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  • STF, STJ e TSE: entenda as diferenças entre os principais tribunais do Brasil

    STF, STJ e TSE: entenda as diferenças entre os principais tribunais do Brasil

    Compreender o papel dos principais tribunais do Brasil pode parecer uma tarefa complexa, mas é essencial para entender o funcionamento do país. O Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm funções distintas e não se sobrepõem, embora atuem em conjunto para garantir a ordem jurídica.

    Leia: As cartas de ministros de STF e STJ a filho de ministro em concurso da USP

    Cada um desses órgãos é uma peça-chave no quebra-cabeça do Poder Judiciário. Enquanto o STF é o guardião máximo da Constituição, o STJ cuida da aplicação das leis federais, e o TSE se dedica exclusivamente às questões eleitorais. Casos de grande repercussão, como os que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, mostram como a atuação de cada Corte é específica e decisiva para o cenário político e social.

    O que é o Supremo Tribunal Federal (STF)?

    O STF ocupa o topo da estrutura do Poder Judiciário brasileiro. Sua missão principal é zelar pela Constituição Federal. Isso significa que ele tem a palavra final sobre o que é ou não constitucional no país. Qualquer lei, decreto ou ato normativo que contrarie a Constituição pode ser invalidado pelo Supremo.

    Composto por 11 ministros, indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado Federal, o tribunal julga questões de grande impacto. Entre suas competências está a de processar e julgar, por exemplo, o presidente da República, o vice-presidente, membros do Congresso Nacional e seus próprios ministros em crimes comuns.

    Leia: Condenação de Bolsonaro no TSE é anulada por ministro

    O Supremo também analisa recursos extraordinários, que são apelações contra decisões de outros tribunais que possam ter violado a Constituição. É, portanto, a última instância para qualquer debate que envolva a lei maior do país, garantindo que seus princípios sejam respeitados em todo o território nacional.

    Qual a função do Superior Tribunal de Justiça (STJ)?

    O Superior Tribunal de Justiça, conhecido como “Tribunal da Cidadania”, tem um papel diferente. Sua principal função é uniformizar a interpretação da legislação federal em todo o Brasil. Em outras palavras, o STJ garante que uma mesma lei federal seja aplicada da mesma forma em São Paulo, no Acre ou no Rio Grande do Sul.

    Formado por no mínimo 33 ministros, o STJ não reexamina fatos ou provas de um processo. A sua análise é estritamente sobre a aplicação da lei. Por exemplo, se um tribunal de segunda instância interpretou um artigo do Código Civil de maneira diferente de outro tribunal, cabe ao STJ decidir qual a interpretação correta, pacificando o entendimento.

    É a última instância para causas infraconstitucionais que não envolvem matéria constitucional nem a justiça especializada, como a trabalhista ou a eleitoral. Questões do dia a dia, como disputas sobre contratos, planos de saúde ou direito do consumidor, podem chegar ao STJ se houver divergência sobre a aplicação de uma lei federal.

    E o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)?

    O Tribunal Superior Eleitoral tem uma missão muito específica: administrar a Justiça Eleitoral. Ele é o órgão máximo responsável por organizar, fiscalizar e apurar as eleições no Brasil, garantindo a legitimidade do processo eleitoral. Sua atuação é fundamental para a saúde da democracia.

    A composição do TSE é única, sendo formado por sete ministros. Três são originários do STF, dois vêm do STJ e dois são juristas indicados pelo presidente da República. Essa formação mista busca equilibrar a visão judicial e a expertise jurídica na condução das eleições.

    Leia: O que muda no STF e no TSE com saída de Lewandowski

    O TSE julga os recursos de decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e também tem competência originária para julgar casos como o registro de partidos políticos, candidaturas à presidência e vice-presidência e crimes eleitorais que envolvem essas figuras. Ações que pedem a cassação de mandatos por abuso de poder político ou econômico, como as que miraram o ex-presidente Bolsonaro, são exemplos claros de sua jurisdição.

    Como os tribunais se relacionam?

    Apesar das funções distintas, os tribunais se relacionam de forma hierárquica e complementar. O STJ está abaixo do STF na estrutura judiciária comum. Uma decisão do STJ sobre a aplicação de uma lei federal pode ser questionada no STF, mas apenas se envolver uma violação direta da Constituição.

    O TSE, por sua vez, é a instância máxima em matéria eleitoral. Suas decisões só podem ser revistas pelo STF se contrariarem a Constituição. Portanto, o STF sempre terá a palavra final quando o assunto é a Carta Magna, independentemente da origem da decisão.

    De forma simplificada, a diferença fundamental é o foco de cada um:

    • STF: Cuida da Constituição.
    • STJ: Cuida das leis federais.
    • TSE: Cuida das leis eleitorais e das eleições.

    Entender essa divisão é o primeiro passo para acompanhar o noticiário político e jurídico com mais clareza, compreendendo por que determinado caso está em um tribunal e não em outro. Cada um exerce um papel vital para o equilíbrio e a justiça no Estado brasileiro.

    Qual é a principal diferença entre o STF e o STJ?

    A diferença central está na matéria que cada um julga. O Supremo Tribunal Federal (STF) é o guardião da Constituição Federal.
    O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por outro lado, tem a missão de uniformizar a interpretação das leis federais em todo o país.

    Por que o TSE julgou o ex-presidente Jair Bolsonaro?

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou o ex-presidente porque é a corte responsável por processar e julgar crimes e infrações eleitorais.
    O caso em questão envolvia acusações de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante o período eleitoral.

    Um cidadão comum pode ter um caso julgado no STF ou STJ?

    Sim, mas de forma indireta. Um processo de um cidadão comum não começa nessas cortes. Ele se inicia na primeira instância da Justiça.
    O caso pode chegar ao STJ ou ao STF por meio de recursos, após ter passado por todas as instâncias inferiores, se houver uma questão de lei federal ou constitucional a ser discutida.

    Quantos ministros compõem cada tribunal?

    O STF é composto por 11 ministros. O STJ tem, no mínimo, 33 ministros. Já o TSE é formado por 7 ministros titulares.
    A forma de nomeação e a origem dos membros também variam, refletindo a natureza específica da atuação de cada tribunal.

  • Profissão: matemático. Onde esse profissional trabalha além da escola?

    Profissão: matemático. Onde esse profissional trabalha além da escola?

    A imagem do matemático confinado a uma sala de aula, com canetão na mão e uma lousa repleta de equações, está cada vez mais distante da realidade. Enquanto a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) bate recordes de inscritos e movimenta estudantes por todo o país, um universo de oportunidades se abre para quem domina os números, muito além do ambiente escolar.

    Empresas de tecnologia, bancos de investimento e startups disputam esses profissionais a peso de ouro. A capacidade de raciocínio lógico, de resolver problemas complexos e de criar modelos preditivos tornou-se um dos ativos mais valiosos do mercado de trabalho atual.

    O mercado financeiro em busca de “quants”

    No coração pulsante da economia global, os matemáticos são conhecidos como analistas quantitativos, ou “quants”. Eles não estão lá para fazer contas simples, mas para desenvolver algoritmos sofisticados que orientam decisões de investimento de bilhões de reais. Esses profissionais criam modelos para prever o comportamento de ações, avaliar riscos e identificar oportunidades no mercado.

    O trabalho envolve um profundo conhecimento de cálculo, estatística e probabilidade. Bancos, fundos de hedge e corretoras buscam talentos capazes de traduzir a complexidade do mercado em fórmulas matemáticas, garantindo uma vantagem competitiva que pode significar lucros expressivos.

    Tecnologia e a lógica por trás dos algoritmos

    Cada vez que você usa um aplicativo de transporte, recebe uma recomendação de filme ou faz uma busca na internet, há um exército de algoritmos trabalhando. No centro do desenvolvimento desses sistemas está o raciocínio matemático. Profissionais da área atuam na otimização de rotas, na criação de sistemas de recomendação e na segurança digital.

    A criptografia, que protege nossas informações on-line, é um campo puramente matemático. Empresas de software, gigantes da tecnologia e startups inovadoras precisam de mentes que possam pensar de forma abstrata e estruturada para construir as ferramentas digitais que usamos todos os dias.

    Ciência de dados: o novo petróleo

    A expressão “dados são o novo petróleo” já se tornou um clichê, mas reflete uma verdade do mercado. Empresas de todos os setores coletam um volume gigantesco de informações sobre seus clientes e operações. No entanto, esses dados brutos não têm valor sem alguém que saiba como interpretá-los. É aqui que entra o matemático com especialização em ciência de dados.

    Esse profissional utiliza ferramentas estatísticas e de programação para analisar grandes bases de dados, identificar padrões, prever tendências de consumo e otimizar processos de negócio. Ele transforma números em insights estratégicos que guiam as decisões mais importantes de uma companhia, desde o lançamento de um produto até a definição de preços.

    Inteligência artificial e aprendizado de máquina

    A inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina (machine learning) são duas das áreas mais revolucionárias da atualidade. Elas estão por trás dos assistentes virtuais, dos carros autônomos e dos diagnósticos médicos automatizados. A base de tudo isso é a matemática, especialmente a álgebra linear, o cálculo e a otimização.

    O matemático que atua nesse campo desenvolve e treina os modelos de IA. Ele cria as redes neurais que permitem a uma máquina aprender com os dados e tomar decisões de forma autônoma. É uma carreira na vanguarda da inovação, com potencial para transformar completamente a sociedade nas próximas décadas.

    Outras fronteiras para os matemáticos

    As possibilidades não param por aí. No setor de seguros, os atuários usam a matemática para calcular riscos e definir o preço das apólices. Na logística, otimizam rotas de entrega e gerenciamento de estoques para reduzir custos. Em consultorias, aplicam seu raciocínio analítico para resolver os problemas mais complexos de grandes empresas, em áreas que vão da produção industrial ao marketing.

    A formação em matemática desenvolve uma habilidade universalmente desejada: a capacidade de resolver problemas de forma lógica e eficiente. Por isso, a profissão transcendeu a sala de aula para se tornar uma peça-chave na engrenagem da economia moderna, abrindo um leque de carreiras promissoras e bem remuneradas.

    Qual a principal diferença entre a matemática da escola e a do mercado?

    A matemática escolar foca na aprendizagem de ferramentas e conceitos teóricos.

    No mercado de trabalho, o profissional aplica essas ferramentas para resolver problemas práticos e gerar resultados concretos para uma empresa.

    Um matemático ganha bem?

    Sim, as carreiras para matemáticos fora do ambiente acadêmico estão entre as mais bem remuneradas do mercado.

    Áreas como mercado financeiro, ciência de dados e inteligência artificial oferecem salários iniciais elevados e grande potencial de crescimento.

    O que faz um cientista de dados?

    O cientista de dados coleta, processa e analisa grandes volumes de informações para extrair conhecimentos valiosos.

    Ele identifica tendências e padrões que ajudam as empresas a tomar decisões estratégicas mais inteligentes.

    Quais habilidades além da matemática são importantes?

    Conhecimentos em programação, especialmente em linguagens como Python e R, são fundamentais.

    Habilidades de comunicação para explicar resultados complexos de forma simples e capacidade de trabalhar em equipe também são cruciais.

    Preciso fazer faculdade de matemática para atuar nessas áreas?

    Não necessariamente. Graduações em estatística, engenharia, ciência da computação ou física também fornecem uma base sólida.

    O mais importante é ter um profundo conhecimento em cálculo, álgebra linear, estatística e lógica de programação.

  • De “50 anos em 5” a “40 anos em 4”: o peso histórico do slogan de JK na política atual

    De “50 anos em 5” a “40 anos em 4”: o peso histórico do slogan de JK na política atual

    A política brasileira vive de símbolos, e poucos são tão potentes quanto o “50 anos em 5” de Juscelino Kubitschek. A frase, que marcou uma era de otimismo e desenvolvimento acelerado, ecoa até hoje no imaginário nacional. Agora, a expressão histórica ganha um novo contorno com a sugestão “40 anos em 4”, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sinalizando uma possível plataforma para uma futura corrida presidencial.

    Essa reapropriação não é um acaso. O lema de JK encapsulou um projeto ambicioso que transformou a economia e a infraestrutura do país em meados do século XX. Entender o que significou o Plano de Metas e seu slogan é fundamental para decifrar a mensagem que políticos contemporâneos tentam transmitir ao se inspirarem nele.

    Leia: ’40 anos em 4′: Tarcísio ‘lança’ slogan para a Presidência

    Juscelino assumiu a presidência em 1956 com a promessa de fazer o Brasil avançar cinco décadas em apenas cinco anos de mandato. O país vivia um momento de efervescência e buscava superar o atraso econômico, se firmando como uma nação industrializada. O slogan, portanto, era mais que uma peça de marketing; era a síntese de um projeto de nação.

    O plano se baseava em um nacional-desenvolvimentismo, que combinava forte intervenção estatal com a abertura para o capital estrangeiro. A ideia era criar as condições necessárias para um salto industrial, focando em setores estratégicos que eram considerados gargalos para o crescimento do país.

    O que foi o Plano de Metas?

    A estrutura do plano foi desenhada para criar um ciclo de crescimento. Investimentos em energia e transportes, por exemplo, dariam suporte para a expansão da indústria de base, que, por sua vez, impulsionaria outros setores da economia. As metas foram organizadas da seguinte forma:

    • Energia: a meta era aumentar a capacidade de produção de energia elétrica e a produção de petróleo. Isso era visto como o motor essencial para a industrialização.
    • Transportes: o foco estava na construção e pavimentação de milhares de quilômetros de rodovias, além da modernização de portos e ferrovias.
    • Alimentação: buscava-se o aumento da produção agrícola e a melhoria da infraestrutura de armazenamento, como a construção de silos e armazéns.
    • Indústria de Base: o plano previa a expansão da produção de aço, cimento, alumínio e a instalação da indústria automobilística no país.
    • Educação: a meta era a formação de pessoal técnico para atender à nova demanda da indústria que estava se formando.

    O objetivo mais simbólico, no entanto, era a “meta-síntese”: a construção de Brasília. Transferir a capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central era um projeto antigo, mas foi JK quem o tirou do papel. Brasília representava a integração do território nacional e a modernidade que o governo queria imprimir em sua gestão.

    Leia: Industrialização em Minas é legado de JK

    Os resultados foram visíveis. A indústria automobilística se instalou no ABC Paulista, a malha rodoviária se expandiu drasticamente e o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma média de 8% ao ano. O Brasil urbano e industrial que conhecemos hoje começou a se consolidar nesse período.

    Contudo, o projeto teve um custo alto. Para financiar as obras, o governo recorreu à emissão de moeda e a empréstimos estrangeiros. Dessa maneira, gerou um forte aumento da inflação e da dívida externa. O crescimento acelerado também aprofundou desigualdades sociais e regionais, portanto concentrou a riqueza no Sudeste.

    Leia: Minas no centro das grandes decisões políticas brasileiras

    Ao se inspirar em JK, Tarcísio de Freitas busca se conectar ao legado de um presidente “tocador de obras”, portanto focado em resultados práticos e no crescimento econômico. A estratégia é associar sua imagem à ideia de progresso e eficiência, um discurso que encontra ressonância em um país que anseia por desenvolvimento.

    A referência a “50 anos em 5” evoca um sentimento de esperança e ambição, mas também serve como um lembrete dos desafios econômicos que projetos de desenvolvimento tão audaciosos podem acarretar. A história mostra que o avanço muitas vezes deixa para trás questões fiscais e sociais. São as gerações seguintes que as enfrentam.

    Qual a origem do slogan ’50 anos em 5′?

    O slogan surgiu durante a campanha presidencial de Juscelino Kubitschek em 1955.
    Ele nasceu da promessa de promover um desenvolvimento econômico e social equivalente a 50 anos em apenas cinco anos de mandato.

    O que foi o Plano de Metas de JK?

    Foi o programa de governo de Juscelino Kubitschek, que serviu como base para a promessa de desenvolvimento acelerado.
    O plano continha 31 metas distribuídas em cinco setores estratégicos: energia, transportes, alimentação, indústria de base e educação.

    Quais foram os principais resultados do Plano de Metas?

    O plano impulsionou a industrialização do Brasil, com a instalação da indústria automobilística e a expansão da produção de aço e cimento.
    Houve também uma grande expansão da malha rodoviária e a construção de Brasília, a nova capital federal, inaugurada em 1960.

    O governo JK teve consequências negativas?

    Sim. O ritmo intenso de investimentos e gastos públicos gerou um aumento significativo da inflação.
    Para financiar os projetos, o governo também aumentou a dívida externa, deixando um desafio econômico para as administrações futuras.

    Por que o slogan de JK é relevante hoje?

    A frase se tornou um símbolo de desenvolvimento e otimismo na política brasileira, representando a capacidade de realizar grandes projetos.
    Políticos contemporâneos, como Tarcísio de Freitas, usam variações do lema para associar suas imagens a uma gestão focada em crescimento e eficiência.

  • 5 dicas para nunca mais errar ao escolher carne no supermercado

    5 dicas para nunca mais errar ao escolher carne no supermercado

    A recente apreensão de 27 toneladas de carne imprópria para consumo em Belo Horizonte trouxe de volta uma preocupação constante para muitas famílias: como saber se o produto que levamos para casa é seguro? A escolha no supermercado vai além do preço ou do corte e se torna uma questão de saúde pública e bem-estar.

    Pequenos detalhes na cor, no cheiro e na textura podem revelar muito sobre o estado de conservação do produto. Aprender a fazer essa análise rápida na gôndola é um conhecimento essencial para garantir refeições seguras e saborosas.

    1. A cor é o primeiro sinal de alerta

    A aparência visual é o primeiro contato que temos com a carne e, muitas vezes, o indicativo mais claro de sua qualidade. Cada tipo de carne possui uma coloração característica quando está fresca, e qualquer desvio desse padrão merece atenção. É um erro comum acreditar que toda carne vermelha deve ser extremamente viva.

    Para a carne bovina, a cor ideal é um vermelho-brilhante. Se ela apresentar um tom mais escuro, quase púrpura, pode ser apenas resultado da falta de contato com o oxigênio, algo comum em embalagens a vácuo. No entanto, tons acinzentados ou esverdeados são um sinal claro de deterioração e devem ser evitados a todo custo.

    A carne de porco fresca deve ter uma tonalidade rosada e clara. Carnes suínas muito pálidas ou escuras podem indicar problemas na qualidade ou no manejo do animal.

    Já o frango precisa ter uma cor uniforme, que varia entre o branco e o amarelado-claro, dependendo da alimentação da ave. Fique longe de peças com manchas escuras, esverdeadas ou com as pontas das asas escurecidas.

    2. O olfato nunca engana

    O cheiro é um dos indicadores mais confiáveis sobre o estado da carne. Produtos frescos, sejam de boi, porco ou frango, possuem um odor muito sutil, quase neutro. Qualquer cheiro forte ou desagradável é um motivo para descartar a compra imediatamente. O hábito de sentir o cheiro dos alimentos, mesmo embalados, pode evitar grandes problemas.

    O principal sinal de alerta é um odor azedo ou que lembre amônia. Esse cheiro indica um processo de decomposição já em andamento, causado pela proliferação de bactérias. Carnes que apresentam um cheiro estranhamente adocicado também são um mau sinal, pois podem indicar a presença de certos tipos de microrganismos.

    3. Textura firme e sem excesso de líquido

    O toque também revela informações importantes sobre a qualidade da carne. Uma peça fresca deve ser firme e elástica. Ao pressioná-la levemente com o dedo, a carne deve ceder um pouco e depois voltar rapidamente à sua forma original. Essa elasticidade é um sinal de que as fibras musculares estão intactas e bem conservadas.

    Desconfie de carnes que parecem flácidas ou que não retornam ao formato inicial após a pressão. A superfície deve ser ligeiramente úmida, mas nunca pegajosa ou viscosa. Uma textura melada é um indicativo forte de crescimento bacteriano na superfície do produto, tornando-o impróprio para o consumo.

    Observe também a quantidade de líquido dentro da embalagem. Um pouco de suco avermelhado, chamado de mioglobina, é normal. No entanto, o excesso de líquido pode ser um sinal de que a carne foi congelada e descongelada várias vezes ou que não está fresca. Esse ciclo de temperatura compromete a textura e a segurança do alimento.

    4. Analise a gordura e a embalagem

    A gordura presente na carne também serve como um termômetro de qualidade. Em cortes bovinos e suínos, a gordura deve ter uma cor branca ou levemente amarelada. Gordura com tons acinzentados, muito amarelados ou com manchas escuras indica que a carne pode ser de um animal mais velho ou que o produto não foi armazenado corretamente.

    A embalagem é outra barreira de proteção que precisa ser inspecionada. Verifique se não há furos, rasgos ou qualquer tipo de dano que possa permitir a entrada de ar e contaminantes. Embalagens estufadas são um péssimo sinal, pois indicam a produção de gases por bactérias em atividade dentro do pacote.

    Para carnes embaladas a vácuo, o plástico deve estar firmemente aderido ao produto, sem bolhas de ar. A ausência de oxigênio nesse tipo de embalagem ajuda a preservar a carne por mais tempo, mas qualquer falha no selo compromete totalmente essa proteção.

    5. Data de validade e armazenamento no ponto de venda

    Pode parecer óbvio, mas conferir a data de validade é um passo que nunca deve ser esquecido. Dê preferência aos produtos com a data de embalagem mais recente e um prazo de validade mais longo. Evite comprar carne que esteja muito próxima do vencimento, a menos que o consumo seja imediato.

    Além da data, observe as condições de armazenamento no supermercado. Os balcões refrigerados e freezers devem estar limpos e organizados. A temperatura indicada nos termômetros precisa estar adequada para a conservação de carnes, geralmente abaixo de 4°C para produtos resfriados e em -18°C ou menos para congelados.

    Um freezer com grossas camadas de gelo nas paredes ou sobre os produtos pode indicar problemas de funcionamento ou ciclos de degelo inadequados. Essas variações de temperatura prejudicam a qualidade e a segurança da carne. Um estabelecimento que cuida bem de seus equipamentos de refrigeração demonstra um maior compromisso com a qualidade do que vende.

  • Viu uma agressão a uma criança? Saiba o que fazer e como denunciar

    Viu uma agressão a uma criança? Saiba o que fazer e como denunciar

    Um vídeo recente mostrando um pai agredindo o filho em via pública chocou o país e acendeu um alerta. A cena, que rapidamente se espalhou, levantou uma questão fundamental para quem assistiu: o que fazer ao presenciar um ato de violência contra uma criança ou adolescente?

    O medo de se envolver, a incerteza sobre como agir ou o receio de interpretar a situação de forma errada fazem com que muitas pessoas apenas observem. No entanto, a omissão pode ter consequências graves para a vítima. Agir corretamente é um dever de todos e pode salvar uma vida.

    Entender os canais de denúncia e os passos a serem seguidos é a forma mais eficaz de proteger quem está vulnerável. A intervenção não precisa ser um confronto direto. Existem maneiras seguras e anônimas de garantir que a situação chegue ao conhecimento das autoridades competentes, que são preparadas para lidar com o caso.

    Primeiro passo: avalie a segurança e o risco imediato

    Ao se deparar com uma cena de agressão, a primeira atitude é analisar o ambiente. A criança corre risco de morte ou de sofrer uma lesão grave naquele exato momento? A resposta para essa pergunta define a urgência e o tipo de ação que você deve tomar. Se a violência é intensa e imediata, a prioridade máxima é acionar a polícia.

    Em um local público, tente manter uma distância segura. Sua proteção também é importante para que possa ajudar de forma eficaz. Evite confrontar o agressor diretamente, pois isso pode escalar a violência e colocar tanto você quanto a vítima em um perigo ainda maior. O objetivo é acionar ajuda qualificada o mais rápido possível.

    Os canais corretos para fazer a denúncia

    Conhecer os canais de denúncia é crucial. Cada um tem uma função específica, e saber qual usar acelera o processo de proteção à vítima. Manter a calma e fornecer informações claras faz toda a diferença para o atendimento.

    Aqui estão os principais canais e quando utilizá-los:

    • Polícia Militar (190): este é o número para emergências. Se a agressão está acontecendo naquele momento e a criança corre risco iminente, ligue para o 190 sem hesitar. Informe o endereço exato e descreva a situação com o máximo de detalhes possível.
    • Disque 100 (Disque Direitos Humanos): este é o canal mais importante para denúncias de violações de direitos humanos, incluindo violência infantil. A ligação é gratuita, funciona 24 horas por dia e a denúncia pode ser completamente anônima. O Disque 100 é ideal para qualquer suspeita, mesmo que você não tenha certeza absoluta do que ocorre. As informações são encaminhadas aos órgãos competentes, como o Conselho Tutelar.
    • Conselho Tutelar: é o órgão municipal responsável por zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Você pode procurar o Conselho Tutelar da sua cidade para relatar casos de suspeita de negligência, violência psicológica, física ou abuso. Eles têm a atribuição de investigar e aplicar as medidas de proteção necessárias.

    O que não fazer ao presenciar a agressão

    Tão importante quanto saber o que fazer é entender o que deve ser evitado. Atitudes impensadas podem piorar a situação ou expor a criança de forma desnecessária. A intenção de ajudar precisa ser acompanhada de ações prudentes.

    Primeiro, evite gravar a cena apenas para postar nas redes sociais. Embora um vídeo possa servir como prova, sua divulgação sem critério expõe a imagem da vítima e pode configurar um crime. Se decidir filmar para usar como evidência, faça de forma discreta e envie o material diretamente para as autoridades ao registrar a denúncia.

    Por fim, não se omita por achar que “em briga de família não se mete a colher”. A violência contra crianças e adolescentes é um problema social e um crime. A lei brasileira, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelece que a proteção infantojuvenil é uma responsabilidade de toda a sociedade.

  • O sucesso das ‘collabs’: 5 parcerias entre marcas que deram muito certo

    O sucesso das ‘collabs’: 5 parcerias entre marcas que deram muito certo

    O recente anúncio de uma colaboração entre a Coca-Cola e o boneco Labubu, um fenômeno da cultura pop asiática, acendeu novamente os holofotes sobre uma das estratégias de marketing mais eficientes da atualidade: as “collabs”. A união de duas marcas, aparentemente distintas, cria um produto de desejo que atrai consumidores e gera conversas nas redes sociais.

    Essa tática vai muito além de um simples lançamento. Ela conecta universos, apresenta uma marca a um novo público e cria uma sensação de exclusividade e urgência. Quando bem executada, uma parceria pode redefinir a percepção de uma empresa, impulsionar vendas e transformar um item comum em um objeto de colecionador, cobiçado por milhares de pessoas.

    Relembre a seguir cinco parcerias que se tornaram verdadeiros marcos no mercado.

    Louis Vuitton e Supreme

    Em 2017, o mundo da moda foi surpreendido por uma união que parecia improvável. De um lado, a Louis Vuitton, símbolo do luxo e da tradição francesa. Do outro, a Supreme, uma marca de skate que se tornou um ícone da cultura de rua e do “hype”. A parceria quebrou barreiras e uniu dois mundos opostos de forma coesa e desejável.

    A coleção incluiu de moletons e camisetas a mochilas e jaquetas, todos mesclando o monograma clássico da grife francesa com o logotipo vermelho e branco da Supreme. As peças se esgotaram em questão de minutos, com filas gigantescas se formando em frente às lojas. Os preços no mercado de revenda dispararam, provando o poder cultural da colaboração.

    Essa parceria não apenas gerou um faturamento expressivo, mas também rejuvenesceu a imagem da Louis Vuitton, conectando-a a um público mais jovem e urbano. Para a Supreme, a colaboração solidificou seu status como uma marca influente, capaz de dialogar de igual para igual com gigantes do luxo tradicional.

    Lego e Star Wars

    Esta é uma das colaborações mais duradouras e bem-sucedidas da história. Lançada em 1999, a parceria entre o Grupo Lego e a franquia “Star Wars” revitalizou a empresa dinamarquesa de brinquedos e expandiu ainda mais o universo criado por George Lucas. A união foi um movimento estratégico que deu origem a um fenômeno cultural.

    A linha de produtos trouxe naves, personagens e cenários icônicos da saga cinematográfica para o formato de blocos de montar. O apelo foi imediato, atraindo tanto crianças quanto adultos que cresceram assistindo aos filmes. Sets como a Millennium Falcon e a Estrela da Morte se tornaram objetos de desejo para colecionadores em todo o mundo.

    O sucesso foi tão grande que a parceria se desdobrou em videogames, séries animadas e curtas-metragens, criando um ecossistema de conteúdo próprio.

    Nike e Off-White

    No universo dos tênis, poucas parcerias causaram tanto impacto quanto a coleção “The Ten”, assinada por Virgil Abloh, fundador da Off-White, para a Nike. Lançada em 2017, a colaboração desconstruiu 10 modelos clássicos da marca esportiva, como o Air Jordan 1 e o Air Max 90, aplicando uma estética industrial e conceitual.

    Cada par de tênis apresentava detalhes únicos, como etiquetas plásticas, textos explicativos entre aspas e costuras expostas. A abordagem de Abloh transformou calçados conhecidos em verdadeiras obras de arte, gerando uma demanda sem precedentes. Conseguir um par se tornou uma missão quase impossível, alimentando ainda mais o desejo.

    A coleção “The Ten” não apenas redefiniu o que uma colaboração de tênis poderia ser, mas também elevou Virgil Abloh ao status de um dos designers mais influentes de sua geração. A parceria mostrou como o design autoral pode agregar um valor imenso a um produto de massa, transformando-o em um item de cultura.

    Havaianas e Farm

    No cenário nacional, a união entre Havaianas e Farm é um exemplo de como duas marcas com forte identidade brasileira podem criar produtos de sucesso. A parceria, que já rendeu diversas coleções, combina o conforto e a popularidade das sandálias com as estampas vibrantes e tropicais que são a marca registrada da Farm.

    A sinergia é evidente: ambas as empresas celebram o verão, as cores e o estilo de vida descontraído do Brasil. As sandálias estampadas com tucanos, flores e outros elementos da fauna e flora nacional se tornaram itens essenciais para quem busca um visual autêntico e alegre. As coleções são lançadas de forma estratégica, gerando expectativa a cada nova temporada.

    Essa colaboração mostra que não é preciso unir marcas de segmentos completamente diferentes para ter sucesso. Havaianas e Farm atuam no setor de moda, mas encontraram um ponto de intersecção que fortalece ambas. Elas entregam ao público um produto que é a cara do Brasil e que ressoa fortemente com a cultura local.

    McDonald’s x Travis Scott

    Uma colaboração pode transformar até mesmo um simples pedido em um evento cultural. Foi o que aconteceu em 2020, quando o McDonald’s se uniu ao rapper Travis Scott. A parceria não envolveu a criação de um novo lanche, mas sim a promoção de um combo já existente que era o pedido favorito do artista: um Quarteirão com queijo, bacon, alface, batatas fritas com molho barbecue e um refrigerante.

    Batizado de “Cactus Jack Meal”, o combo viralizou nas redes sociais, especialmente no TikTok. Jovens de todo o mundo iam aos restaurantes da rede pedindo a refeição com a frase “You know what I’m here for” (Você sabe por que estou aqui), imitando um bordão do rapper. A demanda foi tão alta que algumas unidades relataram falta de ingredientes.

    A parceria incluiu também uma linha de produtos, como camisetas e outros itens de vestuário, que se esgotaram rapidamente. O caso mostrou como a influência de uma celebridade, combinada a uma estratégia de marketing digital inteligente, pode gerar um engajamento massivo e resultados de venda expressivos para uma marca já consolidada.

  • Stalking é crime: saiba o que diz a lei e como se proteger legalmente

    Stalking é crime: saiba o que diz a lei e como se proteger legalmente

    A prisão de um homem em São Paulo por perseguir uma recrutadora após uma reprovação em um processo seletivo acendeu um alerta nacional. O caso, que envolveu centenas de mensagens e ameaças, expôs uma realidade cada vez mais comum e trouxe à tona a importância da lei que criminaliza o stalking, ou perseguição, em vigor no Brasil desde 2021.

    Essa prática, que pode ocorrer tanto no ambiente físico quanto no digital, deixou de ser vista como um mero incômodo para ser tratada como um crime com punição prevista no Código Penal.

    O que a lei define como stalking?

    O crime de perseguição está descrito no artigo 147-A do Código Penal. A lei caracteriza a prática como o ato de perseguir alguém, de forma reiterada e por qualquer meio, ameaçando a sua integridade física ou psicológica. O texto também abrange ações que restrinjam a capacidade de locomoção da vítima ou que, de alguma forma, invadam ou perturbem sua esfera de liberdade ou privacidade.

    Para que a conduta seja considerada crime, não basta um ato isolado. A palavra-chave na legislação é “reiteradamente”, o que significa que deve haver uma repetição de atos. Essa perseguição obsessiva pode se manifestar de várias formas, desde a presença constante nos locais frequentados pela vítima até o envio excessivo de mensagens, e-mails ou telefonemas.

    A legislação é clara ao incluir o ambiente virtual. A perseguição on-line, conhecida como cyberstalking, tem o mesmo peso legal. Isso inclui monitorar as redes sociais da vítima de forma insistente, criar perfis falsos para interagir com ela, enviar ameaças por aplicativos de mensagens ou expor informações pessoais sem consentimento.

    Qual é a punição prevista?

    Quem comete o crime de stalking está sujeito a uma pena de reclusão de seis meses a dois anos, além de multa. A lei também estabelece situações em que a punição pode ser aumentada, mostrando a gravidade com que o sistema de justiça trata certas circunstâncias.

    A pena é ampliada pela metade se o crime for cometido contra criança, adolescente ou idoso. O mesmo aumento se aplica se a vítima for mulher e a perseguição ocorrer por razões da condição do sexo feminino, ou seja, em um contexto de violência de gênero. O envolvimento de duas ou mais pessoas na perseguição ou o uso de uma arma também são considerados agravantes que elevam a sanção.

    Passos para a vítima se proteger

    A primeira e mais importante medida para quem está sofrendo perseguição é reunir provas. Todo registro é válido para comprovar a repetição dos atos e a ameaça. Guarde tudo: capturas de tela de mensagens, e-mails, registros de chamadas, fotos, vídeos e, se possível, anote datas, horários e locais dos eventos. Testemunhas que presenciaram a perseguição também são essenciais.

    Com as provas em mãos, o próximo passo é registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia. Esse registro pode ser feito de forma presencial ou on-line em muitos estados. Para mulheres, as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam’s) oferecem um atendimento direcionado e preparado para lidar com a situação.

    O registro do B.O. é o que formaliza a denúncia e permite o início de uma investigação criminal. A partir dele, a vítima pode solicitar medidas protetivas de urgência, especialmente em casos de violência doméstica e de gênero, com base na Lei Maria da Penha. Essas medidas podem incluir uma ordem de afastamento que proíbe o agressor de se aproximar ou de manter contato por qualquer meio.

    Além das ações legais, é fundamental adotar medidas de segurança pessoal. Bloqueie o agressor em todas as redes sociais e aplicativos de mensagens. Informe familiares, amigos e colegas de trabalho sobre a situação para que eles possam oferecer suporte e ajudar a monitorar qualquer comportamento suspeito. A busca por apoio psicológico também é recomendada para lidar com o impacto emocional causado pela perseguição.

    O que caracteriza o crime de stalking?

    O crime de stalking é caracterizado pela perseguição repetitiva de uma pessoa, por qualquer meio, seja físico ou digital.

    Essa perseguição deve ameaçar a integridade física ou psicológica da vítima, restringir sua liberdade de movimento ou invadir sua privacidade.

    Qual a diferença entre stalking e uma simples insistência?

    A insistência, embora possa ser incômoda, geralmente se refere a contatos indesejados, mas isolados ou sem um padrão ameaçador.

    O stalking, por outro lado, envolve uma obsessão e uma repetição de atos que causam medo e impactam negativamente a vida e a rotina da vítima.

    A perseguição on-line também é considerada stalking?

    Sim. A lei abrange explicitamente a perseguição por qualquer meio, o que inclui o ambiente virtual, prática conhecida como cyberstalking.

    Isso engloba o envio excessivo de mensagens, o monitoramento constante de redes sociais e a criação de perfis falsos para atormentar a vítima.

    O que devo fazer se for vítima de stalking?

    A primeira atitude é coletar todas as provas possíveis, como capturas de tela de mensagens, e-mails e registros de ligações.

    Em seguida, procure uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência, que é o documento que inicia a investigação policial.

    Qual a pena para quem comete esse crime?

    A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. A punição pode ser aumentada em casos específicos.

    Agravantes incluem crimes contra crianças, adolescentes ou idosos, perseguição contra mulher por razões de gênero ou o uso de arma.

  • 5 passeios em Belo Horizonte para curtir em família e criar memórias inesquecíveis

    5 passeios em Belo Horizonte para curtir em família e criar memórias inesquecíveis

    Criar momentos de qualidade com os filhos é um dos pilares para construir uma relação de confiança e afeto. Em meio à rotina agitada, encontrar tempo e lugares adequados para se divertir em família pode ser um desafio, mas Belo Horizonte oferece diversas opções que transformam um simples passeio em uma memória inesquecível.

    Pensando nisso, selecionamos cinco lugares na capital mineira perfeitos para um dia de conexão, aprendizado e muita diversão ao lado de quem você mais ama.

    Parque Municipal Américo Renné Giannetti

    O coração verde do Hipercentro de Belo Horizonte é um convite para desacelerar. O Parque Municipal é um clássico que nunca perde o encanto e oferece um ambiente seguro e acolhedor para famílias com crianças de todas as idades. É o cenário ideal para um piquenique na grama, longe do barulho dos carros e da correria da cidade.

    Leia: BH de graça: 10 passeios incríveis na capital mineira sem gastar nada

    Caminhar por suas alamedas arborizadas, observar os patos no lago e andar nos barquinhos a remo são atividades simples que geram grande conexão. As crianças podem correr livremente, brincar nos parquinhos de areia e se encantar com o coreto e as fontes. É um espaço que estimula a imaginação e permite que pais e filhos simplesmente aproveitem a companhia um do outro.

    O parque também conta com uma programação cultural eventual, com teatros e apresentações musicais, que pode complementar o passeio.

    Espaço do Conhecimento UFMG

    Localizado no Circuito Liberdade, este museu é a combinação perfeita entre ciência e diversão. O Espaço do Conhecimento UFMG foi pensado para despertar a curiosidade e o interesse pelo universo de forma lúdica e interativa, tornando o aprendizado uma aventura para toda a família.

    Leia: Esses passeios perto de Belo Horizonte vão transformar seu fim de semana

    As exposições permanentes e temporárias são repletas de instalações onde é permitido tocar, mexer e experimentar. Essa interatividade quebra a barreira de um museu tradicional e convida as crianças a serem protagonistas da própria descoberta. Juntos, pais e filhos podem explorar temas como a origem do universo e a diversidade cultural de Minas Gerais.

    O ponto alto da visita é, sem dúvida, o planetário. As sessões imersivas levam o público a uma viagem pelas estrelas, constelações e galáxias. A experiência de olhar para o céu projetado na cúpula, enquanto se aprende sobre astronomia, é mágica e cria uma lembrança poderosa de um momento de descoberta compartilhado.

    Museu dos Brinquedos

    Poucos lugares conseguem conectar gerações de forma tão genuína quanto o Museu dos Brinquedos. O acervo, com mais de cinco mil peças, conta a história da infância no Brasil e permite que os pais mostrem aos filhos como eram as brincadeiras de antigamente. É uma verdadeira viagem no tempo.

    O espaço não se limita à exposição. A proposta é que todos voltem a ser criança por um dia. O pátio do museu é um convite à brincadeira, com monitores que ensinam e participam de jogos como amarelinha, bambolê e perna de pau. É a oportunidade de deixar as telas de lado e se conectar por meio do riso e da diversão física.

    Leia: O roteiro mais completo para quem quer explorar Belo Horizonte

    Ao verem os brinquedos que marcaram sua infância, os pais podem compartilhar histórias pessoais com os filhos, criando um elo de cumplicidade.

    Parque Guanabara

    Para as famílias que buscam uma dose extra de adrenalina e emoção, o Parque Guanabara é o destino certo. Localizado na Orla da Lagoa da Pampulha, o parque de diversões é um ícone de Belo Horizonte e um lugar onde a alegria é contagiante. A roda-gigante, com sua vista privilegiada da lagoa, já vale o passeio.

    O parque oferece atrações para todas as idades, desde o tradicional carrossel e o trem fantasma até brinquedos mais radicais para os adolescentes. A experiência de ir junto em uma montanha-russa ou no barco viking cria uma sensação de time e cumplicidade, onde o medo se transforma em gargalhadas e gritos de euforia.

    Dividir um algodão-doce, tentar ganhar um prêmio nos jogos de habilidade ou simplesmente passear pelo ambiente iluminado e vibrante do parque são pequenas ações que constroem um dia memorável.

    Leia: Cidades históricas para fazer um bate-volta próximas a Belo Horizonte

    Museu das Minas e do Metal

    Outra joia do Circuito Liberdade, o Museu das Minas e do Metal encanta pela sua arquitetura imponente e por seu acervo interativo e tecnológico. O museu explora a riqueza mineral de Minas Gerais de uma forma que cativa tanto adultos quanto crianças, transformando geologia e metalurgia em um espetáculo visual.

    As instalações utilizam recursos de alta tecnologia para explicar processos complexos de forma simples e envolvente. Personagens virtuais guiam os visitantes, e mesas interativas permitem que as crianças “brinquem” com os elementos da tabela periódica. Explorar as atrações juntos se torna uma expedição de descobertas.

    Uma das áreas mais impressionantes é a que simula uma mina de ouro, proporcionando uma experiência imersiva e educativa.

  • Como decorar a casa com bonecos colecionáveis: 5 ideias criativas e estilosas

    Como decorar a casa com bonecos colecionáveis: 5 ideias criativas e estilosas

    A febre dos bonecos colecionáveis, como os recentes Labubu em parceria com a Coca-Cola ou os já clássicos Funko Pop, transformou o que antes era um hobby de nicho em um fenômeno cultural. Esses itens deixaram as caixas e as prateleiras do quarto para se tornarem protagonistas na decoração da casa, expressando a personalidade e as paixões de quem mora ali. O desafio, no entanto, é exibi-los de forma organizada e estilosa.

    Integrar coleções ao ambiente sem criar uma aparência desordenada ou infantil é mais simples do que parece. Com as soluções certas, é possível transformar seus personagens favoritos em verdadeiras obras de arte, valorizando tanto os itens quanto o espaço. Boas ideias de exposição não apenas protegem as peças, mas também as inserem de maneira harmoniosa na decoração da sala, do escritório ou de qualquer outro cômodo.

    1. Prateleiras flutuantes: um palco para seus heróis

    As prateleiras flutuantes são uma escolha minimalista e eficaz para dar destaque a coleções. Por não terem suportes visíveis, elas criam a ilusão de que os itens estão suspensos na parede, o que direciona todo o foco para os bonecos. Essa solução funciona bem em qualquer ambiente, de salas de estar a corredores, por sua versatilidade e visual limpo.

    Para um resultado ainda mais interessante, a dica é variar a altura e o comprimento das prateleiras. Criar uma composição assimétrica quebra a monotonia e gera um movimento visual agradável. Organizar os colecionáveis por cor, tamanho ou tema também ajuda a contar uma história e a deixar a exposição coesa. Um grupo de personagens do mesmo universo, por exemplo, cria um núcleo temático forte na parede.

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    2. Nichos iluminados: destaque com sofisticação

    Para quem deseja dar um tratamento especial às peças mais raras ou favoritas, os nichos são a opção ideal. Embutidos na parede ou instalados como módulos, eles funcionam como molduras tridimensionais que individualizam cada item. O grande diferencial desta abordagem é a possibilidade de adicionar iluminação.

    A instalação de fitas de LED no interior dos nichos transforma a coleção. A luz direcionada não só valoriza os detalhes e as cores dos bonecos, mas também confere um ar de galeria de arte ao espaço. Esse recurso cria um ponto de luz indireta no ambiente, deixando-o mais aconchegante e moderno, especialmente durante a noite. É uma forma sofisticada de exibir seus tesouros.

    3. Vitrines e redomas de vidro: proteção e elegância

    Quando a coleção inclui itens frágeis, valiosos ou que precisam de proteção contra poeira, as vitrines e redomas de vidro são a solução perfeita. As vitrines, que podem ser estantes com portas de vidro, permitem exibir um grande número de peças de uma só vez, mantendo-as seguras e limpas. Elas são perfeitas para coleções extensas e organizadas.

    Leia: Labubu: ladrões invadem loja e furtam R$ 160 mil em bonecos

    Já as redomas de vidro individuais servem para destacar uma única peça de grande valor sentimental ou financeiro. Colocar um personagem icônico sob uma redoma o eleva instantaneamente a um status de objeto de arte. Essa escolha é ideal para aparadores, mesas de centro ou escrivaninhas, adicionando um toque de elegância clássica e curiosidade ao décor.

    4. Estantes criativas: integrando à biblioteca

    Uma das maneiras mais charmosas e orgânicas de exibir colecionáveis é misturá-los aos livros em uma estante. Essa abordagem integra o hobby à rotina e à cultura da casa, mostrando que as paixões podem conviver em harmonia. Em vez de criar um “santuário” separado, os bonecos passam a fazer parte da biblioteca pessoal, dialogando com as obras literárias.

    Leia: Labubu: entenda por que boneco ‘queridinho’ das celebridades não é para crianças

    A organização pode ser feita de várias formas. É possível usar os bonecos como apoios de livro ou criar pequenas cenas entre os volumes. Um personagem pode aparecer no meio de uma saga de fantasia, enquanto outro pode estar ao lado de biografias ou livros de arte. Essa mistura torna a estante um ponto de interesse visual, convidando as pessoas a olharem mais de perto e descobrirem os pequenos detalhes escondidos.

    5. Painéis perfurados (pegboards): flexibilidade total

    Os painéis perfurados, conhecidos como pegboards, são uma alternativa moderna e extremamente versátil. Originalmente usados em oficinas para organizar ferramentas, eles foram adaptados para a decoração de interiores por sua praticidade e estética industrial. Com eles, é possível criar uma parede expositora totalmente customizável.

    Leia: Boneco Labubu é vendido por quase R$ 60 mil em leilão

    Basta encaixar ganchos, cestos e pequenas prateleiras nos furos para montar o layout desejado. Essa flexibilidade é ideal para coleções que estão sempre crescendo ou para quem gosta de mudar a decoração com frequência. É possível reorganizar os itens em minutos, criando novas composições sempre que desejar. Além de funcional, o painel se torna um elemento decorativo por si só, especialmente se pintado de uma cor vibrante.

  • Como lidar com a ansiedade gerada pelo excesso de notícias ruins

    Como lidar com a ansiedade gerada pelo excesso de notícias ruins

    O fluxo constante de informações sobre conflitos, como o que ocorre em Gaza, e outras tragédias globais transformou o ato de se informar em um desafio para a saúde mental. A exposição contínua a conteúdos negativos pode desencadear ansiedade, estresse e uma sensação de desesperança, um fenômeno intensificado pela onipresença dos smartphones e redes sociais.

    Lidar com esse bombardeio informativo não significa se alienar do mundo, mas aprender a consumir notícias de forma consciente e equilibrada. Adotar estratégias para filtrar o conteúdo e estabelecer limites é fundamental para se manter atualizado sem comprometer o bem-estar emocional. A chave está em desenvolver uma relação mais saudável com a informação, protegendo a mente do esgotamento.

    Reconheça os sinais do esgotamento

    O primeiro passo para gerenciar a ansiedade causada pelas notícias é identificar como ela se manifesta. Sentimentos de apreensão, irritabilidade, dificuldade para dormir ou uma tristeza persistente após ler ou assistir ao noticiário são sinais claros de que o consumo de informações está sendo excessivo.

    Fisicamente, o corpo também reage. Dores de cabeça, tensão muscular e cansaço constante podem estar ligados ao estado de alerta provocado pelo excesso de estímulos negativos. Prestar atenção a esses sintomas ajuda a entender quando é hora de fazer uma pausa e se desconectar.

    Leia: Estresse em números: confira causas, impactos e dicas para alívio diário

    Estabeleça uma rotina para se informar

    Em vez de verificar as notícias a todo momento, defina horários específicos para isso. Dedicar de 15 a 20 minutos pela manhã e novamente no fim da tarde, por exemplo, é suficiente para se manter atualizado sobre os principais acontecimentos. Essa prática evita a imersão contínua em um ciclo de negatividade.

    Evite o consumo de notícias logo ao acordar ou antes de dormir. O conteúdo visto pela manhã pode ditar o humor para o resto do dia, enquanto as informações negativas à noite podem prejudicar a qualidade do sono. Desativar as notificações de aplicativos de notícias também é uma medida eficaz para retomar o controle sobre quando e como você se informa.

    Leia: 5 sinais não óbvios de estresse

    Seja seletivo com as fontes

    A qualidade da informação é mais importante que a quantidade. Escolha duas ou três fontes de notícias confiáveis e com credibilidade para acompanhar os fatos. Priorize veículos que oferecem análises aprofundadas em vez daqueles que focam apenas em alertas de última hora.

    As redes sociais, com seus algoritmos projetados para maximizar o engajamento, frequentemente amplificam o conteúdo mais chocante e polarizador. Por isso, usá-las como principal fonte de notícias pode aumentar a ansiedade. Busque consumir informação diretamente nos portais escolhidos, onde o contexto é mais completo.

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    Equilibre a balança informativa

    Para cada notícia negativa consumida, busque ativamente por conteúdos que gerem sentimentos positivos. Isso não significa ignorar os problemas do mundo, mas garantir que sua mente também seja alimentada com informações construtivas, inspiradoras ou simplesmente leves.

    Siga perfis ou sites dedicados a boas notícias, ciência, arte, cultura ou qualquer outro hobby que lhe traga alegria. Ler um livro, ouvir música, assistir a uma comédia ou conversar com amigos sobre assuntos agradáveis funciona como um antídoto necessário contra o pessimismo que o noticiário pode gerar.

    Leia: Esgotamento mental: 21 sintomas para ficar atento

    Concentre-se no que você pode controlar

    Muitas notícias sobre eventos globais geram um forte sentimento de impotência, o que alimenta a ansiedade. Uma estratégia eficaz para combater essa sensação é direcionar o foco e a energia para ações que estão ao seu alcance. Envolver-se em atividades na sua comunidade, por exemplo, traz um senso de propósito.

    Pequenos gestos, como ajudar um vizinho, fazer trabalho voluntário, se doar para uma causa local ou simplesmente cuidar bem das suas próprias responsabilidades e relacionamentos, restauram a sensação de agência. Isso ajuda a contrabalançar a angústia de observar problemas complexos e distantes sobre os quais você tem pouca ou nenhuma influência direta.

    Pratique a desconexão digital

    Reservar momentos para se desconectar completamente do mundo digital é vital. Estabeleça períodos do dia ou mesmo um dia da semana para ficar longe das telas. Use esse tempo para praticar atividades ao ar livre, ler um livro físico, cozinhar ou simplesmente não fazer nada.

    A atenção plena, ou mindfulness, também é uma ferramenta poderosa. Práticas simples, como focar na sua respiração por alguns minutos ou prestar total atenção a uma tarefa cotidiana, ajudam a acalmar a mente e a trazê-la para o momento presente, longe das preocupações e da sobrecarga informativa.

    Por que notícias ruins causam tanta ansiedade?

    O cérebro humano tem uma tendência a dar mais atenção a informações negativas, um mecanismo de sobrevivência herdado de nossos ancestrais.
    Quando somos expostos a um fluxo constante de notícias sobre ameaças, o corpo entra em estado de alerta, liberando hormônios de estresse que, em excesso, levam à ansiedade.

    O que é “doomscrolling” e como evitar?

    “Doomscrolling” é o ato de consumir compulsivamente uma quantidade excessiva de notícias negativas online, rolando a tela do celular ou computador sem parar.
    Para evitar, estabeleça limites de tempo para o uso de redes sociais e aplicativos de notícias. Desative notificações e escolha ativamente guardar o celular após se informar.

    É errado querer se desligar das notícias?

    Não. Proteger a saúde mental não é um ato de alienação, mas de autocuidado. É possível ser um cidadão informado sem se submeter a um bombardeio de informações.
    O ideal é encontrar um equilíbrio, consumindo notícias de forma consciente e limitada, permitindo-se pausas para preservar o bem-estar emocional.

    Como posso me manter informado sem ficar sobrecarregado?

    Crie uma rotina de informação. Escolha um ou dois momentos específicos do dia para ler as notícias, por no máximo 20 minutos cada vez.
    Selecione poucas fontes confiáveis e evite o feed infinito das redes. Equilibre o consumo de notícias com atividades prazerosas e que promovam relaxamento.

    O que fazer quando as notícias geram um sentimento de impotência?

    Concentre sua energia em ações que estão sob seu controle. Envolver-se em projetos na sua comunidade local, ajudar pessoas próximas ou se dedicar a um hobby são atitudes eficazes.
    Ações concretas, mesmo que pequenas, ajudam a restaurar a sensação de propósito e agência, combatendo a angústia gerada por problemas globais.