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  • 5 filmes e séries essenciais para entender a ditadura no Brasil

    5 filmes e séries essenciais para entender a ditadura no Brasil

    O reconhecimento oficial de que o Estado brasileiro causou a morte violenta de desaparecidos políticos, com a recente entrega de certidões de óbito corrigidas a seus familiares, reforça a importância de manter viva a memória sobre a ditadura militar (1964-1985). Lembrar e compreender esse período é fundamental para que os erros do passado não se repitam, e a arte é uma das ferramentas mais poderosas para essa tarefa.

    O cinema e a televisão, em particular, têm um papel crucial ao traduzir em imagens e narrativas os complexos eventos históricos. Filmes e séries sobre o período militar não apenas documentam fatos, mas também exploram as emoções, os dilemas e o impacto da repressão na vida de pessoas comuns.

    “O Que É Isso, Companheiro?” (1997)

    Baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, o filme narra a história real do sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick, em 1969. A ação foi organizada por grupos de resistência armada, como o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e a Ação Libertadora Nacional (ALN), com o objetivo de trocar o diplomata pela libertação de 15 presos políticos.

    A produção, dirigida por Bruno Barreto, mergulha nas tensões, medos e ideais dos jovens que decidiram pegar em armas contra o regime. O longa não se esquiva de mostrar as contradições e os debates internos do grupo e oferece uma visão humanizada dos militantes, que eram estudantes e intelectuais movidos por um forte senso de urgência e justiça.

    Indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “O Que É Isso, Companheiro?” se tornou uma referência internacional sobre o tema.

    “Pra Frente, Brasil” (1982)

    Em meio à euforia da Copa do Mundo de 1970, o Brasil vivia o auge da propaganda ufanista do “milagre econômico” e, ao mesmo tempo, os anos mais duros da repressão. O filme de Roberto Farias captura essa dualidade de forma brilhante. A trama acompanha Jofre, um homem de classe média, apolítico, que é confundido com um ativista, sequestrado por agentes do Estado e levado para um centro de tortura.

    Enquanto a família de Jofre o procura desesperadamente, sem qualquer ajuda das autoridades, o país inteiro está paralisado diante da televisão, torcendo pela Seleção Brasileira. Essa sobreposição de realidades expõe a alienação de parte da sociedade e o terror silencioso que corria nos porões do regime.

    A produção foi um ato de coragem, lançada ainda durante a ditadura, e se tornou um marco ao abordar diretamente a prática da tortura e os desaparecimentos forçados. É uma obra essencial para compreender o clima de medo e paranoia que pairava sobre o cotidiano dos brasileiros, mesmo entre aqueles que não estavam diretamente envolvidos na militância política.

    “Batismo de Sangue” (2006)

    Este filme joga luz sobre um capítulo específico e pouco explorado da resistência: o envolvimento de religiosos na luta contra a ditadura. Dirigido por Helvécio Ratton e baseado no livro de Frei Betto, “Batismo de Sangue” conta a história de frades dominicanos que decidiram apoiar a Ação Libertadora Nacional (ALN), liderada por Carlos Marighella.

    A narrativa foca nos frades Tito, Betto, Oswaldo e Fernando, que usavam o convento para esconder militantes e ajudar na logística do grupo. A descoberta de sua participação pela repressão levou à prisão, tortura e ao exílio de vários deles. O caso de Frei Tito é especialmente trágico, já que as sequelas psicológicas da tortura o levaram ao suicídio na França.

    A importância do filme está em mostrar que a oposição ao regime não se restringia a estudantes e operários, mas incluía setores progressistas da Igreja Católica. A obra quebra a imagem monolítica das instituições e revela os profundos dilemas morais enfrentados por homens de fé diante da brutalidade de um governo autoritário.

    “Marighella” (2019)

    Dirigido por Wagner Moura, o filme é uma cinebiografia eletrizante focada nos últimos cinco anos de vida de Carlos Marighella, um dos principais organizadores da luta armada no Brasil e considerado o “inimigo número um” da ditadura. A produção adota um ritmo de thriller de ação para contar a história do líder da ALN e de suas operações de guerrilha urbana em São Paulo.

    A obra retrata um homem determinado e carismático, mas também as consequências violentas de suas escolhas, tanto para ele quanto para seus companheiros. O filme não foge de mostrar a brutalidade da repressão, com cenas explícitas de tortura e perseguição, e a máquina de propaganda do Estado que trabalhava para desumanizar a imagem dos opositores.

    “Marighella” foi pensado para dialogar com o público contemporâneo, usando uma linguagem cinematográfica ágil e moderna. Sua relevância está em trazer para o centro do debate uma figura histórica complexa e controversa, estimulando a reflexão sobre os métodos e os limites da resistência em um cenário de opressão absoluta.

    “Anos Rebeldes” (1992)

    Esta minissérie escrita por Gilberto Braga foi um marco na televisão brasileira ao levar o debate sobre a ditadura militar para o horário nobre. A trama acompanha a trajetória de um grupo de jovens de classe média do Rio de Janeiro, desde os tempos de efervescência política e cultural antes do AI-5, em 1968, até o desmonte da luta armada e o exílio, nos anos 1970.

    A história de amor entre os protagonistas, Maria Lúcia (Malu Mader) e João Alfredo (Cássio Gabus Mendes), serve como fio condutor para mostrar como a política invadiu a vida privada. Enquanto João se radicaliza e entra para a luta armada, Maria Lúcia segue um caminho mais moderado, refletindo os diferentes níveis de engajamento da juventude da época. A série retrata com sensibilidade a perda da inocência e das utopias de uma geração.

    Exibida poucos anos após o fim do regime, “Anos Rebeldes” teve um impacto social imenso, levando a uma onda de manifestações de jovens que ficaria conhecida como o movimento dos “caras-pintadas”, que pedia o impeachment do então presidente Fernando Collor. A produção é essencial por ter traduzido para um público massivo a experiência humana e afetiva de viver sob a ditadura.

  • Além de Bolsonaro: 5 vezes que o Brasil virou capa de revista gringa

    Além de Bolsonaro: 5 vezes que o Brasil virou capa de revista gringa

    A recente capa da revista britânica The Economist sobre Jair Bolsonaro colocou o Brasil novamente sob os holofotes internacionais. A publicação, que analisou o julgamento do ex-presidente como uma “lição de democracia”, provocou debates e mostrou como a imagem do país no exterior é um termômetro sensível dos nossos acontecimentos internos.

    Leia: Lula é capa da revista Time: “O presidente mais popular do Brasil”

    Contudo, essa não é a primeira vez que o Brasil estampa as manchetes globais de forma tão impactante. Ao longo das últimas décadas, a imprensa estrangeira retratou o país de diversas maneiras, refletindo tanto seus momentos de glória quanto suas crises mais profundas. De potências econômicas a ícones culturais, as capas funcionam como um espelho de como o mundo nos vê.

    O foguete do Cristo Redentor na The Economist

    Em novembro de 2009, a mesma The Economist publicou uma de suas capas mais icônicas sobre o Brasil. A imagem trazia o Cristo Redentor decolando como um foguete, sob o título “Brazil takes off” (O Brasil decola). A metáfora visual era poderosa e capturava com perfeição o espírito da época.

    Naquele período, o país vivia o auge de um ciclo de crescimento econômico robusto. Com a descoberta do pré-sal, a estabilidade monetária consolidada e a expansão do crédito, o Brasil era visto como uma das grandes promessas globais. O otimismo era tanto que o país havia sido escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

    A capa da revista britânica não apenas refletiu esse cenário, mas também o validou para o público internacional. Ela se tornou um símbolo do status brasileiro de potência emergente, solidificando a percepção de que o “país do futuro” finalmente havia chegado. O impacto foi tão grande que a imagem é lembrada até hoje como o marco de uma era de esperança e projeção global.

    Leia: Capas emblemáticas da revista The New Yorker

    Lula, o líder mais influente do mundo para a Time

    Poucos meses depois, em maio de 2010, foi a vez da revista norte-americana Time dedicar sua capa a uma figura brasileira. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi destaque na edição anual das 100 pessoas mais influentes do mundo, sendo apontado como o principal líder da lista.

    A reportagem, intitulada “The 2010 Time 100”, trazia um perfil do presidente escrito pelo cineasta Michael Moore, que o descrevia como um “verdadeiro filho da classe trabalhadora”. A escolha refletia o prestígio internacional de Lula, que combinava políticas de inclusão social com uma diplomacia ativa e assertiva.

    Naquele momento, o Brasil se posicionava como um ator importante no cenário mundial, mediando discussões e fortalecendo laços com outros países em desenvolvimento. A capa da Time coroou essa trajetória, apresentando o líder brasileiro como um modelo de governança para o século XXI e, por extensão, o Brasil como um exemplo de sucesso social e político.

    Leia: Capa de revista sobre ‘nepo baby’ viraliza nas redes sociais

    Dilma Rousseff entre os titãs do poder global

    A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, também ganhou destaque na imprensa internacional. Em 2012, ela apareceu na capa da revista norte-americana Newsweek, que a descreveu como a mulher que comandava a sexta maior economia do mundo. A imagem a mostrava em uma pose firme, simbolizando sua liderança em um país em ascensão.

    Naquele ano, Dilma também foi listada pela revista Forbes como a terceira mulher mais poderosa do mundo. Sua presença nas capas e listas internacionais consolidava a imagem de um Brasil moderno, que não apenas crescia economicamente, mas também avançava em representatividade ao eleger sua primeira presidente mulher.

    A cobertura internacional sobre Dilma Rousseff nos primeiros anos de seu mandato reforçava a narrativa de continuidade do sucesso brasileiro. Ela era vista como a gestora que daria seguimento aos avanços sociais e econômicos, mantendo o país na rota do desenvolvimento e da relevância global.

    A queda do gigante, também na The Economist

    O otimismo, no entanto, não durou para sempre. Em setembro de 2013, The Economist voltou a usar o Cristo Redentor em sua capa, mas desta vez a imagem era o oposto da decolagem. O monumento aparecia em uma espiral descendente, prestes a cair, com a manchete “Has Brazil blown it?” (O Brasil estragou tudo?).

    A capa marcava uma virada drástica na percepção internacional sobre o país. A economia dava sinais claros de desaceleração, a inflação voltava a preocupar e grandes protestos de rua haviam exposto uma profunda insatisfação social. A revista questionava se o Brasil havia desperdiçado a oportunidade única de se consolidar como uma potência.

    Essa publicação simbolizou o fim do ciclo de euforia. Três anos depois, em 2016, a mesma revista publicaria uma capa com a faixa presidencial brasileira rasgada e o título “Brazil’s fall” (A queda do Brasil), em meio à crise do impeachment de Dilma Rousseff. As duas edições, juntas, contam a história de uma ascensão e queda vertiginosas.

    Gisele Bündchen como símbolo de um Brasil que dá certo

    Nem só de política e economia vive a imagem do Brasil no exterior. A cultura e o “soft power” também desempenham um papel fundamental, e ninguém personifica isso melhor do que Gisele Bündchen. A supermodelo estampou inúmeras capas de revistas internacionais, mas uma das mais emblemáticas foi a da Vogue Paris em junho de 2013.

    Fotografada nua e com uma estética natural, a capa celebrava seu corpo e sua carreira. Gisele representa um Brasil que é sinônimo de beleza, sucesso e consciência ambiental. Sua trajetória de uma jovem do interior do Rio Grande do Sul a uma das modelos mais bem-sucedidas da história é uma narrativa poderosa.

    Ao longo de mais de duas décadas, suas capas na Vogue, Vanity Fair e outras publicações de peso ajudaram a construir uma imagem positiva e aspiracional do Brasil. Ela se tornou um dos maiores produtos de exportação do país, mostrando que a influência brasileira vai muito além das commodities e das decisões tomadas em Brasília.

  • Quanto o tráfico de drogas movimenta na economia brasileira por ano

    Quanto o tráfico de drogas movimenta na economia brasileira por ano

    A recente decisão judicial que concedeu liberdade provisória a um homem preso com mais de 200 quilos de cocaína acendeu um intenso debate sobre a estrutura do crime organizado no Brasil. O episódio, embora pontual, lança luz sobre uma realidade muito maior: a gigantesca engrenagem financeira que o narcotráfico movimenta anualmente no país, uma economia paralela com regras próprias e um poder de corrupção devastador.

    Leia: FICCO combate tráfico de drogas em seis cidades mineiras

    Dimensionar essa indústria ilegal é um desafio complexo, pois suas operações ocorrem nas sombras. No entanto, estimativas de diferentes órgãos de segurança e estudos acadêmicos convergem para números astronômicos. Os valores anuais podem facilmente superar dezenas de bilhões de reais, quantia que coloca o tráfico de drogas entre as atividades mais lucrativas do país, rivalizando com o faturamento de grandes corporações listadas na bolsa de valores.

    A economia invisível do crime

    Calcular com precisão o montante gerado pelo tráfico é praticamente impossível. A ausência de registros oficiais e a natureza clandestina das transações obrigam analistas a trabalhar com projeções baseadas em apreensões, no número de usuários e no valor médio das drogas no mercado consumidor. Algumas análises já sugeriram que a receita do varejo de drogas ilícitas no Brasil pode chegar a mais de R$ 20 bilhões por ano, um valor conservador que não inclui o lucro obtido com o tráfico internacional.

    Leia: PEC das Drogas é inconstitucional e deve agravar cenário de violência

    Para se ter uma ideia da magnitude, esse montante seria suficiente para financiar projetos de infraestrutura em diversas cidades ou para triplicar o orçamento de alguns ministérios. O dinheiro não simplesmente desaparece. Ele é injetado na economia formal por meio de sofisticados esquemas de lavagem de dinheiro, o que acaba por distorcer a concorrência e fortalecer ainda mais as organizações criminosas.

    Essa fortuna financia a compra de armamento pesado, o pagamento de “salários” para seus integrantes e a corrupção de agentes públicos. O resultado é um ciclo vicioso de violência que sobrecarrega o sistema de segurança e saúde, gerando custos indiretos para toda a sociedade que são igualmente difíceis de mensurar.

    O impacto além do financeiro

    O poder econômico do narcotráfico se traduz diretamente em poder social e político. Em muitas comunidades, as facções criminosas assumem o papel de um “Estado paralelo”, impondo leis, resolvendo disputas e oferecendo uma forma de assistência social que o poder público não consegue prover. Esse controle territorial garante a lealdade da população local, seja pelo medo ou pela dependência.

    Leia: A lei sancionada por Lula que fez explodir prisões por tráfico de drogas no Brasil

    A influência se estende para além das fronteiras das favelas. O dinheiro sujo contamina negócios lícitos, financia campanhas políticas e corrompe estruturas que deveriam combater o crime. A capacidade de movimentar bilhões de reais dá a esses grupos um poder de barganha e uma resiliência que dificultam o trabalho das forças de segurança. Cada grande apreensão, como a que motivou a recente polêmica judicial, representa um golpe financeiro, mas raramente abala a estrutura como um todo.

    A economia do tráfico também gera um custo humano incalculável. A disputa por territórios e rotas de distribuição alimenta uma guerra que vitimiza milhares de pessoas todos os anos, principalmente jovens negros e periféricos. Além disso, a dependência química se torna um grave problema de saúde pública, sobrecarregando hospitais e desestruturando famílias inteiras.

    Como o dinheiro é lavado?

    Para que o lucro bilionário do crime possa ser utilizado, ele precisa ser “limpo”, ou seja, reinserido na economia formal com uma aparência de legalidade. A lavagem de dinheiro é a etapa final e crucial da operação. Os métodos são variados e cada vez mais sofisticados, acompanhando as inovações tecnológicas e as brechas na legislação.

    Leia: Como ‘supercartel’ que traficava um terço da cocaína na Europa foi desmantelado

    Entre as táticas mais comuns estão a abertura de empresas de fachada, como postos de gasolina, salões de beleza, restaurantes e estacionamentos. Esses negócios, que lidam com grande volume de dinheiro em espécie, são ideais para misturar o capital ilícito com a receita legítima. A compra de imóveis, veículos de luxo, obras de arte e joias também é uma forma tradicional de ocultar a origem dos recursos.

    Recentemente, o uso de criptomoedas e plataformas de jogos online se tornou uma nova fronteira para a lavagem de dinheiro. A natureza descentralizada e o anonimato relativo desses ativos digitais criam um ambiente propício para transações que são difíceis de rastrear pelas autoridades. Essa modernização dos métodos mostra a capacidade de adaptação do crime organizado, tornando o combate financeiro ao tráfico uma tarefa ainda mais complexa.

    Qual é a estimativa do valor movimentado pelo tráfico de drogas no Brasil?

    Não há um número oficial, mas estimativas de órgãos de segurança e estudos acadêmicos indicam que o valor pode superar R$ 20 bilhões anuais, apenas no varejo.
    Esse montante não inclui os lucros obtidos com o tráfico internacional, o que torna a cifra total consideravelmente maior.

    Por que é tão difícil calcular o valor exato?

    A atividade é ilegal e clandestina, sem registros formais. Os cálculos são baseados em projeções a partir de dados de apreensões, consumo e inteligência policial.
    As transações geralmente ocorrem em dinheiro vivo ou por métodos de difícil rastreamento, o que impede uma contabilidade precisa.

    Como o dinheiro do tráfico afeta a economia formal?

    O dinheiro é “lavado” e inserido na economia por meio de empresas de fachada, compra de imóveis e bens de luxo.
    Essa prática cria uma concorrência desleal com negócios legítimos e pode distorcer setores como o imobiliário e o de serviços.

    Quais são os principais impactos sociais do narcotráfico?

    O tráfico alimenta a violência, a corrupção de agentes públicos e a sobrecarga dos sistemas de saúde e segurança.
    Em muitas comunidades, facções criminosas criam um “Estado paralelo”, impondo suas próprias leis e minando a autoridade do governo.

    O que é a lavagem de dinheiro e como funciona?

    É o processo de transformar dinheiro obtido ilegalmente em recursos com aparência de origem lícita.
    Os métodos incluem o uso de empresas que movimentam muito dinheiro em espécie, a compra de ativos e, mais recentemente, o uso de criptomoedas.

  • 5 receitas de lanches pré-treino para te dar mais energia e disposição

    5 receitas de lanches pré-treino para te dar mais energia e disposição

    A alimentação é o combustível do nosso corpo. Ir para a academia sem a nutrição adequada não apenas compromete o seu desempenho, como também pode colocar sua saúde em risco. Um lanche pré-treino correto fornece a energia necessária para os músculos trabalharem, evita a fadiga precoce e ajuda na recuperação. Pensando nisso, reunimos cinco opções de lanches fáceis, saudáveis e saborosos para você consumir antes do exercício e garantir mais disposição e segurança.

    Leia: Descubra 4 opções de pré e pós-treino refrescantes

    Banana com pasta de amendoim e canela: um clássico que funciona

    Essa combinação é uma das mais populares entre praticantes de atividades físicas, e não é por acaso. A banana é rica em carboidratos de rápida absorção e potássio, que previne cãibras. A pasta de amendoim integral adiciona proteínas e gorduras boas, que garantem energia de forma mais prolongada. Já a canela ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue.

    É uma opção prática para quem tem pouco tempo, pois fica pronta em menos de um minuto e oferece o equilíbrio ideal de nutrientes para um treino eficiente. Consuma cerca de 30 a 40 minutos antes de iniciar sua atividade.

    Ingredientes:

    • 1 banana prata ou nanica madura
    • 1 colher de sopa de pasta de amendoim integral sem açúcar
    • Canela em pó a gosto

    Modo de preparo:

    • Corte a banana em rodelas ou simplesmente descasque-a.
    • Passe a pasta de amendoim sobre a fruta.
    • Salpique a canela em pó por cima e está pronto para consumir.

    Leia: Fazer “cardio”: depois ou antes do treino? Confira com o nutricionista Matheus D’Ávila

    Vitamina de frutas vermelhas com aveia: energia líquida e rápida

    Para quem prefere algo para beber, as vitaminas são excelentes. As frutas vermelhas, como morango e amora, são fontes de antioxidantes e carboidratos. A aveia, por sua vez, é um carboidrato complexo de baixo índice glicêmico, o que significa que libera energia de forma lenta e gradual, mantendo sua disposição durante todo o treino.

    Essa opção é leve e de fácil digestão, ideal para ser consumida cerca de 40 minutos antes do exercício. Você pode usar água, leite desnatado ou uma bebida vegetal como base para a sua vitamina.

    Ingredientes:

    • 1 xícara de frutas vermelhas congeladas (morango, amora, mirtilo)
    • 2 colheres de sopa de aveia em flocos
    • 200 ml de água, leite desnatado ou bebida vegetal (amêndoas, aveia)
    • Opcional: 1 colher de chá de mel para adoçar

    Modo de preparo:

    • Coloque todos os ingredientes no liquidificador.
    • Bata por cerca de um a dois minutos, até obter uma mistura homogênea.
    • Sirva imediatamente.

    Leia: Descubra como evitar os erros que prejudicam o treino

    Ovos cozidos com batata-doce: a dupla da saciedade

    Se o seu treino for mais intenso ou de longa duração, como musculação pesada ou uma corrida longa, essa combinação é perfeita. A batata-doce é um carboidrato complexo que fornece energia de forma sustentada, sem causar picos de glicose no sangue. Os ovos são uma fonte de proteína de alta qualidade, essencial para a construção e reparo dos músculos.

    Por ser uma refeição mais robusta, o ideal é consumi-la pelo menos 60 a 90 minutos antes do treino para garantir uma digestão completa e evitar qualquer desconforto gástrico durante o exercício.

    Ingredientes:

    • 1 batata-doce pequena (cerca de 100g)
    • 2 ovos
    • Uma pitada de sal e temperos a gosto (pimenta, orégano)

    Modo de preparo:

    • Cozinhe a batata-doce no vapor ou em água até ficar macia.
    • Enquanto isso, cozinhe os ovos em água fervente por cerca de 8 a 10 minutos.
    • Descasque os ovos e a batata-doce. Amasse a batata com um garfo e tempere. Sirva junto com os ovos fatiados.

    Leia: O segredo dos treinos curtos que está conquistando o mundo

    Iogurte natural com mel e granola: praticidade e sabor

    Esta é outra opção rápida e muito eficiente para quem vive na correria. O iogurte natural é uma excelente fonte de proteínas e probióticos, que auxiliam na saúde intestinal. O mel entra como uma fonte de carboidrato de rápida absorção, dando um pico de energia imediato para o início do treino. A granola complementa com fibras e mais carboidratos.

    É uma escolha equilibrada que une diferentes tipos de nutrientes em uma única tigela. Procure consumir cerca de 30 a 45 minutos antes de começar a se exercitar. Dê preferência a granolas sem adição de açúcar.

    Ingredientes:

    • 1 pote de iogurte natural integral ou desnatado (cerca de 170g)
    • 2 colheres de sopa de granola sem açúcar
    • 1 colher de sopa de mel

    Modo de preparo:

    • Despeje o iogurte em uma tigela.
    • Acrescente a granola e regue com o mel.
    • Misture levemente e consuma.

    Sanduíche leve de pão integral com frango desfiado

    Para quem vai treinar após o trabalho ou precisa de um lanche mais parecido com uma pequena refeição, o sanduíche é uma ótima pedida. O pão integral oferece carboidratos complexos e fibras, garantindo energia gradual. O frango desfiado é uma fonte magra de proteína, fundamental para a função muscular.

    Você pode turbinar o sanduíche com uma folha de alface e uma rodela de tomate para adicionar vitaminas. Por ser mais consistente, o ideal é comer este lanche cerca de 60 minutos antes do treino.

    Ingredientes:

    • 2 fatias de pão integral
    • 2 colheres de sopa de frango desfiado e temperado
    • 1 colher de sopa de requeijão light ou cottage (opcional)
    • Folhas de alface e rodelas de tomate a gosto

    Modo de preparo:

    • Se desejar, misture o frango desfiado com o requeijão para dar mais cremosidade.
    • Coloque o recheio de frango sobre uma das fatias de pão.
    • Adicione a alface e o tomate.
    • Feche com a outra fatia de pão e está pronto.
  • Como vive Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico do mundo?

    Como vive Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico do mundo?

    Pelo segundo ano seguido, Eduardo Saverin foi confirmado como a pessoa mais rica do Brasil, segundo a lista mais recente da Forbes, atualizada em 30 de junho. O cofundador do Facebook, hoje Meta, viu sua fortuna crescer para R$ 227 bilhões, que saltou 45,5% em relação ao ano anterior. Esse crescimento reflete a valorização das ações da gigante de tecnologia, da qual ele ainda detém uma pequena, mas valiosa, fatia.

    Leia: Quem é Eduardo Saverin, o brasileiro mais rico do mundo

    Nascido em São Paulo, Saverin vive longe dos holofotes em Singapura, um centro financeiro asiático que se tornou seu lar há mais de uma década. Sua trajetória é marcada por uma das histórias de fundação mais turbulentas do Vale do Silício, a renúncia à cidadania americana e uma bem-sucedida carreira como investidor de risco. Longe do Brasil e dos Estados Unidos, ele construiu uma vida discreta e focada nos negócios.

    A vida em Singapura

    Eduardo Saverin mudou-se para Singapura em 2009, antes mesmo do Facebook abrir seu capital na bolsa de valores, em 2012. A decisão foi estratégica, tanto do ponto de vista pessoal quanto financeiro. A cidade-estado asiática é conhecida por seu ambiente de negócios favorável, segurança e, principalmente, por uma política tributária atraente, sem impostos sobre ganhos de capital.

    Pouco antes do IPO da empresa, Saverin tomou uma decisão polêmica: renunciou à sua cidadania americana. A medida evitou que ele pagasse uma quantia bilionária em impostos sobre o aumento de seu patrimônio com a abertura de capital da companhia. A manobra gerou críticas nos Estados Unidos, mas foi um passo calculado para proteger sua fortuna e otimizar seus futuros investimentos.

    Hoje, ele leva uma rotina reservada ao lado da esposa, a indonésia Elaine Andriejanssen, e do filho. O casal é visto com pouca frequência em eventos públicos, preferindo a privacidade de condomínios de luxo e clubes exclusivos. Saverin dirige carros de luxo, como Bentleys, mas evita a ostentação típica de outros bilionários da tecnologia.

    Leia: Eduardo Saverin é o homem mais rico da América do Sul

    O investidor depois do Facebook

    Apesar de sua fortuna estar atrelada à Meta, Saverin não se limitou a administrar seus ganhos. Em 2015, ele cofundou a B Capital Group, uma empresa de capital de risco, ao lado de Raj Ganguly, ex-consultor da Bain Capital. A firma se especializou em conectar startups promissoras a grandes corporações globais, preenchendo uma lacuna no mercado de investimentos.

    A B Capital Group já levantou bilhões de dólares e investiu em mais de 100 empresas em setores como saúde, tecnologia financeira e logística. O fundo tem uma forte presença na Ásia e nos Estados Unidos, aproveitando a experiência de Saverin no mundo da tecnologia e sua rede de contatos. Seu trabalho como investidor consolidou sua imagem como um empresário com visão de futuro, além de sua participação na criação da maior rede social do mundo.

    A história de sua saída conturbada do Facebook, retratada no filme “A Rede Social”, ficou no passado. Após um processo judicial contra Mark Zuckerberg, Saverin garantiu sua posição como cofundador e uma participação acionária que hoje vale bilhões. A disputa girou em torno da diluição de suas ações enquanto ele estava afastado do centro de operações da empresa, em Palo Alto.

    Leia: Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, torna-se o brasileiro mais rico

    Apesar do acordo ter sido selado fora dos tribunais, os detalhes permanecem confidenciais. O que se sabe é que o brasileiro garantiu seu lugar na história da tecnologia e os recursos necessários para se reinventar como um dos investidores mais influentes de sua geração, operando discretamente a partir de seu escritório em Singapura.

    Por que Eduardo Saverin é o brasileiro mais rico?

    A fortuna de Eduardo Saverin está diretamente ligada à sua participação acionária na Meta, a empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp.
    Ele detém cerca de 2% das ações da companhia, o que o torna um dos maiores acionistas individuais. Em 2024, a forte valorização dos papéis da Meta impulsionou seu patrimônio.

    O que Eduardo Saverin faz atualmente?

    Atualmente, Saverin atua como investidor de risco. Ele é cofundador da B Capital Group, uma empresa de capital de risco que investe em startups de tecnologia em estágio avançado.
    A firma tem foco em setores como saúde, serviços financeiros e indústria. Ele vive em Singapura, de onde comanda suas operações e administra seu patrimônio.

    Por que ele renunciou à cidadania americana?

    Saverin renunciou à cidadania dos Estados Unidos em 2011, pouco antes da abertura de capital do Facebook. A principal razão foi a economia de impostos.
    Ao se tornar cidadão de Singapura, ele evitou pagar o imposto sobre ganhos de capital sobre suas ações, que seria de bilhões de dólares sob a lei americana. Singapura não possui esse tipo de tributação.

    Qual foi sua participação na criação do Facebook?

    Eduardo Saverin foi um dos cinco cofundadores do Facebook, ao lado de Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e Andrew McCollum, na Universidade Harvard em 2004.
    Ele foi o primeiro investidor e diretor financeiro da empresa. Sua briga com Zuckerberg, que resultou na diluição de sua participação, foi retratada no filme “A Rede Social”.

    Onde Eduardo Saverin nasceu?

    Eduardo Saverin nasceu na cidade de São Paulo, no Brasil, em uma família judaica rica. Ele se mudou para Miami, nos Estados Unidos, em 1993.
    Apesar de ter sido criado nos EUA e hoje viver em Singapura, ele mantém a cidadania brasileira, o que o torna elegível para a lista de bilionários do Brasil da revista Forbes.

  • Extradição no Brasil: regras, limites e quando pode ser negada

    Extradição no Brasil: regras, limites e quando pode ser negada

    A situação da deputada federal Carla Zambelli, detida na Itália enquanto a justiça local analisa um pedido de extradição do Brasil, trouxe à tona um tema complexo das relações internacionais. O processo, que envolve a soberania de dois países e uma série de regras jurídicas, nem sempre resulta na entrega de um indivíduo, gerando dúvidas sobre como e por que ele acontece.

    Extradição é o ato formal pelo qual um país entrega uma pessoa acusada ou condenada por um crime a outra nação para que seja julgada ou cumpra sua pena. Trata-se de um instrumento de cooperação jurídica internacional, essencial para combater a impunidade e garantir que foragidos respondam por seus atos perante a justiça. Esse mecanismo é geralmente baseado em tratados bilaterais ou multilaterais, mas também pode ocorrer com base na promessa de reciprocidade entre os Estados.

    Leia: Carla Zambelli tentará evitar extradição e cadeia no Brasil

    Como o processo de extradição funciona no Brasil?

    Quando outro país deseja que o Brasil extradite alguém, o pedido é formalizado por via diplomática. O documento chega ao Ministério da Justiça, que faz uma primeira análise para verificar se todos os requisitos formais foram cumpridos. Se estiver tudo certo, o pedido é encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o único órgão do Judiciário brasileiro com competência para julgar extradições.

    No STF, os ministros analisam a legalidade do pedido. Eles não julgam se a pessoa é culpada ou inocente do crime pelo qual é acusada no exterior. A análise se concentra em verificar se o caso se enquadra nas hipóteses permitidas pela Constituição brasileira e pelos tratados internacionais. Questões como a natureza do crime, a pena prevista e a garantia de um julgamento justo no país solicitante são avaliadas.

    Caso o STF aprove o pedido, a decisão final ainda cabe ao presidente da República. A entrega do indivíduo é considerada um ato de soberania nacional, e o chefe do Executivo tem a prerrogativa de negar a extradição, mesmo após o aval judicial. Essa decisão é política e leva em conta as relações diplomáticas e os interesses do país.

    Leia: Moraes determina extradição de foragidos do 8/1 que estão no exterior

    Quando o Brasil pode negar um pedido de extradição?

    A legislação brasileira estabelece barreiras claras para a entrega de pessoas a outros países, visando proteger direitos fundamentais. A regra mais conhecida é a proibição de extraditar brasileiro nato, ou seja, quem nasceu em território nacional ou se enquadra nas outras condições de nacionalidade originária. Essa proteção é absoluta e está prevista na Constituição Federal.

    Outras situações também impedem o processo. O Brasil não extradita indivíduos por crimes considerados políticos ou de opinião. A medida busca evitar que o mecanismo seja usado para perseguição política. Além disso, a extradição é negada se o fato que motiva o pedido não for considerado crime no Brasil ou se a punição já estiver prescrita pelas leis de um dos dois países.

    O país também impõe condições relacionadas à pena. Se o crime for punível com pena de morte ou prisão perpétua no exterior, o Brasil só autoriza a extradição se o país solicitante se comprometer formalmente a converter a sentença para a pena máxima permitida pela legislação brasileira, que atualmente é de 40 anos de reclusão.

    Leia: STF: Moraes revoga prisão domiciliar de búlgaro procurado pela Espanha

    Extradição, deportação e expulsão: qual a diferença?

    Embora os três termos se refiram à retirada de uma pessoa de um país, suas naturezas e objetivos são distintos. Compreender a diferença é fundamental para entender os processos migratórios e de cooperação jurídica.

    A extradição, como vimos, é uma resposta a um pedido de outro Estado para fins penais. É um processo complexo que envolve os poderes Judiciário e Executivo.

    Leia: EUA pedem extradição de suspeito de ser espião russo que se passava por brasileiro

    A deportação, por sua vez, é um ato administrativo. Ela acontece quando um estrangeiro está em situação migratória irregular no país, como ter o visto vencido. A pessoa é notificada e deve deixar o território nacional. Não está relacionada a um crime, mas a uma infração administrativa.

    Já a expulsão é uma medida punitiva. Ela é aplicada a um estrangeiro que cometeu um crime ou um ato grave que o torna indesejável no país. A decisão de expulsão é formalizada por um decreto e impede que a pessoa retorne ao Brasil por um determinado período.

    O que é extradição de forma simples?

    É a entrega de uma pessoa por um país a outro. Esse ato serve para que ela responda a um processo criminal ou cumpra uma pena já definida.
    O processo é um mecanismo formal de cooperação entre nações para evitar a impunidade de quem comete crimes e foge para outro território.

    Qualquer pessoa pode ser extraditada do Brasil?

    Não. A regra principal é que o Brasil não extradita seus cidadãos nascidos no país, conhecidos como brasileiros natos. Essa é uma proteção garantida pela Constituição.
    Para brasileiros naturalizados, a extradição é possível em duas situações: se o crime comum foi cometido antes da naturalização ou em caso de envolvimento com tráfico de drogas.

    Quem decide sobre a extradição no Brasil?

    A decisão envolve duas etapas principais. Primeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisa se o pedido é legal e cumpre todos os requisitos previstos em lei.
    Se o STF aprovar, a palavra final é do presidente da República. Ele pode optar por não entregar a pessoa, mesmo com o aval da Justiça, em uma decisão de caráter político.

    O Brasil extradita para países com pena de morte?

    A extradição não é concedida se houver risco de aplicação de pena de morte ou de prisão perpétua. O processo só avança nesses casos com uma condição: o país que fez o pedido deve se comprometer formalmente a substituir a punição pela pena máxima permitida no Brasil, que é de 40 anos de prisão.

    O que acontece se um crime for considerado político?

    O Brasil não concede extradição por crimes de natureza política ou de opinião. Essa é uma proteção constitucional para evitar perseguições e garantir a liberdade de expressão.
    A análise sobre se o crime é comum ou político é feita pelo Supremo Tribunal Federal durante o julgamento do pedido de extradição.

  • Funções escondidas do seu Xiaomi que vão facilitar muito a sua vida

    Funções escondidas do seu Xiaomi que vão facilitar muito a sua vida

    Se você tem um celular da Xiaomi, é provável que use apenas uma fração do que ele pode oferecer. A interface da marca, conhecida como MIUI e que em breve dará lugar ao novo HyperOS, esconde ferramentas que podem transformar sua rotina, da privacidade à produtividade, sem que você precise instalar nenhum aplicativo adicional.

    Recursos como criar um perfil totalmente secreto, clonar aplicativos para usar duas contas simultaneamente ou limpar o alto-falante com um som específico estão a poucos toques de distância. Desvendar essas funcionalidades melhora a experiência de uso e mostra por que a marca conquistou tantos usuários pelo mundo com seu foco em personalização.

    Segundo espaço: dois celulares em um

    Imagine ter um ambiente de trabalho e um ambiente pessoal completamente separados no mesmo aparelho. Essa é a proposta do segundo espaço. A função cria um perfil novo e independente, com seus próprios aplicativos, arquivos, fotos e configurações, como se fosse um segundo smartphone dentro do seu.

    Essa ferramenta é ideal para quem precisa separar a vida profissional da pessoal ou simplesmente quer um espaço privado para aplicativos de banco e outros dados sensíveis. Também é útil para emprestar o celular a alguém sem se preocupar com o acesso às suas informações pessoais. Tudo fica protegido por uma senha ou biometria diferente.

    Para ativar, o caminho é simples:

    • Acesse as Configurações do aparelho.
    • Na caixa de busca, procure pela opção Segundo espaço e siga o passo a passo para configurá-lo.

    Apps duplos para gerenciar duas contas

    Quem precisa usar duas contas de WhatsApp, Instagram ou Telegram no mesmo celular geralmente recorre a aplicativos de terceiros. A Xiaomi resolve isso de forma nativa com a função Apps Duplos, que permite clonar um aplicativo para que você possa configurá-lo com um número ou login diferente.

    O processo cria um segundo ícone do aplicativo escolhido na sua tela inicial, identificado com um pequeno símbolo amarelo. Assim, você pode manter duas contas ativas simultaneamente, recebendo notificações de ambas sem precisar alternar entre usuários ou usar soluções que consomem mais bateria.

    Para clonar um aplicativo:

    • Vá em Configurações e depois em Apps.
    • Toque em Dual Apps.
    • Uma lista de aplicativos compatíveis será exibida. Basta ativar a chave ao lado do app que deseja duplicar.

    Janelas flutuantes para multitarefa

    Responder uma mensagem rápida sem sair do vídeo que você está assistindo ou consultar uma informação enquanto escreve um e-mail é uma das vantagens das janelas flutuantes. Esse recurso permite abrir um aplicativo em uma janela menor que fica sobreposta a outra, facilitando a execução de duas tarefas ao mesmo tempo.

    Você pode mover a janela flutuante pela tela, redimensioná-la ou minimizá-la em um pequeno ícone no canto para acessá-la depois. É uma forma mais dinâmica de multitarefa do que a tradicional tela dividida e funciona com a maioria dos aplicativos instalados no sistema.

    Para usar a função:

    • Abra a tela de aplicativos recentes.
    • Pressione e segure o dedo sobre o aplicativo que deseja abrir em janela flutuante.
    • Toque no ícone de janela flutuante que aparecerá no menu.

    Gravação de tela nativa e completa

    Muitos usuários ainda baixam aplicativos para gravar a tela do celular, sem saber que a MIUI possui uma ferramenta nativa poderosa para isso. O gravador de tela da Xiaomi permite capturar vídeos em diferentes resoluções, ajustar a taxa de quadros e escolher a fonte de áudio, seja o som interno do sistema, o microfone externo ou ambos.

    A ferramenta é acessível diretamente pela central de controle, o que torna seu uso rápido e prático para gravar tutoriais, gameplays ou qualquer outra atividade na tela. Não há marcas d’água ou limite de tempo, oferecendo uma experiência limpa e profissional.

    Para encontrar o gravador:

    • Deslize o dedo de cima para baixo na tela para abrir a Central de Controle.
    • Procure pelo ícone Gravador de tela e toque nele para iniciar.
    • Se o ícone não estiver visível, toque em editar para adicioná-lo aos atalhos.

    Toque traseiro para atalhos rápidos

    Uma das funcionalidades mais interessantes e discretas é o toque traseiro. Com ele, você pode configurar atalhos para serem ativados com dois ou três toques na parte de trás do celular. É uma forma ágil de acionar a lanterna, fazer uma captura de tela, abrir a câmera ou chamar o assistente de voz sem precisar desbloquear o aparelho.

    A sensibilidade do toque pode ser ajustada para evitar acionamentos acidentais. A função usa os sensores do smartphone para detectar as batidas, transformando toda a superfície traseira do aparelho em um botão de atalho invisível e personalizável.

    Para configurar o toque traseiro:

    • Acesse Configurações e depois Configurações adicionais.
    • Toque em Atalhos por gesto.
    • Selecione Toque traseiro e escolha as ações para o toque duplo e o toque triplo.
  • Lavagem de dinheiro: como o crime organizado usa empresas legais?

    Lavagem de dinheiro: como o crime organizado usa empresas legais?

    A recente operação da Polícia Federal que mirou a gestora de investimentos Reag, em São Paulo, jogou luz sobre uma das engrenagens mais sofisticadas do crime organizado. A investigação apura o suposto uso de fundos do mercado financeiro para lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), mostrando como o dinheiro do tráfico e de outros crimes pode ser infiltrado na economia legal.

    Este mecanismo, conhecido como lavagem de dinheiro, é fundamental para que as organizações criminosas possam usar os lucros de suas atividades ilícitas. Sem “limpar” esses recursos, grandes volumes de dinheiro em espécie se tornam um problema, difíceis de gastar e fáceis de rastrear. Por isso, as quadrilhas desenvolvem métodos cada vez mais complexos para disfarçar a origem dos valores e inseri-los no sistema financeiro como se fossem legítimos.

    O que é a lavagem de dinheiro?

    A lavagem de dinheiro é um processo que busca ocultar a origem de recursos obtidos por meios ilegais. O objetivo é fazer com que esses valores pareçam ter sido gerados por atividades lícitas, permitindo que os criminosos os utilizem sem levantar suspeitas. O processo costuma ser dividido em três etapas principais.

    A primeira é a colocação, quando o dinheiro ilícito é inserido no sistema financeiro. Isso pode ocorrer por meio de depósitos em pequenas quantias em várias contas bancárias para evitar o controle das autoridades. Outra forma é misturar o dinheiro sujo com o caixa de um negócio legítimo que movimente muito dinheiro em espécie.

    A segunda etapa é a ocultação, também chamada de estratificação. Nela, são realizadas diversas transações financeiras complexas para dificultar o rastreamento da origem dos recursos. O dinheiro pode ser transferido entre contas de diferentes bancos, inclusive no exterior, ou usado para comprar ativos como imóveis, ações e joias.

    Por fim, vem a integração. Nesta fase, o dinheiro, já com a aparência de legal, retorna à economia. Ele pode ser usado na compra de bens de luxo, em investimentos em empresas ou até mesmo para financiar outras atividades criminosas. Ao final do ciclo, a origem ilícita dos valores fica quase impossível de ser identificada.

    Como empresas legais são usadas no esquema?

    Organizações criminosas se aproveitam de negócios legítimos para camuflar seus lucros. A escolha do tipo de empresa não é aleatória e geralmente recai sobre setores que facilitam a dissimulação dos recursos. Negócios com alto fluxo de dinheiro em espécie são os preferidos para a primeira etapa do processo.

    Alguns exemplos comuns incluem:

    • Postos de gasolina e estacionamentos: são atividades que naturalmente movimentam grandes volumes de notas de dinheiro, tornando mais fácil misturar o caixa legal com o ilegal sem chamar atenção.
    • Restaurantes, bares e casas noturnas: assim como os postos, esses estabelecimentos possuem um fluxo intenso de pagamentos em espécie, o que permite declarar uma receita maior do que a real.
    • Salões de beleza e lava-rápidos: por serem negócios baseados em serviços com preços variados e grande circulação de clientes, a fiscalização sobre o faturamento exato é mais complexa.
    • Setor imobiliário: a compra e venda de imóveis é uma das formas mais tradicionais de lavagem de dinheiro. É possível declarar um valor de compra abaixo do real e pagar a diferença “por fora” com dinheiro ilícito. Na revenda, o lucro obtido se torna legal.
    • Empresas de fachada: em alguns casos, os criminosos criam empresas que só existem no papel. Elas emitem notas fiscais falsas por serviços ou produtos que nunca foram entregues, simulando uma atividade econômica para justificar a entrada de dinheiro.
    • Mercado financeiro: como aponta a investigação envolvendo a gestora Reag, o uso de fundos de investimento e outras aplicações financeiras representa uma sofisticação do esquema. A complexidade desses produtos torna o rastreamento dos valores uma tarefa ainda mais difícil para as autoridades.

    Ao se infiltrar na economia legal, o crime organizado não apenas legitima seus lucros, mas também amplia seu poder e influência, corrompendo setores e criando uma concorrência desleal com empreendedores honestos.

    Por que o crime precisa “limpar” o dinheiro?

    O lucro obtido com atividades como tráfico de drogas, extorsão e corrupção gera um problema logístico: o excesso de dinheiro vivo. Manter grandes quantias de notas guardadas é arriscado, pois pode ser roubado ou apreendido em uma operação policial. Além disso, usar esse dinheiro para grandes compras, como carros de luxo ou imóveis, acenderia um alerta imediato nos órgãos de fiscalização.

    A lavagem de dinheiro resolve esse impasse. Ao transformar os recursos ilícitos em ativos aparentemente legais, as organizações criminosas podem investir em seus próprios negócios, expandir suas operações e garantir um estilo de vida luxuoso para seus membros sem atrair atenção indesejada. Esse processo é vital para a sobrevivência e o crescimento do crime organizado no longo prazo.

    O que significa “lavar dinheiro”?

    Lavar dinheiro é o processo de esconder a origem ilegal de recursos financeiros.

    O objetivo é fazer com que valores obtidos em crimes, como tráfico ou corrupção, pareçam ter vindo de uma fonte legítima.

    Quais são as etapas da lavagem de dinheiro?

    O processo geralmente tem três fases. A primeira é a colocação, quando o dinheiro sujo entra no sistema financeiro.

    A segunda é a ocultação, na qual várias transações são feitas para dificultar o rastreamento da origem.

    A terceira é a integração, quando o dinheiro, já com aparência legal, volta para a economia para ser usado livremente.

    Que tipo de negócio o crime organizado mais usa?

    Os criminosos preferem negócios que lidam com muito dinheiro em espécie, como postos de gasolina, restaurantes e lava-rápidos.

    Isso facilita misturar o dinheiro ilegal com o faturamento legítimo. O setor imobiliário e o mercado financeiro também são usados.

    Por que a lavagem de dinheiro é um problema para a sociedade?

    A lavagem de dinheiro fortalece o crime organizado, permitindo que ele financie mais atividades ilegais e expanda seu poder.

    Além disso, o processo distorce a economia, gera concorrência desleal com empresas honestas e pode corromper sistemas políticos.

  • Documentários para entender o que foi o 8 de janeiro no Brasil

    Documentários para entender o que foi o 8 de janeiro no Brasil

    A prisão de uma mulher condenada pelos ataques de 8 de janeiro, ao desembarcar em Minas Gerais deportada dos Estados Unidos, trouxe os eventos daquele dia de volta ao centro do debate. A ação da Polícia Federal no aeroporto de Confins é mais um capítulo de uma história que continua a gerar consequências políticas e judiciais no Brasil.

    Mais de um ano após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, o assunto permanece complexo e repleto de narrativas. Para quem busca entender as múltiplas facetas daquele domingo, diversas produções audiovisuais oferecem um mergulho nos acontecimentos, com perspectivas que vão da investigação jornalística à análise dos bastidores do poder.

    “8/1: A Democracia Resiste”

    Produzido pela GloboNews e disponível no GloboPlay, este documentário adota uma perspectiva focada na reação institucional aos ataques. A obra apresenta entrevistas exclusivas com figuras centrais que estavam no poder naquele dia, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

    O roteiro se concentra em reconstituir os eventos a partir da ótica de quem precisou tomar decisões cruciais para conter a crise. O filme mostra os bastidores do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, revelando como as autoridades se articularam para responder à invasão e garantir a manutenção da ordem democrática.

    A narrativa é construída com imagens de arquivo e depoimentos que buscam explicar o passo a passo da reação do governo. É uma produção que se aprofunda no impacto político imediato dos atos e nas medidas que foram tomadas nas horas e dias seguintes para restabelecer a normalidade institucional.

    “Ataque aos Poderes”

    A CNN Brasil também lançou sua própria investigação sobre os eventos, em um documentário que reconstrói a cronologia dos ataques e analisa seus desdobramentos. A produção se baseia em reportagens e apurações feitas pela equipe de jornalismo do canal, combinando imagens de arquivo com análises detalhadas.

    O documentário busca contextualizar o 8 de janeiro dentro do cenário de polarização política do Brasil, traçando uma linha do tempo que começa antes mesmo das eleições de 2022. O filme explora a organização dos acampamentos em frente aos quartéis e a mobilização que culminou na invasão em Brasília.

    “Ataque aos Poderes” oferece um panorama abrangente, conectando os diferentes núcleos de acontecimentos: a movimentação dos manifestantes, a resposta das forças de segurança e as repercussões políticas. A obra se propõe a ser um documento completo para quem deseja entender o contexto mais amplo dos ataques.

  • 5 casos de extradição famosos que mobilizaram o Brasil

    5 casos de extradição famosos que mobilizaram o Brasil

    A discussão sobre a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), detida na Itália, coloca em evidência um mecanismo de cooperação internacional que já foi palco de longas batalhas jurídicas e diplomáticas no Brasil: a extradição. O processo, que envolve a entrega de uma pessoa a outro país para que seja julgada ou cumpra uma pena, nem sempre é simples e já mobilizou a opinião pública em diversas ocasiões.

    Ao longo da história, o Brasil se viu no centro de casos complexos, envolvendo desde ex-ativistas políticos a banqueiros e figuras do esporte. Cada situação expõe as nuances dos tratados internacionais, as particularidades da legislação brasileira, que veda a extradição de cidadãos natos, e o peso das decisões políticas e judiciais que moldam o destino dos envolvidos.

    O caso Cesare Battisti

    Um dos processos de extradição mais longos e controversos da história recente do Brasil foi o do italiano Cesare Battisti. Ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, ele foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. Battisti sempre alegou inocência e se considerava um perseguido político.

    Após fugir da Itália, ele viveu na França e no México antes de chegar ao Brasil em 2004. Foi preso em 2007, e o governo italiano formalizou o pedido de extradição. O caso se arrastou por anos nos tribunais brasileiros. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição, mas determinou que a palavra final seria do presidente da República.

    No último dia de seu mandato, em 31 de dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou a extradição e concedeu a Battisti o status de refugiado. A decisão gerou uma crise diplomática com a Itália. Em 2018, com a mudança de governo no Brasil, o STF emitiu uma nova ordem de prisão. Battisti foi capturado na Bolívia em janeiro de 2019 e enviado diretamente para a Itália para cumprir sua pena.

    A fuga e captura de Salvatore Cacciola

    O banqueiro Salvatore Cacciola, dono do falido Banco Marka, protagonizou outro caso notório. Ele foi condenado por crimes financeiros, incluindo gestão fraudulenta e peculato, relacionados à maxidesvalorização do real em 1999. Antes de ser julgado, Cacciola, que tinha dupla cidadania, fugiu para a Itália em 2000.

    A condição de cidadão italiano dificultou o processo de extradição. Por anos, ele viveu livremente na Itália, enquanto a justiça brasileira buscava formas de trazê-lo de volta. A reviravolta aconteceu em 2007, quando Cacciola foi preso em Mônaco, para onde viajou a passeio. O principado não tem as mesmas restrições da Itália para extradição.

    A partir de sua prisão, iniciou-se uma nova batalha judicial. Após meses de negociações e procedimentos legais, o governo de Mônaco autorizou sua entrega. Em julho de 2008, Salvatore Cacciola foi extraditado para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro para começar a cumprir sua pena de 13 anos de prisão.

    A condenação de Robinho

    O caso do jogador de futebol Robinho é diferente, mas envolve os mesmos princípios de cooperação penal internacional. Ele foi condenado em última instância na Itália a nove anos de prisão por participação em um estupro coletivo ocorrido em Milão, em 2013. A sentença definitiva saiu em 2022, quando o atleta já estava no Brasil.

    Como a Constituição Federal proíbe a extradição de brasileiros natos, a Itália não poderia solicitar sua entrega. A alternativa encontrada pela justiça italiana foi pedir que a pena fosse cumprida no Brasil. Esse procedimento é conhecido como homologação de sentença estrangeira e está previsto em tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

    O pedido foi analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em março de 2024, decidiu, por ampla maioria, que a sentença italiana era válida e deveria ser executada no território nacional. Pouco depois da decisão, Robinho foi preso pela Polícia Federal em sua casa em Santos, no litoral de São Paulo, e encaminhado para um presídio para iniciar o cumprimento da pena.

    Henrique Pizzolato e o “Mensalão”

    Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato foi um dos condenados no escândalo do “Mensalão”. Em 2013, antes que sua pena fosse executada, ele fugiu para a Itália usando o passaporte de um irmão falecido. Assim como Cacciola, Pizzolato tinha cidadania italiana, o que se tornou o principal obstáculo para seu retorno ao Brasil.

    As autoridades brasileiras solicitaram sua extradição, dando início a um complexo processo judicial na Itália. Inicialmente, a justiça italiana negou o pedido, argumentando que as condições das prisões brasileiras não atendiam aos padrões de direitos humanos europeus. O governo brasileiro precisou fornecer garantias de que Pizzolato teria seus direitos assegurados.

    O caso chegou à mais alta Corte italiana, que reverteu a decisão anterior e autorizou a extradição. Em outubro de 2015, após quase dois anos de disputas legais e diplomáticas, Henrique Pizzolato foi entregue às autoridades brasileiras na Itália e embarcou em um voo para o Brasil para cumprir sua pena de 12 anos e 7 meses de prisão.

    Ronald Biggs, o ladrão do trem pagador

    Um dos casos mais cinematográficos foi o de Ronald Biggs, um dos autores do famoso assalto ao trem pagador em 1963, na Inglaterra. Após escapar da prisão britânica em 1965, ele passou por diversos países e chegou ao Brasil em 1970, onde viveu por mais de 30 anos no Rio de Janeiro.

    O governo britânico tentou sua extradição, mas a lei brasileira da época impedia a entrega de pais de filhos brasileiros. Biggs teve um filho com uma brasileira, o que lhe garantiu a permanência no país. Ele se tornou uma figura folclórica, recebendo turistas em sua casa e explorando sua fama de foragido.

    A situação mudou em 2001. Com a saúde debilitada e o desejo de retornar à sua terra natal, Biggs decidiu se entregar voluntariamente. Aos 71 anos, voltou para o Reino Unido, onde foi imediatamente preso para terminar de cumprir sua sentença de 30 anos. Ele foi libertado em 2009 por compaixão e faleceu em 2013.