico inestimável. A verdade é que, muito antes de se falar em pedágio urbano, diversos municípios mineiros já implementaram medidas rigorosas para proteger suas ruas seculares e construções coloniais.

    Essas cidades, berços da história do Brasil, enfrentam o mesmo dilema. Suas ruas estreitas, calçadas com pedras há séculos, e casarões com fundações frágeis não foram projetados para suportar o peso e a vibração de veículos pesados. Para garantir que esse legado permaneça de pé para as próximas gerações, a solução foi criar regras claras que limitam o tráfego de caminhões em suas áreas mais sensíveis. Conheça sete delas e as regras que adotaram.

    Ouro Preto

    Reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, Ouro Preto talvez seja o exemplo mais emblemático de restrição ao tráfego pesado. A cidade proíbe a circulação de caminhões e ônibus de turismo em praticamente todo o seu centro histórico. O relevo acidentado, com ladeiras íngremes e ruas muito estreitas, torna a passagem desses veículos perigosa e destrutiva.

    Leia: Justiça suspende a circulação de veículos de ônibus no Centro Histórico de Ouro Preto

    As regras são rígidas. Veículos de carga com peso bruto total superior a cinco toneladas são proibidos de transitar na área delimitada. A carga e descarga para o comércio local é permitida apenas em horários específicos, geralmente de madrugada ou no início da manhã, e deve ser feita por veículos menores, como VUCs (Veículo Urbano de Carga).

    Tiradentes

    Com seu charme colonial e um dos conjuntos arquitetônicos mais bem preservados do país, Tiradentes também adota medidas para proteger seu centro histórico. A circulação de caminhões é controlada para evitar danos ao calçamento pé de moleque e às estruturas dos casarões do século 18. A trepidação causada por veículos pesados pode causar rachaduras e danos estruturais irreversíveis.

    Leia: Tiradentes convoca moradores e turistas para discutir regras de trânsito

    A prefeitura proíbe o tráfego de caminhões com mais de duas toneladas na área central. Existem bolsões de estacionamento nos arredores, onde os veículos maiores devem parar. A distribuição de mercadorias é feita com carros menores ou em horários de baixo movimento de turistas, garantindo a tranquilidade que é uma das marcas da cidade.

    Diamantina

    Outro Patrimônio Cultural da Humanidade, Diamantina tem um centro histórico compacto e com ruas de pedra que contam a história do ciclo dos diamantes. Para preservar essa atmosfera, a circulação de veículos pesados é severamente limitada. A topografia irregular e as vias apertadas são incompatíveis com o trânsito de caminhões.

    As regras locais restringem o acesso de veículos com mais de três eixos ou com peso superior a sete toneladas. As operações de carga e descarga são permitidas apenas em horários pré-determinados, fora dos períodos de pico. A fiscalização busca garantir que o calçamento histórico e as fachadas dos casarões não sofram com o impacto do tráfego.

    Mariana

    Tráfego de veículos pesados é vetado no centro histórico de Mariana (Foto: Edernon Marcos Pereira/Governo de Minas Gerais/direitos reservados)

    Primeira capital de Minas Gerais, Mariana possui um patrimônio arquitetônico e histórico riquíssimo, com praças e igrejas que são verdadeiras joias do barroco. A cidade implementou uma zona de restrição no centro histórico para veículos de grande porte. A medida visa proteger as edificações e a estrutura das ruas, que são particularmente vulneráveis.

    Veículos com comprimento superior a 6,5 metros ou peso bruto acima de sete toneladas são proibidos de circular na região central. Para abastecer o comércio, a prefeitura estabeleceu horários específicos, normalmente entre 6h e 9h da manhã, e exige o uso de veículos de menor porte para a distribuição final dos produtos.

    São João del-Rei

    Conhecida por seus sinos, suas igrejas e sua forte tradição musical, São João del-Rei também protege seu legado. A área central, que concentra o principal conjunto arquitetônico da cidade, possui regras claras para a circulação de caminhões. O objetivo é reduzir o desgaste do pavimento histórico e minimizar os riscos para as construções seculares.

    Leia: Trânsito pesado em cidades históricas é alvo de investigação do Ministério Público

    A legislação municipal impede o tráfego de caminhões com peso bruto total superior a dez toneladas nas vias do centro histórico. A carga e descarga seguem um cronograma específico, concentrado no período da manhã, para não interferir no fluxo de pedestres e veículos leves ao longo do dia.

    Congonhas

    A cidade que abriga a obra-prima de Aleijadinho, os Doze Profetas, no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, também reconhecido pela Unesco, tem uma preocupação especial com a vibração do solo. O tráfego de veículos pesados nas proximidades do santuário é controlado para evitar que trepidações possam, a longo prazo, danificar as esculturas e a estrutura das capelas.

    Existem rotas de desvio para o tráfego pesado, que é proibido de passar pela alameda que dá acesso ao santuário e por ruas do entorno. O controle é essencial não apenas para a preservação do patrimônio, mas também para garantir a segurança e a experiência dos milhares de peregrinos e turistas que visitam o local anualmente.

    Sabará

    Uma das cidades mais antigas de Minas, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, Sabará preserva um centro histórico com ruelas e casarões que remontam ao início do ciclo do ouro. Para manter a integridade desse patrimônio, a prefeitura estabeleceu uma zona de máxima restrição à circulação de caminhões.

    No coração da cidade, apenas veículos de carga de pequeno porte são autorizados a circular, e somente para abastecimento do comércio local em horários definidos. Caminhões maiores são direcionados para vias alternativas, contornando a área histórica e garantindo que o charme e a tranquilidade de ruas como a Dom Pedro II sejam mantidos.

  • A cidade de Minas que quer cobrar taxa de caminhões; saiba os detalhes

    A cidade de Minas que quer cobrar taxa de caminhões; saiba os detalhes

    A prefeitura de uma cidade em Minas Gerais estuda uma proposta que pode alterar de forma significativa o trânsito em suas vias urbanas. O projeto em análise em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, prevê a criação de uma taxa para a circulação de caminhões, especialmente aqueles que utilizam o município apenas como rota de passagem.

    O objetivo central é organizar o fluxo de veículos pesados, reduzir o desgaste do asfalto e usar a arrecadação para a manutenção da infraestrutura viária. A iniciativa coloca em debate o equilíbrio entre a logística de transporte e a qualidade de vida nos centros urbanos, um desafio comum a muitas cidades brasileiras.

    Como a taxa para caminhões funcionaria?

    A proposta se baseia em um modelo de cobrança para veículos de carga que não têm a cidade como ponto de origem ou destino. Em outras palavras, o foco são os caminhões que cortam o perímetro urbano para encurtar caminho entre rodovias, sem realizar entregas ou coletas locais.

    A implementação poderia ocorrer de diferentes maneiras. Uma das possibilidades é a instalação de pórticos com sensores eletrônicos nas principais entradas e saídas da cidade, capazes de identificar as placas dos veículos e registrar o tempo de permanência. Caminhões que apenas atravessam o município em um curto espaço de tempo seriam tarifados automaticamente.

    Outro modelo em avaliação seria a criação de pontos de controle físico, embora essa opção seja menos provável por gerar mais congestionamento. O valor da taxa ainda não foi definido, mas deve variar conforme o tamanho e o número de eixos do veículo, seguindo a lógica de que caminhões maiores causam mais danos ao pavimento.

    O projeto prevê isenções para garantir que a economia local não seja prejudicada. Veículos de empresas sediadas na cidade, caminhões que realizam entregas para o comércio e a indústria locais, além de serviços essenciais como coleta de lixo e ambulâncias, não pagariam a taxa.

    Qual o objetivo principal da medida?

    A principal justificativa da prefeitura é financeira e estrutural. A manutenção de ruas e avenidas tem um custo elevado, e grande parte do desgaste é atribuído ao tráfego constante de veículos pesados. A ideia é que os responsáveis por esse impacto contribuam diretamente para a sua solução.

    Com os recursos arrecadados, a administração municipal planeja criar um fundo específico para obras de recapeamento, tapa-buracos e melhorias na sinalização. A medida é vista como uma forma de justiça fiscal, fazendo com que transportadoras de outras regiões ajudem a custear a infraestrutura que utilizam.

    Além do aspecto financeiro, a organização do trânsito é um ponto chave. A redução do número de caminhões de passagem pode diminuir os congestionamentos em horários de pico, aumentar a segurança para motoristas e pedestres e reduzir a poluição sonora e do ar na área central.

    A prefeitura de Caeté argumenta que, sem uma regulação, a cidade se torna uma rota de fuga para motoristas que querem evitar pedágios em rodovias próximas, sobrecarregando vias que não foram projetadas para um fluxo tão intenso de carga.

    Impactos para a economia e o transporte

    A proposta, embora bem-intencionada, gera um debate sobre seus possíveis efeitos colaterais. Associações de transportadoras alertam que a criação de uma nova taxa pode encarecer o frete. Esse custo adicional seria, muito provavelmente, repassado aos consumidores finais, resultando em um aumento no preço de diversos produtos.

    Outra consequência possível é a mudança de rota dos caminhoneiros. Em vez de pagar a taxa, muitos podem optar por desvios mais longos, o que aumentaria o tempo de viagem e o consumo de combustível. Em alguns casos, isso poderia sobrecarregar o trânsito em cidades vizinhas que ainda não possuem tal regulação.

    Para a economia local, os efeitos podem ser mistos. Por um lado, a melhoria na infraestrutura e a redução do tráfego pesado podem valorizar a cidade e atrair novos investimentos. Por outro, a percepção de uma burocracia extra pode afastar empresas que dependem de uma logística ágil.

    O sucesso da iniciativa dependerá do equilíbrio entre o valor da taxa, a clareza das regras de isenção e a comunicação com o setor de transportes. O diálogo entre o poder público e as empresas será fundamental para encontrar uma solução que beneficie a cidade sem criar grandes entraves para a economia regional.

    Por que uma cidade de Minas quer cobrar taxa de caminhões?

    A prefeitura busca organizar o trânsito e reduzir os danos causados por veículos pesados que usam a cidade como atalho.

    A arrecadação da taxa seria destinada à manutenção de ruas e avenidas, custeando o conserto do asfalto desgastado.

    Todos os caminhões teriam que pagar?

    Não. A proposta prevê isenções para não prejudicar a economia local. Caminhões de empresas da cidade estariam isentos.

    Veículos que realizam entregas no comércio local ou prestam serviços essenciais também não pagariam a cobrança.

    Como seria feita a cobrança dessa taxa?

    O modelo mais provável é a instalação de pórticos com leitura automática de placas nas entradas e saídas da cidade.

    O sistema identificaria caminhões que apenas atravessam o município sem parar, realizando a cobrança de forma eletrônica.

    Qual o argumento da prefeitura para criar a taxa?

    O argumento central é de justiça fiscal. A ideia é que as transportadoras que desgastam as vias locais ajudem a pagar pela sua manutenção.

    A prefeitura de Caeté afirma que o tráfego de passagem não gera receita para a cidade, apenas custos com infraestrutura e trânsito.

    A medida pode deixar os produtos mais caros?

    Sim, esse é um dos principais riscos. As transportadoras podem repassar o custo da nova taxa para o valor do frete.

    Consequentemente, o preço final de mercadorias transportadas na região pode aumentar para o consumidor.

    Existem outras cidades com medidas parecidas?

    Sim. A regulação do tráfego de caminhões é um debate global. Muitas cidades europeias já adotam zonas de baixa emissão com taxas.

    No Brasil, cidades como São Paulo já restringem a circulação de caminhões em determinadas áreas e horários, mas a cobrança de taxa é menos comum.

  • O que é violência política de gênero? Entenda o conceito e a lei

    O que é violência política de gênero? Entenda o conceito e a lei

    O recente pedido de prisão preventiva contra o ex-ministro Ciro Gomes, solicitado pela Advocacia do Senado, trouxe à tona um debate fundamental sobre os limites da crítica no ambiente político. A ação, motivada por declarações consideradas ofensivas à senadora Janaína Farias, lança luz sobre o conceito de violência política de gênero, uma prática que intimida, silencia e busca excluir mulheres da esfera pública.

    Este episódio não é um fato isolado, mas um reflexo de um padrão de comportamento que afeta mulheres em todos os níveis de poder, desde vereadoras em pequenas cidades até chefes de Estado. Entender o que caracteriza essa violência, como a legislação brasileira a aborda e quais são os canais de denúncia é essencial para garantir um ambiente político mais seguro, diverso e verdadeiramente democrático.

    O que define a violência política de gênero?

    A violência política de gênero abrange qualquer ação, conduta ou omissão, individual ou coletiva, com o objetivo de impedir, restringir ou dificultar o exercício dos direitos políticos de uma mulher. A prática visa minar sua capacidade de participar plenamente da vida pública, seja como candidata, eleita, militante ou gestora.

    O foco desse tipo de agressão não está nas ideias ou propostas da mulher, mas em sua condição de gênero. Utiliza-se de estereótipos, sexismo e misoginia para desqualificá-la. As manifestações são variadas e podem ocorrer tanto no ambiente on-line quanto fora dele.

    Entre as formas mais comuns estão:

    • Violência psicológica: ameaças, humilhações, perseguições e intimidações que causam dano emocional e buscam abalar a confiança da mulher;
    • Violência moral e simbólica: difamação, calúnia e injúria, muitas vezes com a disseminação de informações falsas sobre sua vida pessoal, aparência ou comportamento, com o intuito de manchar sua reputação.
    • Violência física: agressões diretas contra a integridade corporal da mulher ou de seus familiares.
    • Violência sexual: assédio, abuso e insinuações de natureza sexual para constranger ou chantagear.
    • Violência econômica: dificultar o acesso a recursos de campanha, desviar verbas ou criar barreiras financeiras para sua atuação política.

    Como a lei brasileira trata o tema?

    O Brasil avançou na proteção das mulheres na política com a sanção da Lei nº 14.192, de 2021. Essa legislação estabeleceu normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher. A lei alterou o Código Eleitoral para tipificar o crime de assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar candidatas ou detentoras de mandato eletivo.

    A norma busca proteger a integridade física e psicológica da mulher, etambém sua imagem e honra, garantindo que ela possa exercer suas atividades políticas livremente. A pena prevista para quem comete esse crime é de reclusão de um a quatro anos, além de multa.

    A punição pode ser aumentada em um terço se o crime for cometido contra mulheres gestantes, maiores de 60 anos ou com deficiência. A legislação também considera crime a divulgação de fatos inverídicos no contexto da propaganda eleitoral para diminuir ou menosprezar a condição feminina.

    A lei é um instrumento importante, pois reconhece que a violência de gênero no espaço político é uma barreira estrutural que limita a representatividade feminina e empobrece o debate democrático. Ela visa assegurar que a competição política se dê no campo das ideias, e não por meio de ataques pessoais e discriminatórios.

    Como identificar e o que fazer?

    Identificar a violência política de gênero nem sempre é simples, pois ela pode se manifestar de formas sutis. Interrupções constantes em debates, desqualificação de falas com base em suposta fragilidade emocional ou a associação da mulher a figuras masculinas são exemplos de comportamentos que configuram essa prática.

    Outros sinais incluem a disseminação de montagens ou boatos sobre a vida íntima, comentários depreciativos sobre a aparência física ou a capacidade intelectual, e a restrição de acesso a espaços de decisão ou tempo de fala em eventos oficiais. O assédio em redes sociais, com ataques coordenados e ameaças, também é uma forma recorrente.

    Ao se deparar com uma situação de violência política de gênero, é fundamental reunir provas. Salvar capturas de tela, gravar áudios ou vídeos e anotar o nome de testemunhas são passos importantes. A denúncia pode ser feita em diferentes canais, como:

    • Ministério Público Eleitoral: é o órgão responsável por fiscalizar o processo eleitoral e pode investigar crimes dessa natureza;
    • Delegacias de Polícia: Um boletim de ocorrência pode ser registrado em qualquer delegacia, preferencialmente nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs;
    • Ouvidorias dos partidos: As siglas partidárias devem ter canais internos para receber e apurar denúncias;
    • Disque 180: A Central de Atendimento à Mulher também oferece orientação e encaminha as denúncias aos órgãos competentes.

    A formalização da denúncia é crucial não apenas para a punição dos agressores, mas também para gerar dados que mostrem a dimensão do problema e pressionem por políticas públicas mais eficazes de proteção e incentivo à participação feminina na política.

    O que é violência política de gênero?

    É toda ação ou omissão que busca impedir ou restringir os direitos políticos de uma mulher, usando como base sua condição de gênero.

    O objetivo é desqualificar, intimidar ou silenciar mulheres que atuam na esfera pública, seja como candidatas, eleitas ou militantes.

    Qual a lei que pune a violência política de gênero no Brasil?

    A principal norma é a Lei nº 14.192, de 2021, que criminaliza essa conduta.

    Ela alterou o Código Eleitoral para punir quem assedia, constrange ou ameaça mulheres no exercício de seus direitos políticos.

    A violência política de gênero só acontece com candidatas?

    Não. A lei protege mulheres candidatas a cargos eletivos e também aquelas que já possuem um mandato.

    A prática pode atingir qualquer mulher que participe da vida pública, como ministras, assessoras, ativistas ou gestoras.

    Quais são os tipos de violência política de gênero?

    A violência pode ser psicológica, com ameaças e humilhações, ou moral, por meio de difamação e calúnia sobre a vida pessoal.

    Também se manifesta de forma física, sexual ou econômica, com o corte de recursos para inviabilizar a atuação política.

    Como denunciar um caso de violência política de gênero?

    A denúncia pode ser feita ao Ministério Público Eleitoral, em delegacias de polícia ou por meio do canal Ligue 180.

    Também é possível acionar as ouvidorias dos partidos políticos. É fundamental reunir provas como prints, vídeos e áudios.

    Qual a punição para quem comete esse crime?

    A pena prevista na lei é de reclusão de um a quatro anos, além do pagamento de multa.

    A punição pode ser aumentada se o crime for praticado contra gestantes, idosas ou pessoas com deficiência.

  • Aos 81 anos, Rick Davies lutava contra um câncer; entenda a doença

    Aos 81 anos, Rick Davies lutava contra um câncer; entenda a doença

    A notícia da morte de Rick Davies, cofundador da banda Supertramp, aos 81 anos, trouxe à tona a sua longa batalha contra o mieloma múltiplo. O músico, conhecido por sua voz marcante em sucessos como “Goodbye Stranger” e “Bloody Well Right”, foi diagnosticado com a doença há alguns anos, o que o levou a cancelar uma turnê europeia em 2015.

    O mieloma múltiplo é um tipo de câncer que afeta as células plasmáticas, um componente essencial do sistema imunológico localizado na medula óssea. A condição, embora relativamente rara, impacta milhares de pessoas e representa um desafio tanto para pacientes quanto para a medicina, que tem avançado com novos tratamentos para melhorar a qualidade e a expectativa de vida.

    Leia:

    Pesquisa: apenas um em cada dez entrevistados conhecem o mieloma múltiplo

    Tratamento para mieloma múltiplo pode ser incorporado ao SUS

    O que é mieloma múltiplo?

    O mieloma múltiplo é um câncer que se origina nos plasmócitos, um tipo de glóbulo branco encontrado na medula óssea. Em condições normais, essas células produzem anticorpos que ajudam o corpo a combater infecções. Quando o mieloma se desenvolve, os plasmócitos se tornam anormais, se multiplicam de forma descontrolada e passam a produzir uma proteína defeituosa.

    Essas células cancerosas, chamadas de células de mieloma, acabam superando as células saudáveis na medula. Em vez de produzir anticorpos úteis, elas liberam uma proteína anormal, conhecida como proteína monoclonal ou proteína M. O acúmulo dessa proteína no sangue e na urina e a proliferação das células de mieloma podem causar diversos problemas de saúde.

    As células doentes podem danificar os ossos, enfraquecendo sua estrutura e causando dor. Além disso, a produção de células sanguíneas normais, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, fica comprometida. Isso pode levar a anemia, maior suscetibilidade a infecções e problemas de coagulação.

    Quais são os principais sintomas?

    Os sinais do mieloma múltiplo podem ser sutis no início e, muitas vezes, são confundidos com outras condições comuns em pessoas mais velhas. A dor óssea persistente, especialmente na coluna, quadris e costelas, é um dos sintomas mais característicos. Essa dor ocorre porque as células do mieloma enfraquecem os ossos, tornando-os mais suscetíveis a fraturas.

    A fadiga extrema é outra queixa frequente, geralmente associada à anemia, que acontece quando a medula óssea não consegue produzir glóbulos vermelhos suficientes. Infecções recorrentes, como pneumonia ou sinusite, também são um sinal de alerta, pois o sistema imunológico fica debilitado pela falta de anticorpos normais.

    Outros sintomas podem incluir:

    • perda de apetite e de peso não intencional;
    • náuseas e constipação;
    • confusão mental ou desorientação;
    • fraqueza ou dormência nas pernas;
    • sede excessiva e problemas renais, devido ao acúmulo de cálcio no sangue.

    Leia também: Acima de 60 anos: descubra sinais do mieloma múltiplo prevalente em idosos

    Como a doença é tratada?

    O tratamento do mieloma múltiplo evoluiu significativamente nas últimas décadas. Embora a cura ainda não seja uma realidade para a maioria dos pacientes, as terapias disponíveis visam controlar a doença, aliviar os sintomas e prolongar a sobrevida com qualidade. A abordagem terapêutica é personalizada, dependendo da idade do paciente, do estágio da doença e de sua saúde geral.

    Entre as principais opções de tratamento estão a terapia-alvo, que utiliza medicamentos para atacar especificamente as células cancerosas, e a imunoterapia, que estimula o próprio sistema imunológico do paciente a combater o câncer. A quimioterapia tradicional também pode ser usada, muitas vezes em combinação com outros medicamentos, como os corticosteroides, para reduzir a inflamação e destruir as células de mieloma.

    Para pacientes elegíveis, o transplante de células-tronco, também conhecido como transplante de medula óssea, é uma opção intensiva que pode proporcionar uma remissão mais longa. O procedimento envolve a administração de altas doses de quimioterapia para eliminar a medula óssea doente, que é então substituída por células-tronco saudáveis, previamente coletadas do próprio paciente ou de um doador.

    Avanços contínuos na pesquisa trazem novas esperanças, com medicamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. O objetivo principal é transformar o mieloma múltiplo em uma condição crônica gerenciável, permitindo que os pacientes vivam por mais tempo e com mais bem-estar.

    O mieloma múltiplo é um câncer que se origina nos plasmócitos, um tipo de glóbulo branco encontrado na medula óssea
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    Qual era a doença de Rick Davies?

    O músico Rick Davies, cofundador da banda Supertramp, lutava contra o mieloma múltiplo.

    Trata-se de um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea, afetando as células plasmáticas.

    O mieloma múltiplo tem cura?

    Atualmente, o mieloma múltiplo é considerado uma doença tratável, mas geralmente não curável.

    O objetivo dos tratamentos é controlar a doença, colocando-a em remissão por longos períodos.

    Os avanços na medicina têm transformado o mieloma em uma condição crônica para muitos pacientes.

    Isso permite que eles vivam por muitos anos com boa qualidade de vida.

    Quais os primeiros sinais do mieloma múltiplo?

    Os primeiros sinais podem ser vagos e facilmente confundidos com outras condições.

    A dor óssea persistente, principalmente nas costas e costelas, é o sintoma mais comum.

    Fadiga extrema, que não melhora com o descanso, também é um sinal de alerta importante.

    Outros sintomas iniciais incluem infecções frequentes, perda de apetite e fraqueza geral.

    Como o mieloma múltiplo afeta os ossos?

    As células cancerosas do mieloma se acumulam na medula óssea e liberam substâncias que enfraquecem os ossos.

    Isso interfere no processo natural de reparo ósseo, tornando-os frágeis e quebradiços.

    A condição pode causar lesões ósseas, conhecidas como lesões líticas, que aparecem como buracos nos exames de imagem.

    Como resultado, os pacientes têm um risco aumentado de fraturas, mesmo com traumas leves.

    Qual a expectativa de vida com mieloma múltiplo?

    A expectativa de vida para pacientes com mieloma múltiplo melhorou muito nas últimas duas décadas.

    Isso se deve ao surgimento de novos e mais eficazes tratamentos, como a imunoterapia.

    A sobrevida varia bastante de acordo com a idade do paciente, o estágio da doença e a resposta ao tratamento.

    Muitas pessoas vivem por cinco, dez anos ou mais após o diagnóstico, gerenciando a doença como uma condição crônica.

  • Por onde andam os outros integrantes da banda Supertramp hoje

    Por onde andam os outros integrantes da banda Supertramp hoje

    A morte de Rick Davies, cofundador do Supertramp, trouxe uma onda de nostalgia e curiosidade sobre o destino de uma das bandas mais emblemáticas do rock progressivo. A morte do tecladista e vocalista aos 81 anos encerrou um capítulo definitivo na história do grupo, mas também levantou a pergunta que ecoa entre os fãs: por onde andam os outros membros da formação clássica?

    Enquanto Davies manteve o nome Supertramp ativo por décadas, os caminhos de seus antigos companheiros foram diversos. Roger Hodgson, a outra mente criativa por trás de sucessos como “The Logical Song”, seguiu uma carreira solo de sucesso. Já outros, como o baixista Dougie Thomson, abandonaram os palcos por completo. A seguir, descobrimos o que aconteceu com cada um deles.

    Roger Hodgson: a voz do Supertramp em carreira solo

    Roger Hodgson era, ao lado de Rick Davies, o coração criativo do Supertramp. Sua voz aguda e suas composições introspectivas definiram grande parte do som da banda. Em 1983, no auge do sucesso, ele deixou o grupo para se dedicar à família e iniciar uma carreira solo, uma decisão que marcou o início do fim para a formação mais celebrada.

    Seu primeiro álbum solo, “In the Eye of the Storm”, lançado em 1984, foi bem recebido e manteve a essência musical que o consagrou. Desde então, Hodgson construiu uma trajetória sólida, embora mais discreta. Atualmente, ele continua ativo, realizando turnês mundiais em que apresenta tanto suas músicas solo quanto os grandes clássicos que compôs para o Supertramp, como “Dreamer” e “Give a Little Bit”.

    Sua presença constante nos palcos mantém viva a memória da banda para uma legião de fãs. Ele é, sem dúvida, o ex-integrante com a carreira pública mais visível e constante desde a separação do núcleo original.

    John Helliwell: o saxofonista que nunca parou

    O som do saxofone de John Helliwell é uma das marcas registradas do Supertramp. Após a saída de Hodgson, ele foi um dos membros que optaram por continuar na banda liderada por Rick Davies, participando de álbuns e turnês até a última reunião, em 2010.

    Paralelamente ao Supertramp, Helliwell sempre se manteve ativo em outros projetos. Apaixonado por jazz, ele lidera seu próprio quinteto, o Crème Anglaise, e colabora com diversos artistas europeus. Sua versatilidade o manteve relevante na cena musical, transitando com naturalidade entre o rock de arena e os clubes de jazz.

    Residindo no Reino Unido, ele continua a se apresentar regularmente, mostrando que sua paixão pela música vai muito além do universo do Supertramp. Sua carreira é um exemplo de como um músico pode se reinventar e explorar novas vertentes artísticas.

    Bob Siebenberg: o baterista e seus projetos paralelos

    Bob Siebenberg, o baterista de pulso firme que deu o ritmo a canções como “Breakfast in America”, também permaneceu no Supertramp ao lado de Davies. Sua batida precisa foi um pilar da sonoridade do grupo por quase toda a sua existência.

    Fora da banda, Siebenberg também explorou seu lado compositor. Em 1985, ele lançou o álbum solo “Giants in Our Own Room”, sob o pseudônimo de “Heads Up”, com a participação de outros músicos. Mais recentemente, em 2015, lançou o álbum “Glendale River”, mostrando que sua veia criativa continua pulsando.

    Uma curiosidade interessante é que seu filho, Jesse Siebenberg, tornou-se multi-instrumentista e chegou a integrar a formação de turnê do Supertramp nos anos 2000, criando uma conexão familiar única dentro da história da banda.

    Dougie Thomson: o baixista que trocou os palcos pelos bastidores

    O caminho de Dougie Thomson foi o mais diferente de todos. O baixista, cuja linha de baixo discreta e elegante sustentava a complexidade harmônica do Supertramp, decidiu abandonar a vida de músico profissional após a turnê de 1988.

    Thomson mudou-se para os Estados Unidos e ingressou no mundo dos negócios da música. Ele fundou uma empresa de agenciamento de artistas e gestão de carreiras, a J-Hops, e passou a trabalhar nos bastidores da indústria que um dia o projetou ao estrelato.

    Sua decisão de se afastar dos holofotes foi definitiva. Ele raramente dá entrevistas e leva uma vida reservada, focada em sua carreira como empresário. Thomson representa o lado de quem viveu a fama intensamente, mas optou por um novo começo longe do palco.

    E uma reunião, é possível?

    Durante anos, a possibilidade de uma reunião da formação clássica alimentou os sonhos dos fãs. O principal obstáculo sempre foi a relação estremecida entre Rick Davies e Roger Hodgson. Enquanto Hodgson se mostrava aberto a um reencontro, Davies parecia mais relutante em dividir o palco novamente.

    Com o falecimento de Rick Davies, a porta para essa reunião se fechou para sempre. A magia criada por aqueles cinco músicos juntos não poderá ser recriada. O legado do Supertramp, no entanto, permanece vivo através de suas canções e das carreiras que cada um construiu após o auge.

    O que aconteceu com Roger Hodgson após sair do Supertramp?

    Após sua saída em 1983, Roger Hodgson iniciou uma carreira solo.

    Ele continua ativo, realizando turnês mundiais com seus sucessos e clássicos da banda.

    Quais integrantes continuaram no Supertramp com Rick Davies?

    O saxofonista John Helliwell e o baterista Bob Siebenberg permaneceram na banda.

    Eles participaram de todos os álbuns e turnês subsequentes liderados por Davies.

    Todos os ex-integrantes seguiram na carreira musical?

    Não. O baixista Dougie Thomson deixou os palcos em 1988.

    Ele se tornou empresário e fundou uma empresa de agenciamento de artistas.

    Uma reunião da formação clássica do Supertramp ainda pode acontecer?

    Não, uma reunião da formação clássica não é mais possível.

    A morte de Rick Davies em 2025 encerrou essa possibilidade definitivamente.

  • Bitcoin para leigos: o guia definitivo para entender a criptomoeda

    Bitcoin para leigos: o guia definitivo para entender a criptomoeda

    Você já ouviu falar de Bitcoin e talvez tenha se perguntado como um “dinheiro de internet” pode valer tanto. A resposta vai além da simples cotação que sobe e desce nos noticiários. O Bitcoin é a primeira moeda digital totalmente descentralizada, criada em 2009 por uma pessoa ou grupo sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Isso significa que ele funciona sem a necessidade de um banco central ou de qualquer governo para emitir ou controlar as transações.

    A grande inovação por trás do Bitcoin é permitir que duas pessoas negociem diretamente, de forma segura e transparente, como se estivessem trocando uma nota de dinheiro. Essa troca acontece em uma rede global de computadores, onde cada operação é registrada em um livro-caixa público e imutável. Entender essa tecnologia é o primeiro passo para desvendar por que o ativo digital atrai tanto interesse de investidores ao redor do mundo.

    Leia: Especialista esclarece dez mitos e verdades sobre o Bitcoin

    Como o Bitcoin funciona na prática?

    Para usar Bitcoin, você precisa de uma “carteira digital” (wallet). Ela funciona como uma conta de banco, mas em vez de um número de agência e conta, você tem um endereço único, uma longa sequência de letras e números. É para esse endereço que outras pessoas enviam Bitcoins e de onde você envia para elas.

    Cada transação é uma transferência de valor entre carteiras. Quando você envia Bitcoins, assina digitalmente a operação com sua chave privada, uma espécie de senha secreta que prova que você é o dono dos fundos. A transação é então enviada para a rede, onde aguarda para ser confirmada e adicionada a um registro permanente de todas as operações já feitas.

    O que é a tecnologia blockchain?

    O registro de todas as transações de Bitcoin é chamado de blockchain. Pense nele como um livro-caixa digital público e compartilhado. Esse livro é composto por uma corrente de “blocos” (blocks), onde cada bloco contém uma lista de transações recentes.

    Quando um novo bloco é criado, ele é conectado ao bloco anterior de forma criptográfica, formando uma corrente (chain). Isso torna o sistema extremamente seguro. Para alterar uma transação antiga, seria necessário modificar todos os blocos seguintes, uma tarefa computacionalmente quase impossível.

    A principal característica da blockchain é sua descentralização. Cópias desse livro-caixa são distribuídas e atualizadas em milhares de computadores ao redor do mundo. Nenhum indivíduo ou empresa controla a rede, o que garante sua transparência e resistência à censura ou fraudes.

    E quem valida essas transações? A mineração

    As transações na rede Bitcoin são validadas por um processo conhecido como “mineração”. Os “mineradores” usam computadores de alta potência para resolver problemas matemáticos complexos. O objetivo dessa competição é encontrar a solução que permite agrupar um novo conjunto de transações em um bloco e adicioná-lo à blockchain.

    O primeiro minerador que resolve o problema ganha o direito de adicionar o bloco e é recompensado com uma quantidade pré-determinada de novos Bitcoins, além das taxas das transações incluídas no bloco. É assim que novas moedas são criadas e colocadas em circulação, de forma controlada e previsível.

    Esse mecanismo, chamado de Prova de Trabalho (Proof-of-Work), garante a segurança da rede. Ele exige um grande esforço computacional, o que torna caro e inviável para qualquer um tentar fraudar o sistema.

    Por que o Bitcoin tem valor?

    O valor do Bitcoin não está atrelado a um bem físico, como o ouro, nem é garantido por um governo. Seu preço é determinado puramente pela lei da oferta e da demanda no mercado. Vários fatores contribuem para que as pessoas o considerem valioso:

    • Escassez: O código do Bitcoin estabelece que o número máximo de moedas que podem ser criadas é de 21 milhões. Essa oferta limitada e previsível, semelhante à de metais preciosos, cria um senso de escassez digital que pode proteger o valor contra a inflação;
    • Descentralização: Por não ser controlado por nenhuma entidade, o Bitcoin é resistente à manipulação governamental ou à censura. Ninguém pode congelar sua conta ou impedir uma transação, o que oferece uma forma de soberania financeira.
    • Utilidade e divisibilidade: O ativo pode ser usado para transferir valor globalmente de forma rápida e com custos relativamente baixos, sem intermediários. Além disso, um Bitcoin pode ser dividido em até 100 milhões de unidades menores, chamadas “satoshis”, facilitando pequenas transações;
    • Aceitação: À medida que mais pessoas, empresas e até mesmo instituições financeiras passam a usar e a investir em Bitcoin, sua legitimidade e demanda aumentam. Essa crescente adoção fortalece sua posição como uma reserva de valor e um ativo de investimento.

    O que é Bitcoin?

    Bitcoin é uma moeda digital, também chamada de criptomoeda, criada em 2009.

    Ela permite a realização de transações financeiras diretas entre pessoas, sem a necessidade de um banco.

    Novos Bitcoins são criados por meio de um processo chamado "mineração".
    Jiri Hera

    Blockchain é a mesma coisa que Bitcoin?

    Não. Bitcoin é a moeda digital que opera em uma tecnologia chamada blockchain.

    A blockchain é o livro-caixa público e descentralizado que registra todas as transações de Bitcoin de forma segura.

    Como novos Bitcoins são criados?

    Novos Bitcoins são criados por meio de um processo chamado “mineração”.

    Mineradores usam computadores para resolver problemas matemáticos e validar transações, recebendo moedas como recompensa.

    O Bitcoin é seguro?

    A rede blockchain do Bitcoin é considerada muito segura devido à sua criptografia e natureza descentralizada.

    A segurança dos fundos de um usuário, no entanto, depende da proteção de sua “carteira digital” e chaves privadas.

    Por que o preço do Bitcoin varia tanto?

    Seu preço é definido pela oferta e demanda. Como a oferta é limitada, qualquer mudança na demanda causa grandes variações.

    Fatores como notícias, regulações e o sentimento do mercado influenciam diretamente sua cotação.

    Qualquer pessoa pode comprar Bitcoin?

    Sim. A compra é feita por meio de corretoras de criptomoedas, conhecidas como exchanges.

    É possível adquirir frações de um Bitcoin, tornando o investimento acessível para diferentes perfis.

  • 7 ideias criativas para celebrar o 7 de setembro com as crianças

    7 ideias criativas para celebrar o 7 de setembro com as crianças

    O tradicional desfile de 7 de setembro não vai acontecer em algumas cidades este ano, como em Bom Despacho, Minas Gerais, onde a prefeitura alegou dificuldades para realizar o evento. Para muitas famílias, a notícia pode ter frustrado os planos para o feriado, especialmente para quem tem crianças ansiosas pela celebração.

    Mas a ausência do evento público pode ser a chance perfeita para criar novas memórias e ensinar sobre a Independência do Brasil de um jeito diferente. Celebrar em casa pode ser tão ou mais divertido e educativo, transformando a data em um momento único de conexão familiar.

    Separamos sete ideias para você aproveitar o feriado com os pequenos, ensinando sobre a história do país e, claro, se divertindo muito. São atividades simples, que exigem poucos recursos e garantem um dia memorável para todos.

    1. Piquenique com as cores do Brasil

    Transforme o almoço ou o lanche da tarde em uma festa temática. A proposta é montar um piquenique onde as comidas e a decoração remetam às cores da bandeira brasileira. A atividade pode acontecer no parque mais próximo, no quintal ou até mesmo na sala de casa, com uma toalha estendida no chão.

    Para o cardápio, aposte em alimentos que já tenham as cores certas. O verde pode vir de uvas, kiwis, brócolis ou sanduíches com patê de abacate. O amarelo fica por conta do milho, abacaxi, manga, bolo de fubá ou suco de maracujá. O azul pode ser representado por mirtilos ou gelatinas. O branco, por sua vez, aparece no pão, no queijo ou na pipoca.

    Leve também uma bola ou um frisbee para gastar a energia da criançada ao ar livre. O importante é criar um ambiente descontraído, onde a família possa conversar, brincar e aproveitar o momento juntos, associando os símbolos nacionais a uma experiência positiva e saborosa.

    2. Caça ao tesouro da Independência

    Crianças adoram um bom mistério. Uma caça ao tesouro é a maneira perfeita de unir diversão e aprendizado. A ideia é criar pistas relacionadas a fatos e personagens da Independência do Brasil. Cada resposta correta leva a um novo esconderijo, até que os pequenos encontrem o “tesouro” final.

    As pistas podem ser perguntas simples. Por exemplo: “Fui o príncipe português que proclamou a Independência. Quem sou eu?”. A resposta, Dom Pedro I, pode levar a uma pista escondida perto de algo que comece com a letra “P”. Outra dica pode ser: “Qual o nome do rio onde a Independência foi declarada?”.

    O tesouro não precisa ser algo caro. Pode ser uma caixa com doces, um livro sobre a história do Brasil adaptado para crianças ou até mesmo um “certificado de historiador mirim”. A atividade estimula o raciocínio, o trabalho em equipe e fixa o conteúdo histórico de forma prática.

    3. Sessão de cinema histórica

    Que tal preparar a pipoca e organizar uma sessão de cinema em casa com foco no Brasil? A seleção de filmes pode variar conforme a idade das crianças. Existem diversos desenhos animados e documentários que exploram a cultura, a fauna, a flora e a história do país de maneira acessível.

    Crie um ambiente de cinema, com a sala escura, almofadas no chão e guloseimas. A experiência se torna mais imersiva e especial. Após o filme, promova uma pequena roda de conversa sobre o que assistiram. Pergunte o que mais gostaram, o que aprenderam de novo e quais as suas impressões.

    Essa é uma ótima oportunidade para apresentar diferentes visões sobre o Brasil e despertar a curiosidade dos pequenos para além dos livros didáticos. A linguagem audiovisual tem um grande poder de engajamento e pode tornar o aprendizado mais leve.

    Conhecer mais sobre o Brasil é uma forma de se conectar com a identidade e a história do  país
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    4. Oficina de arte verde e amarela

    Colocar a mão na massa é sempre uma alegria para as crianças. Monte uma pequena oficina de arte em casa com materiais simples, como cartolina, papel crepom, tinta guache, rolos de papel higiênico e caixas de papelão. O objetivo é criar objetos e decorações com as cores da bandeira.

    Vocês podem confeccionar bandeirinhas para decorar a casa, cata-ventos para brincar no quintal ou até mesmo chapéus de soldado, como os da guarda imperial. Outra ideia é usar as mãos das crianças como carimbo para criar uma grande bandeira do Brasil em uma cartolina, simbolizando a união da família.

    A atividade desenvolve a coordenação motora, a criatividade e o senso de colaboração. Ao final, a casa estará decorada com o resultado do trabalho em equipe, criando um ambiente festivo e personalizado para o feriado.

    5. Dia de mestre-cuca brasileiro

    Levar as crianças para a cozinha é uma forma de criar memórias afetivas e ensinar sobre a cultura de um país através de seus sabores. Escolha uma receita tipicamente brasileira e convide os pequenos para serem seus ajudantes. Pode ser algo doce, como brigadeiro ou bolo de cenoura, ou salgado, como pão de queijo.

    Distribua tarefas simples e seguras para cada um. Eles podem misturar os ingredientes secos, quebrar os ovos em uma tigela separada ou enrolar os docinhos. A experiência sensorial de tocar, cheirar e provar os alimentos torna o aprendizado mais concreto e divertido.

    Enquanto cozinham, conte um pouco sobre a origem do prato e sua importância na culinária nacional. Ao final, a recompensa será saborear algo delicioso que todos ajudaram a preparar, reforçando o sentimento de realização e orgulho.

    6. Teatro da Independência em casa

    Transforme a sala de casa em um palco e encene os principais eventos da Independência do Brasil. A proposta é criar uma pequena peça de teatro familiar, distribuindo papéis entre os participantes. Alguém pode ser Dom Pedro I, outro um soldado da guarda, e assim por diante.

    Não é preciso um roteiro complexo. A história pode ser contada de forma simplificada, focando no famoso “Grito do Ipiranga”. Usem a imaginação para os figurinos e adereços: um lençol pode virar uma capa, um cabo de vassoura pode ser a espada e o sofá pode se transformar no cavalo do príncipe.

    Essa atividade lúdica ajuda a criança a visualizar e a entender melhor os acontecimentos históricos. Além de ser extremamente divertido, o teatro estimula a desinibição, a criatividade e a capacidade de se expressar. Grave a peça com o celular para guardar uma recordação engraçada e única do feriado.

    7. Desvendando o Hino Nacional

    O Hino Nacional Brasileiro é um dos principais símbolos do país, mas sua letra complexa pode ser um desafio para as crianças. Aproveite o feriado para desvendar o significado de suas palavras de uma maneira interativa. Imprima a letra e leiam juntos, em voz alta.

    A cada verso, pause e explique o que as palavras mais difíceis significam. O que são “margens plácidas”? E um “povo heroico de brado retumbante”? Use exemplos e sinônimos simples para facilitar a compreensão. Vocês podem até criar um “dicionário do hino” em uma folha de papel.

    Depois de entenderem a letra, tentem cantar juntos. A atividade transforma um ato cívico, muitas vezes formal, em um momento de descoberta e aprendizado em família. Conhecer o hino é uma forma de se conectar com a identidade e a história do Brasil de uma maneira mais profunda.

  • Eclipse lunar de setembro: onde ver o show no céu

    Eclipse lunar de setembro: onde ver o show no céu

    O céu de setembro reserva um espetáculo para os brasileiros: um eclipse lunar parcial que poderá ser visto em grande parte do país. O fenômeno acontece na noite do dia 7 para a madrugada de 8 de setembro, quando a sombra da Terra cobrirá uma pequena porção da Lua, criando uma visão única no céu noturno.

    Este evento astronômico será uma oportunidade para observadores de quase todo o território nacional acompanharem on-line a dança cósmica entre Sol, Terra e Lua. A visibilidade, no entanto, só será possível por meios digitais, já que no Brasil será dia.

    O Observatório Nacional transmitirá o evento ao vivo pelo YouTube, no domingo, 7 de setembro, a partir das 12h (horário de Brasília).

    O que é um eclipse lunar parcial?

    Um eclipse lunar ocorre quando a Terra se posiciona exatamente entre o Sol e a Lua, projetando sua sombra sobre o satélite natural. No caso de um eclipse parcial, apenas uma parte da Lua atravessa a região mais escura da sombra terrestre, conhecida como umbra. O resultado é que uma fração do disco lunar parece escurecer ou ficar avermelhada.

    Diferente de um eclipse solar, que exige proteção especial para os olhos, o eclipse lunar é totalmente seguro para ser observado a olho nu. O fenômeno permite contemplar diretamente a mecânica celeste sem a necessidade de equipamentos de segurança, tornando-o um evento acessível a todos.

    Quando e onde assistir ao eclipse no Brasil

    O eclipse lunar parcial de setembro começará por volta das 12h (horário de Brasília) do dia 7 de setembro. A chamada “Lua de Sangue”, acontece neste eclipse lunar total que deixará a Lua vermelha. A previsão é que o fenômeno dure pouco mais de uma hora e vinte minutos.

    Próximo fenômeno visível no Brasil

    A expectativa já está marcada no calendário: de acordo com a Nasa, o próximo eclipse lunar total visível no Brasil acontece em 3 de março de 2026. Astrônomos reforçam que, mesmo em regiões onde o fenômeno poderá ser acompanhado, iniciar a observação cerca de 75 minutos antes do ápice garante uma experiência ainda mais marcante.

  • Teve prejuízo com a queda do app do Nubank? Conheça seus direitos

    Teve prejuízo com a queda do app do Nubank? Conheça seus direitos

    O aplicativo do Nubank apresentou instabilidade e você não conseguiu pagar uma conta a tempo? A falha gerou multas e juros, e agora o prejuízo está na sua carteira. Essa é uma situação frustrante e que tem se tornado comum para clientes de bancos digitais, especialmente em dias de maior movimento, como no início do mês.

    Se isso aconteceu com você, saiba que a responsabilidade por arcar com os custos adicionais não é sua. A lei é clara: a instituição financeira deve garantir o funcionamento de seus serviços. Quando uma falha técnica impede o cliente de cumprir uma obrigação, o banco é quem deve arcar com as consequências, incluindo o ressarcimento de juros e multas.

    Leia: Uso de Pix estimulou aceitação de cartão de débito, mostra estudo

    A responsabilidade é do banco?

    Sim, a responsabilidade é integralmente da instituição financeira. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece, em seu artigo 14, que o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.

    Uma instabilidade no aplicativo que impede pagamentos é considerada uma falha na prestação do serviço. O cliente tinha a intenção e os meios para pagar a conta, mas foi impedido por um problema técnico fora de seu controle. Portanto, qualquer encargo decorrente do atraso, como multas e juros, deve ser estornado pelo banco.

    A lógica é simples, o consumidor não pode ser penalizado por uma deficiência do serviço contratado. O banco tem o dever de manter seus canais digitais estáveis e funcionais. Quando isso não ocorre, a obrigação de reparar o dano financeiro é automática.

    Como comprovar a falha no aplicativo?

    O primeiro passo para garantir seus direitos é reunir provas de que você tentou realizar o pagamento e não conseguiu por causa da instabilidade. A documentação é fundamental para fortalecer sua reclamação junto ao banco e, se necessário, em outros órgãos de defesa do consumidor.

    A principal prova é a captura de tela (print) do erro exibido no aplicativo. Salve imagens que mostrem mensagens de sistema indisponível, falha na transação ou qualquer outro aviso que impeça a conclusão da operação. Anote o dia e o horário das tentativas.

    Outra fonte valiosa de evidências são as redes sociais. Em dias de instabilidade, plataformas como o X (antigo Twitter) ficam repletas de relatos de outros usuários. Faça capturas de tela dessas reclamações, pois elas mostram que o problema foi coletivo e não um caso isolado com seu aparelho ou conexão.

    Sites especializados em monitorar o status de serviços on-line, como o Downdetector, também servem como prova. Eles registram picos de reclamações de usuários em tempo real. Um relatório desses sites pode comprovar que o serviço do Nubank estava de fato com problemas no momento em que você tentava pagar a conta.

    A instituição financeira deve garantir o funcionamento de seus serviços
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    Passo a passo para pedir o ressarcimento

    Com as provas em mãos, o caminho para solicitar a devolução do dinheiro é mais simples. Siga uma ordem lógica de canais de atendimento, começando pelo próprio banco e escalando a reclamação caso não obtenha uma solução satisfatória.

    1. Contato com o Nubank
    O primeiro passo é sempre tentar resolver diretamente com a empresa. Entre em contato pelos canais oficiais de atendimento, como chat no aplicativo, e-mail ou telefone. Explique a situação de forma clara, informe a data e o horário da tentativa de pagamento e apresente as provas que você reuniu. Solicite formalmente o estorno dos juros e da multa pagos indevidamente.

    2. Ouvidoria
    Se o atendimento inicial não resolver seu problema ou a resposta for negativa, o próximo passo é a Ouvidoria do banco. Este é um canal de segunda instância, criado para mediar conflitos que não foram solucionados nos canais primários. Tenha o número de protocolo do primeiro atendimento em mãos.

    3. Consumidor.gov.br
    Caso o banco ainda se recuse a fazer o ressarcimento, registre uma reclamação na plataforma Consumidor.gov.br. Trata-se de um serviço público e gratuito que permite a comunicação direta entre consumidores e empresas para a solução de conflitos. A reclamação é monitorada por órgãos de defesa do consumidor, o que aumenta a chance de uma resolução rápida.

    4. Procon
    Você também pode procurar o Procon do seu estado. O órgão de defesa do consumidor pode intermediar o caso e até mesmo aplicar sanções à empresa caso identifique uma prática abusiva recorrente. É um caminho eficaz para fazer valer seus direitos.

    5. Banco Central
    Em última instância, se nenhuma das alternativas anteriores funcionar, registre uma queixa no Banco Central (BC). O BC fiscaliza as instituições financeiras e, embora não resolva diretamente o seu caso individual, a reclamação serve como um importante registro contra o banco, podendo levar a fiscalizações e multas.

    O banco pode me cobrar juros se o aplicativo estava fora do ar?

    Não. A cobrança de juros e multas é indevida quando o atraso no pagamento ocorre por uma falha no serviço do banco.

    O Código de Defesa do Consumidor determina que a responsabilidade pela falha é da instituição financeira.

    Quais provas preciso guardar para reclamar do prejuízo?

    Guarde capturas de tela do aplicativo mostrando a mensagem de erro. É importante registrar a data e a hora da tentativa.

    Reclamações de outros usuários nas redes sociais e relatórios de sites como o Downdetector também servem como prova.

    O que fazer se o Nubank não devolver o dinheiro?

    Se o atendimento inicial não resolver, procure a Ouvidoria do banco. Caso a recusa persista, formalize uma queixa no site Consumidor.gov.br.

    Outras opções são abrir um processo no Procon do seu estado ou registrar uma reclamação contra a instituição no Banco Central.

    Esse direito vale apenas para o Nubank?

    Não. Essa regra vale para qualquer banco, fintech ou instituição financeira que ofereça serviços digitais.

    A responsabilidade por falhas na prestação de serviço que geram prejuízo ao cliente é de toda e qualquer empresa, conforme o CDC.

    Preciso de advogado para resolver o problema?

    Na maioria dos casos, não. Os canais administrativos como a Ouvidoria, o Consumidor.gov.br e o Procon são projetados para que o próprio consumidor resolva a questão.

    O acionamento da Justiça com um advogado costuma ser o último recurso, indicado para casos mais complexos ou quando os valores envolvidos são altos.

  • Não paguei o pedágio eletrônico, e agora? Saiba como recorrer da multa

    Não paguei o pedágio eletrônico, e agora? Saiba como recorrer da multa

    Recebeu uma multa por não pagar o pedágio eletrônico, também conhecido como free flow, na BR-262? Você não está sozinho. A transição para o sistema sem cancelas, que promete mais agilidade no trânsito, ainda gera dúvidas e, para muitos, resultou em autuações inesperadas por evasão de pedágio.

    A boa notícia é que a infração pode ser contestada. Entender o processo de recurso e os argumentos válidos aumenta consideravelmente as chances de ter a penalidade cancelada. Isso evita não só o prejuízo financeiro, mas também a soma de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

    O sistema de fluxo livre funciona com pórticos equipados com câmeras e sensores que identificam os veículos pela placa ou por uma tag de pagamento automático. Após a passagem, o motorista tem um prazo de 15 dias corridos para efetuar o pagamento por meio do site ou aplicativo da concessionária responsável pela rodovia.

    A perda desse prazo caracteriza evasão de pedágio, uma infração grave segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A consequência é uma multa no valor de R$ 195,23 e a adição de cinco pontos na CNH. No entanto, falhas no sistema ou dificuldades de acesso aos canais de pagamento são problemas comuns que podem fundamentar uma defesa sólida.

    Passo a passo para recorrer da multa

    O processo para contestar a autuação exige organização e atenção aos prazos. O primeiro passo é aguardar a chegada da Notificação de Autuação no endereço de cadastro do veículo. Esse documento é o aviso formal da infração e informa o prazo para apresentar a chamada Defesa Prévia.

    Leia: Pedágios eletrônicos serão instalados na BR-262 em novembro; saiba onde

    Com a notificação em mãos, o próximo passo é reunir toda a documentação necessária. Normalmente, são exigidos cópias da CNH, do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) e da própria notificação recebida. Documentos adicionais que comprovem seus argumentos são essenciais.

    A etapa seguinte é a elaboração da defesa. O texto deve ser claro, objetivo e focado nos fatos. Explique o motivo pelo qual você acredita que a multa foi aplicada de forma indevida, sempre se baseando em argumentos técnicos e, se possível, em provas concretas. Evite justificativas emocionais ou sem fundamento.

    Por fim, a defesa deve ser protocolada no órgão de trânsito indicado na notificação. Esse envio pode ser feito pelos Correios, com aviso de recebimento para garantir a comprovação da entrega, ou presencialmente. Alguns órgãos já oferecem a opção de protocolo online, o que facilita o processo.

    Argumentos que podem cancelar a multa

    A escolha do argumento correto é o ponto central para o sucesso do recurso. Um dos mais eficazes é a comprovação de instabilidade no sistema de pagamento da concessionária. Se você tentou pagar dentro do prazo, mas o site ou aplicativo apresentou falhas, reúna provas disso. Capturas de tela com mensagens de erro, por exemplo, são muito úteis.

    Leia: Pedágios previstos geram insatisfação na Grande BH

    Outra linha de defesa é a falha na identificação do veículo. O sistema pode ter lido a placa de forma incorreta ou pode ter havido um erro na associação do pagamento à sua passagem. Verifique o extrato da sua tag de pagamento automático, caso possua uma, para confirmar se o débito não foi realizado corretamente.

    A falta ou a inadequação da sinalização sobre a existência do pedágio free flow e sobre os métodos de pagamento também pode ser um argumento válido. O CTB exige que as vias sejam devidamente sinalizadas. Fotografe os trechos da rodovia que comprovem a sinalização deficiente, se for o caso.

    Se a Notificação de Autuação foi expedida mais de 30 dias após a data da infração, a multa pode ser cancelada. A lei estabelece esse prazo máximo para que o órgão de trânsito envie o documento ao proprietário do veículo. Verifique as datas na correspondência recebida.

    O que é o pedágio free flow?

    O free flow, ou fluxo livre, é um sistema de cobrança de pedágio que não exige praças físicas com cancelas.

    Veículos são identificados por sensores e câmeras instalados em pórticos na rodovia.

    Como funciona o pagamento do pedágio eletrônico?

    O pagamento pode ser feito de duas formas: automaticamente, por meio de uma tag de pedágio instalada no veículo, ou manualmente.

    Para o pagamento manual, o motorista tem até 15 dias após a passagem para acessar o site ou aplicativo da concessionária e quitar o débito.

    Qual o valor da multa por não pagar o pedágio?

    A evasão de pedágio é considerada uma infração grave.

    A multa tem o valor de R$ 195,23 e acarreta cinco pontos na CNH.

    Qual o prazo para apresentar a defesa da autuação?

    O prazo para apresentar a Defesa Prévia é de, no mínimo, 30 dias, contados a partir da data de expedição da Notificação de Autuação.

    Essa informação estará claramente indicada no documento que você receber.

    O que acontece se a Defesa Prévia for negada?

    Caso a Defesa Prévia seja indeferida, você receberá uma Notificação de Imposição de Penalidade (NIP).

    A partir daí, ainda é possível recorrer em primeira instância à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari).

    Como posso provar que tentei pagar o pedágio?

    Guarde todas as evidências de suas tentativas de pagamento.

    Capturas de tela do site com erro, e-mails trocados com a concessionária ou protocolos de atendimento telefônico são provas importantes.

    Preciso de um advogado para recorrer?

    Não é necessária a contratação de um advogado para apresentar a defesa ou o recurso contra a multa de trânsito.

    O próprio condutor ou proprietário do veículo pode redigir e protocolar a defesa.